ANÁLISE SENSORIAL E FISIOLÓGICA DE CAFÉS ARMAZENADOS SUBMETIDOS A DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO E SECAGEM 1

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Transcrição:

ANÁLISE SENSORIAL E FISIOLÓGICA DE CAFÉS ARMAZENADOS SUBMETIDOS A DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO E SECAGEM 1 Marcelo Ribeiro Malta (2) ; Priscilla Magalhães de Lima (3) ; Larissa de Oliveira Fassio (4) ; Marina de Mesquita Silva (5) ; Rafael Mattioli Rezende Chagas (6) ; João Paulo Felicori Carvalho (7) (1) Trabalho financiado pelo Consórcio Pesquisa Café. (2) Pesquisador EPAMIG/Bolsista BIPDT FAPEMIG/EPAMIG Lavras, marcelomalta@epamig.ufla.br; (3) Engenheira de Alimentos da UFLA, priscillamagalhaes.lima@gmail.com; (4) Mestranda em Ciência dos Alimentos da UFLA, larissafassio@yahoo.com.br; (5) Graduanda do curso de Agronomia da UFLA, Bolsista Consórcio Pesquisa Café, marininhamesquita@hotmail.com; (6) Graduando do curso de Química da UFLA, Bolsista PIBIC FAPEMIG/EPAMIG, rafaelmrc@gmail.com; (7) Doutorando em Fitotecnia da UFLA, jpfelicori@gmail.com. RESUMO: Depois de colhido, o café pode ser processado de duas formas: por via seca e via úmida. Na forma de processamento por via seca, o fruto é seco na sua forma integral, dando origem aos cafés denominados naturais. O processamento por via úmida consiste na retirada da casca, polpa e/ou mucilagem do fruto maduro, que são substratos propícios ao desenvolvimento de microrganismos que podem provocar a ocorrência de fermentações prejudiciais à qualidade do café. Vários estudos sinalizam que a composição química dos grãos de café é dependente da forma de processamento e secagem utilizados, contribuindo para características distintas na qualidade do café. Este trabalho teve como objetivo verificar a influência da secagem à sombra, ao sol e em secador na qualidade de cafés processados por via seca e via úmida. Os cafés utilizados neste experimento foram da cultivar Catuaí Amarelo IAC 62 produzidos na Fundação PROCAFÉ em Varginha/MG. Uma vez realizada a colheita seletiva dos frutos maduros, estes foram imediatamente encaminhados para serem processados na Universidade Federal de Lavras. Foram avaliadas três formas de processamento: café natural, desmucilado e despolpado. Após a obtenção destas três formas de processamento, os cafés foram então submetidos à secagem em peneiras à sombra, ao sol e em secadores de camada fixa com controle de temperatura de secagem de 35ºC, até atingirem cerca de 11% de umidade (b.u.). Depois do processo de secagem, os cafés foram armazenados e submetidos à análise sensorial e análise de condutividade elétrica aos 0, 4, 8 e 12 meses de armazenamento. De acordo com os resultados, percebe-se efeito deletério da secagem dos cafés naturais secados em secadores mecânicos ao longo do armazenamento; os cafés obtidos por via úmida apresentam maior tolerância à secagem do que os processados por via seca. PALAVRAS-CHAVE: Coffea arabica L.; pós-colheita; qualidade. SENSORY AND PHYSIOLOGICAL ANALYSIS OF COFFEE STORED SUBMITTED TO DIFFERENT PROCESSING AND DRYING PROCEDURES ABSTRACT: Once harvested, the coffee can be processed in two ways: by dry and wet. As the dry method, the fruit is dried in their entirety, giving rise to so-called natural coffees. The wet processing is the removal of skin, pulp and / or mucilage of the ripe fruit, which are substrates favor the development of microorganisms that may cause the occurrence of fermentations harmful to coffee quality. Several studies indicate that the chemical composition of the coffee beans is dependent on processing and drying used, contributing to the different characteristics of quality coffee. This study aimed to verify the influence of shade drying, the sun and dryer in the quality of coffee processed by dry and wet. The coffees used in this experiment were the Catuaí Amarelo IAC 62 produced in PROCAFÉ Foundation in Varginha / MG. Once you have made the selective harvest of ripe fruit, these were immediately forwarded to be processed at the Federal University of Lavras. We evaluated three forms of processing: natural, desmucilled and parchment coffee. After obtaining these three forms of processing, the coffees were then subjected to drying in screens in the shade, the sun and dryers fixed layer to control drying temperature of 35 C to achieve about 11% moisture content (wb). After the drying process, the coffee were stored and subjected to sensory evaluation and analysis of electrical conductivity at 0, 4, 8 and 12 months of storage. According to the results, it is clear deleterious effect of drying natural coffees dried in mechanical dryers during storage; coffees obtained by wet show greater tolerance to drying than processed by dry. KEY WORDS: Coffea arabica L.; post-harvest; quality. INTRODUÇÃO Depois de colhido, o café pode ser preparado de duas formas: por via seca e via úmida. Na forma de preparo por via seca, o fruto é seco na sua forma integral (com casca), dando origem aos cafés denominados coco, de terreiro ou naturais. O preparo por via úmida consiste na retirada da casca, polpa e/ou mucilagem do fruto maduro, que são

substratos propícios ao desenvolvimento de microrganismos que podem provocar a ocorrência de fermentações prejudiciais à qualidade do café (MALTA et al., 2008; MALTA; CHAGAS, 2010). A forma de preparo via úmida pode originar os cafés descascados, despolpados ou desmucilados. Para a obtenção do café cereja descascado, os frutos são descascados mecanicamente e parte da mucilagem ainda permanece aderida ao pergaminho dos frutos. Na obtenção do café despolpado, após o descascamento, a parte da mucilagem que ainda estava aderida aos frutos é removida em tanques de fermentação biológica. Se a remoção desta mucilagem remanescente for realizada mecanicamente, obtém-se então o café desmucilado (MALTA, 2010). Vários estudos sinalizam que a composição química dos grãos de café são dependentes da forma de processamento utilizada (KNOPP et al., 2006; BYTOF et. al, 2005; LELOUP et al., 2004; SELMAR et al., 2004), contribuindo para características distintas na qualidade do café. Em pesquisas recentes tem-se verificado variações no conteúdo de glicose e frutose, bem como de aminoácidos livres nos grãos crus de café dependendo da forma de processamento sem, no entanto, descreverem as interferências das condições de secagem (BYTOF et al., 2005; BYTOF et al.; 2000; LELOUP et al., 2004; SELMAR et al., 2006; SELMAR et al., 2004). Durante a secagem, alterações fisiológicas podem ocorrer comprometendo a qualidade da bebida do café. Vários estudos têm sido realizados no sentido de correlacionar a manutenção da qualidade fisiológica com a qualidade sensorial da bebida durante esse processo (BORÉM et al. 2008; TAVEIRA, 2009; SAATH et al., 2010; OLIVEIRA, 2010). Grãos com membranas mal estruturadas, desorganizadas e danificadas, devido a elevadas temperaturas, lixiviam maior quantidade de solutos, apresentando maiores valores de condutividade elétrica (PRETE, 1992; MALTA et al., 2005). A taxa de secagem tem efeito significativo sobre a qualidade do grão. Altas taxas podem provocar danos físicos, descoloração do produto, manchas, entre outros (AFONSO JÚNIOR, 2001; RIBEIRO et al., 2003). A velocidade de secagem do café é influenciada por vários fatores como temperatura e fluxo de ar de secagem, umidade e temperatura do ar ambiente, teor de água inicial e final do produto (BORÉM et al., 2003; RIBEIRO et al., 2003). Desta forma, este trabalho teve como objetivo verificar o efeito de diferentes condições de processamento e secagem na qualidade do café ao longo do armazenamento. MATERIAL E MÉTODOS Os cafés utilizados neste experimento foram da cultivar Catuaí Amarelo IAC 62 produzidos na Fundação PROCAFÉ em Varginha/MG. Uma vez realizada a colheita seletiva dos frutos maduros, estes foram imediatamente encaminhados para serem processados na Universidade Federal de Lavras. Foram avaliadas três formas de preparo: café cereja natural, cereja desmucilado e cereja despolpado. Para a obtenção dessas três formas de preparo, foi realizada colheita seletiva, sendo colhidos somente os frutos maduros, sendo que parte do café colhido já originou a parcela dos cafés naturais. A parcela de cafés desmucilados foi obtida após a passagem dos frutos pelo lavador, pelo descascador de cerejas e, por último, para a retirada da mucilagem remanescente, passados em desmucilador mecânico. A parcela de cafés despolpados foi obtida da mesma forma que o café desmucilado, sendo que a retirada da mucilagem remanescente foi por meio de fermentação. Após a obtenção destas três formas de preparo, os cafés foram então submetidos à secagem em peneiras à sombra, ao sol e em secadores de camada fixa com controle de temperatura de secagem de 35ºC, até atingirem cerca de 11% de umidade (b.u.). Depois do processo de secagem, os cafés foram armazenados em câmara fria a temperatura de 10 ºC e 60% de umidade relativa. Esses cafés foram avaliados nas seguintes épocas de armazenamento: 0, 4, 8 e 12 meses. Após cada época de armazenamento os cafés eram beneficiados e submetidos à análise sensorial segundo protocolo da Associação Americana de Cafés especiais (SCAA) e a análise de condutividade elétrica (LOEFFLER et al., 1988). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da análise sensorial de cafés armazenados em função de diferentes métodos de processamento e secagem se encontram na Tabela 1 e Gráfico 1. Ao se analisar o desdobramento do processamento dentro de cada nível de secagem e época de armazenamento, não foi observado diferenças significativas na análise sensorial entre as três formas de processamento avaliadas (natural, desmucilado e despolpado) secados nos secadores mecânicos ao início do armazenamento. Também não foram observadas diferenças significativas na análise sensorial dos cafés submetidos a essas três formas de processamento, secadas ao sol e a sombra ao início do armazenamento. Cabe ressaltar que no início do armazenamento, todos os cafés foram classificados como especiais, pois atingiram pontuação igual ou acima de 80 pontos, o que de acordo com protocolo da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), os classifica como cafés especiais. Entretanto, notam-se diferenças significativas na avaliação sensorial nos cafés avaliados aos quatro meses de armazenamento, sendo que os cafés naturais secados nos secadores mecânicos apresentaram as menores pontuações. Esse comportamento foi observado ao longo dos demais tempos de armazenamento avaliados, ou seja, aos oito e doze meses, onde os cafés naturais secados em secadores mecânicos apresentaram as menores notas na análise sensorial.

Percebe-se então, um efeito deletério da secagem dos cafés naturais secados em secadores mecânicos ao longo do armazenamento. Em relação ao tipo de secagem, acredita-se que a taxa de secagem influencia na qualidade do café, sendo que a secagem de cafés em secadores mecânicos muitas vezes é prejudicial à qualidade do café, devido às altas temperaturas e consequentemente, as altas taxas de secagem empregadas. Como a temperatura de secagem da massa de grãos nos secadores mecânicos de camada fixa utilizados neste experimento não ultrapassaram 35ºC acredita-se que esta temperatura de secagem dos grãos não afetou negativamente a qualidade do café, com exceção aos cafés naturais. De acordo com os resultados até agora analisados, sugere-se que os cafés naturais são mais sensíveis ao processo de secagem em secadores mecânicos, devido a maior dificuldade de saída da água para o meio externo devido à proteção exercida pela casca do café natural. Como na secagem mecânica há um aumento da taxa de secagem, infere-se que a proteção exercida pelos componentes do fruto no caso do café natural dificultaria a saída da água dos grãos de café. Malta et al. (2011), observaram que os cafés naturais apresentaram maiores valores de condutividade elétrica e lixiviação de potássio quando submetidos à secagem rápida, ou seja, em secadores mecânicos, o que denota uma maior probabilidade desses cafés de perderem qualidade. Afonso Júnior (2001), estudando aspectos físicos, fisiológicos e de qualidade do café em função da secagem e do armazenamento, afirma que a qualidade dos cafés descascados e despolpados é menos afetada em relação à dos frutos cereja. Segundo esse autor, a variação da temperatura do ar de secagem é a responsável em grande parte por essa perda, enquanto a variação da umidade relativa do ar de secagem pouco interferiu. Tabela 1. Análise sensorial de cafés armazenados submetidos a diferentes métodos de processamento e secagem. Tempo de Secagem Processamento armazenamento (meses) Natural Desmucilado Despolpado 0 Secador 82,25 Aa 81,56 Aa 80,69 Aa Sol 82,81 Aa 82,25 Aa 82,44 Aa Sombra 82,06 Aa 80,00 Aa 81,06 Aa 4 Secador 72,50 Bc 81,50 Aa 81,62 Aa Sol 81,00 Aa 80,50 Aa 80,37 Aa Sombra 78,00 Bb 80,75 Aa 80,00 Aa 8 Secador 76,25 Bb 82,12 Aa 81,00 Aa Sol 80,75 Aa 80,00 Aa 82,15 Aa Sombra 81,62 Aa 80,62 Aa 80,00 Aa 12 Secador 79,00 Cb 84,25 Aa 81,38 Ba Sol 81,12 Aa 82,50 Aa 81,62 Aa Sombra 82,12 Aa 82,00 Aa 82,12 Aa Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Gráfico 1. Valores médios da análise sensorial (nota final) de cafés armazenados submetidos a diferentes métodos de processamento e secagem.

Já em relação aos resultados de condutividade elétrica, percebe-se que, independente do método de secagem, os cafés processados de forma natural apresentaram os maiores valores (Tabela 2 e Figura 2). Esses resultados estão de acordo com trabalhos recentes, os quais confirmam que os cafés despolpados são mais tolerantes à secagem que os cafés naturais, independentemente do método de secagem a que são submetidos. Segundo Taveira (2009), o café despolpado é mais tolerante à secagem do que o café natural, independente do método de secagem, apresentando melhor qualidade fisiológica. Resultados semelhantes também foram verificados por Oliveira (2010), que observou maiores valores de condutividade elétrica e de lixiviação de potássio nos cafés naturais, quando comparados com os cafés despolpados, o que, segundo o autor, é resultado da manutenção das estruturas celulares e da qualidade do café despolpado. Segundo Prete (1992), a maior tolerância de cafés despolpados à secagem, em relação aos cafés naturais, está relacionada ao menor tempo de exposição a altas temperaturas, devido à remoção do exocarpo e da mucilagem. Tabela 2. Condutividade elétrica (µs.cm -1.g -1 de amostra) de cafés armazenados submetidos a diferentes métodos de processamento e secagem. Tempo de Secagem Processamento armazenamento (meses) Natural Desmucilado Despolpado 0 Secador 115,22 Ab 85,69 Bb 79,34 Ca Sol 100,16 Ac 98,27 Ba 72,35 Bb Sombra 121,34Aa 81,86 Bc 69,70 Cc 4 Secador 108,07 Aa 84,63 Bb 89,43 Ba Sol 103,18 Ab 92,94 Ba 90,10 Ba Sombra 105,83 Aa 92,65 Ba 77,09 Cb 8 Secador 148,74 Aa 95,02 Ba 92,88 Ba Sol 146,09 Ab 91,59 Bb 93,22 Ba Sombra 136,06 Ac 95,17 Ba 89,95 Cb 12 Secador 131,99 Ab 68,72 Cc 78,61 Bb Sol 141,76 Aa 77,52 Ca 84,04 Ba Sombra 118,92 Ac 73,89 Bb 70,02 Cc Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Gráfico 2. Valores médios da condutividade elétrica (µs.cm -1.g -1 de amostra) de cafés armazenados submetidos a diferentes métodos de processamento e secagem. CONCLUSÕES De acordo com os resultados, percebe-se que: Os cafés obtidos por via úmida apresentam maior tolerância à secagem do que os processados por via seca; Existe efeito deletério da secagem dos cafés naturais secados em secadores mecânicos verificados ao longo do armazenamento.

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