MINUTA DO PROTOCOLO DO PLANO INTEGRADO DE PREVENÇÃO DAS TOXICODEPENDÊNCIAS PARA A CIDADE DE LISBOA



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Transcrição:

MINUTA DO PROTOCOLO DO PLANO INTEGRADO DE PREVENÇÃO DAS TOXICODEPENDÊNCIAS PARA A CIDADE DE LISBOA Considerando que: O Plano Integrado de Prevenção das Toxicodependências (PIPT) para a Cidade de Lisboa foi criado com o objectivo de prosseguir políticas que visassem a implementação de respostas concertadas junto da população toxicodependente sem enquadramento sócio-familiar; O PIPT foi objecto de instrumentos protocolares sucessivos cuja vigência findou a 31 de Dezembro de 2010; Dos elementos de diagnóstico disponíveis, trabalhados pelo IDT na cidade de Lisboa, foram identificadas diversas situações de vulnerabilidade e risco; A avaliação realizada à implementação dos projectos e estruturas que integram o PIPT de Lisboa, relativamente ao ano de 2010, foi positiva; A articulação das várias entidades a intervir neste domínio, na cidade de Lisboa, foi determinante na criação de sinergias, potenciando a capacidade de resposta, face às necessidades diagnosticadas neste território; Pelo exposto se considera necessário e urgente proceder à renovação da assinatura de um novo protocolo para o PIPT de Lisboa para, dessa forma, dar continuidade a uma parceria entre as estruturas promotoras que o integram e garantindo, assim, os mecanismos de acompanhamento e avaliação;

Entre: O MUNICÍPIO DE LISBOA, com o número de pessoa colectiva n.º 500051070, sediado na Praça do Município, através do seu órgão executivo, Câmara Municipal de Lisboa, adiante abreviadamente designado por C.M.L. e aqui representado pela Exma. Senhora Vereadora, Helena Roseta, com competência delegada através do Despacho n.º 26/P/2011 de 04 de Abril de 2011, publicado no 1.º Suplemento ao Boletim Municipal n.º 894 de 07 de Abril de 2011, e na sequência da Deliberação n.º 678/CM/2011, de de.. de 2011; O Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., representado pelo Exmo. Senhor Presidente do Conselho Directivo, ; O Instituto da Segurança Social, I.P., representado pelo Exmo. Senhor Director do Centro Distrital de Lisboa do Instituto de Segurança Social, ; A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pessoa colectiva de utilidade pública administrativa, no presente acto representada pelo Exmo. Senhor Vogal da Mesa, por delegação do Ex.mo Senhor Provedor Pedro Miguel Santana Lopes, em conformidade com a alínea c) do n.º 1 do artigo 16.º dos Estatutos da SCML, aprovados pelo Decreto- Lei n.º 322/91, de 26 de Agosto, alterados pelo Decreto-Lei n.º 469/99, de 06 de Novembro; É celebrado o presente Protocolo para formalização de parceria de âmbito municipal, que se rege pelas cláusulas seguintes: Cláusula Primeira (Objecto) O presente Protocolo define o enquadramento e procede à operacionalização do Plano Integrado de Prevenção das Toxicodependências (PIPT) para Cidade de Lisboa,

tendo em vista o apoio à população toxicodependente, nomeadamente aos toxicodependentes sem enquadramento sócio-familiar. Cláusula Segunda (Estrutura do Programa) 1 - O Plano Integrado de Prevenção das Toxicodependências para a Cidade de Lisboa compreende as seguintes valências/estruturas, de natureza complementar e integrada, visando a qualificação das respostas e a optimização dos recursos envolvidos: a) Manutenção de um Programa de Substituição em Baixo Limiar de Exigência em Instalações Móveis e Fixas, no Concelho de Lisboa (conforme o Capítulo VII do Decreto-Lei n.º 183/2001, de 21 de Junho), operacionalizado através de: i) Duas Unidades Fixas. ii) Duas Unidades Móveis. b) Manutenção da intervenção com duas equipas de rua (conforme o Capítulo IX do Decreto-Lei n.º 183/2001, de 21 de Junho), operacionalizado da seguinte forma: i) Lisboa I Locais associados ao consumo e tráfico no conjunto abrangendo as freguesias de Charneca, Ameixoeira, Lumiar, Carnide, Benfica, S. Francisco Xavier, Santa Maria de Belém, Ajuda, Alcântara, Prazeres, Santo Condestável, Campolide, S. Domingos de Benfica, Santos-o-Velho, Lapa, Santa Isabel, Campo Grande, Nossa Senhora de Fátima, S. Sebastião da Pedreira, S. José, Coração de Jesus, S. Nicolau, Sta. Catarina, S. Mamede, Sacramento, Encarnação, Mercês, Mártires, S. Paulo, do Concelho de Lisboa. ii) Lisboa II - Locais associados ao consumo e tráfico no conjunto abrangendo as freguesias de Sta. Maria dos Olivais, S. João de Brito, Marvila, Alvalade,

S. João de Deus, S. Jorge de Arroios, Sta. Justa, Pena, Beato, Alto do Pina, S. João, Anjos, Penha de França, Socorro, São Cristóvão e São Lourenço, Sta. Engrácia, Graça, Madalena, S. Miguel, Santiago, Sto. Estêvão, S. Vicente de Fora, Sé, Castelo, do Concelho de Lisboa. c) Manutenção do Centro de Acolhimento de Alcântara, enquanto estrutura intermédia entre as estruturas de proximidade e as estruturas de tratamento; d) Manutenção da articulação com o Centro de Abrigo do Beato, através do desenvolvimento de actividades dirigidas à população sem abrigo toxicodependente; e) Intervenção no âmbito de Programas de Respostas Integradas (PRI), através dos seguintes projectos, aprovados no decurso do processo de candidatura a financiamento público, nos termos da Portaria n.º 131/2008, de 13 de Fevereiro: i) Território Eixo da Encarnação, Santa Catarina, S. Paulo e Santos-O-Velho Entidade Promotora APDES Agência Piaget para o Desenvolvimento Projecto CHECK!N LX, área lacunar da Redução de Riscos e Minimização de Danos; ii) Território Freguesia de Marvila Entidade Promotora APDES Agência Piaget para o Desenvolvimento Projecto Projecto de Redução de Riscos em Marvila, área lacunar da Redução de Riscos e Minimização de Danos; iii) Território Freguesia da Ajuda Entidade Promotora AASPS Associação de Apoio e Segurança Psico- Social Projecto POREXEMPLO, área lacunar da Reinserção.

f) Lançamento de processo de candidatura a financiamento público de projecto, no eixo da Prevenção, no âmbito de Programas de Respostas Integradas (PRI), para o Território de Lisboa Freguesias de Anjos, Socorro, São Cristóvão e São Lourenço; g) Lançamento de processo para abertura de Procedimento para financiamento de um Programa de Substituição em Baixo Limiar de Exigência em Instalações Fixas no Concelho de Lisboa, a ocorrer nas instalações do Centro de Abrigo do Beato, em articulação com as restantes actividades do Centro; 2 - As estruturas referidas nas alínea a), b) e o que vier a ser seleccionado no âmbito do disposto na alínea g) do número anterior, serão geridas por instituições particulares sem fins lucrativos, cujas finalidades estatutárias incluam a promoção da saúde, designadas no presente protocolo como Entidades Gestoras, escolhidas na sequência de procedimentos lançados e conduzidos pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., nos termos da Portaria n.º 749/2007, de 25 de Junho, e do Decreto-Lei n.º 186/2006, de 12 de Setembro. 3 - A estrutura referida na alínea c) do n.º 1 da presente Cláusula é gerida por uma instituição particular sem fins lucrativos e cujas finalidades estatutárias incluam a luta contra a toxicodependência, escolhida nos termos definidos no número anterior. 4 - Os projectos referidos na alínea e) e o que vier a ser seleccionado no âmbito do disposto na alínea f) do nº. 1 da presente Cláusula, serão geridos por entidades particulares sem fins lucrativos, cujas normas estatutárias incluam a promoção da saúde, o desenvolvimento social, a cultura ou o desporto, seleccionadas no decurso do processo de candidatura a financiamento público, nos termos da Portaria n.º 131/2008, de 13 de Fevereiro.

5 - As estruturas constantes do ponto i) da alínea a), assim como a da alínea d), do n.º 1 da presente Cláusula, funcionam em instalações municipais, a última das quais é gerida pela Associação de Solidariedade e Desenvolvimento Internacional - VITAE Cláusula Terceira (Programas de Substituição de Baixo Limiar de Exigência em instalações móveis e fixas Capitulo VII do Decreto-Lei n.º 183/2001, de 21 de Junho) 1 - Os programas de substituição opiácea de baixo limiar de exigência visam a redução de riscos e minimização de danos, a prevenção, rastreio e orientação para tratamento das doenças infecto-contagiosas mais frequentes nos consumidores de drogas, a vacinação da população de risco e a redução do consumo endovenoso e/ou fumado de drogas no espaço público. 2 - As instalações afectas aos programas são móveis e fixas, devendo os respectivos locais de actividade situar-se na proximidade de locais associados ao consumo de drogas e prostituição. 3 - O desenvolvimento da actividade do Programa nas Unidades Fixas, que inclui o acompanhamento psicossocial dos utentes, nomeadamente o seu apoio psicológico, social e médico, deverá ocorrer nas instalações municipais sitas na Quinta do Lavrado e no Bairro do Charquinho. 4 - O desenvolvimento da actividade do Programa nas Unidades Móveis deverá ocorrer em veículos adaptados para o efeito e da responsabilidade da entidade promotora. 5 - As estatísticas referentes ao movimento de utentes devem ser comunicadas ao Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., com periodicidade a definir, garantindo-se o anonimato, bem como a segurança na transmissão dos dados e indicadores.

Cláusula Quarta (Centro de Acolhimento - Capitulo III do Decreto-Lei n.º 183/2001, de 21 de Junho) 1 - O Centro de Acolhimento funciona em permanência, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 183/2001, de 21 de Junho e naqueles a definir pelo respectivo regulamento, dando assim resposta às necessidades referenciadas pela equipa do PSBLE e Equipas de Rua. 2 - O Centro de Acolhimento visa proporcionar aos toxicodependentes, que para tal tenham indicação clínica, um espaço e um tempo necessários à preparação para a integração em projecto terapêutico mais prolongado, destinando-se a contribuir para o afastamento de ambientes propícios ao consumo, bem como para o encaminhamento social e terapêutico de toxicodependentes excluídos. 3 - O Centro de Acolhimento presta serviços que incluem dormida, alimentação e higiene mínimas, cuidados terapêuticos especializados e de enfermagem e actividades ocupacionais. 4 - Os serviços prestados no Centro de Acolhimento são assegurados por equipas multidisciplinares, incluindo as valências de medicina, psiquiatria, psicologia, enfermagem, apoio social e psicossocial. Cláusula Quinta (Equipas de Rua - Capitulo IX do Decreto-Lei n.º 183/2001, de 21 de Junho) 1 - As equipas de rua destinam-se a promover a redução de riscos, intervindo no espaço público onde o consumo de drogas seja vivido como um problema social. 2 - Para a prossecução dos seus objectivos, as equipas de rua podem: a) Divulgar utensílios e programas de redução de riscos; b) Fornecer informação no âmbito das dependências; c) Interagir com os consumidores face a situações de risco; d)

Promover o encaminhamento adequado das pessoas em situação de risco; e) Intervir nos primeiros socorros face a situações de emergência ou de negligência; f) Substituir seringas, de acordo com a lei. Cláusula Sexta (Centro de Abrigo do Beato) 1 - O Centro de Abrigo do Beato é um espaço de pernoita para indivíduos em situação de sem abrigo, nomeadamente, toxicodependentes sem enquadramento sóciofamiliar, tendo como objectivo a aproximação destes aos sistemas sociais, bem como o seu encaminhamento para estruturas de tratamento e reinserção. 2 - O Centro de Abrigo do Beato deve fornecer aos utentes alojamento, serviços de higiene e alimentação, apoio psicológico e social, podendo proporcionar o rastreio e o tratamento de doenças infecciosas, cuidados de enfermagem, preservativos, substituição opiácea de baixo limiar e utensílios para consumo endovenoso, por troca de seringas, de acordo com o previsto na lei. 3 - O Centro de Abrigo do Beato funciona em período nocturno, nos termos do respectivo regulamento. 4 - O funcionamento do Centro de Abrigo do Beato é assegurado por uma equipa multidisciplinar que inclui as valências de apoio social, psicológico, serviços médicos e de enfermagem. 5 - O Centro de Abrigo do Beato continuará a dar resposta às necessidades específicas da população sem abrigo, incluindo as actividades dirigidas à população sem abrigo toxicodependente. Cláusula Sétima (Financiamento e Outros Apoios)

1 - Durante a vigência do Presente Protocolo, a C.M.L. assegura a cedência das instalações e, conjuntamente com o Instituto da Segurança Social, I.P., o financiamento das despesas referentes ao normal funcionamento do Centro de Abrigo do Beato, em função do Acordo de Cooperação celebrado com a respectiva Entidade Gestora, nomeadamente as despesas relativas ao Centro de Alojamento Temporário (alojamento, serviços de higiene e alimentação); 2 - A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assegurará a manutenção e verificação das boas condições estruturais do Edifício do Centro de Acolhimento de Alcântara, na Rua de Cascais; 3 - O financiamento das restantes despesas das estruturas que integram o Plano Integrado de Prevenção das Toxicodependências para a Cidade de Lisboa é assegurado nos termos do presente Protocolo, de acordo com o previsto nas alíneas seguintes: a) Durante a vigência do presente Protocolo, a comparticipação financeira das despesas de funcionamento do Programa de Substituição Opiácea em Baixo Limiar de Exigência será assegurada pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., em 80% e pela C.M.L. em 20%; b) Durante a vigência do Presente Protocolo, a comparticipação financeira das despesas de funcionamento de duas Equipas de Rua para as freguesias do Concelho de Lisboa será assegurada pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., em 80%; c) Durante a vigência do Presente Protocolo, a comparticipação financeira das despesas de funcionamento apuradas em sede de candidatura do Centro de Acolhimento de Alcântara será assegurada pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P. em 80% e pela C.M.L. em 20%, sendo que a C.M.L

assegura a referida comparticipação no período de 1 de Janeiro a 15 de Outubro de 2011; d) Durante a vigência do presente Protocolo, a comparticipação financeira das despesas dos projectos que constituem os Programas de Respostas Integradas (PRI), será assegurada pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P, em 80%; e) Durante a vigência do presente Protocolo, a comparticipação financeira das despesas de funcionamento de um Programa de Substituição em Baixo Limiar de Exigência em Instalações Fixas, no Concelho de Lisboa, a ocorrer nas instalações do Centro de Abrigo, será assegurada pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., em 80%; f) Durante a vigência do presente Protocolo, a comparticipação financeira das despesas de funcionamento das estruturas referidas nas alíneas a), e e) da presente Cláusula, serão financiadas pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P, de acordo com o legalmente previsto. 4 - O Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P. assegura o fornecimento de metadona, ou outros produtos necessários aos programas de substituição. 5 - Para efeitos do fornecimento dos meios auxiliares de diagnóstico e terapêuticos, bem como impressos e etiquetas do Serviço Nacional de Saúde, necessários ao funcionamento das valências médicas e de enfermagem do Programa de Substituição Opiácea em Baixo Limiar de Exigência, do Centro de Acolhimento de Alcântara e do Centro de Abrigo do Beato, deverá ser promovida a celebração de protocolos de execução entre os diversos serviços do Ministério da Saúde e as Entidades Gestoras das diferentes estruturas.

6 - Os montantes destinados a financiar as diferentes valências, constantes do quadro anexo ao presente Protocolo, representam limites máximos de financiamento aceitáveis. 7 As partes reservam-se o direito de solicitar a renegociação dos montantes financeiros a assegurar nos termos do presente protocolo, caso sejam confrontadas com constrangimentos orçamentais imprevistos. Cláusula Oitava (Gestão do Plano) A gestão do Plano será assegurada, em conjunto, pela Câmara Municipal de Lisboa, pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., pelo Instituto da Segurança Social, I.P. e pela Santa Casa da Misericórdia, assumindo o Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P. a supervisão técnica do mesmo. Cláusula Nona (Acompanhamento do Programa) 1 - A Câmara Municipal de Lisboa, o Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., o Instituto da Segurança Social, I.P. e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa asseguram conjuntamente o acompanhamento do Plano Integrado de Prevenção das Toxicodependências para a Cidade de Lisboa, comprometendo-se a nomear uma Comissão Técnica de Acompanhamento que incluirá um ou mais representantes de cada uma destas instituições. 2 - A Comissão Técnica de Acompanhamento reunirá, obrigatoriamente duas vezes por ano, devendo ainda, produzir um relatório final de avaliação da execução do presente protocolo a apresentar até final de Fevereiro de 2012. Cláusula Décima (Regulamentos)

1- Sem prejuízo das normas legais aplicáveis a cada caso, os regulamentos das diferentes valências/equipamentos que integram o Plano Integrado de Prevenção das Toxicodependências para a Cidade de Lisboa deverão ser elaborados pelas respectivas Entidades Gestoras. 2- Para o fim previsto no número anterior, deverá a Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação emitir parecer prévio à sua aprovação. Cláusula Décima Primeira (Vigência) O presente Protocolo produz efeitos a partir do dia 01 de Janeiro de 2011 e manter-se-á em vigor até ao dia 31 de Dezembro de 2011, podendo ser modificado pelas partes, se assim se justificar, de acordo com os resultados da avaliação prevista na Cláusula Nona. Feito em Lisboa, a de de 2011, em 4 (quatro) exemplares. O Município de Lisboa O Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P. O Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de Segurança Social de Lisboa A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

QUADRO LIMITES MÁXIMOS DE FINANCIAMENTO DO PIPT EM 2011 (conforme disposto nos n.º s 3 e 6 da Cláusula Sétima do Protocolo) Estruturas do Plano Programa de Substituição Opiácea em Baixo Limiar de Exigência (PSOBLE) Equipas de rua Centro de Acolhimento de Alcântara Programas de Respostas Integradas (PRI) Programa de Substituição em Baixo Limiar de Exigência do Centro de Abrigo Período de financiamento 01 de Janeiro de 2011 a 31 de Dezembro de 2011 01 de Janeiro de 2011 a 31 de Dezembro de 2011 01 de Janeiro de 2011 a 15 de Outubro de 2011 01 de Janeiro de 2011 a 31 de Dezembro de 2011 1 de Setembro de 2011 a 31 de Dezembro de 2011 Financiamento IDT, I.P. CML 720.000,00 180.000,00 148.910,59 376.310,20 94.077,55 90.550,36 133.333,33 Totais 1.349.104,48 274.077,55