ARBITRAGEM EM PORTUGAL. Arbitragem em Portugal. Uma visão geral

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1 Arbitragem em Portugal Uma visão geral

2 LEI DE ARBITRAGEM Em Portugal, a arbitragem voluntária é regulada pela Lei nº 63/2011, de 14 de dezembro (LAV). A LAV tem por base a Lei-Modelo da UNCITRAL, sofrendo ainda influência de algumas soluções já consagradas, quer na lei de arbitragem anterior, quer em diversas leis nacionais de arbitragem de jurisdições próarbitragem e que foram aprovadas nos últimos anos. Podemos destacar os seguintes aspectos: Critério de arbitrabilidade amplo assente na patrimonialidade dos interesses em litígios e, quando se trata de interesses não patrimoniais, a arbitragem ainda é possível se as partes puderem e estiverem autorizadas a celebrar transação sobre o direito controvertido. Podem ainda ser submetidas a arbitragem, além de questões contenciosas em sentido estrito, quaisquer outras que requeiram a intervenção de um decisor imparcial, designadamente as relacionadas com a necessidade de precisar, completar e adaptar contratos de prestações duradouras a novas circunstâncias; O Estado e outras pessoas jurídicas de direito público podem recorrer à arbitragem, desde que estejam autorizadas para tal por lei ou se trate de litígios de direito privado; Contempla o princípio da separabilidade da convenção de arbitragem; Estabelece o dever de revelação dos árbitros e regula o processo de recusa de árbitro, o que é decidido pelo tribunal arbitral, sendo a decisão que rejeita a recusa suscetível de recurso, imediato e sem efeito suspensivo, para o tribunal estadual competente; Regulamenta a designação de árbitros em arbitragens multipartes; Consagra plenamente o princípio da Kompetenz-Kompetenz, incluindo o seu chamado efeito negativo, que se traduz na incompetência dos tribunais estaduais para resolverem litígios abrangidos por convenção de arbitragem, a menos que verifique que, manifestamente, a convenção de arbitragem é nula, é ou se tornou ineficaz ou é inexequível; 2

3 Permite ao tribunal arbitral decretar providências cautelares e emitir ordens preliminares, sendo tal decisão irrecorrível. Note-se que os tribunais estaduais mantêm competência para decretar providências cautelares na dependência de processos arbitrais antes da instauração destes ou na sua pendência; Regula a intervenção de terceiros no decurso do processo arbitral; Estabelece como regra a irrecorribilidade da sentença arbitral, quer nas arbitragens domésticas quer nas arbitragens internacionais, exceto se as partes tiverem acordado em sentido diferente (e, nas arbitragens domésticas, também se exige que a causa não tenha sido decidida segundo a equidade ou mediante composição amigável); Os fundamentos de anulação da sentença arbitral são taxativos e correspondem em larga medida aos fundamentos previstos na Lei- Modelo. O tribunal estadual que anule a sentença arbitral não pode proceder ao reexame do mérito da mesma; Os árbitros, salvo convenção das partes em contrário, podem decidir o fundo da causa através de uma única sentença ou de tantas sentenças parciais quantas entendam necessárias. A LAV estabelece um sistema monista, pois o mesmo regime se aplica às arbitragens domésticas e às arbitragens internacionais que tenham sua sede em Portugal (embora quanto a estas últimas com as especificidades constantes do Capítulo IX da LAV). CONVENÇÕES INTERNACIONAIS Portugal ratificou as seguintes convenções internacionais em matéria de arbitragem: Convenção sobre o Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras (Convenção de Nova Iorque) de Portugal ratificou esta Convenção em 1994, com ressalva de reciprocidade; O Protocolo de Genebra de 1923 relativo às Cláusulas de Arbitragem e a Convenção de Genebra de 1927 relativa à Execução das Sentenças Arbitrais Estrangeiras foram ratificados por Portugal em 1930; 3

4 A Convenção Interamericana sobre Arbitragem Comercial Internacional (Convenção do Panamá) de Portugal ratificou esta Convenção em 2002; O Acordo de Sede Entre a República Portuguesa e o Tribunal Permanente de Arbitragem de O Acordo foi aprovado pelo Parlamento em fevereiro de 2018, ratificada em março de 2018 e passou a vigorar em abril de 2018; Por outro lado, Portugal celebrou diversos Acordos bilaterais relativos a cooperação jurídica e judiciária com países africanos de língua oficial portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe). PROTEÇÃO DOS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS Portugal é parte da Convenção para a Resolução de Diferendos Relativos a Investimentos entre Estados e Nacionais de Outros Estados (Convenção de Washington), de Portugal ratificou esta Convenção em Portugal celebrou Acordos de Promoção e Proteção Recíproca de Investimentos Internacionais (Bilateral Investment Treaties BITs) com mais de 50 Estados. O Tratado da Carta de Energia (Energy Charter Treaty), assinado em Lisboa em 1994, também foi ratificado por Portugal em Portugal é ainda membro da MIGA (Multilateral Investment Guarantee Agency). RECONHECIMENTO E EXECUÇÃO DE SENTENÇAS ARBITRAIS ESTRANGEIRAS A LAV regula o reconhecimento e execução de sentenças arbitrais estrangeiras, sem prejuízo da aplicação das disposições imperativas da Convenção de Nova Iorque, bem como de outros tratados ou convenções que vinculem o Estado Português. 4

5 Para que uma sentença arbitral estrangeira possa ter eficácia em Portugal, designadamente possa ser executada, a mesma tem que ser submetida a um ato formal de reconhecimento por um tribunal estadual português, cujos termos e trâmites são regulados pela LAV. O tribunal competente para conhecer do reconhecimento é o Tribunal da Relação ou, caso se trate de matérias de direito público, o Tribunal Central Administrativo, que são tribunais de recurso ou de segunda instância. Os fundamentos de recusa do reconhecimento e execução de sentença arbitral estrangeira são taxativos e correspondem em larga medida aos fundamentos previstos na Convenção de Nova Iorque. Nos termos da LAV, o tribunal competente, a pedido da parte, deverá recusar o reconhecimento, se a referida parte fornecer prova da verificação de um dos seguintes fundamentos: Uma das partes da convenção de arbitragem estava afetada por uma incapacidade, ou essa convenção não é válida nos termos da lei a que as partes a sujeitaram ou, na falta de indicação a esse respeito, nos termos da lei do país em que a sentença foi proferida; A parte contra a qual a sentença é invocada não foi devidamente informada da designação de um árbitro ou do processo arbitral, ou, por outro motivo, não lhe foi dada oportunidade de fazer valer seus direitos; A sentença se pronuncia sobre um litígio não abrangido pela convenção de arbitragem ou contém decisões que ultrapassam os termos desta, sem que tais disposições da sentença possam ser dissociadas das disposições da sentença relativa a questões abrangidas pela convenção de arbitragem; A instituição do tribunal arbitral ou o processo arbitral não foram conformes à convenção das partes ou, na falta desta, à lei do país onde a arbitragem teve lugar; A sentença ainda não se tornou obrigatória para as partes ou foi anulada ou suspensa por um tribunal do país no qual, ao abrigo da sua lei, a sentença foi proferida. 5

6 Também poderá recusar-se o reconhecimento se o tribunal verificar que o objeto do litígio não é suscetível de ser decidido mediante arbitragem, de acordo com o direito português; ou o reconhecimento ou a execução da sentença conduza a um resultado manifestamente incompatível com a ordem pública internacional do Estado português. Obtido o reconhecimento pelo tribunal competente, a sentença arbitral estrangeira pode ser executada em Portugal. PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES ARBITRAIS Centro de Arbitragem Comercial da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (criado em 1987). 6

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