ATIVIDADE GENOTÓXICA DE Tabebuia aurea (Bignoniaceae) EM TESTE DE Allium cepa (Amaryllidaceae).

Documentos relacionados
ATIVIDADE GENOTÓXICA DE Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P. Lewis (Fabaceae) sob Allium cepa (Amaryllidaceae)

EFEITO GENOTÓXICO E CITOTÓXICO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS METOMIL E CLORPIRIFÓS EM CÉLULAS MERISTEMÁTICAS DE ALLIUM CEPA

Avalição do efeito genotóxico do extrato aquoso de sementes e da casca de Bowdichia virgilioides kunth. Em teste de Allium cepa L.

AVALIAÇÃO DA GENOTOXIDADE DE EXTRATOS VEGETAIS ATRAVÉS DO TESTE Allium cepa

AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIMUTAGÊNICO DE Zingiber officinale EM CÉLULAS MERISTEMÁTICAS DE Allium cepa

ATIVIDADE ALELOPÁTICA E CITOTÓXICA DE EXTRATOS AQUOSOS DE. Alternanthera dentata (Moench) Stuchlik

UTILIZAÇÃO DOS NOVOS LABORATÓRIOS ESCOLARES

Resumo 1 INTRODUÇÃO. Unoesc & Ciência - ACBS - Edição Especial, p , 2014

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (x) Resumo ( ) Relato de Caso

GENOTOXICIDADE DE SOLO COLETADO EM PRESENÇA DE DETRITOS DOMÉSTICOS COM USO DO SISTEMA Allium cepa

EFEITO GENOTÓXICO DE LICOR PIROLENHOSO DE TECA PELO BIOINDICADOR ERVILHA*

Eng. Agrônoma UNEMAT/Campus Alta Floresta MT Mestrando em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos UNEMAT; 4

Mutagênese... a prevenção é o espelho do índice cultural de uma nação.

EFICIÊNCIA DO PEPINO COMO MODELO EM BIOENSAIOS DE FITOTOXICIDADE

Docentes da Faculdade de Apucarana RESUMO

CITOGENÉTICA APLICADA AO ESTUDO DE BRYOPHYTAS

Avaliação citotóxica, genotóxica e mutagênica do extrato de Morinda citrifolia em diferentes concentrações sobre o teste Allium Cepa

TÍTULO: CITOTOXICIDADE DE ADOÇANTES NÃO CALÓRICOS EM CÉLULAS MERISTEMÁTICAS DE ALLIUM CEPA

Acção de Formação: " Utilização e Organização dos Laboratórios Escolares "

ANÁLISE DO POTENCIAL GENOTÓXICO E MUTAGÊNICO DA Luffa operculata Cong.

VERIFICAÇÃO DA ATIVIDADE ALELOPÁTICA E CITOTÓXICA DA CARQUEJA (Baccharis sp.)

COMPETÊNCIA DO Allium cepa COMO MODELO EM BIOENSAIOS DE FITOTOXICIDADE

EFEITO ALELOPATICO E CITOTÓXICO DE Leonotis nepetifolia (L.) R. Br SOBRE BIOTESTE DE Allium cepa L.

Procurando o X das pimentas. Ricardo Neves Pedroso*, Milena Cristina Moraes, Darío Abel Palmieri, Mônica Rosa Bertão

OBSERVAÇÃO DE MITOSE EM RAIZ DE CEBOLA

AVALIAÇÃO SANITÁRIA DAS SEMENTES DE Piptadenia stipulacea (Benth.) E Amburana cearensis (Allemão) A. C. Smith

Danilo Diego de Souza 1 ; Flávio José V. de Oliveira 2 ; Nerimar Barbosa G. da Silva 3 ; Ana Valéria Vieira de Souza 4. Resumo

Termos para indexação: IVG, Vigor de sementes, Leguminosa tropical

Laboratório de Citogenética Molecular de Plantas Departamento de Genética Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

O lado bom de uma samambaia vilã. Carina Hayakawa Pereira*; Rosana Marta Kolb

Palavras-chave: mutagenicidade, efluente industrial, refinaria, Allium cepa.

INFLUÊNCIA DO EXTRATO AQUOSO DAS FOLHAS DE MORINGA (Moringa oleifera Lam.) NA GERMINAÇÃO DE AROEIRA-DO-SERTÃO (Myracrodruon urundeuva Fr. All.).

Germination of seeds of Bauhinia cheilantha (Caesalpinaceae) and Myracrodruon urundeuva (Anacardiaceae) submitted to salt stress

AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTI-PROLIFERATIVO E GENOTÓXICO DO FRUTO DA AROEIRA (Schinus

PERFIL FITOQUÍMICO DA POLPA LIOFILIZADA DA BABOSA (ALOE VERA)

ESTUDO DO POTENCIAL ANTINOCICEPTIVO DE EXTRATOS DA FOLHA E DO CERNE DA GUATTERIA POGONOPUS

TRATAMENTOS PARA SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA DE SEMENTES DE AROEIRA PIRIQUITA (Schinus molle L.) E AROEIRA BRANCA (Lithraea molleioides (Vell.

Estimativa da viabilidade polínica de diferentes genótipos de aceroleiras cultivadas no Vale do São Francisco

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CITOTÓXICA, GENOTÓXICA E ANTIGENOTÓXICA Da seiva Hymenaea courbaril L. EM CÉLULAS SOMÁTICAS DE Drosophila melanogaster.

ANÁLISE DE TOXICIDADE DO ADUBO ORGÂNICO, A PARTIR DE BORRA DE CAFÉ, CASCA DE OVO E ARROZ, NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ALFACE (Lactuca sativa L.

Fundamentos e aplicações do Allium cepa L. como bioindicador de mutagenicidade e citotoxicidade de plantas medicinais.

GENOTOXICIDADE DA INFUSÃO DE Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith. PELO SISTEMA TESTE Allium cepa

EXTRATOS ORGÂNICOS DE PLANTAS NATIVAS DO CERRADO DOS GÊNEROS

AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE Cattleya loddigesii Lindley SOB DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE ÁGUA SANITÁRIA COMERCIAL NA DESINFECÇÃO DE SEMENTES RESUMO

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS EM SEMENTES DE MURICI

Qualidade fisiológica de sementes de Mimosa caesalpiniifolia Benth. em função de diferentes períodos de armazenamento

EFEITO DA TEMPERATURA E DO FOTOPERÍODO NA GERMINAÇÃO in vitro DE CONÍDIOS DE Aspergillus niger, AGENTE ETIOLÓGICO DO MOFO PRETO DA CEBOLA

USO DO TESTE Allium cepa NA AVALIAÇÃO DA CITOGENOTOXICIDADE DE INFUSÕES IN NATURA DE Maytenus ilicifolia E Zingiber officinale

EFEITOS GENOTÓXICOS E ANTIPROLIFERATIVOS DE Prunus myrtifolia (PESSEGUEIRO-DO-MATO) PELO TESTE DE Allium cepa.

Resumo. Estudante de Ciências Biológicas, UPE, estagiária da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE. 3

EFICÁCIA ANTIMICROBIANA DA TINTURA DE TANSAGEM CONTRA STAPHYLOCOCCUS AUREUS E STREPTOCOCCUS PYOGENES

ADSORÇÃO DO PARACETAMOL EM CARVÃO ATIVADO: REGRESSÃO DA CITOTÓXICIDADE E MUTAGÊNICIDADE NO SISTEMA Allium cepa

AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DO EFEITO NEFROTÓXICO EM RATOS DIABÉTICOS SUBMETIDOS À INGESTÃO DO EXTRATO DE BACCHARIS DRANCUNCULIFOLIA (ALECRIM-DO-CAMPO)

Acção de Formação: " Utilização e Organização dos Laboratórios Escolares "

EFEITOS DOS EXTRATOS AQUOSOS DE Stachytarpheta cayennensis (RICH.) VAHL. SOBRE O CICLO CELULAR DE Allium cepa L. 1

Vitória da Conquista, 10 a12 de Maio de 2017

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MULUNGÚ EM DIFERENTES REGIÕES DA PARAÍBA

Efeito do estresse hídrico e térmico na germinação e crescimento de plântulas de cenoura

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE MELANCIA EM DIFERENTES TEMPERATURAS 1. INTRODUÇÃO

NOLASCO, GWS; SILVA AB Avaliação do potencial anti-inflamatório e mutagênico do látex de avelós. Horticultura Brasileira 30: S6105-S6111.

FOR-106-ATIVIDADE POTENCIALMENTE ALELOPÃTICA EM PLANTAS DE ACAPU (Vouacapoua americana Aublet) I - EFEITOS DE EXTRATOS AQUOSOS DA CASCA

EFEITO ALELOPÁTICO DE Artocarpus Heterophyllus NA GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO DE Lactuca Sativa L.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

ALELOPATIA DE FOLHAS DE CATINGUEIRA (Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P.Queiroz) EM SEMENTES E PLÂNTULAS DE ALFACE (Lactuca sativa)

ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO ÓLEO DE Carapa guianensis EM SEMENTES DE Bauhinia variegata

CRESCIMENTO in vitro DE PLÂNTULAS DE ORQUÍDEAS SUBMETIDAS A DIFERENTES PROFUNDIDADES DE INOCULAÇÃO E CONSISTÊNCIA DO MEIO DE CULTURA

Micropropagação de Aechmea tocantina Baker (Bromeliaceae) Fernanda de Paula Ribeiro Fernandes 1, Sérgio Tadeu Sibov 2

CULTIVO in vitro DE EMBRIÕES DE CAFEEIRO: concentrações de meio MS e polpa de banana RESUMO

EFEITO DO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO NA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE ALGODÃO COLORIDO (Gossypium hirsutum L. )

MÉTODOS DE ASSEPSIA E CONTROLE OXIDAÇÃO EM GEMAS APICAIS DE AZALEIA RESUMO

MICROPROPAGAÇÃO DE Eugenia dysenterica DC (MYRTACEAE) Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas - PGMP

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DE. Desmodium barbatum (Fabaceae: Fabales), NO CONTROLE DE LEVEDURAS E BACTÉRIAS DE INTERESSE CLÍNICO.

Germinação e vigor de sementes de Moringa oleifera Lam. procedentes de duas áreas distintas

UTILIZAÇÃO NA AGRICULTURA DE RESÍDUOS SÓLIDOS PROVINDOS DA BIODIGESTÃO.

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE TOMATE EM SUBSTRATO CONTENDO TORTA DE MAMONA

Avaliação do potencial citotóxico e genotóxico do ribeirão da Lage de Rio Verde- GO utilizando bioensaios com Allium cepa. 1

Análise e controle da qualidade de inoculantes microbianos de interesse agrícola: bactérias fixadoras de nitrogênio

XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE SEMENTES FLORESTAIS

143 - QUALIDADE DE SEMENTES DE CEBOLA CULTIVAR BAIA PRODUZIDAS SOB SISTEMA AGROECOLÓGICO E AVALIAÇÃO DAS MUDAS RESULTANTES

EFEITO ALELOPÁTICO DE PIMENTEIRA-MIÚDA SOBRE A GERMINAÇÃO DE CEBOLA. 1

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E DE TOXICIDADE DOS EXTRATOS DAS FOLHAS DE Clitoria guianensis.

O microscópio de luz: um aliado do professor?

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TÓXICO DO LÁTEX DE Croton urucurana (EUPHORBIACEAE)

20º Seminário de Iniciação Científica e 4º Seminário de Pós-graduação da Embrapa Amazônia Oriental ANAIS. 21 a 23 de setembro

Efeitos do extrato aquoso de Helianthus annuus e Avena strigosa, sobre a germinação de Brachiaria decumbens

Experimento 6. Célula animal mucosa bucal. (40x) Descrições. Objetivos. Formato: Coloração dos componentes celulares: Número de células por campo:

ANÁLISE PRELIMINAR DO POTENCIAL GENOTÓXICO DA ÁGUA DO LAGO DOS BURITIS DE GOIATUBA GO

Ipê amarelo. Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Semidecidual, da Bahia ao Rio Grande do Sul.

ESTUDOS SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE GOIABEIRA-SERRANA

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO INICIAL DO TOMATE IPA 6 EM DIFERENTES COMBINAÇÕES DE SUBSTRATO E AREIA

TOLERÂNCIA DE CULTIVARES DE MAMONEIRA À TOXICIDADE DE ALUMÍNIO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS

o tratamento de sementes constitui uma das maneiras mais

EFEITOS DE PREPARADOS HOMEOPÁTICOS NA GERMINAÇÃO DA SEMENTE DE ASTER BUQUÊ SORTIDA (Callistephus chinensis).

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DE TRÊS PLANTAS MEDICINAIS ENCONTRADAS EM QUINTAIS URBANOS NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA, MATO GROSSO, BRASIL

Observação de células eucarióticas ao microscópio óptico

11. O uso de pérolas ou pedaços de vidro ou ainda de cerâmica porosa no aquecimento de soluções tem por objetivo:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CITOTÓXICO, GENOTÓXICO E APOPTÓTICO DO COMPLEXO DE RUTÊNIO (II) AU16 EM SARCOMA 180

Transcrição:

ATIVIDADE GENOTÓXICA DE Tabebuia aurea (Bignoniaceae) EM TESTE DE Allium cepa (Amaryllidaceae). Marcia Simone Araújo da Silva Souza 1 ; Anna Clara Paulino de Queiroz 2 ; Marcos Antonio Nobrega de Sousa 3 Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail: simoneandrin@gmail.com Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail:annclaraqueiroz@gmail.com Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail: marcosandesousa@gmail.com Resumo: A Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. f. ex S. Moore pertence à família Bignoniaceae, conhecida como Craibeira, Craiba, Ipê do cerrado. Sua entrecasca é útil para o tratamento de gripes e resfriados e pode ser utilizada na forma de xaropes ou infusões. O objetivo desse estudo foi testar os possíveis efeitos tóxico, citotóxico e genotóxico de T. aurea, em células de Allium cepa. Foram utilizados extratos aquosos de cascas do caule de T. aurea, nas concentrações 4 g/1000 ml (0,4%), 4 g/500 ml (0,8%) e 4 g/100 ml (4%) para as concentrações de tratamentos teste, água destilada para o controle negativo, paracetamol a (500 µl/ml) para o controle positivo, e para o controle antigenotóxico foi utilizado uma mistura em partes iguais da concentração de paracetamol do controle positivo mais o extrato aquoso de T. aurea na maior concentração (4%). Foi observado ausência de germinação das sementes em todas as réplicas nos testes realizados para o controle positivo e o antigenotóxico. A análise de germinação de sementes mostrou indicativo de toxicidade nas concentrações testadas, mas apenas a concentração de 4% apresentouse com uma diferença estatística significativa. As anomalias observadas nas radículas da T. aurea sugere um indicativo de processos genotóxicos. A análise das fases do índice mitótico para cada concentração-teste, apresentou diferença significativa quanto ao número de prófases em relação ao controle negativo, nas concentrações de 0,8% e 4%. Conclui-se que o extrato aquoso de Tabebuia aurea apresentou indícios de toxicidade, citotoxicidade e genotoxicidade. Palavras-chave: Bignoniaceae, planta medicinal, toxicologia, fitoterapia, mutagenicidade. Introdução Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. f. ex S. Moore é uma espécie de planta pertencente à família Bignoniaceae, sendo uma árvore de 5-10 metros, decídua durante o inverno, nativa do Cerrado, Caatinga e do Pantanal Mato-Grossense, é florífera e ornamental, suas flores são andróginas e grandes, é ocasionalmente cultivada na arborização urbana e no paisagismo (LORENZI, 2008). É conhecida popularmente como Craibeira, Craiba, Ipê-do-cerrado. Têm como distribuição de domínio fitogeográfico a Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal (FLORA DO BRASIL, 2020). Determinadas plantas produzem compostos do metabolismo secundário que agem inibindo ou favorecendo o processo germinativo bem como o processo de divisão celular (IGANCI et al, 2006). Os estudos sobre as atividades medicinais de Tabebuia aurea são escassos, sendo encontrado apenas um sobre atividade antifúngica, anti-inflamatória, anti-mitóxicas e anti-hemorrágicas (SILVA; PAULA; ESPINDOLA, 2009). Entretanto, sua casca e folhas são muito utilizadas na

medicina, sua entrecasca é útil para o tratamento de gripes e resfriados e pode ser utilizada na forma de xaropes ou infusões. Na Argentina, essa espécie é utilizada como abortiva e suas folhas são consideradas purgativas (LORENZI, 2008). O gênero Tabebuia tem demonstrado o seu emprego no tratamento de diversas afecções como, câncer, malária, tuberculose, congestão nasal, antimicrobiano e no tratamento de feridas e picadas de cobras. A utilização de produtos naturais para tratamentos de doenças é uma prática bastante antiga, mais utilizada até os dias atuais. Segundo Bagatini, Silva, Tedesco (2007) as plantas medicinais são utilizadas mundialmente para tratar de doenças, e a maioria delas não foram estudadas suficientemente no que se refere ao seu potencial citotóxico e mutagênico, onde os mesmos podem ser simplesmente monitorados pelo uso do sistema de Allium cepa. O sistema de Allium cepa é bem aceito para o estudo de efeitos de citotoxicidade de plantas medicinais, pois suas raízes ficam em contato direto com as substâncias testadas, possibilitando a avaliação de diferentes concentrações. Além de sua utilização nos testes de mutagenicidade e citotoxicidade em plantas medicinais, o sistema de Allium cepa, é também utilizado para monitoramento de qualidade ambiental e avaliação do potencial mutagênico de vários compostos químicos. O mesmo apresenta-se como um bioindicador ideal para o primeiro screening da genotoxicidade de infusões de plantas medicinais, devido ao seu baixo custo, confiabilidade e concordância com outros testes de genotoxicidade, ajudando nos estudos de prevenção de danos à saúde humana. Com esse trabalho objetivou-se avaliar os possíveis efeitos tóxico, citotóxico e genotóxico do extrato da casca da planta Tabebuia aurea, em células de Allium cepa e in vitro, através do teste germinação e de alterações celulares e nucleares. Metodologia Coleta do material biológico e identificação Para este trabalho, foram utilizadas amostras de cascas do caule de T. aurea coletadas no Sítio Exu, localizado nos domínios da cidade de São Mamede (6 55'37.0"S 37 05'45.0"W), inserido na mesorregião do Seridó ocidental do estado da Paraíba, Brasil. A coleta aconteceu em abril de 2017 e a identificação da espécie foi realizada através de guias de campo e posteriormente, por especialistas do Herbário CSTR, sendo depositada exsicata, tombada sob número 6758 CSTR. As cascas frescas foram secas a temperatura ambiente por uma semana e em seguida foram trituradas em moedor elétrico (Thomas Wiley Laboratoty Mill Model 4) do laboratório de zootecnia

da UFCG, para a obtenção de um pó, necessário para a preparação do extrato aquoso. O mesmo foi peneirado em uma peneira artesanal com tecido de organza, até obter-se um pó fino e uniforme. Preparação da substância teste Foram preparadas três soluções em diferentes concentrações de Tabebuia aurea diluídas em água destilada. As soluções foram preparadas de acordo com Colacite (2015), 4 g/1000 ml (0,4%); 4 g/500 ml (0,8%); e 4 g/100 ml (4%) utilizadas nos experimentos com sementes de Allium cepa. Para o controle negativo (CN) foi utilizado água destilada; A substância utilizada para o controle positivo (paracetamol a 500 µl/ml) seguiu as recomendações de Rego (2015) e para o teste antigenotóxico foi utilizado uma mistura da concentração de paracetamol do controle positivo mais o extrato aquoso na concentração de (4%) de T. aurea em iguais proporções. Processo de Germinação As sementes de A. cepa foram adquiridas em centro comercial especializado em produtos agrícolas, na cidade de Campina Grande, Paraíba. Para este estudo, foram utilizadas sementes de A. cepa da variedade Vale Ouro IPA-11, lote com germinabilidade de 92% e pureza de 99%. Para higienização e quebra de dormência das sementes foi utilizada uma solução de hipoclorito de sódio (NaClO) a 1%. As sementes foram imersas nessa solução e agitadas cuidadosamente durante 5 minutos. Em seguida, foram enxaguadas 3 vezes com água destilada, e secas com papel filtro esterilizado (BRASIL, 2009). O teste de germinação foi realizado segundo Sax e Sax (1968). A semeadura foi realizada em placas de Petri estéreis, sobre papel filtro umedecido com os controles negativo, positivo, antigenotóxico e o extrato aquoso de T. aurea, nas três concentrações (0,4; 0,8 e 4%). Em cada placa foram colocados 5 ml de cada tratamento e em seguida elas foram tampadas e lacradas com papel filme. As placas permaneceram sob condições controladas de temperatura e luminosidade. A temperatura foi ajustada para 25ºC ± 2, considerada uma das temperaturas ótimas para o crescimento de sementes de cebola da variedade IPA-11 (PINHEIRO et al., 2014), e fotoperíodo de 12 horas com luz artificial, em câmara de germinação. O teste de germinação foi realizado com três placas de petri para cada tratamento, com 25 sementes de A. cepa em cada placa, sendo assim, foram utilizadas 18 placas para os seis referidos tratamentos, durante seis dias (144 horas), no Laboratório de Germinação de Sementes da UFCG-CSTR.

Porcentagem de germinação Para avaliação de toxicidade das espécies de plantas estudadas foi levado em consideração à quantidade de sementes germinadas. Sendo consideradas germinadas apenas as sementes em que a radícula foi visível. E depois foi calculada a porcentagem de germinação, dividindo o número de sementes germinadas pelo total de sementes colocadas para germinar e multiplicando o resultado por 100. Anomalias Radiculares Os aspectos morfológicos foram registrados através do uso de uma câmera com 12 megapixels. Através da observação dos registros fotográficos das radículas foi realizada a avaliação da morfologia do crescimento das raízes através da contagem das sementes germinadas, sendo estas classificadas em 4 tipos de anomalias: raízes retorcidas, protuberâncias, bifurcação, ondulação e radícula curta. Observação do índice mitótico Para análise do índice mitótico (IM) foi utilizada a técnica de esmagamento para observação das células em processo de divisão (GUERRA; SOUZA, 2002). Onde foram coletadas de (duas a três raízes por réplica) e colocadas em solução fixadora de Carnoy (etanol: ácido acético3: 1) até o momento da preparação. Preparação e análise das Lâminas Durante o processo de preparação de lâminas, as raízes (por réplica) foram retiradas do fixador e passadas por duas lavagens de cinco minutos cada (10 min total) na água destilada e logo depois ficavam mergulhadas durante mais 10 minutos no ácido clorídrico (HCl). Após passar por uma nova lavagem em água destilada por mais 5 minutos, ficavam submersas em ácido acético 45% durante mais 10 minutos. Obtendo assim um total de 35 minutos de preparação, para melhor observação celular. Em seguida, foi realizada a troca do ácido acético e com o auxílio de pinça e também agulha de seringa foi retirada a coifa (porção apical da raiz) e a zona de crescimento foi colocada sob uma lâmina. Em cada lâmina foram colocadas de duas a três raízes adicionadas a uma gota de HCl mais uma de corante (orceína acética a 2%).

Com o uso de uma lupa e de seringas, eram feitos inicialmente um corte transversal nas raízes além de cortes aleatórios. A lamínula foi então colocada sobre a lâmina e realizada o squash (esmagamento) com o dedo polegar e suave pressão (GUERRA; SOUZA, 2002). Foram avaliadas 1.000 células por réplica, totalizando 3.000 células por tratamento. As mesmas foram contabilizadas através do uso de um microscópio óptico com aumento de 400x. Resultados e Discussão A análise de germinação demonstrou que os testes realizados para o controle positivo e o antigenotóxico na presença de paracetamol (500 µl/ml), mostraram ausência de germinação das sementes em todas as réplicas (Figura 1). Figura 1- Representação das placas de Petri com controle antigenotóxico para T. aurea (a), e Controle Positivo (b), com ausência total de germinação. De acordo com AGARWAL et al. (2011) o paracetamol é um analgésico antitérmico comumente utilizado, sendo a causa mais comum de insuficiência hepática aguda induzida por drogas nos Estados Unidos. Segundo estudo realizado por Rego (2015) com testes em Allium cepa, Artemia salina e teste de bioensaio o paracetamol e a dipirona apresentam indícios de toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade. Entretanto, os extratos de T. aurea nas concentrações de 4 g/1000 ml (0,4%); 4 g/500 ml (0,8%); e 4 g/100 ml (4%), mostraram alterações na germinação das sementes, um efeito alelopático, visto que, com o aumento da concentração a média de germinação decresceu, mas apesar disso, apenas a concentração de 4% apresentou diferença estatística significativa em relação ao controle negativo. Portanto, o extrato mostrou indicativo de toxicidade apenas na concentração de 4% (Figura 2).

Figura 2- Gráfico da média de sementes germinadas de Allium cepa em função da exposição ao Controle Negativo (CN) e aos extratos de T. aurea; (Média por concentração +/- Desvio padrão); Teste de Tukey. *Diferença estatística significativa O teste de germinação com vegetais é um modelo vastamente utilizado para avaliar o potencial aleloquímico de extratos de plantas ou de algumas substâncias isoladas, um dos efeitos previstos quando o composto interfere no funcionamento celular é a alteração no índice de germinação das sementes, revelando ação tóxica ou citotóxica (LUZ et al., 2012). De acordo com Fiskesjö (1985) um agente pode ser considerado tóxico quando causa redução superior a 50% no índice de germinação de sementes de Allium cepa, em relação ao controle negativo. Em referência as análises das anomalias radiculares, foram observados os tipos de anomalias presentes na Figura 3. Figura 3- Tipos de anomalias observadas nas radículas de A. cepa. Retorcidas (a), ondulações (b), curtas (c) e protuberância (d).

Através da análise da média e desvio padrão foi possível observar diferença estatística significativa apenas nas raízes com protuberância na concentração de 0,4% de Tabebuia aurea em relação controle negativo (Tabela 1). No entanto, quando analisado o efeito total de todas as anomalias, foi observado diferença estatística significativa em todas as concentrações testadas. Tabela 1- Média e desvio padrão das anomalias radiculares (curtas, protuberância, ondulação, bifurcação) para o Controle Negativo (CN) e as diferentes concentrações Tabebuia aurea (TA) *Diferença estatística significativa CN TA (0,4%) TA (0,8%) TA (4%) Tipos de anomalias Média ± DP Média ± DP Média ± DP Média ± DP Curtas 3,00±1,78 1,66±1,52 4,66±5,68 3,66±3,05 Protuberância 0,33±0,58 *4±1,73 2,33±2,08 2,00±1,73 Ondulação 0,33±0,58 2,66±1,15 1,33±0,58 2,33±1,15 Bifurcação 0,00±0,00 0,00±0,00 0,00±0,00 0,00±0,00 As substâncias são citotóxicas quando são capazes de causar danos nas células como um todo, ou reduzir sua taxa de crescimento. Deste modo, reduções no crescimento de raízes são indicativo de citotoxicidade e as anomalias macroscópicas são de genotoxicidade (MOREIRA et al., 2014). Desse modo, as anomalias observadas nas radículas da Tabebuia aurea sugere um indicativo de processos genotóxicos. Na análise do índice mitótico foram identificadas todas as fases do ciclo celular nos extratos estudados (FIGURA 4). Figura 4 -Estágio de mitose em células meristemáticas de Allium cepa: Prófase (a) Pró-metáfase (b) Metáfase (c) Anáfase (d) Telófase (e). A análise das fases do índice mitótico para cada concentração-teste, apresentou diferença significativa quanto ao número de prófases em relação ao controle negativo, nas concentrações de 0,8% e 4% (TABELA 2).

Tabela 2 - Média e desvio padrão das fases mitóticas: prófase (P), pró-metáfase (PM), metáfase (M), anáfase (A), telófase (T) para o Controle Negativo (CN) e as concentrações de Tabebuia aurea (TA). *Diferença estatística significativa CN TA 0,4% TA 0,8% TA 4% Média ± DP Média ± DP Média ± DP Média ± DP P 5,77 ± 1,44 6,77 ± 2,02 ****13,87 ± 1,64 ****11,77 ± 0,21 PM 0,37 ± 0,15 0,30 ± 0,44 0,10 ± 0,10 0,10 ± 0,17 M 2,10 ± 0,46 0,47 ± 0,72 0,20 ± 0,10 0,20 ± 0,10 A 1,17 ± 0,21 0,57 ± 0,90 0,10 ± 0,10 0,20 ± 0,34 T 1,07 ± 0,40 0,37 ± 0,23 0,10 ± 0,10 0,30 ± 0,20 Entretanto, quando foram analisadas todas as fases em conjunto, foram observadas diferenças importantes. Todas as concentrações apresentaram diferenças estatísticas significativas em relação ao controle negativo (CN). Na concentração de 0,4% houve uma diminuição no índice mitótico em relação ao controle negativo, enquanto que para a concentração 0,8% apresentou um maior número de células em divisão (FIGURA 5). Também foi observado através de uma anova duas vias que as fases do ciclo celular tiveram um efeito extremamente significativo em comparação com as concentrações-teste analisadas. Figura 5 -Gráfico referente ao índice mitótico. Controle Negativo (CN); Tabebuia aurea (TA); Controle Negativo CN; Teste de Dunn; *Nível de Significância

Não foi possível realizar a análise do índice mitótico do controle positivo e dos tratamentos teste para antigenotóxico, pois não ocorreu germinação das sementes nestes testes. Provavelmente o uso do paracetamol teve efeito mutagênico letal nas células das sementes de Allium cepa. Pois foi observado que o paracetamol possui efeito mutagênico, causando anomalia e diminuindo o número de células em divisão (STURBELLE et al., 2010). CONCLUSÃO Pode-se concluir que as concentrações do extrato da casca de Tabebuia aurea, quando analisadas, influenciaram na germinação e causaram variação considerável no crescimento de radícula e no índice mitótico de Allium cepa, apresentando assim efeito tóxico e citotóxico. Na análise do índice mitótico foi constatado que o extrato nas três concentrações houve indícios genotóxicos. Não foi possível realizar a análise dos tratamentos do controle positivo e do teste antigenotóxico, pois não ocorreu germinação das sementes, ocorrendo um efeito alelopático. O consumo para uso medicinal da casca dessa planta, deve ser evitado nas concentrações apresentadas nesse trabalho, devido ao seu efeito tóxico, citotóxico e genotóxico. Referências AGARWAL, Rakhee et al. Acetaminophen-induced hepatotoxicity in mice occurs with inhibition of activity and nitration of mitochondrial manganese superoxide dismutase. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, v. 337, n. 1, p. 110-118, 2011. BAGATINI, M. D; SILVA, A. C. F; TEDESCO, S. B. Uso do sistema teste de Allium cepa como bioindicador de genotoxicidade de infusões de plantas medicinais. Revista Brasileira de Farmacognosia. Set. 2007. p 444 447. BRASIL. Instrução Normativa nº 30, de 21 de maio de 2009 (estabelece normas e padrões para produção e comercialização de sementes de espécies forrageiras de clima tropical). Diário Oficial da União: Brasília, mai. 2009. Seção 1, p.45-48.

COLACITE, J. Triagem fitoquímica, análise antimicrobiana e citotóxica e dos extratos das plantas: Schinus terebinthifolia, Maytenus ilicifolia REISSEK, Tabebuia avellanedae, Anadenanthera colubrina (Vell.) BRENAN. Revista Saúde e Pesquisa, Maringá, PR, v. 8, n. 3, p. 509-516, dez. 2015. FISKESJÖ, GEIRID. The Allium test as a standard in environmental monitoring. Hereditas, v. 102, n. 1, p. 99-112, 1985. GUERRA, M.; SOUZA, M. J. Como observar cromossomos: um guia de técnica em citogenética vegetal, animal e humana. São Paulo: Funpec, 2002. p. 1-131. HOSHINA, M. M. Avaliação da possível contaminação das águas do Ribeirão Claro, município de Rio Claro, pertencente à bacia do rio Corumbataí, por meio de testes de mutagenicidade em Allium cepa. 2002. 52 f. Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas) Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, SP, 2002. IGANCI, J.R.V. et al. Efeito do extrato aquoso de diferentes espécies de boldo sobre a germinação e índice mitótico de Allium cepa L. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.73, n.1, p.79-82, jan./mar., 2006. LEME, D. M.; MARIN-MORALES, M. A. Allium cepa test in environmental monitoring, a review on its application. Mutation Research, Amsterdam, v. 682, p. 71-81. 2009. LORENZI, H. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. 178 p. LUZ, A. C. et al. Evaluation of the cytotoxic and genotoxic potential of Plantago major L. in test systems in vivo. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, n. 4, p. 635-642, 2012. MOREIRA, T. C. et al. Avaliação da toxicidade e da genotoxicidade da ivermectina e da deltametrina através de bioensaio com Allium cepa. Revista Científica da Faminas, v. 9, n. 1, p.25-40, 2014.

PINHEIRO, G. S. et al. Efeito da temperatura sobre a germinação de sementes de cebola. Scientia Plena, v. 10, n. 11, p.1-6, 2014. REFLORA. Lista de espécies da Flora do Brasil. 2020. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listabrasil/principaluc/principaluc.do#condicaotaxoncp >. Acesso em: 17 abril. 2018. REGO, S. C. et al. Avaliação da toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade da dipirona e do paracetamol em células meristemáticas de raízes de Allium cepa. Boletim Informativo Geum, v. 6, n. 4, p. 7, 2015. SAX, K.; SAX, H. J. Possible mutagenic hazards of some food additives, beverages and insecticides. Japan. J. Genetics, v. 43, n. 2, p.89-94, 1968. SILVA, F. M.; PAULA, J. E.; ESPINDOLA, L. S. Evaluation of the antifungal potential of Brazilian Cerrado medicinal plants. Mycoses, [S.l.], v. 52, n. 6, p. 511-517, nov. 2009. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1111/j.1439-0507.2008.01647.x>. Acesso em: 18 abril 2018. STURBELLE, Régis T. et al. Avaliação da atividade mutagênica e antimutagênica da Aloe vera em teste de Allium cepa e teste de micronúcleo em linfócitos humanos binucleados. Rev. bras. farmacogn, v. 20, n. 3, p. 409-415, 2010.