"A comunidade política Internacional: caminho para a Paz"

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Transcrição:

"A comunidade política Internacional: caminho para a Paz" Francisco Bártolo 2018 ASPECTOS BÍBLICOS A unidade da família humana Jesus Cristo protótipo e fundamento da nova humanidade A vocação universal do cristianismo A COMUNIDADE INTERNACIONAL AS REGRAS FUNDAMENTAIS DA COMUNIDADE INTERNACIONAL Comunidade internacional e valores Relações fundadas na harmonia entre ordem jurídica e ordem moral A ORGANIZAÇÃO DA COMUNIDADE INTERNACIONAL O valor das Organizações Internacionais A personalidade jurídica da Santa Sé A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO Colaboração para garantir o direito ao desenvolvimento Luta contra a pobreza A dívida externa

DSI Unidade da família Humana NÃO deve ser construída com a força das armas, do terror ou da opressão; NÃO deve resultar apenas em razão das formas de organização, de vicissitudes políticas, de projetos econômicos ou em nome de uma internacionalismo abstrato e ideológico; DEVE SER o resultado de uma conquista da força moral e cultural da liberdade em quem os povos se orientam em direção a cooperação- mundial». A ideologia materialista DSI OBSTÁCULOS À UNIDADE HUMANA A ideologia nacionalista Contradizem os valores de que é portadora a pessoa (dimensões: materiais e espirituais, individuais e comunitárias)

Bem comum universal Comunidade Internacional Valores Soberania de cada Estado Relações entre estados alicerçadas na: Verdade; Justiça; Solidariedade; Liberdade; Na razão; Na equidade; No direito; No acordo LEI MORAL UNIVERSAL Comunidade Internacional Relações entre Estados A lei que está inscrita no coração do homem, considerada efetiva e inderrogável, como viva expressão da consciência que a humanidade tem em comum, uma «gramática» capaz de orientar o diálogo sobre o futuro do mundo

POBREZA e SUBDESENVOLVIMNTO CAUSAS O analfabetismo; A insegurança alimentar; A ausência de estruturas e serviços; A carência de medidas para garantir o saneamento básico; A falta de água potável; A corrupção; A precariedade das instituições e da vida política. DESENVOLVIMENTO PRINCÍPIOS Unidade de origem e comunhão de destino da família humana; Igualdade entre todas as pessoas e todas as comunidades baseada na dignidade humana; Destinação universal dos bens da terra; Centralidade da pessoa humana Solidariedade

ASPECTOS BÍBLICOS A PAZ: FRUTO DA JUSTIÇA E DA CARIDADE A PROMOÇÃO DA PAZ A FALÊNCIA DA PAZ: GUERRA A legítima defesa Defender a paz O dever de proteger os inocentes Medidas contra quem ameaça a paz O desarmamento A condenação ao terrorismo O CONTRIBUTO DA IGREJA PARA A PAZ A PAZ O QUE NÃO É A simples ausência de guerra; Um equilíbrio estável entre forças adversárias COM BASE no poder das armas

A PAZ Encontra o seu fundamento na ordem racional e moral da sociedade que tem as suas raízes em Deus; Encontra-se fundada numa correta concepção de pessoa humana; Resulta, essencialmente, da defesa e promoção dos direitos humanos; Constrói-se dia a dia. Para prevenir conflitos e violências, é absolutamente necessário que a paz comece a ser vivida como valor profundo no íntimo de cada pessoa; É um valor e um dever universal; É fruto da justiça (cf. Is 32,17), entendida em sentido amplo, como o respeito ao equilíbrio de todas as dimensões da pessoa humana; É fruto do amor: «a verdadeira paz é mais matéria de caridade que de justiça». Legitima defesa / «Guerra justa». Condições fundamentais a observar DIREITO À DEFESA EM CASO DE UMA GUERRA DE AGRESSÃO O dano infligido pelo agressor à nação ou à comunidade das nações seja durável, grave e certo; Todos os outros meios de pôr fim à agressão se tenham revelado impraticáveis ou ineficazes; Estejam reunidas as condições sérias de êxito; O emprego das armas não acarrete males e desordens mais graves que o mal a eliminar; O poderio dos meios modernos de destruição seja proporcional ao ato de agressão

DESARMAMENTO E NÃO-VIOLÊNCIA peço a Deus que nos ajude, a todos nós, a inspirar na não-violência as profundezas dos nossos sentimentos e valores pessoais. Sejam a caridade e a não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações interpessoais, sociais e internacionais. Quando sabem resistir à tentação da vingança, as vítimas da violência podem ser os protagonistas mais credíveis de processos não-violentos de construção da paz. Desde o nível local e diário até ao nível da ordem mundial, possa a não-violência tornar-se o estilo caraterístico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações, da política em todas as suas formas. (Papa Francisco. Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2017) TERRORRISMO Tornou-se cada vez mais evidente que a solução para este grave problema não pode ser exclusivamente de natureza militar, mas deve concentrar-se também naqueles que, de um modo ou de outro, encorajam grupos terroristas com o apoio político, o comércio ilegal de petróleo ou o fornecimento de armas e de tecnologia. Além disso, são necessários um esforço educativo e uma consciência mais clara de que a religião não pode ser explorada como caminho para justificar a violência. (Papa Francisco. 6 de novembro de 2014)