1 Painel 8: Tendências e melhores práticas na administração de procedimentos arbitrais em arbitragem comercial internacional António Vieira da Silva Secretário-Geral Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa
2 PLANO DA PALESTRA: GDFIUGIHDGQGIU 1. Breve apresentação do Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (Centro de Arbitragem Comercial). 2. Evolução dos Regulamentos de Arbitragem e de outros Instrumentos de Resolução de Litígios. 3. A Arbitragem Rápida: aspetos gerais do Regulamento. 4. Critérios para a nomeação de árbitros pelo Centro de Arbitragem Comercial.
1. Breve apresentação do Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (Centro de Arbitragem Comercial) 3 Constituição de Centros de Arbitragem carece de autorização prévia do Ministério da Justiça (LAV de 1986, mantida pela LAV de 2011). Critérios de apreciação: representatividade, idoneidade para atividade que pretende realizar. Ministério da Justiça pode revogar a autorização se a entidade perder condições técnicas ou de idoneidade para realizar (administrar) arbitragens voluntárias institucionalizadas.
1. Breve apresentação do Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (Centro de Arbitragem Comercial) 4 O Centro de Arbitragem Comercial foi criado em 1987 pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa em conjunto com outra instituição de natureza associativa, a Associação Comercial do Porto. Em 2006 termina a parceria e cada uma das instituições passa a deter o seu próprio Centro de Arbitragem.
1. Breve apresentação do Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (Centro de Arbitragem Comercial). 5 Estrutura do Centro de Arbitragem Comercial: Autonomia administrativa e financeira relativamente à Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP). Órgão de gestão e de representação próprio (Presidente, 2 Vice-Presidentes e 6 vogais). Total independência face à Direção (Diretoria) da CCIP (não estão sujeitos a instruções nem que prestar contas da atividade desenvolvida). O CAC possui Secretariado próprio.
1. Breve apresentação do Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (Centro de Arbitragem Comercial). 6 Funções estatutárias do CAC: Promover e difundir a resolução de litígios por meios extrajudiciais. Administrar procedimentos (arbitragens institucionais, mediação, etc.) de resolução de litígios. Prestar serviços conexos com a administração de arbitragens e meios alternativos de resolução de litígios.
2. Evolução dos Regulamentos de Arbitragem e de outros Instrumentos de Resolução de Litígios. 7 1.ª Fase (1987-2008) Regulamento de Arbitragem (1987) Regulamento de Mediação e Conciliação (1994) 2.ª Fase (2008-2013) Regulamento de Arbitragem (2008) Novações significativas: - Consequências da pluralidade de partes na constituição do TA; - Declaração de aceitação, independência e imparcialidade dos árbitros; - Apensação de processos (consolidação); - Intervenção de terceiros; - Providências cautelares (liminar).
2. Evolução dos Regulamentos de Arbitragem e de outros Instrumentos de Resolução de Litígios. 8 3.ª Fase (desde 2014) Regulamento de Arbitragem (2014) Novações - Ordens preliminares - Árbitro de emergência Código Deontológico do Árbitro (2014) Regulamento de nomeação, recusa e substituição de árbitros em arbitragens não sedeadas no CAC (2016) Regulamento de Arbitragem Rápida (2016) Regulamento de Mediação (civil e comercial) (2016) Critérios de Nomeação de Árbitros (2016)
3. Arbitragem Rápida: aspetos gerais do Regulamento. 9 Escolha das Partes convenção de arbitragem ou escrito posterior Quando tem lugar Proposta de uma das Partes Por decisão do Presidente do CAC Por proposta de uma das Partes Aceitação da proposta Demandante ou Demandado podem nas suas peças escritas propor a aplicação do Regulamento de Arbitragem Rápida Expressa ou tácita (aceitação face ao silêncio)
3. Arbitragem Rápida: aspetos gerais do Regulamento. 10 Por decisão do Presidente do CAC Nos litígios de valor igual ou inferior a 200.000,00 (R$ 751.220,00) exceto se ambas as Partes se opuseram Quando a natureza do litígio se mostre adequada exceto se alguma das Partes se oponha Número de árbitros: Árbitro único Constituição do TA Nomeação: escolha das Partes ou Presidente CAC
3. Arbitragem Rápida: aspetos gerais do Regulamento. 11 Vicissitudes processuais: - Uma peça escrita por cada Parte, como regra; - Limitação da dimensão das peças escritas: 35 páginas; - Junção de todos os documentos e prova a produzir (v.g. perícias) com as peças escritas; - Limitação do número de testemunhas de cada Parte: 5 - Prazo mais curto para prolação da sentença: 30 dias após a última sessão - Prazo global mais curto para conclusão da arbitragem: 6 meses
4. Critérios para a nomeação de árbitros pelo Presidente do CAC. 12 Princípios de ordem geral: - Tornar transparente o processo de nomeação de árbitros; - Tornar possível a participação das Partes na escolha do Árbitro; - Proibição de algum membro da Direção (Diretoria) do CAC e da CCIP serem nomeados pelo próprio Centro; - Aceitação da função de árbitro através da assinatura de declaração de independência, imparcialidade e disponibilidade para esse exercício; - Verificação dessas qualidades durante o decurso da arbitragem.
4. Critérios para a nomeação de árbitros pelo Presidente do CAC. 13 Processo de nomeação: - Antes da nomeação, é dada às Partes um prazo para, de comum acordo, densificarem o perfil do árbitro desejado; - Nos processos com valor superior a 5.000.000,00 (R$ 18.780.500,00) serão apresentados às Partes cinco nomes para que se possam, pôr-se de acordo sobre um deles ou rejeitaram algum ou todos; - A escolha recairá sobre o nome que for acordado ou de entre aqueles que não foram rejeitados; - Se forem todos rejeitados, a escolha recairá sobre quem não estava inicialmente na lista; - A designação do árbitro pelo Presidente do CAC é precedida pela audição dos seus Vice- Presidentes.
14 www.centrodearbitragem.pt OBRIGADO António Vieira da Silva Secretário-Geral avs.centrodearbitragem@ccip.pt