ÍNDICE DE SUCESSO ESCOLAR NO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO: DIPLOMADOS EM

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Transcrição:

ÍNDICE DE SUCESSO ESCOLAR NO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO: DIPLOMADOS EM 2002-2003 Direcção de Serviços de Estatística e de Indicadores do Observatório da Ciência e do Ensino Superior 25.05.2004

1. Dados. 1.1 Os dados utilizados no presente documento foram extraídos dos inquéritos estatísticos anuais de alunos do ensino superior público realizados pela Direcção de Serviços de Estatística e de Indicadores do Observatório da Ciência e do Ensino Superior 1. 1.2 Algumas instituições, no quadro do processo referido em 4, actualizaram os dados estatísticos para data posterior à data de referência do inquérito anual 2. 2. Universo. 2.1 Foram considerados todos os estabelecimentos de ensino superior público dependentes exclusivamente do Ministério da Ciência e do Ensino Superior. 2.2 No caso das Universidades do Algarve e de Aveiro, as unidades orgânicas de ensino superior politécnico foram consideradas na secção deste tipo de ensino. 2.3 Foram considerados todos os cursos de formação inicial que, no ano lectivo de 2002-2003, tinham já funcionado durante um número de anos igual ou superior ao da sua duração normal. 2.4 Considerando os condicionalismos subjacentes à metodologia adiante descrita, nos cursos de licenciatura bietápica apenas se considerou o 1.º ciclo. 3. Metodologia. 3.1 Para o cálculo do insucesso foi adoptado o conceito de «survival rate» da OCDE: «Survival rate at the tertiary level is defined as the proportion of new entrants to the specified level of education who successfully complete a first qualification. It is calculated as the ratio of the number of students who are awarded an initial degree to the number of new entrants to the level n years before, n being the number of years of full-time study required to complete the degree.» 3 1 2 3 Anteriormente pela Direcção de Serviços de Apoio Técnico da Direcção-Geral do Ensino Superior. O inquérito anual reporta-se à situação em 31 de Dezembro de cada ano. OECD, Education at a Glance: OECD Indicators 2003. ISBN 92-64-10233-7. 2

3.2. Este método supõe que os cursos tenham atingido já alguma estabilidade, sendo aconselhável um número de anos de funcionamento igual ao dobro da duração do curso. 3.3. Refira-se ainda que, para que este método seja mais fidedigno, nesse período de tempo os ingressos deverão ser semelhantes. 3.4. Dadas as transformações que se têm observado no sistema de ensino superior português, nomeadamente no que se refere à criação de novos cursos, mudanças de grau, designação e/ou duração dos mesmos, este pressuposto metodológico não está presente em muitos casos pelo que os resultados são apresentados com alguma reserva. 4. Audição dos estabelecimentos de ensino. 4.1 Audição Dada a importância que estes índices poderão vir a ter no quadro da definição de índices de qualidade, foi dado conhecimento a todas as instituições de ensino superior dos valores calculados e solicitada a confirmação dos dados e eventuais comentários e sugestões. 4.2 Comentários Os comentários remetidos pelas instituições de ensino superior referem as seguintes objecções à metodologia adoptada: a) A taxa só tem significado comparativo para cursos estabilizados e com funcionamento há um número significativo de anos; b) Nos cursos em que estão a sair os primeiros diplomados apenas são contabilizados os alunos que completaram o curso no número mínimo de anos; c) A taxa introduz distorções quando o número de alunos entrados não se manteve estável, diminuindo o insucesso nos cursos em que esse número estava em decréscimo e aumentando-o quando a evolução era crescente; d) A existência de trabalhadores-estudantes influencia também a taxa de insucesso que não os distingue de entre os alunos a tempo inteiro; 3

e) A taxa não considera a mobilidade entre cursos resultantes de mudanças de curso e transferência que podem ocasionar taxas de sucesso negativo 4 ; f) A fórmula utilizada não distingue insucesso de abandono pelo que, os alunos que abandonaram, antes da obtenção do diploma, o seu percurso académico na instituição contribuem para aumentar a taxa de insucesso. 4.3 Sugestões Além dos comentários enumerados no ponto anterior algumas instituições apresentaram ainda sugestões quanto à fórmula utilizada no cálculo desta taxa: a) Os índices de sucesso e insucesso deveriam ser calculados considerando as médias de alunos diplomados e médias de alunos inscritos em pelo menos dois anos consecutivos; b) O cálculo deste indicador deveria ter em consideração os abandonos registados a nível dos inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano; c) A taxa de sucesso deveria ser calculada com base no número de anos que os alunos demoram a concluir o curso excluindo-se, deste cálculo, os alunos que terminaram o curso num número de anos inferior ao da duração do mesmo 5. 4.4 Aplicação Algumas instituições recomendaram que a avaliação da qualidade dos cursos de ensino superior, para efeitos de aplicação na fórmula de financiamento, não se baseie num só parâmetro (indicador da taxa de sucesso). Solicitaram igualmente informação sobre os termos e as condições em que índices de sucesso vão entrar na definição dos índices de qualidade e na fórmula de financiamento. 4.5 Trabalhos subsequentes Os comentários e sugestões referidos em 4.2 e 4.3 irão ser objecto de ponderação tendo em vista eventuais modificações da metodologia para o próximo ano. 4 5 Por exemplo no caso dos cursos de Medicina quando recebe alunos dos cursos de Medicina Dentária e Ciências Farmacêuticas. Situações que se devem a candidaturas ao abrigo do regime de mudança de curso e transferências entre outras. 4

5. Apresentação dos dados. 5.1 Os dados são apresentados em 4 secções: a) Síntese geral por tipo de ensino e natureza do estabelecimento; b) Síntese por estabelecimento de ensino (universidades, institutos politécnicos e escolas não integradas); c) Síntese por unidades orgânicas (faculdades, escolas, etc.); d) Valores por estabelecimento e curso. 5.2 Em cada uma das secções os dados estão organizados da seguinte forma: Coluna (1) Coluna (2) Duração actual do curso (só aplicável na apresentação dos dados por par estabelecimento/curso) Alunos inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano do curso no ano lectivo t t+1, sendo t=2002-(n-1) e n a duração do curso; Coluna (3) Diplomados no ano lectivo de 2002-2003 6 ; Coluna (4) Coluna (5) Índice de sucesso, igual à relação entre o número de diplomados no ano lectivo de 2002-2003 e o número de alunos inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano no ano lectivo t t+1, sendo t=2002-(n-1) e n a duração do curso; Taxa de insucesso, igual a ((1-IS) x 100) em que IS é o valor do índice de sucesso. 6 No caso dos cursos de licenciatura bietápica apenas os diplomados no 1.º ciclo. 5