INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

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Aula 4 2

HIERARQUIA METROLÓGICA BIPM : BOREAU INSTITUTO DE PESOS E MEDIDAS - laboratório mestre, primário, que indicará os laboratórios compatibilizados com ele, fato que garantirá uma confiabilidade metrológica mais distribuída. 3

REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO A Rede Brasileira de Calibração (RBC) é formada por laboratórios credenciados pelo INMETRO e constitui o elo de ligação entre as comunidades industrial, tecnológica e científica. 4

REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO Um laboratório para ser credenciado deve satisfazer e manter uma série de requisitos de credibilidade no que se refere à qualidade dos serviços a serem prestados. A avaliação desta credibilidade é feita por técnicos do INMETRO de acordo com normas pré-estabelecidas. 5

RASTREABILIDADE Os instrumentos de medição críticos dentro do processo produtivo devem possuir uma periodicidade e procedimentos definidos para verificação de acordo com as suas características técnicas, recomendações do fabricante e condições de trabalho. 6

RASTREABILIDADE Os padrões de trabalho devem ser submetidos a comparações periódicas contra os padrões de referência. Por sua vez, os padrões de referência devem passar por calibrações periódicas junto a laboratórios credenciados regionais, que por sua vez, são comparados a padrões nacionais (ex. INMETRO). Estas instituições, também enviam periodicamente seus padrões para serem calibrados junto a padrões internacionais. Finalmente, estes órgãos internacionais mantêm programas de comparação inter-laboratorial para garantir a rastreabilidade metrológica de seus padrões. 7

RASTREABILIDADE Então, a rastreabilidade é a propriedade de um resultado de medição através da qual o resultado pode ser relacionado a uma referência por intermédio de uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações. 8

RASTREABILIDADE A rastreabilidade refere-se a uma sequência de padrões e calibrações que é usada para relacionar um resultado de medição a uma referência. 9

RASTREABILIDADE 10

RASTREABILIDADE A confiabilidade dos resultados passa basicamente pela garantia da rastreabilidade metrológica. Um laboratório deve apresentar resultados totalmente aceitáveis aos do laboratório de referência. 11

CALIBRAÇÃO É o conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. 12

CALIBRAÇÃO Logo, calibração é a comparação entre os valores indicados por um instrumento de medição e os indicados por um padrão (equipamento de classe superior). Ela denomina a atividade de comparação do equipamento de medição com um padrão reconhecido e rastreado. Obs: o termo aferição não é mais utilizado. Utiliza-se apenas calibração. 13

PADRÃO Medida materializada, objeto ou instrumento destinado a definir uma unidade ou um valor de uma grandeza para servir como referência. 14

CALIBRAÇÃO padrão sistema de medição indicação X valor verdadeiro condições estabelecidas 15

EXEMPLOS DE CALIBRAÇÃO massa-padrão 100,000 ± 0,002 g 100,00 comparação 102,40 g 102,40 sistema de medição a calibrar 16

EXEMPLOS DE CALIBRAÇÃO Comparação Zerando -0,00025- BP a calibrar BP de referência 17

VERIFICAÇÃO Visa testar se um sistema de medição, ou medida materializada, está em conformidade com uma dada especificação. É um conjunto de operações que constata que o instrumento de medir ou medida materializada satisfaz às exigências regulamentares. 18

AJUSTE Operação corretiva destinada a fazer com que um instrumento de medição tenha desempenho compatível com o seu uso. Exemplo: Ajuste do zero de um manômetro. Após um ajuste de um sistema de medição, tal sistema geralmente deve ser recalibrado. 19

SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA 20

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS O uso correto da simbologia de representação de instrumentos é fundamental para a correta apresentação de documentos na área de controle e instrumentação. Toda esta simbologia foi padronizada pelos órgãos normativos, no caso a ISA (The international society for measurement and control) e a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 21

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS O nome de um instrumento é formado por: Conjunto de letras que o identificam funcionalmente. Primeira letra: identifica a variável medida pelo instrumento. Letras subsequentes: descrevem funcionalidades adicionais do instrumento 22

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS 23

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS 24

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS 25

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS Ex: 26

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS Exemplos: a) TRC-210-02 T - variável medida: Temperatura R - Função Passiva: Registrador C - Função Ativa: Controlador 210 - Área da fábrica onde o instrumento atua 02 - Número da malha de controle TRC = controlador registrador de temperatura 27

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS Exemplos: b) LIC L nível I indicador C controlador LIC = controlador indicador de nível 28

NOMENCLATURA DE INSTRUMENTOS Exemplos: c) TE T temperatura E sensor TE = sensor de temperatura d) FT F vazão T transmissor FT = transmissor de vazão 29

SÍMBOLOS PARA LINHAS DE INSTRUMENTAÇÃO 30

SÍMBOLOS DE CORPO DE VÁLVULAS 31

SÍMBOLOS DE CORPO DE VÁLVULAS 32

SÍMBOLOS GERAIS DE INSTRUMENTOS Sinais discretos - são sinais que só assumem dois estados: verdadeiro ou falso, aberto ou fechado. 33

SÍMBOLOS GERAIS DE INSTRUMENTOS 34

SIMBOLOGIA USADA NOS PROCESSOS INDUSTRIAIS 35

EXEMPLOS 36