O ESPIRITISMO UMA CIÊNCIA, FILOSOFIA E RELIGIÃO



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Transcrição:

O ESPIRITISMO UMA CIÊNCIA, FILOSOFIA E RELIGIÃO 1 Engenheiro Eletricista UNB/1982 - Medicina UFGo/1993 Especialista em Psiquiatria ABP E-mail: jezielsramos@hotmail.com Por: Jeziel da Silva Ramos. APRESENTAÇÃO A maioria das pessoas que não conhecem o Espiritismo, que não lhe compreendem nem os objetivos nem os fins, fazem dele, quase sempre, uma idéia falsa. Sabemos que apenas o relato dos fenômenos espíritas não basta para a sua compreensão. Muitas pessoas que são testemunhas de fatos espirituais mais sérios e impressionantes ficam mais espantadas do que convencidas. Quanto mais o efeito parece extraordinário, mais dele se suspeita. Somente um estudo sério pode conduzir à convicção. POR EXEMPLO, TODOS NÓS SABEMOS QUE: CHICO XAVIER, o maior fenômeno mediúnico de todos os tempos, que estudou apenas até a 4ª série do ensino fundamental (4 anos de estudos!) escreveu 412 livros, através da psicografia, ou seja, por influência dos espíritos, pela inspiração dos espíritos, como ele mesmo afirmava. Chico Xavier não era um escritor, era um médium, intermediário dos espíritos. JOANA DARC, a heroína da França, através de suas conversas com os espíritos que a orientava, com apenas 19 anos de idade, comandou os exércitos franceses no final do século XV contra os exércitos ingleses e libertou o povo francês. Joana Darc não era um soldado e nem uma louca. Ela era uma médium, intermediária dos espíritos. SÃO JOSÉ, pai de Jesus, recebeu em sonho a visita de um anjo (um ser espiritual, um espírito) que lhe orientou a fugir para o Egito porque Herodes iria matar as crianças na tentativa de eliminar o novo rei dos judeus. São José não era um adivinho, nem era um profeta. São José era um médium, intermediário dos espíritos. A MEDIUNIDADE É NATURAL E assim, a história e a própria Bíblia estão repletas de relatos destes fenômenos naturais que aconteceram em todas as épocas e em todos os povos e civilizações. O fenômeno mediúnico, ou seja, a possibilidade de podermos nos comunicar com aqueles que já passaram para o outro mundo (o que chamamos erroneamente de morte), é natural e sempre aconteceu em todas as épocas e ainda acontece em várias organizações religiosas, em diversos lugares. A MEDIUNIDADE não foi inventada ou criada pelo Espiritismo. É uma sensibilidade, uma espécie de um sexto sentido, uma faculdade que todos os seres humanos possuem em menor ou maior grau. A MEDIUNIDADE não depende de nossas crenças religiosas. É um dom natural.

E ASSIM SURGIU O ESPIRITISMO Foi assim, que no século XIX, o professor e escritor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (nascido em Lyon, 3 de outubro de 1804 e desencarnado em Paris, 31 de março de 1869), assumindo o pseudônimo de ALLAN KARDEC, começou a estudar os fenômenos mediúnicos que ocorriam com grande frequência na sociedade européia e norte-americana daquela época. Mediante uma análise completa destes fenômenos, com rigor e seriedade científica, concluiu que existia INTELIGÊNCIAS ESPIRITUAIS por detrás deste acontecimentos e que nada mais era que os próprios espíritos dos homens que já haviam morrido, ou seja, aquelas mesmas pessoas que já haviam vivido na Terra continuavam vivos em um outro mundo, que ele chamou de MUNDO DOS ESPÍRITOS, e continuavam a viver com as mesmas identidades e personalidades. Ou seja, KARDEC DEMONSTROU QUE A MORTE NÃO EXISTE, que a vida continua plena do outro lado da vida, que é apenas o corpo material que morre pois a alma é imortal e eterna. Allan Kardec aprofundou em seus estudos e pesquisas, com a seriedade de um verdadeiro cientista, sem preconceitos e ilusões, utilizando o raciocínio e a mais profunda lógica, estabelecendo os princípios de uma NOVA RELIGIÃO com fundamentos filosóficos e morais amplos e uma base científica sólida. Através de profundos estudos e pesquisas, e observação rigorosa, utilizando comunicações mediúnicas sérias de vários médiuns de diversos países (universalidade dos fenômenos espíritas), utilizando rigoroso critério e análise científica, Allan Kardec codificou uma doutrina que ele denominou de ESPIRITISMO, com a publicação de cinco livros fundamentais que são as obras básicas da codificação espírita: 1) LIVRO DOS ESPÍRITOS os fundamentos filosóficos. 2) LIVRO DOS MÉDIUNS os fenômenos experimentais mediúnicos. 3) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO a base moral e evangélica cristã. 4) A GÊNESE sobre a origem da vida e do universo. 5) O CÉU E O INFERNO sobre as penas e felicidades futuras. OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESPIRITISMO 1) DEUS É A INTELIGÊNCIA SUPREMA, causa primária de todas as coisas. A vida no Universo todo é presidida segundo as leis sábias e justas de Deus. Somos todos filhos amados de Deus, criados por Ele e destinados a felicidade completa! 2) JESUS É O MESTRE DIVINO, o espírito mais perfeito que já viveu entre nós, enviado por Deus à Terra para nos ensinar as leis maiores do AMOR. O Espiritismo é uma religião essencialmente cristã, e tem como base o Evangelho de Jesus. 3) TODOS NÓS SOMOS SERES ESPIRITUAIS em evolução, numa passagem transitória pelo mundo material. A vida no corpo material é uma escola, em que aprendemos as grandes Leis da Vida, as leis morais ensinadas pelo MESTRE JESUS.

4) A EVOLUÇÃO É LEI DA VIDA a que todos estão submetidos, caminhando em busca de nossa felicidade, de acordo com nossos méritos e esforços próprios. Todos nós estamos destinados a evoluir sempre, no sentido do aprendizado dos valores morais e intelectuais. 5) A MORTE NÃO EXISTE no sentido da eliminação da vida e da consciência, pois o corpo material é apenas um envoltório do Espírito que, após a sua destruição (morte), passa a viver com o seu corpo espiritual (perispírito) do outro lado da vida, povoando outro mundo que chamamos MUNDO ESPIRITUAL. 6) A VIDA É UMA GRANDE ESCOLA que, para a conquista de novos valores e aprendizados, a Lei de Deus nos oferece infinitas possibilidades, com retornos sucessivos à vida material através da reencarnação, ou seja, assumindo uma nova existência material. Se falharmos numa existência e se tivermos mais ensinamentos a aprender, devemos voltar a viver uma nova existência terrestre, num novo corpo físico, como numa escola em que passamos gradualmente de ano escolar para outro até o último grau de aprendizagem. 7) A REENCARNAÇÃO É LEI DA VIDA que todos nós estamos passando e necessitamos. As diferenças que observamos de destinos (diferenças sociais, físicas, intelectuais, saúde e doenças) são devidas às programações de reencarnações diferentes que escolhemos, necessárias para o nosso aprendizado e progresso. Jesus ensinou que nascer de novo era a condição para a conquista de nossa felicidade. 8) NÃO EXISTE CONDENAÇÃO ETERNA. Jamais estaremos condenados eternamente pelos nossos erros e desacertos, pois a misericórdia de Deus é infinita e oferece a todos oportunidades de reparação e recomeço. Todos os espíritos são filhos amados de Deus e todos estarão, um dia, caminhando na estrada do bem e do amor. Os erros que não reparamos nessa existência, temos a oportunidade de reparar em existências futuras. 9) SOMOS RESPONSÁVEIS PELOS NOSSOS DESTINOS e a Lei de Ação e Reação nos corrige de nossos erros, retornando para nós mesmos as dores que provocamos em nossos irmãos. A cada um de acordo com os seus méritos. 10) OS LAÇOS DE AFEIÇÃO NÃO SE ROMPEM COM A MORTE DO CORPO. Os espíritos conservam os mesmos sentimentos, bons ou ruins, que tiveram pelos homens enquanto viviam na Terra. Portanto, a morte do corpo físico não rompe com os laços de afeição que temos pelos nossos entes queridos. Nossa família espiritual continua além da vida material, onde todos nos reencontraremos um dia. 11) A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS É NATURAL. Os espíritos fora do corpo material (desencarnados) podem se comunicar com os seres humanos ainda no mundo material, através do mecanismo que chamamos mediunidade. A influência dos espíritos sobre o mundo material é um fenômeno natural que sempre existiu em todas as épocas da humanidade.

12) TODOS OS ESPÍRITOS PODEM SE COMUNICAR. Os bons espíritos podem nos influenciar para o bem, colaborando como nosso aprendizado e nos fortalecendo diante de nossas lutas e sofrimentos. Os espíritos inferiores podem nos influenciar para o erro. A influência que recebemos sempre dependerá de nós mesmos, de nossa sintonia de pensamentos e sentimentos, da nossa natureza boa ou má, de nossos pensamentos e nossas intenções mais íntimas. Se estivermos pensando no bem, sempre atrairemos o bem. Se estivermos pensando e vivendo no mal, atrairemos o mal. 13) O OBJETIVO DA EXISTÊNCIA É ADQUIRIR SABEDORIA E AMOR através das experiências e das provas que a sabedoria divina nos oferece sempre de acordo com as nossas necessidades, capacidades e merecimentos, e o Evangelho do Mestre Jesus é o nosso guia seguro e perfeito para iluminar a nossa consciência e caminhada. IMPLICAÇÕES BÁSICAS DO ESPIRITISMO 1) O ESPIRITISMO É UMA RELIGIÃO CRISTÃ, o Consolador Prometido por Jesus que viria no tempo certo esclarecer o que os homens não poderiam compreender na época e colocaria no lugar as idéias e as práticas que os homens porventura interpretariam de forma errônea. O Espiritismo veio ensinar muitas verdades e relembrar tudo o que o Cristo havia dito. (Ver: JOÃO, capítulo XIV, versículos 16, 16, 17 e 26) 2) O ESPIRITISMO tem como princípio básico a orientação do Mestre Jesus: Amar a Deus sobre todas a coisas e ao próximo como a si mesmo. Toda as Leis de Deus e todos os ensinamentos dos mais diferentes profetas e religiões de todos os tempos se resume no AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO. (Ver: MATEUS, capítulo XXII, versículos 34 a 40) 3) AS PRÁTICAS ESPÍRITAS são absolutamente gratuitas e têm sempre a finalidade de fazer o bem, com amor e equilíbrio, sem imposições, sem proselitismo e sem dogmas. Nas suas práticas não usa rituais, não utiliza amuletos e nem imagens, nem usa defumações e velas, não usa vestimentas especiais. Não faz adorações, nem promessas, nem adivinhações, nem amarrações e coisas semelhantes. O Espiritismo acredita que Deus deve ser adorado na sua mais pura essência e verdade. A Verdadeira Oração é aquela feita com o coração, com elevação da alma a Deus. 4) O ESPIRITISMO não possui sacerdócios, padres, pastores, gurus, mestres ou guias, pois acredita que cada ser humano deve se guiar pela sua própria consciência e pela sua luz interior, e que Jesus é o único e verdadeiro Mestre, e que o Evangelho é o mais importante guia moral e espiritual para a nossa iluminação. O nosso maior juiz é a nossa consciência. 5) O ESPIRITISMO é uma religião consoladora porque oferece uma explicação lógica e racional para os sofrimentos humanos, em perfeita concordância com a Justiça Divina. Compreendemos as

causas de nossos sofrimentos. Suaviza as amarguras e tristezas de nossa vida, acalma as agitações da alma, dissipa as incertezas ou os temores do futuro, fortalece nossa esperança e nos dá a coragem suficiente para enfrentar nossas lutas diárias com dignidade e sem revoltas. 6) O ESPIRITISMO desvenda os grandes segredos da morte e nos apresenta a vida em sua verdadeira realidade. Esclarecendo sobre a vida espiritual, retira os véus das ilusões, as dúvidas e os mistérios sobre o destino após a morte do corpo físico. Há muitas moradas (espirituais e materiais) no Universo, e a Terra é apenas umas delas. 7) O ESPIRITISMO é a doutrina da fé raciocinada, pois é baseada em fenômenos naturais e os seus ensinamentos estão em plena concordância com as leis perfeitas e soberanas criadas por Deus. Para compreender os fenômenos da vida é necessário tudo passar pela análise da razão e da lógica. O Universo é Obra Inteligentíssima. 8) O ESPIRITISMO não acredita em milagres no sentido da violação das leis naturais, pois demonstra que todos os fenômenos possuem uma explicação lógica e científica e que Deus não demonstra a sua sabedoria violando as suas próprias leis. Tudo é ordem no Universo. 9) O ESPIRITISMO acredita na Ciência e com ela caminha no sentido de que todos os fenômenos da natureza obedecem a leis perfeitas e que os homens gradualmente, com a evolução espiritual, moral e intelectual, vão descobrindo. Se a Ciência demonstrar um novo princípio ou conhecimento, o Espiritismo segue a Ciência. 10) O ESPIRITIMO demonstra que nós somos os próprios responsáveis pelo nosso destino, pelas nossas felicidades ou sofrimentos. Tudo depende das escolhas que fazemos, e dos esforços que empreendemos para corrigir as nossas más tendências. O exercício do livre arbítrio é sagrado, e nos oferece o mérito de nossas próprias conquistas e felicidade, como também a responsabilidade pelos nossos sofrimentos e dores. A cada um de acordo com as suas obras. 11) O ESPIRITISMO demonstra a realidade da LEI DE CAUSA E EFEITO Toda ação produz uma reação. O mesmo princípio material da lei da ação e reação que observamos na física, também existe uma lei correspondente no plano moral. Se aplicamos uma força (AÇÃO) sobre um objeto, recebemos uma ação contrária (REAÇÃO), com a mesma intensidade, mas no sentido oposto. Se batermos com a mão numa parede, recebemos em nossa mão uma reação com a mesma intensidade. Se agimos praticando o mal contra alguém, recebemos exatamente a mesma reação do mal em nós mesmos. O mesmo acontece se fazemos o bem, receberemos o bem. Os efeitos, resultantes das causas, podem ser imediatos ou futuros. Não há como escapar. 12) O ESPIRITIMO demonstra que nós possuímos o LIVRE ARBÍTRIO, que temos a liberdade de ação. Por sermos livres, somos também, proporcionalmente, responsáveis. As ações podem ser materiais ou mentais. O pensamento é ação mental e, portanto, resulta em efeito para quem o emite. Bons pensamentos produzem bons efeitos. Somos também responsáveis pelos nossos pensamentos e sentimentos.

A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO A história: ano de 1848, as irmãs Fox Hydesville, EUA. Historicamente, o Espiritismo surgiu motivado pelos fenômenos de movimentação de objetos, verificados em diferentes países, na Europa, na América e noutras partes do mundo. O marco de tais acontecimentos, todavia, foram as manifestações ocorridas na aldeia de Hydesville, no condado de Wayne, perto de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Ali morava a família Fox, composta de três filhas, das quais duas viviam com os pais. Numa noite do ano de 1848, nas paredes de madeira do barracão de John Fox começaram a soar pancadas incomodativas, perturbando o sono da família, toda ela metodista. As meninas Katherine (Katie ou Kate), de nove anos de idade, e Margareth, de doze anos, correram para o quarto dos pais, assustadas com os golpes fortes no teto e paredes do seu quarto. O Sr. Fox fez buscas completas pelo interior e exterior da casa, mas nada encontrou que explicasse as ocorrências. A menina Kate, um dia, já habituada ao fenômeno, pôs-se a imitar as pancadas, batendo com os dedos sobre um móvel, enquanto exclamava, em direção ao ponto, a brincar: Agora, faça o mesmo que eu: conte um dois, três, quatro, e ao mesmo tempo dava pancadas com os dedos. Foi-lhe plenamente satisfeito esse pedido, deixando a todos estupefatos e medrosos. As meninas Fox eram protestantes e supunham tratar-se do demônio. A família Fox estava alarmada; acorreram vizinhos e curiosos. Idealizou, então, o alfabeto, para poderem traduzir as pancadas e compreenderem o que dizia o invisível. O batedor invisível contou a sua história: chamava-se Charles Rosna; fora um vendedor ambulante e, hospedado naquela casa pelo casal Bell, ali o assassinaram, para roubar-lhe a mercadoria e o dinheiro que trazia, e o seu corpo fora sepultado no interior da casa. Fizeram uma busca no local indicado e aí encontraram tábuas, alcatrão, cal, cabelos, ossos, utensílios. Em 23 de Novembro de 1904, o Boston Journal noticiava que o esqueleto do homem que possivelmente produziu as batidas, ouvidas inicialmente pelas irmãs Fox, em 1848, fora encontrado na adega da casa dos Fox, e as mesmas estavam, portanto, eximidas de qualquer dúvida com respeito à sinceridade delas na descoberta da comunicação dos espíritos. Fenômenos semelhantes passaram a ser reproduzidos em vários locais, em diversos países, com pessoas diferentes, de culturas diferentes. Percebeu-se, então, que o fenômeno era UNIVERSAL. As explicações dos fenômenos. Inicialmente pensou-se que aqueles fenômenos pudessem ser explicados pela corrente elétrica ou pelo magnetismo. Mas, depois, mediante análise cuidadosa e obedecendo todo o rigor científico, verificou-se que nenhuma força externa conhecida interferia nos acontecimentos e que as comunicações e as informações não eram de conhecimento de nenhuma das pessoas presentes no local e que as respostas obtidas eram inteligentes, e que obedeciam a uma vontade que não era

controlada por ninguém que estava presente no local. Os fenômenos obedeciam uma inteligência desconhecida. E, para efeitos inteligentes, concluiu-se que existia uma causa inteligente. Percebeu-se também, que para a ocorrência destes fenômenos havia sempre a necessidade da presença de alguma pessoa em especial, que foi chamada, então, de médium. Paris, França - Os estudos e pesquisas de Allan Kardec. Desde o início dos famosos fenômenos espíritas que envolveram a família Fox, em Hydesville (EUA), demorou-se menos de 10 anos para que fenômenos semelhantes passassem a chamar a atenção pública não somente nos Estados Unidos, mas também na Europa. O Sr. Hippolyte Léon Denizard Rivail, educador, professor, poliglota, homem sério e dedicado aos assuntos científicos, acostumado às análises racionais, não se interessou de imediato a conhecer os ditos fenômenos estranhos que eram objetos de brincadeiras nos salões da Europa do século 19. O Sr. Rivail, como então era conhecido Allan Kardec, é informado por um amigo, Sr. Fortier, acerca da ocorrência dos fenômenos espíritas de mesas que se movimentavam sozinhas, as chamadas mesas girantes. Embora estranhando-os, não os julgou impossíveis, já que poderiam ter alguma causa física ainda não bem determinada. No entanto, algum tempo depois esse mesmo Sr. Fortier lhe disse que as mesas também "falavam", isto é, davam sinais de inteligência. A reação de Kardec agora foi cética: "Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula." Em maio de 1855, O Sr. Rivail vai, em companhia de Fortier, à casa da Sra. Roger onde conhece o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison. Este lhe fala dos fenômenos, mas com seriedade e frieza, o que o predispõe, finalmente, a observar os fatos. Assim foi que Rivail assiste a algumas experiências na casa da Sra. Plainemaison. Rivail impressiona-se com os fenômenos, que se verificavam em condições "que não deixavam lugar para qualquer dúvida. [...] Havia ali um fato que necessariamente decorria de uma causa. Eu entrevia naquelas aparentes futilidades [...] qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo." Rivail conhece a família Baudin que lhe convida a freqüentar assiduamente as sessões semanais que se realizavam em sua casa. Os médiuns eram as filhas do casal, Caroline e Julie, que no início escreviam as mensagens dos espíritos com o auxílio de um objeto de madeira. De numerosas e frívolas que eram, sob a influência de Rivail as reuniões passaram a reservadas e sérias, dedicadas à pesquisa racional e metódica do novo domínio. "Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exploração que ia empreender; percebi, naqueles fenômenos, a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da humanidade [...]. Era, em suma, toda uma revolução nas idéias e nas crenças; fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspeção, e não levianamente; ser positivista e não idealista, para não me deixar iludir". Rivail submetia aos Espíritos uma série de perguntas visando a elucidar problemas relativos à filosofia, à psicologia e à natureza do mundo invisível. Os livros básicos da Codificação Espírita. No ano de 1856, o Sr. Rivail passou a freqüentar também as reuniões espíritas da casa do Sr. Roustan. O médium era a Srta. Japhet. As anotações de Rivail, provenientes em grande parte das

comunicações obtidas pelas Srtas. Baudin, tomaram as proporções de um livro, embora se saiba que por volta de abril ainda não estava claro para ele que deveria ser um dia publicado. Depois que isso se tornou evidente, foi por intermédio da Srta. Japhet que os Espíritos auxiliaram Rivail a fazer uma revisão completa do texto já elaborado. Era o Livro dos Espíritos. No início do ano de 1857 (Paris), o texto manuscrito de O Livro dos Espíritos está concluído. Em 18 de abril, vem à luz a primeira edição de O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a natureza dos Espíritos, a imortalidade da alma, suas manifestações e suas relações com os homens; as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade; escrito sob o ditado e publicado por ordem de Espíritos Superiores por Allan Kardec. É a primeira obra da Codificação Espírita. Continuando seus estudos e investigações, Allan Kardec, nome que o Sr. Rivail passou a ser chamado por orientação dos Espíritos que o inspiravam na sua missão, publicou em 1861 o guia dos médiuns e evocadores, O LIVRO DOS MÉDIUNS. Nesta obra, estão expostas as bases experimentais do Espiritismo, o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo, constituindo um seguimento de O Livro dos Espíritos. No ano de 1866, Kardec faz vir à luz o terceiro livro da codificação, O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, obra que contém a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiritismo e a sua aplicação às diversas posições na vida. E, em 1 o de agosto de 1865, é publicado o quarto livro, O CÉU E O INFERNO, ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo. Contendo o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, as penas e recompensas futuras, os anjos e os demônios, as penas eternas, etc.; seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte. "Por mim mesmo juro, disse o Senhor Deus, que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva." (Ezequiel, 33:11). O último livro da codificação é publicado em 6 de janeiro de 1868, A GÊNESE, os milagres e as predições segundo o Espiritismo, que nos dizeres de Kardec apresenta este livro: A Doutrina Espírita é resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as Leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação (violação) delas. Para Deus, o passado e o futuro são só presente. O ESPIRITISMO E O CRISTIANISMO Espiritismo: uma religião natural, uma ciência e uma filosofia. O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corporal. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos, até então atirados, por essa razão, ao domínio do fantástico e do maravilhoso. É a

essas relações que o Cristo faz alusão, em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse permanecem inatingíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave com a ajuda da qual tudo se explica com facilidade. A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento temna no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários. É, de certa maneira, um ser coletivo, formado pelo conjunto dos seres do mundo espiritual, cada um dos quais traz o tributo de suas luzes aos homens, para lhes tornar conhecido esse mundo e a sorte que os espera. Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra. Espiritismo: o consolador prometido por Jesus. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-loeis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (JESUS, João, capítulo XIV, versículos de 15 a 17 e 26.) Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido. O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: "Ouçam os que têm ouvidos para ouvir." O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores. BIBLIOGRAFIA: 1. KARDEC, A.: O Livro dos Espíritos. FEB Editora, 76ª edição, 1995. 2. : O que é o Espiritismo. Leon Denis Gráfica & Editora, Rio de Janeiro, RJ, 1ª. Edição, 2008. 3. : A Gênese. Editora FEB Editora, 41 a edição, 2002. 4. : O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB editora, 119a edição, 2002.