CONFIGURAÇÃO DAS PAISAGENS NO BRASIL E NO MUNDO



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Transcrição:

CONFIGURAÇÃO DAS PAISAGENS NO BRASIL E NO MUNDO Vegetações Mundiais A palavra fitogeografia quer dizer geografia dos vegetais ou como eles estão dispersos e classificados ao longo de um território. As vegetações presentes no planeta são derivadas de uma série de elementos, tais como luminosidade, temperatura, variedade de solo e umidade. Os elementos que mais determinam uma vegetação são o clima e o solo, esses são responsáveis pela variedade de espécies da flora. Um exemplo disso são as zonas intertropicais que, em razão do calor e da umidade, apresentam grandes florestas. Os vegetais são distintos por causa de muitos fatores, um deles é proveniente da quantidade de água que determinadas plantas necessitam para sua manutenção. Nesse caso, existem três tipos distintos: as higrófilas, que se proliferam em ambientes com grande concentração de umidade; as hidrófilas, que representam o grupo de vegetais que é adaptado à água; e as xerófilas, que sobrevivem com a escassez de água. A composição dinâmica da biosfera produz diferentes vegetações, climas, relevos entre outros, dessa forma as paisagens naturais variam de grandes florestas tropicais a desertos, montanhas e imensas geleiras. Para a consolidação dos mais variados tipos de vegetações existentes no mundo é preciso que haja a interação entre os elementos naturais (clima, solo, relevo, vegetação e energia). Isso fica evidente quando notamos as regiões com predominância de clima quente e chuvoso, que deriva grandes florestas tropicais com enorme umidade e precipitação. Já nos lugares de climas áridos, semi-áridos e desérticos a composição de vegetação é muito diferente, pois as plantas e os animais são adaptados às condições adversas, como a falta de água e alimento. Nas paisagens naturais o que mais se destacam visualmente são as vegetações. A seguir algumas características das principais formações vegetais do mundo: Floresta pluvial tropical: essas se localizam geograficamente, em geral, na América do Sul, América Central, África, Ásia e Oceania. Todas as regiões citadas possuem características semelhantes como clima quente e úmido, proporcionando assim o surgimento de grandes florestas com uma enorme riqueza de biodiversidade, essas são as áreas do planeta que concentram a maior parte dos seres vivos. Floresta Temperada: essa vegetação é encontrada principalmente no hemisfério norte, situada entre os trópicos e os círculos polares, os países que possuem esse tipo de florestas são Estados Unidos, Europa, Ásia e no Sul do Chile com climas temperados. As florestas temperadas são diferentes em relação às florestas tropicais, pois a primeira produz uma quantidade menor de variedade de plantas e animais. As florestas temperadas possuem características singulares, no inverno e outono as árvores perdem suas folhas, e por isso são denominadas de caducifólias. Florestas de coníferas: essa vegetação é encontrada geograficamente em regiões com proximidade aos círculos polares, com características de clima com inverno bastante rigoroso. As coníferas são denominadas também de floresta boreal, é composta por pinheiros. Tundra: se faz presente no extremo norte do continente americano, europeu e asiático, a particularidade dessa vegetação é em relação ao clima, pois se desenvolve em áreas de clima frio e polar, com duas estações (verão e inverno), sendo inverno rigoroso e verão com temperatura um pouco mais elevada. Na tundra as vegetações encontradas são musgos, liquens e plantas herbáceas, esses vegetais se desenvolvem de forma mais efetiva no verão, pois na estação do inverno toda área fica coberta de gelo. Savana: esse tipo de vegetação tem uma grande semelhança com o cerrado brasileiro, as savanas são compostas basicamente por gramíneas e capins, árvores e arbustos 1

espalhados na paisagem. As savanas são situadas geograficamente em regiões de clima tropical, com duas estações bem definidas, sendo uma de seca (inverno) e uma chuvosa (verão). No mundo essa vegetação se faz presente nos seguintes lugares: América do Sul, África, Ásia e Austrália. Estepe e pradarias: são compostas por plantas herbáceas, arbustos e gramíneas, em áreas de clima temperado, geralmente o estepe desenvolve em lugares mais secos, enquanto que as pradarias em locais mais úmidos, essa é utilizada como uma ótima pastagem na pecuária. Os dois tipos de vegetações são encontrados na América do Norte, Ásia e América do Sul (Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul nos pampas gaúcho). Vegetação desértica: são áreas com predominância de clima seco e árido, os vegetais são adaptados à falta de água, suas raízes são extensas e atingem o lençol freático, quando raramente ocorre chuva brotam plantas, mas com um período muito curto de vida. Fonte: http://www.mundoeducacao.com/geografia/vegetacoes-mundiais.htm. Acesso em 21 de julho às 21h. Paisagens Vegetais do Brasil O Brasil apresenta distintas paisagens vegetais que variam de acordo com as características naturais e originais dos tipos de vegetações existentes no país. No caso das vegetações presentes no território brasileiro, é bom ressaltar que o fato de estudar as coberturas vegetais do Brasil não quer dizer que essas estão com seu aspecto natural, diante disso, o que é abordado é o estudo dos aspectos vegetativos originais, pois o espaço geográfico do país vem passando por uma série de transformações para atender aos interesses e às atividades humanas. O território brasileiro abriga uma variedade de coberturas vegetais proveniente de muitos fatores, entre os principais estão: a localização geográfica onde há uma elevada temperatura, além de possuir uma extensa área de aspecto continental, que também proporciona uma diversidade de fusos, climas, vegetações entre outros. Apesar da grande diversidade natural da flora presente no Brasil, atualmente existe somente 60% de áreas conservadas, isso para atender às atividades produtivas, como a produção agropecuária, o processo de urbanização e o extrativismo (vegetal, mineral e animal). Levando em conta as características naturais e originais dos tipos de vegetações existentes no Brasil, podemos encontrar as principais, que são: Floresta Amazônica: é uma cobertura vegetal de origem equatorial constituída por uma grande variedade de espécies com grande concentração de plantas higrófilas, as árvores são de grande porte e copas largas, ou mata fechada, essa pode ser encontrada nos estados do norte do país. Apesar de aparentemente apresentar uma cobertura homogênea existem diferenças, dessa forma podem ser classificadas em mata de igapó (ocorre nas margens de rios que se encontram alagadas o ano todo), mata de várzea (abriga uma imensa variedade de espécie e passa por inundações em determinados períodos do ano) e mata de terra firme (não sofre inundações e ocupa grande parte da região). Mata Atlântica: corresponde a uma cobertura vegetal tropical com árvores altas e densas, atualmente só resta um pequeno percentual, cerca de 7%, dessa importante vegetação que já cobriu grande parte do Brasil, pois cobria desde o litoral do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte e algumas partes mais interiores como São Paulo, Minas Gerais e Paraná e já abrigou uma riquíssima biodiversidade e ecossistemas. Caatinga: vegetação característica do clima semiárido que ocorre no sertão nordestino, constituída por plantas adaptadas à escassez de água que possuem aspectos singulares, como caules grossos e raízes profundas para garantir a sobrevivência ao longo de extensos períodos sem chuvas. Nesses momentos, essas plantas perdem suas folhas para evitar a transpiração e perda de umidade. 2

Floresta subtropical ou Araucária: ocorre na região Sul onde prevalece o clima subtropical. Nessa vegetação aciculifoliada, as árvores atingem até 30m e fazem parte da família das coníferas. Em virtude da intensa exploração através da agricultura e extração de madeira, só restam 3% do total original. Cerrado: vegetação composta em geral por vegetais com troncos retorcidos e folhas grossas. É influenciado pelo clima tropical típico, com duas estações bem definidas, sendo uma seca e uma chuvosa. Essa cobertura vegetal é mais comum no Centro-Oeste do Brasil. O cerrado não é uma vegetação homogênea, pois existem variações em sua composição, desse modo existem os subsistemas do cerrado, que são: cerradão, cerrado comum ou típico, campos e cerrado. A tortuosidade das árvores do cerrado é proveniente da acidez do solo e da alta concentração de hidróxido de alumínio. Pantanal: nesse domínio é possível identificar uma série de coberturas vegetais, desse modo, a região pode ser compreendida como uma área de transição entre diferentes tipos de ecossistemas apresentados no território brasileiro. Diante da heterogeneidade do Pantanal quanto à cobertura vegetal, podemos destacar a presença de campos que periodicamente permanecem inundados no período chuvoso, além de floresta tropical e equatorial. Esse domínio ocorre nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Pantanal é conhecido como um refúgio ecológico. Campos: vegetação que corresponde a um tipo de vegetação que possui plantas rasteiras compostas por gramíneas herbáceas e arbustos. Essa característica vegetal ocorre com maior concentração no estado do Rio Grande do Sul. Vegetação litorânea: conhecida também por áreas de mangues, essa vegetação é encontrada em regiões costeiras. Ela é composta por arbustos e espécies arbóreas e pode ser classificada em: mangue-vermelho, mangue-branco e mangue-siriúba. Fonte: http://www.brasilescola.com/brasil/paisagens-vegetais-brasil.htm. Acesso em 21 de julho às 13h. A IMPORTÂCIA DA GERAÇÃO DE ENERGIA E O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL ENERGIA Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia. Elas podem ser renováveis ou esgotáveis. Por exemplo, a energia solar e a eólica (obtida através dos ventos) fazem parte das fontes de energia inesgotáveis. Por outro lado, os combustíveis fósseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em nosso planeta, podendo acabar caso não haja um consumo racional. A geração de energia no mundo está resumida, em sua grande maioria, pelas fontes de energias tradicionais como petróleo, carvão mineral e gás natural. Tais fontes são poluentes e não-renováveis, mas no futuro, serão substituídas inevitavelmente. Há controvérsias sobre o tempo da duração dos combustíveis fósseis, mas devido a energias limpas e renováveis como biomassa, energia eólica e energia maremotriz e sanções como o Protocolo de Quioto, que cobra de países industriais um nível menor de emissões de poluentes (CO2) na atmosfera, as energias alternativas são um novo modelo de produção de energias econômicas e saudáveis para o meio ambiente. O consumo de energia pode refletir tanto o grau de industrialização de um país como um grau de desenvolvimento e bem estar da sua população em termos médios. O consumo de energia nos países mais industrializados é aproximadamente 88 vezes superior ao consumo dos países menos desenvolvidos. A energia no mundo esta definida da seguinte forma: Produto Petróleo Gás Natural Eletricidade Biomassa Carvão mineral Outros % Porcentagem 43 16,2 16,1 14,1 7,1 3,5 3

Das reservas de petróleo do mundo 67% estão concentradas no Oriente Médio, devido a instabilidade política da região ocorrem crises de produção e distribuição causando grandes distúrbios no mercado com aumentos de preços e mudança de ramo de consumo. No Brasil, historicamente o governo tem investido em fontes de energia como o álcool, com o pró-álcool iniciada em 1975 para produção de álcool derivado da cana-de-açúcar em larga escala. Há também investimentos em biodiesel, extraído por exemplo da mamona, fornecendo uma nova fonte de renda para seus produtores. A crise do chamado Apagão aconteceu durante o governo Fernando Henrique Cardoso entre 2001 e 2002, devido a falta de chuva e o baixo nível das águas nos reservatórios das hidrelétricas. Principais fontes de energia Energia hidráulica é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso país. A água possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa. Energia fóssil formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor. Energia solar ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e transformada para gerar calor ou eletricidade. Energia de biomassa é a energia gerada a partir da decomposição, em curto prazo, de materiais orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metano produzido é usado para gerar energia. Energia eólica gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada. Energia nuclear o urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.os acidentes em usinas nucleares, embora raros, representam um grande perigo. Energia geotérmica nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000 C. As usinas podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada. Energia gravitacional gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no futuro, esta, será uma das principais fontes de energia do planeta. Alguns dados importantes sobre fontes de energia: Cerca de 40% de CO 2 (dióxido de carbono) produzido no mundo é resultante da geração de energia e calor. Isto ocorre, pois o carvão mineral ainda é a principal fonte utilizada. Atualmente, a China é o país que mais lança CO 2 na atmosfera. Isto ocorre, pois o carvão mineral é muito utilizado na geração de energia. Porém, o governo chinês vem desenvolvendo, nos últimos anos, uma política de geração de energia limpa. Este fato faz da China o país que mais produz eletricidade a partir de fontes de energia limpa. Um dado positivo é que, desde 2006, os investimentos globais em energias renováveis aumentaram mais de 500%. Fonte: http://www.suapesquisa.com/cienciastecnologia/fontes_energia.htm. Acesso em 23 de julho às 20h. 4

Desenvolvimento Industrial Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822) não houve desenvolvimento industrial em nosso país. A metrópole proibia o estabelecimento de fábricas em nosso território, para que os brasileiros consumissem os produtos manufaturados portugueses. Mesmo com a chegada da família real (1808) e a Abertura dos Portos às Nações Amigas, o Brasil continuou dependente do exterior, porém, a partir deste momento, dos produtos ingleses. Começo da industrialização Foi somente no final do século XIX que começou o desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão-de-obra usadas nestas fábricas eram, na maioria, formada por imigrantes italianos. Era Vargas e desenvolvimento industrial Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a indústria brasileira ganhou um grande impulso. Vargas teve como objetivo principal efetivar a industrialização do país, privilegiando as indústrias nacionais, para não deixar o Brasil cair na dependência externa. Com leis voltadas para a regulamentação do mercado de trabalho, medidas protecionistas e investimentos em infra-estrutura, a indústria nacional cresceu significativamente nas décadas de 1930-40. Porém, este desenvolvimento continuou restrito aos grandes centros urbanos da região sudeste, provocando uma grande disparidade regional. Durante este período, a indústria também se beneficiou com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois, os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas, necessitando importar produtos industrializados de outros países, entre eles o Brasil. Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um grande desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas, plásticos, fertilizantes, etc). Período JK Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) o desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos e feições. JK abriu a economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais. Foi durante este período que ocorreu a instalação de montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e Willys) em território brasileiro. Últimas décadas do século XX Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil continuou a crescer, embora, em alguns momentos de crise econômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Brasil possui uma boa base industrial, produzindo diversos produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a indústria nacional ainda é dependente, em alguns setores, (informática, por exemplo) de tecnologia externa. Consequências da Industrialização no Brasil O processo de industrialização brasileira apresentou vários aspectos: Positivos: - O Brasil deixou de ser dependente das exportações de produtos agrícolas; - Os salários nas indústrias, com o tempo, ficaram mais atrativos do que no campo; 5

- A industrialização gerou renda, aumentou o consumo e impulsionou o crescimento da economia brasileira; - O preço de produtos industrializados passou a ficar mais barato para o consumidor brasileiro. Antes, os manufaturados importados chegavam aos brasileiros a preços exorbitantes, limitando o consumo às classes sociais mais elevadas. Negativos: - Aumentou o êxodo rural, criando uma alta concentração populacional nas grandes cidades. Esse fato gerou problemas sociais (falta de moradia, aumento da violência, etc.); - Aumentou o nível de poluição do ar gerado pelas indústrias. Estas também foram responsáveis, principalmente no século XX, pelo aumento da poluição de rios e contaminação dos solos; - O uso cada vez mais maior de máquinas e equipamentos tecnológicos fez aumentar o desemprego nas indústrias. Tipos de indústrias As indústrias podem ser classificadas de acordo com os processos industriais utilizados na fabricação dos seus produtos. Indústrias de base: Também conhecidas como indústrias pesadas, são aquelas voltadas para a produção de equipamentos (indústrias de bens de capital) e matérias-primas processadas (indústrias extrativas) para outras indústrias. Exemplos de indústrias de base extrativas: mineradoras, madeireiras e petrolíferas. Exemplos de indústrias de base de bens de capital: siderúrgicas, metalúrgicas, indústrias de equipamentos e máquinas. Podemos também incluir nas indústrias de base as companhias produtoras de energia elétrica. Indústrias intermediárias: É o setor industrial voltado para a produção de peças e equipamentos que serão utilizados pelas indústrias de bens de consumo. Exemplos: indústrias que produzem peças de automóveis, peças para eletrodomésticos, peças de computadores, tratores e equipamentos industriais. Indústrias de bens de consumo: São aquelas que produzem os produtos que serão vendidos para os consumidores finais. Exemplos de indústrias de bens duráveis: indústria automotiva (produtora ou montadora de automóveis), indústria de eletrodomésticos (geladeiras, fogões, micro-ondas, liquidificadores, lavadoras de roupas, etc.). Exemplos de indústrias de bens não duráveis: indústrias de roupas, de calçados, de alimentos, de remédios, de bebidas, etc. Indústrias de ponta: São aquelas que desenvolvem e produzem bens que utilizam alta tecnologia em suas fases de produção. Empregam mão-de-obra especializada e com alto grau de escolaridade. Investem muito em pesquisa nas fases de desenvolvimento e produção, pois privilegiam a inovação tecnológica. Grande parte destas indústrias tem sua matriz em países desenvolvidos. Exemplos: indústrias de aviões, de satélites de comunicação, de computadores, equipamentos de diagnóstico médico, de telefones celulares, tablets e smartphones. Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/industrializacao_brasil.htm. Acesso em julho às 23h. 6