Revisão da DN.COPAM n.º 74/2004: contexto e principais mudanças constantes da proposta de alteração do licenciamento ambiental em Minas Gerais

Documentos relacionados
DN COPAM n.º 217/2017

Secretária de Estado Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad. Subsecretaria de Regularização Ambiental Suram

Lei Estadual nº /2016 Conceituação do novo modelo de licenciamento ambiental

Conceituação do novo modelo de licenciamento ambiental em Minas Gerais Panorama e perspectivas

CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 148 DE 30 DE ABRIL DE 2010

ANEXO IV LICENÇAS AMBIENTAIS

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA EMPREENDIMENTOS FOTOVOLTAICOS. Gustavo Tetzl Rocha - MEIUS Engenharia

CURSO GESTÃO PÚBLICA E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SUSTENTÁVEIS

LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM MINAS GERAIS

LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS: ETAPAS, DESAFIOS E SUGESTÕES

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

DIRETIVA DO COPAM Nº. 02, DE 26 DE MAIO DE (publicado no dia 02/07/2009)

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 174 DE 29 DE MARÇO DE 2012

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

Deliberação Normativa COPAM n.º 58, de 28 de Novembro de (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/12/2002)

Regularização Ambiental Deliberação Normativa COPAM nº 217/2017

ESTUDOS TÉCNICOS NO ÂMBITO DO LICENCIAMENTO PCA/RCA

LICENCIAMENTO AMBIENTAL: o que mudou na prática e andamento da Lei Geral do Licenciamento Ambiental

de PCHs e CGHs em Minas Gerais

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Legislação Ambiental para Engenharia Ambiental e Sanitária - UFJF

REPUBLICA-SE POR ERROS MERAMENTE FORMAIS NA ESTRUTURA DO TEXTO NORMATIVO. (Publicada no Diário Oficial de MG no dia 27/09/2016, págs.18 e 19).

Deliberação Normativa COPAM nº 043, de 06 de novembro de (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 09/11/2000)

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL. A regularização ambiental é um procedimento administrativo, por meio do

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 210DE 21 DE SETEMBRO DE 2016

Sistema Integrado de Normas Jurídicas do Distrito Federal SINJ-DF

Deliberação Normativa Copam nº 217, de 06 de dezembro de 2017

Legislação Ambiental - UFJF. Palestra - SMA - PJF

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ

LEI MUNICIPAL Nº 1.465, DE 26 DE ABRIL DE Institui as Taxas de Licenciamento Ambiental e dá outras providências.

Prefeitura do Município de Londrina Estado do Paraná

Banco de Declarações Ambientais - BDA Cadastro de Áreas Impactadas pela Mineração

Novo Regulamento do Código Minerário (Decreto federal nº 9.406/2018)

Aspectos socioambientais relacionados com a atividade minerária

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº DE ABRIL DE 2014

Art. 2º O art. 37 do Decreto nº , de 2018, passa a vigorar com a seguinte redação:

Prezados Senhores, Foi promulgada a Lei Estadual nº /2016 que reestrutura o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recurso Hídricos (SISEMA).

Atos Autorizativos e a Regularização Ambiental no Estado de Minas Gerais

DECRETO Nº. 058 DE 19 DE MAIO DE 2017

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE EXTRAÇÃO DE MINERAIS DE EMPREGO DIRETO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD IEF Nº 2.749, 15 DE JANEIRO DE 2019

NEWSLETTER IMOBILIÁRIO AMBIENTAL REGULATÓRIO

Licenciamento Ambiental e Meio Ambiente Ações da SGM

P ORTARIA Nº. 10/2010

AÇÕES DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENTIDADES ESTADUAIS DE MEIO AMBIENTE NO ÂMBITO DO LICENCIAMENTO DA AQUICULTURA

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Simulações de triagem de projetos no licenciamento ambiental: uma análise comparativa dos sistemas estaduais no sudeste brasileiro

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA OBTENÇÃO DE LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES DO EXTRATIVISMO MINERAL

ANÁLISE DOCUMENTAL (CHECK LIST) EXTRAÇÃO DE MINERAIS

1.1.1 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD/IEF/FEAM Nº 1919, DE 17 DE SETEMBRO DE 2013

FCE Atividades Agrossilvipastoris

MENSAGEM Nº 32/2018 CHARRUA, 23 DE ABRIL DE Senhor Presidente, Senhores Vereadores e Vereadora:

AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO - AAF EMPREENDIMENTOS CLASSE 1 E 2. Deliberação Normativa (DN) COPAM Nº 213/2017

Deliberação Normativa Copam nº 217, de 06 de dezembro de (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" 08/12/2017)

Deliberação Normativa COPAM nº..., de... de...

Deliberação Normativa Copam nº 217, de 06 de dezembro de 2017

À UNIDADE REGIONAL COLEGIADA RIO DAS VELHAS DO CONSELHO DE POLÍTICA AMBIENTAL DE MINAS GERAIS COPAM/MG.

DECRETO Nº DE 24 DE JANEIRO DE 2017

Legislação Ambiental Aplicada a Parques Eólicos. Geógrafa - Mariana Torres C. de Mello

ANO 123 Nº PÁG. - BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2015 RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD-IGAM Nº 2257 DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014

DECRETO Nº , DE 24 DE JANEIRO DE 2017

intersetorial do Estado e a articulação do poder executivo estadual com os demais órgãos e entidades da administração pública, municípios e com os seg

Decreto nº , de Art. 32 (...)

DECRETO Nº DE 20 DE DEZEMBRO DE 2013

RESOLUÇÃO Nº 19/01 DE 25 DE SETEMBRO DE 2001

Decreto /17 (28/12/2017) ALTERAÇÃO DAS FÓRMULAS DE CÁLCULO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DE SÃO PAULO

Resolução Conjunta SEMAD/IGAM nº 2257, de 31 de dezembro de 2014.

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD / IGAM Nº 1964 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2013

ANO 122 Nº PÁG.-BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2014 RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD/IEF/FEAM Nº 2125 DE 28 DE JULHO DE 2014

Resolução Conjunta SEMAD/IEF/FEAM nº 2125, de 28 de Julho de 2014.

SEGURANÇA JURÍDICA E REGULAMENTAÇÕES AMBIENTAIS

LEI Nº 1312/2014 De 26 de agosto de 2014.

RESOLUÇÃO N 005, DE 26 DE FEVEREIRO DE Revoga Instrução Normativa 11, de

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMA/IAP Nº 005/2010

Licenciamento Ambiental no Brasil

LICENCIAMENTO AMBIENTAL - TENDÊNCIAS - Perspectivas para os Seguros Ambientais

ALTERAÇÕES NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE BARRAGEM DE REJEITO DE MINERAÇÃO EM MINAS GERAIS APÓS O DESASTRE DE MARIANA-MG

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

Estado do Rio de Janeiro PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO GABINETE DO PREFEITO

Lavras, 15 de fevereiro de Página 1 de 18

Recursos Hídricos Minas Gerais

Principais normas Minas Gerais

ANÁLISE DOCUMENTAL (CHECK LIST) REGULARIZAÇÃO

Licenciamento Ambiental para Fotovoltaica em Geração Distribuída. Palestrante: Ricardo Araújo Superintendente da SEMACE.

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 195 DE 03 DE ABRIL de 2014

Deliberação Normativa COPAM nº 90, de 15 de setembro de 2005.

A Aplicabilidade do Nível IV da I.N 01/2015

Marcos Recentes o Lei Complementar 140/11 o Leis Florestais o Federal: /12 o Estadual: /13

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS

SUMÁRIO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE DIREITOS MINERÁRIOS

GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA SUDEMA Superintendência de Administração do Meio Ambiente

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 217 DE 06 DE DEZEMBRO DE 2017

Deliberação Normativa Copam nº 217, de 06 de dezembro de 2017

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 1, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2015

Procedimentos de licenciamento ambiental para implantação de Empreendimentos Hidrelétricos no Paraná

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS FLORENÇA ARAUJO RIOS

Ministério de de Minas Minas e e Energia PROPOSTA DE NOVO MARCO DA MINERAÇÃO

LEI Nº 1312/2014 De 08 de setembro de 2014.

Transcrição:

Revisão da DN.COPAM n.º 74/2004: contexto e principais mudanças constantes da proposta de alteração do licenciamento ambiental em Minas Gerais 10 de agosto de 2017

2 1. Contexto legal e regulamentar 2

3 1.1. CONTEXTO LEGAL E REGULAMENTAR Decreto n.º 47.137. Previu, conforme o porte e potencial poluidor, os empreendimentos e atividades sujeitas ao LAC: LP/LI/LO: a) pequeno porte e grande potencial; b) médio porte e médio potencial; c) grande porte e pequeno potencial. Decreto n.º 47.042. Regulamentou a Lei 21.972 no tocante à organização administrativa da SEMAD/MG. LP/LI e LO: a) médio porte e grande potencial; b) grande porte e médio potencial; c) grande porte e grande potencial. LP e LI/LO: quando a instalação implicar operação (p. ex.: parcelamento do solo). 21 de jan. 2016 24 de jan. 2016 24 de jan. 2017 2º sem. 2017 Lei n.º 21.972. Alterou a organização administrativa da SEMAD/MG e previu as novas modalidades de licenciamento ambiental no Estado: Trifásico (LAT - LP e LI e LO); Concomitante (LAC - LP/LI/LO; LP/LI e LO; LP e LI/LO); Simplificado (LAS - fase única). Decreto n.º 47.134. Alterou o Decreto n.º 47.042 para, dentre outros aspectos, criar o Núcleo de Projetos de Geração de Energia, da Superintendência de Projetos Prioritários, órgão da Subsecretaria de Regularização Ambiental. Revisão da DN.COPAM.º 74/2004 (em andamento) 3

4 1.2. CONTEXTO LEGAL E REGULAMENTAR A revisão da DN.COPAM n.º 74/2004 se insere no contexto de reforma de todo o Sistema Estadual do Meio Ambiente (SISEMA/MG), tanto do ponto de vista organizacional da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMAD/MG), quanto dos processos de sua competência, sobretudo o licenciamento ambiental. As reformas se iniciaram em 2016, com a edição da Lei 21.972, buscando aprimorar a gestão ambiental no Estado. Dentre os seus objetivos, destacam-se a busca pela: reformulação da organização e das atribuições dos órgãos e entidades que compõem o SISEMA/MG; diminuição da morosidade e aumento da eficiência dos processos de licenciamento ambiental; definição das modalidades de licenciamento aplicáveis conforme o porte, o potencial poluidor e a localização dos empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; uniformização de prazos e procedimentos aplicáveis ao licenciamento. 4

5 2. Principais mudanças 5

6 2.1. CLASSES SUJEITAS AO LICENCIAMENTO DN.COPAM 74/2004 Art. 1º - Os empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente sujeitas ao licenciamento ambiental no nível estadual são aqueles enquadrados nas classes 3, 4, 5 e 6, conforme a lista constante no Anexo Único desta Deliberação Normativa, cujo potencial poluidor/degradador geral é obtido após a conjugação dos potenciais impactos nos meios físico, biótico e antrópico, ressalvado o disposto na Deliberação Normativa CERH n.º 07, de 04 de novembro de 2002. [...] Art. 2 - Os empreendimentos e atividades listados no Anexo Único desta Deliberação Normativa, enquadrados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF, pelo órgão ambiental estadual competente, mediante cadastro iniciado pelo requerente junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SUPRAM competente, acompanhado de Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendimento e de Anotação de Responsabilidade Técnica ou equivalente do profissional responsável. MINUTA Art. 2º Estão sujeitos ao licenciamento ambiental, no âmbito estadual, as atividades e empreendimentos listados conforme critérios de potencial poluidor/degradador, porte e de localização, cujo enquadramento seja definido nas classes 1 a 6. Mudança: segundo a DN 74, as classes 1 e 2 estão dispensadas do licenciamento, submetendo-se à AAF; pela minuta, todas as classes se sujeitarão ao licenciamento (pois a AAF será substituída pela LAS). 6

7 2.2. DEFINIÇÃO DAS CLASSES CONFORME O PORTE E O POTENCIAL POLUIDOR DN.COPAM 74/2004 MINUTA Mudanças: a minuta proposta ora diminui, ora aumenta as classes definidas segundo a matriz de porte e potencial poluidor: Porte pequeno e potencial poluidor médio. DN 74: Classe 1 (AAF) x Minuta: Classe 2; Porte pequeno e potencial poluidor grande. DN 74: Classe 3 (LP/LI) x Minuta: Classe 4; Porte médio e potencial poluidor pequeno. DN 74: Classe 2 (AAF) x Minuta: Classe 1; Porte grande e potencial poluidor pequeno. DN 74: Classe 4 (LP/LI) x Minuta: Classe 1; Porte grande e potencial poluidor médio. DN 74: Classe 5 x Minuta: Classe 4. 7

8 2.3. MODALIDADES DE LICENCIAMENTO DN.COPAM 74/2004 Art. 1º [...] 1º - As Licenças Prévia e de Instalação dos empreendimentos enquadrados nas classes 3 e 4 poderão ser solicitadas e, a critério do órgão ambiental, expedidas concomitantemente. 2º - As Licenças de Instalação e de Operação dos empreendimentos agrossilvipostoris [sic] enquadrados nas classes 3 e 4 poderão ser solicitadas e, a critério do órgão ambiental, expedidas concomitantemente, quando a instalação implicar a operação. Art. 2 - Os empreendimentos e atividades listados no Anexo Único desta Deliberação Normativa, enquadrados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF, pelo órgão ambiental estadual competente, mediante cadastro iniciado pelo requerente junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SUPRAM competente, acompanhado de Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendimento e de Anotação de Responsabilidade Técnica ou equivalente do profissional responsável. MINUTA Art. 7º Constituem modalidades de licenciamento ambiental: I Licenciamento Ambiental Trifásico LAT: licenciamento no qual a Licença Prévia LP, a Licença de Instalação LI e a Licença de Operação LO da atividade ou do empreendimento são concedidas em etapas sucessivas; II Licenciamento Ambiental Concomitante LAC: licenciamento no qual serão analisadas as mesmas etapas previstas no LAT, com a expedição concomitantemente de duas ou mais licenças; III Licenciamento Ambiental Simplificado: licenciamento realizado em uma única etapa, mediante o cadastro de informações relativas à atividade ou ao empreendimento junto ao órgão ambiental competente, ou pela apresentação do Relatório Ambiental Simplificado RAS, contendo a descrição da atividade ou do empreendimento e as respectivas medidas de controle ambiental. 1º Na modalidade de LAC a licença será emitida conforme os seguintes Procedimentos: I análise, em uma única fase, das etapas de LP, LI e LO da atividade ou do empreendimento, denominada LAC1; II análise, em uma única fase, das etapas de LI e LO do empreendimento, com análise posterior da LO; ou, análise da LP com posterior análise concomitante das etapas de LI e LO do empreendimento, denominada LAC2 Mudanças: segundo a DN 74, implicitamente, as modalidades são: trifásica; concomitante (sendo LP/LI para classes 3 e 4, e LI/LO para atividades específicas); e AAF. Segundo a minuta, explicitamente, as modalidades são: trifásica; simplificada; e concomitante (LP/LI/LO LAC1; LP/LI [sic] ou LI/LO LAC2). 8

9 2.4. INCLUSÃO DO CRITÉRIO LOCACIONAL Art. 6º As modalidades de licenciamento serão estabelecidas conforme Tabela 3 do Anexo Único desta Deliberação Normativa, por meio da qual são conjugadas a classe e os critérios locacionais. 1º Os critérios locacionais referem-se à relevância e à sensibilidade dos componentes ambientais que os caracterizam, sendo-lhes atribuídos peso 01 (um) ou 02 (dois). 2º O peso 0 (zero) será atribuído à atividade ou empreendimento que não se enquadrar em nenhum dos critérios locacionais. 3º Na ocorrência de interferência da atividade ou empreendimento em mais de um critério locacional, deverá ser considerado aquele de maior peso. 4º Além dos critérios locacionais previstos na Tabela 4 do Anexo Único desta Deliberação Normativa, deverão ser considerados, para fins de apresentação dos estudos ambientais, os critérios locacionais de restrição, estabelecidos em normas específicas; sem prejuízo da observância dos critérios locacionais de vedação, para fins de definição da localização das atividades ou empreendimentos. MINUTA Mudança: impossibilidade de definição, a priori, da modalidade de licenciamento aplicável. 9

10 2.5. ALGUMAS ATIVIDADES ALTERADAS QUANTO AO PORTE, POTENCIAL POLUIDOR E CLASSIFICAÇÃO PARA FINS DE LICENCIAMENTO Além de alterações de ordem geral da DN.COPAM n.º 74/2004, que são aplicáveis a todos os empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental, a minuta proposta também altera a classificação de várias atividades específicas quanto ao porte e potencial poluidor. Tais alterações implicam mudanças no enquadramento de cada uma dessas atividades às modalidades de licenciamento definidas pela proposta, além de refletirem sobre os tipos de estudos ambientais que os empreendedores estarão sujeitos. Dentre as atividades modificadas, destacam-se: Atividades minerárias (pesquisa mineral, lavra subterrânea, lavra a seu aberto, extração de areia, argila, exploração de gás natural ou petróleo etc.); Atividades industriais (britamento de pedras para construção, fabricação de cal, fabricação de cimento, siderurgia etc.); Atividades de infraestrutura (sistemas de geração de energia, centrais geradores hidrelétricas, linhas de transmissão, usinar solar fotovoltaica etc.). Atividades agrossilvipastoris (horticultura, avicultura, criação de bovinos etc.) 10

11 3. Aplicabilidade da nova norma 11

12 3.1. APLICABILIDADE SOBRE PROCESSOS DE LICENCIAMENTO EM ANDAMENTO MINUTA Art. 46 As alterações do porte e do potencial poluidor ou degradador promovidas por esta Deliberação Normativa implicam na incidência das normas pertinentes à nova classificação, desde que: I quanto ao licenciamento ambiental, inclusive o corretivo e a renovação, a licença não tenha sido concedida ou renovada; II quanto à AAF, a autorização não tenha sido concedida. 1º As normas pertinentes à nova classificação incidirão quando da renovação das licenças. 2º As orientações para formalização de processo de regularização ambiental emitidas antes da entrada em vigor desta Deliberação Normativa e referentes a empreendimentos cuja classe de enquadramento tenha sido alterada deverão ser reemitidos com as orientações pertinentes à nova classificação. Efeitos: a interpretação sistemática do inciso I e do 1º do art. 46 deve ser a seguinte: os processos em andamento cujas licenças ainda não tenham sido emitidas estarão sujeitos ao efeito imediato da nova norma (inciso I) (requerimento de licença mera expectativa de direito); as licenças que já tenham sido emitidas se submeterão à nova norma quando de sua renovação perante o órgão ambiental (licença emitida direito adquirido/ato jurídico perfeito). 12

CONTATO: THIAGO RICCIO thiago.riccio@freitasferraz.com.br + 55 31 98888-0306 Belo Horizonte Rua Santa Rita Durão, 1143, 7º andar, Savassi Belo Horizonte, MG, Brasil, CEP 30.140-118 Tel: +55 31 4141-0308 www.freitasferraz.com.br