Clipping Nacional. Educação



Documentos relacionados
medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

FIES + P ROUNI. 5. Qual o percentual de bolsas complementares para os cursos de Belo Horizonte e para os cursos de Contagem?

M a n u a l E n e m P á g i n a 1

Os fundos de pensão precisam de mais...fundos

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

M a n u a l E n e m P á g i n a 1. Manual do Enem 2015

GRITO PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Clipping Nacional. Educação

ENEM, o que é, o que objetiva?

Clipping de Notícias Educacionais. Fontes: Folha de SP e UOL

Crédito Estudantil Ibmec

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança?

Reforma no Ensino Médio completa 3 anos sem grandes mudanças nos indicadores educacionais

Política de Bolsas e Financiamentos

Entenda agora as mudanças para as novas contratações do FIES

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Política de Bolsas e Financiamentos

Clipping de Notícias Educacionais. Fontes: Agência Brasil, MEC, O Globo e UOL. Inscrições no Prouni do 2º semestre estão abertas

A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar.

INOVAÇÃO. EDUCAÇÃO. GESTÃO EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP

Edital para o Processo Seletivo ISITEC 2016 ORIENTAÇÕES GERAIS

1.2. Quais são as condições do financiamento para novos contratos?

Clipping de Notícias Educacionais. MEC divulga resultado da segunda chamada do Prouni

Investimento em Infraestrutura: O que precisa ser feito?

Ministério da Educação Secretaria de Educação Superior Diretoria de Políticas e Programas de Graduação. Sistema de Seleção Unificada - SISU

REGULAMENTO DA INSCRIÇÃO PARA O PROCESSO DE SELEÇÃO DOS PARTICIPANTES DA 14ª OFICINA DE PRODUÇÃO DE VÍDEO GERAÇÃO FUTURA

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº, DE (Do Sr. Stepan Nercessian)

AGUARDANDO HOMOLOGAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PERGUNTAS FREQUENTES PS 2014

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

M a n u a l d o P r o U n i 2014 P á g i n a 1

Dito isso, vamos ao que interessa para se abrir um escritório contábil:

SEBRAEtec Diferenciação

Empresas não cumprem metas de limpeza de rua em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou com o governador Paulo Hartung no 27º Encontro Econômico Brasil-Alemanha.

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro

INSTITUIÇÕES E FUNDAÇÕES

Clipping Nacional. Educação

GERENCIAMENTO TRIBUTÁRIO

Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP

Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Exame Nacional do Ensino Médio ENEM 2013

Manual de Bolsas e Financiamentos Unimonte

Sind-UTE/MG ANASTASIA, CADÊ OS R$ 8 BILHÕES DA EDUCAÇÃO.

O Ensino a Distância nas diferentes Modalidades da Educação Básica

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Secretaria Nacional de Renda de Cidadania

Veículo: Jornal de Brasília Data: 19/10/2014 Seção: Capa Pág.: 01 Assunto: Reajuste

Programa Renda Melhor Jovem

Projeto recuperação paralela Escola Otávio

> Folha Dirigida, 18/08/2011 Rio de Janeiro RJ Enem começa a mudar as escolas Thiago Lopes

A VERDADE SOBRE AS FUNERÁRIAS NO MUNICÍPIO DO RJ:

Clipping de Notícias Educacionais. Fontes: Agência Brasil, MEC, O Globo e UOL.

A área de educação no Brasil dos últimos 15 anos

MESTRADO 2010/2. As aulas do Mestrado são realizadas no Campus Liberdade, já as matrículas na área de Relacionamento.

Dúvidas sobre ampliação do Mais Médicos e incorporação do Provab

As Formas de Ingresso em Universidades Públicas e Privadas através do ENEM

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

ORIENTAÇÕES DO SISMMAC SOBRE O NOVO PLANO DE CARREIRA

Clipping de Notícias Educacionais. Fontes: Agência Brasil, MEC, O Globo e UOL.

POLÍTICA DE BENEFÍCIOS E CONVÊNIOS PARA A UNIDADE UNESC SERRA ES VIGÊNCIA A PARTIR DE 2015/1

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

1. CURSOS / ATOS LEGAIS / TURNOS / VAGAS. Administração¹ Linha de Formação em Marketing e Entretenimento. Comunicação Social¹ com Habilitação em

36,6% dos empresários gaúchos julgam que o. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que. 66,0% das empresas contempladas pela medida a

METODOLOGIA & Hábito de estudos AULA DADA AULA ESTUDADA

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas

VESTIBULAR: Uma escolha profissional que interliga a família e a escola

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

Escola de Gestão Pública de Palmas em novas instalações

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais

Educa Mais Brasil REGULAMENTO

Nossa Visão. E, por meio da Divisão Global Santander Universidades, reforça seu compromisso com a comunidade acadêmica

SENAI. Linhas de atuação prioritárias : Educação Profissional e Tecnológica Inovação e Tecnologia Industriais

CARTA DA 1ª CONFERÊNCIA INTERATIVA DE PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR DE SEGURO

PORTARIA NORMATIVA Nº 2, DE 26 DE JANEIRO DE 2010

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

Bom Crédito. Lembre-se de que crédito é dinheiro. Passos

PARECE IGUAL... MAS, DO OUTRO LADO, É O BRASIL QUE DÁ CERTO. FICA DO OUTRO LADO DESSE ESPELHO. DESTE LADO, POUCO DINHEIRO NO BOLSO...

EDITAL FACEPE 14/2008 PROGRAMA DE BOLSAS DE INCENTIVO ACADÊMICO - BIA

EDITAL DE SELEÇÃO DE BOLSAS INTEGRAIS DE ESTUDOS NA FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE CANOAS

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: COMO ENFRENTÁ-LOS. Claudia Costin Diretora Global de Educação do Banco Mundial


05 - Como faço para acessar um curso no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle/UFGD.

Testes de ortografia e redação eliminam candidatos a estágio

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

Os bancos públicos e o financiamento para a retomada do crescimento econômico

FACULDADE DECISION DE NEGÓCIOS

O que é Administração

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cursos de graduação em direito: questões atuais de regulação

Apresentação sobre a 3ª Série do Ensino Médio em 2014

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRESIDÊNCIA CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO PLENO RESOLUÇÃO Nº 007/2010

Mesa Redonda: PNE pra Valer!

Transcrição:

Clipping Nacional de Educação 22 de Maio de 2013 Capitare Assessoria de Imprensa SHN, Quadra 2 Bloco F Edifício Executive Tower - Brasília Telefones: (61) 3547-3060 (61) 3522-6090 www.capitare.com.br

JORNAL DO SENADO 22/05/13 00 EDUCAÇÃO Senadores pedem mais tempo para analisar PNE A votação do novo Plano Nacional de Educação (PNE), prevista para ontem, foi adiada mais uma vez. Logo no início da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o relator da proposta (PLC 103/ 2012), José Pimentel (PT-CE), solicitou a retirada da matéria da pauta. O presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ), deferiu o pedido e comunicou que o projeto deverá retornar à pauta na próxima terçafeira. Segundo Pimentel, vários senadores lhe disseram ter necessidade de mais tempo para estudar as medidas propostas. O projeto já havia sido retirado na semana passada para vista coletiva. O PNE destina ao menos 10% do produto interno bruto (PIB) para políticas educacionais e estabelece uma série de obrigações para serem cumpridas no setor nos próximos dez anos. Na CAE, Pimentel tentou resolver o problema de adequação financeira e orçamentária da meta de aplicar 10% do PIB. Ele propôs incorporar ao PNE parte do previsto no Projeto de Lei 5.500/2013, do Executivo, que destina 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do petróleo da camada pré-sal para a educação. A ideia é vincular à educação todos os royalties dos contratos celebrados a partir de 3 de dezembro do ano passado.

22/05/13 00 OPINIÃO

22/05/13 00 MERCADO Entrevista/Rafael Lucchesi Dá para exigir mais do nosso sistema educacional Economista sugere mudanças no ensino como forma de tirar indústria da crise; solução é mais rápida do que se pensa, diz MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO Um trabalhador brasileiro produz, em média, um quarto do que produz um alemão, operando máquinas de mesmo padrão tecnológico. A constatação, do economista Rafael Lucchesi, 48, diretor de Educação da CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostra que devolver competitividade à indústria envolve mais esforços do que cortar impostos e aumentar o crédito para a compra de máquinas. Para ele, é preciso modificar o sistema de ensino e abrir espaço para a formação profissional. Agenda que, na sua avaliação, se tornou tão relevante quanto os programas sociais nos últimos anos. Folha - Economistas atribuem a crise da indústria à menor capacidade de concorrer com importados, resultado da perda de produtividade [medida de eficiência]. Quais são os motivos da baixa eficiência? Rafael Lucchesi - O diagnóstico está correto. Vários fatores interferem na produtividade, mas o principal deles é o capital humano. Nossa baixa produtividade é resultado direto do padrão educacional do país. Sondagens feitas pela CNI com empresários mostram que grande parte dos problemas é resultado de deficiências [dos funcionários] em raciocínio abstrato, matemática e domínio de línguas. Como isso se traduz em menor produtividade? Em uma indústria que trabalha em três turnos, por exemplo, o trabalhador não sabe redigir um relatório de turno. Não sabe ler o manual de operações e não interpreta corretamente um gráfico. Atualmente, com os processos digitais, se o trabalhador não tem capacidade de interpretação abstrata, ele tem problemas que vão se traduzir no seguinte: uma mesma máquina, com o mesmo padrão tecnológico, é muito mais bem operada por um sul-coreano. A produtividade do brasileiro é um terço da produtividade de um coreano, um quarto da de um alemão e um quinto da de um americano. Outra questão diz respeito à nossa matriz educacional. Cerca de 80% dos alunos não vão para a universidade. E o que o sistema educacional dá a esse indivíduo para ir ao mercado de trabalho? Uma má formação em português, em matemática e em ciência. Dá para exigir mais do nosso sistema educacional. O que seria exigir mais? Hoje no Brasil só 6,6% dos jovens de 15 a 19 anos fazem educação regular junto com educação profissional. Esse número na Alemanha está acima de 50%, a média da OCDE [grupo de países mais ricos] está acima de 40%. Ensino técnico é bom para a indústria... Para o país, você dá mais competitividade para a indústria. Para a juventude, você dá uma oportunidade de ingressar mais cedo no mercado de trabalho e ter uma profissão estável e que pode, inclusive, permitir uma ascensão profissional e a continuidade dos estudos. Dessa forma, a gente cria um modelo diferente do atual, em que temos uma pedagogia formada como se todo mundo fosse para a universidade. E não vai. Precisamos que a estrutura educacional se ajuste às necessidades da sociedade. O Brasil está experimentando uma transformação demográfica acelerada, a taxa de natalidade está caindo rapidamente. Parte dos nossos ganhos de produtividade estava associada ao ingresso de jovens no mercado de trabalho. Nosso sistema educacional perdia muita gente, mas em um país de jovens não era problema. Isso não vai voltar a acontecer com a mesma intensidade. Com a fila se escasseando, não podemos nos dar ao luxo de perder tanto. Então é Continua

Continuação importante que preparemos melhor quem vai ingressar no mercado de trabalho. Pode resolver o futuro. Mas a crise da indústria é presente. A velocidade [de mudança] é um pouco mais rápida do que se imagina. A diferença dos sistemas educacionais é como dois prédios. Na educação regular, você entra no primeiro andar, no ensino fundamental, e só tem uma profissão quando concluir a graduação, 17 andares acima. Na educação profissional, é diferente. Se você faz um curso de formação inicial, de 200 horas, pode ter resultado de melhor produtividade desde o primeiro curso, ou do primeiro andar desse prédio. Então, os resultados são mais rápidos e efetivos. Mas qual a proposta prática? Aumentar os cursos técnicos é um passo. O outro é destravar a educação regular. 22/05/13 Nos últimos anos, o governo teve uma agenda importante dos programas sociais. A educação profissional cria uma agenda de cidadania, de formação de indivíduos e aumenta a produtividade da indústria. É a continuidade de uma agenda promotora do capital humano. Sobretudo para a juventude, pois permite a inserção produtiva e atende à necessidade de dar perspectiva para quem não vai para a universidade. Grande parte do abandono do estudo ocorre porque os jovens do ensino médio não veem relação entre o que estão aprendendo e a vida. Estão aprendendo física, química e o pai dando esporro porque é improdutivo em casa. Ele não vai para a universidade porque não tem grana para entrar em uma particular e não tem estudo para entrar numa pública. Então, o que ele vai fazer? Vai trabalhar de balconista, no lavajato... A falta de inovação é outra lacuna da indústria e o esforço do governo e da CNI foi criar a Embrapii [Empresa de Pesquisa e Inovação Industrial]. Por que criar uma estatal? A Embrapii não é uma estatal, é um fundo que vai certificar instituições de pesquisa com pessoal qualificado, equipamentos e um plano de atendimento a empresas. Colocar recursos em pesquisa na universidade, acreditando que vai virar inovação... Toda a literatura diz que isso é ineficiente. Você melhora se o centro se desloca para o que a empresa precisa. Ela vai aportar recursos e não joga dinheiro fora. Se pegarmos os principais fatores para impulsionar a competitividade, não vamos ver grandes mudanças na orientação macroeconômica, nas relações do trabalho, no marco legal e jurídico. Em inovação e em educação é onde podemos responder a essa questão.

22/05/13 00 COTIDIANO Professores decidem manter greve em escolas municipais Prefeitura diz que enviou nova proposta de reajuste a sindicatos DE SÃO PAULO Professores da rede municipal de São Paulo realizaram novo protesto na tarde de ontem e decidiram manter a greve iniciada no último dia 3. A manifestação durou cerca de três horas, reuniu aproximadamente 2.000 pessoas, segundo estimativa da PM, e fechou o viaduto do Chá, em frente à sede da prefeitura, região central da cidade. O sindicato da categoria, porém, aponta que o número de manifestantes pode ter chegado a 6.000. De acordo com o Sinpeem -- entidade que representa 55 mil dos 85 mil professores da rede municipal-- a categoria pede reajuste de 17% a todo o funcionalismo municipal. O percentual seria relativo à recomposição inflacionária relativa a 2011, 2012 e 2013. Em nota, a prefeitura informou ter formalizado ontem para todas as entidades sindicais um conjunto de dez propostas e programas do governo. Ela aponta ainda que tem o compromisso de pagar aos professores, já neste mês, aumento de 10,19% e mais 13,43% em maio de 2014. O sindicato rebate, afirmando que os percentuais anunciados pela prefeitura representam na verdade o cumprindo de acordos firmados em 2010 e 2011 relativos à incorporação dos abonos complementares de pisos. A categoria deve fazer nova assembleia na sexta, também no viaduto do Chá.

22/05/13 00 METRÓPOLE Professores municipais rejeitam reajuste de 10% Os professores da rede municipal de São Paulo rejeitaram o aumento de 10% aprovado ontem pela Câmara Municipal e decidiram manter a greve. Cerca de 400 docentes fizeram protesto ontem no centro. A categoria reivindica aumento de 6,55% retroativo a 2011, 4,61% retroativo a 2012 e de 5,6% imediatos, para 2013. Eles argumentam que só 10% não repõem perdas salariais de 2005 a 2007.

CORREIO BRAZILIENSE 22/05/13 00 BRASIL ENEM 2013» O direito de contestar as notas da redação Ação da Defensoria Pública quer garantir aos estudantes a possibilidade de recorrer contra o resultado oficial. Desde 2012, o Inep só permite que os textos corrigidos sejam vistos na internet GRASIELLE CASTRO O Enem 2012 ficou marcado pelas redações debochadas, com receita de miojo, hinos de clubes e erros crassos Para evitar o embate que ocorre toda vez que sai o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em torno das notas da redação, a Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU-RJ) entrou com uma ação civil pública na 4º Vara Federal para garantir aos estudantes o direito de contestar a avaliação dos textos. Para a DPU, a proposta deve entrar em vigor nesta edição do exame, que está com as inscrições abertas. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ressalta que ainda não foi notificado, mas que, se for, irá recorrer. O Inep, ligado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela prova, explica que atende a um termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado com o Ministério Público Federal em 2011, que garante desde a edição de 2012 a possibilidade de vista das redações a todos os estudantes. O TAC, entretanto, não prevê recursos à nota aplicada. Recentemente, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que a prova do Enem é a mais transparente possível e a única que devolve a redação e explica a pontuação em cada área de competência na qual o estudante é avaliado. Depois das últimas críticas com relação às notas altas dadas a provas que continham receitas de macarrão e erros graves de português, Mercadante anunciou mais rigor nos critérios de correção. A redação que apresentar qualquer inserção deliberadamente indevida, como deboches, será anulada. Os corretores também serão mais severos com erros de português, que só serão tolerados em caráter excepcional e, mesmo assim, se não forem recorrentes. Além disso, o número de corretores vai aumentar cerca de 20% para evitar sobrecarga. O limite de discrepância entre notas de dois corretores (para que um terceiro corretor seja acionado) caiu de 200 para 100. Para a Defensoria Pública, porém, as alterações não são suficientes. O defensor Daniel Macedo, responsável pela ação, acredita que o principal problema é o tempo insuficiente que os avaliadores t~em para corrigir as provas. Poderia ser melhor se ele (o corretor) tivesse dedicação exclusiva. Como não tem, é óbvio que a qualidade da correção é diminuta, opina. Segundo ele, o acesso ao espelho dos textos deixou os candidatos com as mãos atadas. O estudante tem acesso à redação para quê? O caminho natural seria permitir a interposição de recurso administrativo. O TAC é inconstitucional, por criar um obstáculo ao direito de ajuizar um recurso administrativo. Transparência é retirar a dúvida. O estudante pode até ficar olhando o erro do examinador, mas não pode fazer nada, alega. Só na DPU-RJ foram ajuizados 35 recursos no início deste ano para revisão da nota do Enem 2012. Além desses, existem os que foram interpostos pelas outras defensorias nos estados e por advogados particulares. É essa enxurrada de ações que queremos evitar com essa ação, argumenta o defensor. Universidade pública de artes O Ministério da Educação planeja criar mais quatro Continua

Continuação 22/05/13 universidades em 2014. Uma delas será específica para artes e cultura, com cursos de graduação e de pósgraduação. De acordo com o ministro, Aloizio Mercadante, os governador que apresentar o melhor espaço e a melhor arquitetura levará o projeto. Vamos fazer uma seleção pública para a localização da universidade, explica. O ministro também anunciou que escolas públicas de ensino integral receberão R$ 100 milhões para investir em atividades culturais por meio do Programa Mais Cultura nas Escolas, lançado ontem. Serviço As inscrições do Enem estão abertas até o próximo dia 27. Pela primeira vez, a Universidade de Brasília (UnB) vai substituir o tradicional vestibular de fim de ano pelo Enem. As provas serão aplicadas em 26 e 27 de outubro. Memória Histórico de erros Desde que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se tornou uma das principais portas de entrada para as universidades federais, a prova tem sido bastante questionada, principalmente a redação. As últimas edições do Enem foram marcadas por inúmeros recursos de estudantes à Justiça para mudar a nota. Apesar dessa corrida, segundo o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, ninguém conseguiu a revisão no ano passado. Na edição de 2011 pelo menos 129 estudantes tiveram a nota alterada. O caso mais emblemático foi o de Michael de Oliveira. Por causa de um erro técnico, ele conseguiu mudar na Justiça a nota de 0 para 880 (a pontuação máxima é 1.000). As críticas ficaram ainda mais fortes depois que as redações foram disponibilizadas para vista pedagógica. Com a exposição dos textos na internet, ficou evidente que muitas redações com problemas graves conseguiram notas boas. Textos com receita de macarrão instantâneo e hino de futebol receberam notas boas, assim como erros crassos de português como enchergar e trousse foram brindados com nota máxima. Diante do vexame, o Ministério da Educação decidiu tornar o processo de correção das provas mais rigoroso. Ainda assim, há especialistas que acreditam que as alterações não são suficientes.

CORREIO BRAZILIENSE 22/05/13 00 EDITORIAL Descredenciar era inevitável no ProUni A educação é importante demais para depender apenas do poder público. Trata-se de prioridade que deve ser assumida por toda a cidadania e, mais ainda, pelos agentes diretamente envolvidos no sistema de ensino do país. Por isso mesmo, programas que vêm tendo sucesso na inclusão de jovens pobres no ensino superior devem ser levados a sério. É o caso do Programa Universidade para Todos (ProUni), que há pouco mais de sete anos concede bolsas integrais ou parciais em cursos de graduação em instituições particulares de ensino universitário a estudantes que tenham feito boas provas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e comprovem renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa, para a bolsa de 100% do curso, ou até três, para 50%. O sucesso do ProUni é medido pelo número de estudantes beneficiados: 1,2 milhão de bolsas concedidas entre 2005 e o primeiro semestre de 2013. Com pouca burocracia, muita transparência e custo muito inferior ao da eventual ampliação da capacidade das universidades públicas, o ProUni tem ajudado a diminuir o dilema entre a carência de vagas nas instituições públicas e o alto custo das matrículas nas faculdades privadas. Por isso mesmo, acerta o Ministério da Educação (MEC) ao cumprir o que determinam as regras em vigor desde o ano passado, quando as sociedades mantenedoras das faculdades particulares foram autorizadas a renegociar sua dívidas tributárias com a União, por meio do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições do Ensino Superior (Proies). Até 90% dessas dívidas puderam ser convertidas em ofertas de bolsas de estudo ao longo de 15 anos. Como em toda concessão de vantagem tributária, ficou estabelecida a exigência de comprovação da concessão das bolsas no valor do benefício fiscal. É o mínimo que se espera quando se trata de dinheiro devido ao erário e que será pago em dação de mercadoria ou prestação de serviços, em vez de numerário. A Secretaria de Ensino Superior do MEC publicou na edição de segunda-feira do Diário Oficial da União o descredenciamento de 226 mantenedoras de nada menos do que 330 faculdades e centros universitários em todo o país, responsáveis pela concessão de 25% do total das bolsas. A maioria é de pequenas instituições, muitas delas localizadas em regiões em que é baixa a oferta de vagas no ensino superior, o que, certamente, vai causar impacto nos próximos semestres (os atuais bolsistas não serão afetados). Mas lei é lei. Não há como permitir a continuidade do benefício a quem não cumpriu sua parte e, pior ainda, não levou a sério o papel que assumiu na construção do futuro dos jovens que recebeu como alunos. Não podem continuar dando certo, no Brasil, as apostas no descumprimento das obrigações da cidadania, sejam tributárias ou não. Do MEC se espera, aliás, igual rigor na fiscalização da qualidade do ensino. Não é por serem bolsistas que esses jovens terão menos. Pelo contrário, ao aluno carente que quer estudar tem de ser dado o melhor, sob pena de descredenciamento ainda mais severo de programas e verbas públicas.

JORNAL DE BRASÍLIA 22/05/13 00 OPINIÃO

JORNAL DE BRASÍLIA 22/05/13 00 CARTAS

21/05/13 00 POLÍTICA Professores ganham tablets do governo Redação Jornal Coletivo Três mil professores do Ensino Médio da rede pública do DF receberam tablets que os ajudarão no preparo das aulas. A Secretaria de Educação quer, posteriormente, fazer entrega semelhante a outros dois mil profissionais, mas essa ampliação ainda não tem previsão de acontecer. A meta é que os computadores de mão sirvam como ferramenta para aprimorar as aulas de 83 mil estudantes dos centros de Ensino Médio.

DESTAKjornal (DF) 22/05/13 00 ECONOMIA