EFEITO DO GLYPHOSATE NA PRODUTIVIDADE DO MILHO RR2 CULTIVADO NA SAFRINHA

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Transcrição:

EFEITO DO GLYPHOSATE NA PRODUTIVIDADE DO MILHO RR2 CULTIVADO NA SAFRINHA Alfredo Junior Paiola Albrecht (1), Fábio Henrique Krenchinski (2), Leandro Paiola Albrecht (3), Vinícius Gabriel Caneppele Pereira (2), Tânia Brasil (4), Enoir Cristiano Pellizzaro (5), Katle Samaya Wobeto (2), Henrique Fabricio Placido (2) Introdução O milho safrinha apresentou área plantada de 8.997,8 hectares na safra 2012/13 com aumento de 18,1% quando comparado a safra 2011/12, e produção de 46.179,5 mil toneladas com aumento de 18,1% em relação a safra anterior (CONAB, 2013); isso demonstra a grande importância do milho safrinha cultivado no Brasil. Com isso é constante o investimento em novas técnicas de cultivo, novos híbridos e novas tecnologias. Neste contexto, o milho Roundup Ready (RR2), possui característica de tolerância ao herbicida glyphosate, utilizado no controle eficiente de muitas plantas daninhas que competem com a cultura do milho. O milho RR é amplamente cultivado em países como Estados Unidos, Canadá, Argentina, África do Sul, Uruguai, Paraguai, Colômbia, entre outros (MONSANTO, 2012). O cultivo do milho RR2 em determinadas situações pode facilitar o manejo de plantas daninhas, já que para obter rendimentos elevados é necessário realizar o controle adequado das infestantes, pois a presença destas interfere no crescimento, desenvolvimento e na produtividade da cultura, o que pode ocasionar perdas no rendimento de 13 a 88 % (PITELLI et al., 2002). Dentre os métodos de controle destas plantas, o químico ainda é o 1 Engenheiro-Agrônomo, Acadêmico de Mestrado em Fitotecnia, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Esalq. Av. Pádua Dias, 11 - Piracicaba/SP - CEP 13418-900. ajpalbrecht@yahoo.com.br. 2 Acadêmicos de agronomia, Universidade Federal do Paraná - Setor Palotina, Rua Pioneiro, 2153 Jardim Dallas, 85950-000. Palotina - PR. fabiohk2@gmail.com; viniciuscpo@hotmail.com; katle_samaya@hotmail.com. 3 Engenheiro-Agrônomo, Dr., Professor da Universidade Federal do Paraná - Setor Palotina. Rua Pioneiro, 2153 Jardim Dallas, 85950-000, Palotina - PR. lpalbrecht@yahoo.com.br. 4 Acadêmica de Tecnologia em Biotecnologia. Universidade Federal do Paraná - Setor Palotina,, Rua Pioneiro, 2153 Jardim Dallas, 85950-000. Palotina - PR. taniabrasil9@hotmail.com. 5Engenheiro-Agrônomo. Supervisor Campo Experimental na C.Vale Cooperativa Agroindustrial. Av. Independência, 2347 Palotina PR. CEP: 85950-000. 2 [1]

mais utilizado. Estima-se que o uso de herbicidas abranja aproximadamente 65% de toda a área cultivada com esse cereal no Brasil (KARAM; GAMA, 2008). No Brasil a tecnologia do milho RR foi aprovada pela CTNBio em 2009 (CTNBIO, 2012), mas comercialmente áreas significativas foram cultivadas somente em 2011, com potencial de aceitabilidade pelos agricultores nos próximos anos, devido às facilidades proporcionadas no controle de plantas daninhas. Nos últimos anos, já são observadas algumas pesquisas dirigidas à obtenção de informações com relação aos efeitos causados pela utilização do herbicida glyphosate aplicado sobre esta cultura, nas formulações que apresentam registro para utilização em pós-emergência do milho. Com isso o objetivo do presente trabalho foi avaliar a aplicação de glyphosate sobre as características envolvidas com a produtividade da cultura do milho safrinha. Material e Métodos O experimento foi realizado na estação experimental da Cooperativa Agroindustrial C-vale no Município de Palotina na safrinha de 2013, em um solo classificado como Latossolo Vermelho Eutroférrico (EMBRAPA, 2006) de textura muito argilosa. O clima que a região apresenta é o Cfa, de acordo com a classificação de Koppen, com 305 m de altitude. O cultivo do milho safrinha foi antecedido por soja. As parcelas foram compostas por seis linhas com comprimento de seis metros. O híbrido de milho utilizado foi o 30F53 HRR, contendo as tecnologias Herculex e Roundup Ready, no espaçamento de 0,45 m com adubação no momento da semeadura de 300 Kg ha -1 da NPK com a formulação de 16-16-16. O emprego das práticas de adubação, instalação da cultura e manejo fitossanitários seguiram as prescrições da Embrapa (2012). O delineamento experimental empregado foi em blocos ao acaso com quatro repetições em esquema fatorial triplo 2x2x5, onde dois foram os manejos (aplicação única e sequencial) dois produtos (Sal de Isopropilamina e Sal de Potássio) e cinco doses (0; 720; 1440; 2160; 2880 g.e.a. ha -1 ). Na aplicação sequencial as doses foram divididas ao meio, e a segunda aplicação ocorreu 14 dias após a primeira. A aplicação foi realizada no estádio V4 de desenvolvimento da cultura. Para a aplicação foi utilizado pulverizador costal propelido a CO 2, com pressão constante de 2 [2]

BAR (ou 29 PSI), uma vazão de 0,65 L min. -1, equipado com barra contendo 4 bicos leque da série Teejet tipo XR 110 02 trabalhando a altura de 50 cm do alvo à velocidade de 1 m s -1, propiciando volume de calda de 200 L ha -1. As parcelas permaneceram livres da presença de plantas daninhas durante todo o ciclo. As variáveis analisadas nesse experimento foram massa de 100 grãos (gramas) e produtividade (kg ha -1 ). Para avaliar a produtividade foram colhidas as quatro fileiras centrais em um comprimento de 4 metros totalizando área útil de 7,2 m 2. A produtividade e a massa de 100 grãos foram corrigidas para 13% de umidade. Foi efetuada análise de variância e todos os desdobramentos necessários, a 5% de probabilidade. Para avaliar o comportamento das doses foi empregada a análise de regressão (p 0,05), enquanto o teste de Tukey foi conclusivo para manejos e formulações (p 0,05). Resultados e Discussão Os dados de produtividade (Tabela 1) apresentaram algumas diferenças significativas entre manejos e formulações, dentro das doses analisadas, porém estas diferenças não puderem estabelecer um padrão de comportamento. Também não foram encontrados resultados significativos para as doses dentro dos manejos e formulações, que possibilitassem o ajuste de regressões. Para a massa de 100 grãos (Tabela 2) as poucas diferenças significativas encontradas entre os resultados também não puderam traçar um perfil de comportamento para esta variável, dentro dos tratamentos utilizados. As doses de Sal de Isopropilamina (Figura 1) apresentaram tendência linear decrescente sobre a massa de 100 grãos dentro do manejo de aplicação única. [3]

Tabela 1. Produtividade (kg ha -1 ) do milho RR, submetida a aplicação de dois manejos, duas formulações e cinco doses de glyphosate. Safrinha 2013, em Palotina - PR. Doses (g.e.a. ha -1 ) Sal de Isopropilamina Sal de Potássio M 1 M 2 M 1 M 2 Produtividade (kg ha -1 ) 0 5.974,76 Aa 5.193,53 Aa 5.647,31 Aa 5.401,30 Aa 720 6.228, 25 Aa 5.347,28 Aa 5.938,19 Aa 4.300,93 Ab 1440 5.492,72 Aa 6.035,44 Aa 5.547,58 Aa 4.714,82 Ba 2160 4.494,57 Ba 5.463,64 Aa 5.873,37 Aa 5.314,04 Aa 2880 5.363,07 Aa 4.206,19 Aa 5.304, 90 Aa 5.223,45 Aa CV (%) 17,29 *Letras maiúsculas iguais, na linha, entre os produtos (Sal de Isopropilamina e Sal de Potássio), e dentro de cada manejo e dose, não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. Letras minúsculas iguais, na linha, entre manejo (M1 e M2) e dentro de cada produto e dose, não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. Tabela 2. Massa de 100 grãos (gramas) do milho RR, submetida a aplicação de dois manejos, duas formulações e cinco doses de glyphosate. Safrinha 2013, em Palotina - PR. Doses (g.e.a. ha -1 ) Sal de Isopropilamina Sal de Potássio M 1 M 2 M 1 M 2 Massa de 100 grãos (g) 0 27,70 Aa 27,06 Aa 27,49 Aa 25,75 Aa 720 27,68 Aa 27,21 Aa 27,50 Aa 27,59 Aa 1440 27,04 Aa 27,27 Ba 27,80 Aa 29,17 Aa 2160 26,78 Aa 26,17 Ba 27,67 Aa 28,26 Aa 2880 25,80 Aa 27,53 Aa 26,56 Aa 27,56 Aa CV (%) 4,58 *Letras maiúsculas iguais, na linha, entre os produtos (Sal de Isopropilamina Sal de Potássio), e dentro de cada manejo e dose, não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. Letras minúsculas iguais, na linha, entre manejo (M1 e M2) e dentro de cada produto e dose, não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. [4]

30 28 Massa de 100 Grãos 26 24 22 Y = 27.94-0.0007x* R 2 : 0,95 20 0 720 1440 2160 2880 Dose (g.e.a ha -1 ) Figura 1. Regressão linear para massa de 100 grãos, influenciada pelas doses do Sal de Isopropilamina, dentro do manejo de aplicação única (M1). * significativo a 5% de probabilidade. Conclusões A aplicação de Sal de Isopropilamina e/ou de Sal de Potássio apresentou algumas interferências na produtividade de milho safrinha, mas de maneira pouco explicável. Já a massa de 100 grãos apresentou uma leve tendência de redução, com o aumento das doses de glyphosate, principalmente para aplicação única do herbicida contendo o Sal de Isopropilamina. Referências CONAB. Acompanhamento da safra brasileira: Grãos: Safra 2012/2013, décimo levantamento, setembro de 2013. Brasília, 2013, 20 p. CTNBio. Aprovações Comerciais CTNBio. Disponível em: <http://www.cib.org.br /ctnbio/eventosaprovados-mai-2012.pdf> Acessado em: 28 de maio de 2012. EMBRAPA MILHO E SORGO. Cultivo de Milho. Sistemas de produção 1. Oitava edição. 2012. [5]

EMBRAPA. Empresa brasileira de pesquisa agropecuaria. Sistema de classificação dos solos. Embrapa solos, 2o ed. Rio de Janeiro, 2006. KARAM, D.; GAMA, J. C. M. Radiografia dos herbicidas. Cultivar; grandes culturas, Pelotas, v. 63, p. 24-27, 2008. MONSANTO. Produtos - Milho Roundup Ready. Disponível em: <http://www. monsanto.com.br/sustentabilidade/produto/milho_roundup_ready_2/milho_roundup_ready _2.asp> Acessado em: 20 de maio de 2012. PITELLI, R. A. et al. Controle da interferência das plantas daninhas na cultura do milho (Zea mays) com herbicidas aplicados em diferentes épocas. In: Congresso brasileiro da ciência das plantas daninhas, 23., 2002, Gramado. Resumos... Londrina: SBCPD/Embrapa Clima Temperado, 2002. p.97. [6]