Determinação da retenção da calda de pulverização pela utilização de adjuvantes Determination of spray retention of solution by usage of adjuvant

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Transcrição:

Determinação da retenção da calda de pulverização pela utilização de adjuvantes Determination of spray retention of solution by usage of adjuvant José Eduardo da Costa Rodrigues Cação 1*, Agatha da Silva Argioli 1, Celso Tadao Miasaki 2, Rafael Simões Tomaz 2, Evandro Pereira Prado 2 ¹Vínculo Institucional: Estudante do curso de Engenharia Agronômica da Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas UNESP Câmpus de Dracena ²Vínculo Institucional: Professor assistente doutor do curso de Engenharia Agronômica da Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas UNESP Câmpus de Dracena *edu.crc@hotmail.com RESUMO Adjuvantes são substancias adicionadas na calda de pulverização cuja finalidade é de melhorar a eficiência das aplicações de defensivos agrícolas. O trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de adjuvantes comumente utilizados na agricultura na retenção da calda pulverizada em folhas de café. A capacidade de retenção foi realizada com os adjuvantes comerciais Adesil, Agral, Break Thru, Nimbus, Grip, Intech, Tac-tic e Li-700 nas concentrações de 0,05, 0,1 e 0,5% v/v. Concluiu-se que a retenção da calda na superfície foliar está diretamente relacionada à concentração do adjuvante. Soluções com maiores concentrações de adjuvantes proporcionam os menores valores de retenção foliar. Palavras chave: Tecnologia de aplicação, aditivos, surfatantes, deposição. INTRODUÇÃO A natureza da superfície foliar desperta grande interesse as companhias de agroquímicos devido a influencia da retenção do produto na planta no momento da pulverização e também a maneira de como ficou depositado após as gotas secarem (RUITER et al., 1990). Quando um agroquímico é desenvolvido a natureza do alvo a ser atingido deve ser levada em consideração e diferenças na molhabilidade das folhas são superadas pelo uso de surfatantes (TAYLOR, 2011). Green and Green (1991) mostrou que a retenção da calda pulverizada ou a atividade biológica tem uma forte correlação com a tensão superficial dinâmica da solução pulverizada. 317

Retenção da pulverização em superfícies foliares é de vital importância na absorção e atividade biológica de agroquímicos especialmente nas folhas difíceis de serem molhadas devido a grande quantidade de camada de cera. Caso as propriedades da gota não serem otimizadas haverá uma grande quantidade de escorrimento do produto para o solo. De acordo com Taylor (2011) a retenção da pulverização é controlada por vários fatores como: tensão superficial dinâmica da calda de pulverização; propriedades da superfície da folha e do ângulo de contato da gota na folha; velocidade e tamanho da gota; densidade da planta e estrutura do dossel; tipo de adjuvante, concentração e volume de aplicação. A retenção da calda de pulverização, embora ainda seja um assunto pouco discutido e pouco estudado, é de suma importância para o setor agrícola como a realização de mais estudos para direcionar a indústria e o produtor rural. A avaliação da retenção pode ser usada como um método para estimar a qualidade da aplicação em si, onde ao se comparar o volume retido na cultura com o volume aplicado, obtém-se a eficiência da aplicação, o que nos permite avaliar os métodos de aplicação e realizar ajustes como; pressão, volume, bicos, altura da barra em relação ao alvo, melhor momento para aplicação. O volume aplicado é bem diferente do volume retido, isto se da devido às perdas ocasionadas por diversos fatores, tais como: vento, umidade relativa do ar, superfície foliar (hidrofóbica ou hidrofílica), tensão superficial da calda (ponto de escorrimento), eficiência do aparelho aplicador, entre outros fatores. Visto a grande quantidade de adjuvantes registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para serem utilizados em mistura com produtos fitossanitários pelos agricultores e, poucas informações a respeito dos benefícios oferecidos por esses produtos à pesquisa teve como objetivo avaliar a capacidade de retenção de folhas de café (Coffea arábica) cultivar Mundo Novo de diferentes soluções aquosas contendo adjuvantes (espalhante adesivos). MATERIAL E MÉTODOS Para a realização dos testes de retenção foliar foram avaliados oito adjuvantes comumente utilizados na agricultura brasileira, os quais estão descritos na Tabela 1. 318

Tabela 1. Caracterização dos adjuvantes estudados na determinação da retenção foliar. Marca comercial Ingrediente ativo (i.a.) Concentração i.a. Dosagem recomendada Formulação Adesil Nonifenol etoxilado 250g L -1 30ml/100L Agral Nonil fenoxi poli (etilenoxi) etanol 200g L -1 30ml/100L Break Thru Copolímero poliésterpolimetil siloxano 1000g L -1 100ml/100L Carboxyl copolymer of Grip styrene and butadiene / Primary aliphatic 450+100g L -1 125 a 250ml/100L Dispersível oxyalkylated alcohol In-Tec Nonil Fenol Etoxilado 124,4g L -1 50ml/100L Li-700 Lecitina e ácido propiônico 712,88g L -1 0,5L/100L Emulsionável Nimbus Óleo mineral 428 g L -1 0,5L/100L Emulsionável TacTic Carboxyl copolymer of sturene and butadiene 640g L -1 50 a 250ml/100L Dispersível Fonte: Agrofit (2016) Para a análise de retenção foram coletadas folíolos do terço médio do cafeeiro cultivado na área experimental da Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas UNESP - Câmpus de Dracena. Foram descartados os folíolos com injúrias e visualmente distintos em relação à área do limbo procurando sempre utilizar folíolos com tamanhos parecidos. A área do folíolo foi determinada segundo a metodologia proposta por (SILVA et al., 2008), onde a área é obtida pelo produto entre a largura e o comprimento do folíolo medida com a utilização de uma régua com subdivisão em milímetros. A largura foi obtida na região central da folíolo com a régua colocada transversalmente à nervura central. O comprimento do limbo foliar foi obtido com a régua paralela à nervura central, procedendo-se à leitura a partir do ápice foliar 319

até a base de inserção no pecíolo. De posse dos valores de largura e comprimento obteve-se o produto entre eles, e as áreas estimadas foram corrigidas por k= 0,663 à partir da fórmula A = L*C * 0,663. Onde A é a área foliar, L é a largura e C o comprimento. Os folíolos coletados foram imediatamente levados ao laboratório para que fossem então identificados (de 1 a 6), posteriormente foram pesadas e o seus pesos devidamente registrados, em seguida os folíolos foram suspensas pelo pecíolo e em seguida aplicado o tratamento (pulverizadas), até que se atingisse o ponto de escorrimento. Depois de pulverizadas, os folíolos eram novamente pesados quantificando-se, por diferença de massa, o volume de líquido retido em cada folíolo considerando que não houve influência na densidade da calda pela adição do adjuvante. Os valores de retenção foliar da calda foram expressos em ml m -2. A pulverização foi realizada através de um micro pulverizador (aerógrafo profissional Sagyma SW-775 diâmetro da agulha de 0,3 mm pressurizado pelo mini compressor Sagyma ASW-18) produzindo gotas caracterizadas como extremamente fina (DMV 0,5 de 32 µm). Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, disposta em arranjo fatorial 3 x 8 (concentrações x adjuvante), com 6 repetições. As médias dos tratamentos foram submetidas à análise de variância, com 95% de confiança utilizando o programa estatístico Sisvar (Ferreira, 2000). RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 2 apresenta os dados da análise estatística e os valores médios de retenção foliar da calda de pulverização. Pelos valores obtidos podemos determinar quais as concentrações e quais adjuvantes apresentaram maiores e menores valores de retenção da calda de pulverização. Quando comparamos as três diferentes concentrações dentro de cada adjuvante observa-se que as soluções menos concentradas proporcionaram maiores valores de retenção, variando entre eles de 29,7 a 56,3 na menor concentração (0,05 %). 320

Tabela 2. Valores médios de retenção da calda (ml m -2 ) em folíolos de feijão pulverizados em soluções com adjuvantes. Concentrações (% v v -1 ) Adjuvantes 0,05 0,1 0,5 Média Adesil 29,7 a D 24,7 b C 25,6 ab AB 26,7 BC Agral 32,8 a CD 30,1 ab B 27,7b AB 30,2 B Break Thru 30,4 a CD 28,1 a BC 27,8 a AB 28,8 BC Grip 56,3 a A 46,2 b A 30,9c A 44,5 A In-Tec 31,8 a CD 31,3 a B 28,1 a AB 30,4 B Li-700 31,2 a CD 29,1 ab BC 25,2 b AB 28,5 BC Nimbus 34,8 a C 26,5b BC 26,7 b AB 29,3 BC Tac-Tic 40,8 a B 30,5b B 19,8c C 30,4 B Média 35,9 a 30,8 b 26,5c Letras minúsculas comparam linhas e letras maiúsculas comparam colunas. DMS das médias dos adjuvantes: 2,81/ DMS das médias das concentrações 1,72/DMS das medias de cada adjuvante x concentrações 4,87 Quando comparamos os valores de retenção na concentração de 0,1%, observa-se que 50% dos adjuvantes testados não diferenciam-se significativamente da menor concentração e também que 37,5% não se diferenciam da maior concentração, ou seja, embora obteve-se valores menores de retenção, essa diferença não foi significativamente diferente dos demais valores. Observou-se também que 50% das concentrações médias, foram significativamente diferentes das menores concentrações, proporcionando valores menores de retenção e que somente 25% das maiores concentrações diferenciaram-se das concentrações médias. Quando comparamos as médias dos adjuvantes, notou-se que o adjuvante que proporcionou maiores valores médio de retenção, independente da concentração analisada, foi o Grip, retendo 44,5 ml m -2, diferenciando-se significativamente de todos os outros adjuvantes avaliados. Os quatro adjuvantes que proporcionaram os menores valores médios foram Nimbus 29,3, Break Trhu 28,8, Li 700 28,5 e Adesil com 26,7 ml m -2. Avaliou-se também a média das concentrações isoladamente, onde as três concentrações diferenciaram-se significativamente sendo que a concentração de 0,05% proporcionou maior valor de retenção 321

seguida da concentração de 0,1% com valor médio e por fim a concentração de 0,5% com o menor valor de retenção. Visto que a utilização de adjuvantes na calda pode inferir em redução da capacidade de retenção em folhas de café, cuidados devem ser tomados com o emprego dessas substâncias em mistura com defensivos agrícolas, especialmente em aplicações em altos volumes, pois podem ocasionar escorrimento da calda pulverizada. CONCLUSÃO Concluiu-se que a retenção da calda na superfície foliar está diretamente relacionada à concentração do adjuvante. Soluções com maiores concentrações de adjuvantes proporcionam os menores valores de retenção foliar. REFERÊNCIAS AGROFIT - SISTEMA DE AGROTÓXICOS FITOSSANITÁRIOS. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons> Acesso em: 01 set. 2016. FERREIRA, D.F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows versão 4.0. In... GREEN, J.H.; GREEN, J.M. Dynamic surface tension as a predictor of herbicide enhancement by surface active agents. Brighton CropProtConfProc, v.1, p.323-30, 1991. RUITER, H.; UFFING, A.J.M.; MEINEN, E.; PRINS, A. Influence of surfactants and plant species on leaf retention of spray solutions. Weed Sci, v.38, p.567 72, 1990. DA SILVA, A.R.; LEITE, M. T.; FERREIRA, M.C. Estimativa da área foliar e capacidade de retenção de calda fitossanitária em cafeeiro. Bioscience Journal, v. 24, n. 3, 2008. TAYLOR, P. Thewetting of leafsurfaces. CurrentOpinion in Colloid & Interface Science, v.16, p.326 334, 2011. 322