O IMPACTO DA ATUAÇÃO DO GRUPO ESPECIAL DE FISCALIZAÇÃO MÓVEL NO COMBATE A ERRADICAÇÃO DO TRABALHO ANÁLOGO À DE ESCRAVO NO BRASIL

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Transcrição:

O IMPACTO DA ATUAÇÃO DO GRUPO ESPECIAL DE FISCALIZAÇÃO MÓVEL NO COMBATE A ERRADICAÇÃO DO TRABALHO ANÁLOGO À DE ESCRAVO NO BRASIL Jéssica Yume Nagasaki 1 Larissa Mascaro Gomes da Silva de Castro 2 RESUMO: O presente resumo tem como objetivo analisar a atuação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) no Brasil como uma das políticas públicas existentes para combater e erradicar o trabalho análogo à de escravo no território nacional. A pesquisa é realizada de forma bibliográfica e com a análise dos dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho, e Emprego (MTE) utilizando o método hipotético-dedutivo aliado com a pesquisa qualitativa. A criação do GEFM se deu em 1995, mesmo ano em que o Brasil reconheceu a existência de trabalho escravo. A atuação do GEFM ocorre de forma cautelosa, analisando todas as denúncias para poder ter uma dimensão do caso, bem como do local onde se encontram esses trabalhadores e, assim, compor a equipe responsável para atuar no resgate. Os agentes envolvidos na fiscalização são de diversas searas dos órgãos do governo, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, como os próprios auditores que integram a equipe do GEFM, de modo que a composição interinstitucional dificulta a corrupção, pois há fiscalização. Conclui-se com a análise dos dados que a atuação do GEFM tem grande impacto no combate da prática de exploração de trabalho em condições análogas à e escravo. Contudo, sua atuação se torna prejudica pelo número reduzido de agentes envolvidos na fiscalização ante a extensão territorial brasileira, pois o delito ocorre predominante na área rural, somado ao fato da insuficiência de recursos destinado ao GEFM, sendo estes alguns dos fatores que prejudicam resultados mais eficientes. Palavras-chave: Grupo Especial de Fiscalização Móvel; Trabalho Análogo à de escravo; Erradicação; Políticas Públicas. GRUPO DE TRABALHO: GT3 Políticas Públicas e Direitos Humanos 1 Acadêmica do 5º ano de Direito da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, campus Três Lagoas, participante do Grupo de Pesquisa de Direito do Trabalho: Trabalho Digno e Desenvolvimento Tecnológico, participante do Projeto de Extensão Universidade da Melhor Idade, participante e colaboradora do Grupo de Pesquisa Políticas Públicas e Direitos Fundamentais. E-mail jessicayumenagasaki@gmail.com 2 Orientadora. Doutoranda em Direito pela UFPA, Mestre em Direito, Especialista em Direito Empresarial e Bacharel em Direito pelo UNIVEM, Docente do Curso de Graduação em Direito da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, campus Três Lagoas, Líder do Grupo de Pesquisa de Direito do Trabalho: Trabalho Digno e Desenvolvimento Tecnológico. E-mail: lmgsilvacastro@gmail.com

2 PROBLEMA DE PESQUISA O trabalho análogo à de escravo no Brasil é uma realidade que ainda persiste no território, mesmo sendo uma prática proibida e condenada pelo Código Penal por meio de seu Art.149, o qual delimita as condutas que configuram a prática de submeter o ser humano a condições análogas à de escravo, sendo o trabalho forçado, a jornada exaustiva, as condições degradantes e a restrição de locomoção por dívida, assim, verificado qualquer uma dessas circunstâncias se considera trabalho análogo à de escravo. O combate a essa prática advém tanto de mecanismos nacionais quanto internacionais, de modo que o Brasil é signatário da Convenção nº 29 de 1957 (Decreto nº 41.721/57) sobre trabalho forçado e a Convenção nº 105 de 1959 (Decreto nº 58.822/66) sobre a erradicação do trabalho forçado. Entretanto, mesmo o Brasil tendo firmando por meio da Lei Áurea (Lei nº 3.353/88) a extinção do trabalho escravo no Brasil isso não fez com que a prática fosse erradicada por completo. Assim, ao submeter o ser humano a esse tipo de trabalho viola direitos fundamentais estipulados pela Constituição Federal, além de afetar sua dignidade, sendo necessário o Estado criar mecanismos visando informar a sociedade desse problema social, além de realizar seu combate e prevenção de reincidência. A pesquisa visa analisar uma das políticas públicas de combate ao trabalho análogo à de escravo, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). A problemática apresentada inicialmente é analisar o impacto dessa política pública, visando ver o quão importante é sua atuação no combate por meio de análise de dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostrando um comparativo entre os anos em que ocorrem a fiscalização e, por conseguinte, averiguando se houve melhora ou não. O Grupo de Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) foi criado em 1995, mesmo ano em que o Brasil reconheceu a existência de trabalho análogo à de escravo em seu território. O GEFM se destaca pela sua atuação interinstitucional (MPF, MPT, polícia federal e polícia rodoviária federal), além de realizar suas operações de modo cauteloso, primeiro verificando a veracidade da denúncia, montando uma equipe para poder ir até o local em que possivelmente há trabalhadores em situação análoga à de escravo, fazendo essa constatação na prática, ou seja, atuando no núcleo do problema. Além de coletar provas, fazer o resgate desses trabalhadores, assinar o TAC (termo de ajustamento de conduta), bem como montar

3 o auto de infração, de forma que esses dados coletados possibilitem a punição dos envolvidos na prática, além de cumprir o objetivo principal que seria o resgate desses trabalhadores. Em contrapartida, com o desenvolvimento dessa política pública a fim de possibilitar melhores resultados por meio da fiscalização direta, o Ministério do Trabalho publicou uma nota no dia 23 de julho de 2017 em que os recursos das superintendências regionais estarão limitados a 30% (trinta por cento) do orçamento a partir do mês de agosto, ou seja, dificultando ainda mais a atuação e melhoria do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) além de outros órgãos fiscalizadores e atuantes na causa e, por conseguinte, afetando diretamente a erradicação do trabalho análogo à de escravo pela falta de recurso, além da própria diminuição das fiscalizações e o resgate desses trabalhadores. OBJETIVOS A pesquisa visa analisar o impacto da atuação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) no Brasil, com o intuito de verificar em quais Estados atua, quantos trabalhadores foram resgatados e como realiza sua fiscalização. METODOLOGIA O trabalho é realizado de forma bibliográfica e com a análise dos dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), utilizando o método hipotético-dedutivo aliado com a pesquisa qualitativa. RESULTADOS Diante disso, conclui-se que dentre as políticas públicas de combate a erradicação ao trabalho análogo à de escravo o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) se destaca, tal comprovação ocorreu pelos dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) datados de 1997 até a última fiscalização do ano de 2016, cuja atualização é até dia 13 de março de 2017.

4 Fonte da Imagem: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016 Assim, por meio desses dados apresentados pelo MTE, percebe-se que o GEFM é uma política pública de impacto positivo dentro do território nacional, sendo possível mensurar sua eficiência e atuação no combate a prática, mesmo com as dificuldades encontradas em sua execução. Entretanto, verifica-se que para obter melhores resultados urge disponibilizar mais recursos, recrutar mais agentes, visando ter uma atuação mais abrangente pelo Estado, resgatando mais trabalhadores em condições análogas à de escravo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMADO, Guilherme. Governo suspende fiscalização contra o trabalhos escravo e infantil. O Globo. 23 de jul. de 2017. Disponível em: <http://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/governo-suspende-fiscalizacao-contra-otrabalho-escravo-e-infantil.html>. Acesso em 25 de jul. de 2017. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Brasília, DF. Senado Federal.. Código Penal. 9º ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017.. Decreto nº 41.721, de 25 de junho de 1957. Promulga as Convenções Internacionais do Trabalho de nº 11,12,13,14,19,26,29,81,88,89,95,99,100 e 101, firmadas pelo Brasil e outros países em sessões da Conferência Geral da Organização Geral do Trabalho. Disponível em:

5 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d41721.htm>. Acesso em 05 de ago. de 2017.. Decreto nº 58.822, de 14 de julho de 1966. Promulga a Convenção nº 105 concernente a abolição do Trabalho Forçado. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/d58822.htm> Acesso em 05 de ago.de 2017.. Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888. Declara extinta a escravidão no Brasil. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim3353.htm>. Acesso em 06 de ago. de 2017.. Ministério Público do Trabalho e Emprego. Resultado da Fiscalização para erradicação do trabalho escravo de 1995 a 2013. Disponível em :<http://portal.mte.gov.br/trab_escravo/resultados-das-operacoes-de-fiscalizacao-paraerradicacao-do-trabalho-escravo.htm>. Acesso em 01 de ago. de 2017 BRITO FILHO, José Claudio Monteiro de. Trabalho Descente Análise Jurídica da Exploração do Trabalho Trabalho Escravo e outras formas de trabalho indigno. 3º ed. Editora Ltr. São Paulo. 2013 BUCCI, Maria Paula Dallari (Org). Políticas Públicas: Reflexões sobre o conceito jurídico. São Paulo: Saraiva, 2006 COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Síntese Estatística Campanha da CPT contra o Trabalho Escravo. 2014. Disponível em: <https://www.cptnacional.org.br/attachments/article/2258/s%c3%adntese%20estat%c3 %ADstica%20do%20TE%202013%20-%20ATUALIZADA%20em%2023.06.2014.pdf>. Acesso em 18 de fevereiro de 2017. DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15º Ed. 2016. São Paulo. Editora LTr. Disponível em Vlex. Acesso em 08 de fevereiro de 2017. NASCIMENTO, Arthur Ramos do. Políticas Públicas de Combate ao Trabalho Escravo Rural Contemporâneo no Brasil : Análise da responsabilidade do Estado na erradicação da exploração da mão-de-obra escrava a partir dos paradoxos da realidade normativa, jurisprudencial e social brasileira. 2012. 225v. Dissertação (Mestrado em Direito Agrário) Faculdade de Direito. Universidade Federal de Goiás, Goiás. Disponível em <https://mestrado.direito.ufg.br/up/14/o/dissertacao_definitivis_forever.pdf>. Acesso em 01 de ago. de 2017. OIT-BRASIL. As boas práticas de inspeção do trabalho no Brasil: a erradicação do trabalho análogo ao de escravo. Organização Internacional do Trabalho Brasília, OIT, 2010. Disponível em: <http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/labour_inspection/pub/trabalho_escrav o_inspecao_279.pdf>. Acesso em 17 de junho de 2017