Seminário 10 anos da Lei de Falências e Recuperação de Empresas: retrospectiva, panorama atual e tendências

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Transcrição:

Seminário 10 anos da Lei de Falências e Recuperação de Empresas: retrospectiva, panorama atual e tendências O papel do administrador judicial na condução da recuperação e da AGC para aprovação do plano de recuperação (interferir ou não na discussão entre devedor e credores?) IBMEC / IBRADEMP Março / 2015

1) O que é o AJ? Art. 21, caput, da LRE: O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. Órgãos obrigatórios: (i) juiz (ii) administrador judicial e, (iii) representante do Ministério Público Órgãos facultativos: (i) Comitê de credores e, (ii) a AGC Em conclusão, o administrador judicial é pessoa (física ou jurídica), que atua como auxiliar qualificado do juízo e se insere no elenco dos particulares colaboradores da justiça, não representando os credores nem substituindo o devedor falido ou recuperanda, atuando assim, como órgão da falência ou da recuperação judicial.

2) Obrigações comuns do AJ na Falência e Rec. Judicial Art. 22, I da LRE: a) enviar correspondência aos credores constantes na relação de credores, comunicando a data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a classificação dada ao crédito; b) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores interessados; c) dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, a fim de servirem de fundamento nas habilitações e impugnações de créditos; d) exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer informações; e) elaborar a relação de credores de que trata o 2 o do art. 7 o desta Lei; f) consolidar o QGC nos termos do art. 18 desta Lei; g) requerer ao juiz convocação da AGC nos casos previstos nesta Lei ou quando entender necessária sua ouvida para a tomada de decisões; h) contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá-lo no exercício de suas funções; i) manifestar-se nos casos previstos nesta Lei;

3) Obrigações do AJ na Recuperação Judicial Art. 22, II da LRE: a) fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial; b) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação; c) apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das atividades do devedor; d) apresentar o relatório, no prazo de 15 dias após a sentença de encerramento da RJ, sobre a execução do plano de recuperação, de que trata o inciso III do caput do art. 63 da LRE;

3) Principais inovações da LRE para a função de AJ: (i) substituiu a escolha do AJ (ex-síndico) entre os maiores credores do falido, residente ou domiciliado no foro da falência (ii) instituição de um órgão colegiado facultativo (Comitê de Credores), com a função de fiscalizar as atividades do AJ e execução do Plano (iii) manutenção da liberdade do juiz na escolha do AJ, sem necessidade de manifestação prévia do MP e credores (iv) criação da figura do Gestor Judicial (art. 64, I a V da LRE; ou previsão no Plano de RJ) (v) Na RJ o AJ poderá exercer, de forma atípica e pro tempore, a administração das atividades do devedor, até a eleição do Gestor Judicial (art. 65, 1º) (vi) Forma de remuneração do AJ não é escalonada pelo valor dos bens da massa falida e/ou créditos sujeitos à RJ (vii) Redução do limite percentual de remuneração dos 6% (Decreto-lei 7661/45), para os 5% (LRE)

3) Principais inovações da LRE para a função de AJ: Nos dizeres de Manoel Justino Bezerra: Muito embora esta lei tenha diminuído os poderes do administrador judicial relativamente ao sindico da lei anterior, ainda assim ele continua dispondo de grande liberdade de ação, como já examinado. A esse grande poder de direção e impulso corresponde a obrigação de responder pelos prejuízos causados à massa, até com seus bens pessoais (art. 154, 5º), e, em vários casos, podendo ser incurso em crime de desobediência ou ser réu de processo por crimes falimentares passiveis de reclusão ( art. 177). É correto que assim seja. O administrador é aquele que sai a campo, para administrar a empresa e salvaguardar os interesses dos credores; o Juiz permanece cuidando de todos os seus demais afazeres e é municiado com informações pelo administrador. (...) Ante a possibilidade de responsabilização pessoal daquele que levou prejuízo à massa, por dolo ou mesmo por simples culpa, sempre que houver dissidência em deliberação do Comitê, o dissidente deve fazer constar em ata sua discordância, para ressalva de futura responsabilidade. (BEZERRA, 2005, p.108)

3) Principais inovações da LRE para a função de AJ: Nos dizeres de Nélson Abrão: (...) o administrador judicial, nas legislações mais avançadas, não tutela simplesmente os interesses dos credores, mas sim a salvaguarda dos interesses que chama de difusos, consistentes na preservação da empresa, com o escopo de manutenção dos empregos, na defesa dos direitos dos acionistas minoritários ( não controladores) e dos fornecedores do chamado capital de crédito proveniente da coletividade por meio dos bancos, donde pode (...) falar-se, não sem propriedade, que hodiernamente é o dinheiro da coletividade, portanto poupança difusa, que sustenta tecnicamente a atividade empresarial. Nesse sentido, o administrador judicial possui enorme relevância para os interesses coletivos e difusos, uma vez que sua atuação esta revestida de aspectos fundamentais quanto ao procedimento adjetivo, porque, muito mais que interesses privados, sobressai o legitimo interesse público. (ABRÃO, 2005, p.378)

4) Viés negocial da Recuperação Judicial e o papel do AJ (i) negociação do tipo perde perde ; De acordo com o princípio de distribuição equilibrada de ônus na recuperação judicial da empresa, tanto a empresa, como credores devem colaborar para que se mantenha em funcionamento atividade produtiva viável a fim de que se obtenham os benefícios sociais dessa atividade (Pro. Daniel Carnio) (ii) administrador judicial imbuído da negociação como meio para desenvolvimento do processo de Recuperação Judicial; (iii) condução/mediação das relações/negociações mais conflituosas no âmbito da Recuperação Judicial suspensão da AGC; (iv) presente de forma ativa nas relações de devedor(es) e credor(es).

5) Responsabilidades civil e criminal do AJ Art. 32 da Lei nº 11.101/05: O administrador judicial e os membros do Comitê responderão pelos prejuízos causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou culpa, devendo o dissidente em deliberação do Comitê consignar sua discordância em ata para eximir-se da responsabilidade. - Responsabilidade civil subjetiva: a obrigação de indenizar somente emergirá se o lesado comprovar a culpa ou dolo do agente causador do dano, no caso, o administrador judicial. - Assim, ao prever a responsabilidade do administrador judicial pelos prejuízos que, por dolo ou culpa, causar à massa, ao devedor, ou aos credores, nada mais fez o legislador do que acompanhar a evolução doutrinaria e jurisprudencial sobre a matéria imposta a todo administrador de sociedade, quer seja sócio ou não, a responsabilidade pelos atos que praticar.

5) Responsabilidades civil e criminal do AJ Muito embora esta lei tenha diminuído os poderes do administrador judicial relativamente ao sindico da lei anterior, ainda assim ele continua dispondo de grande liberdade de ação, como já examinado. A esse grande poder de direção e impulso corresponde a obrigação de responder pelos prejuízos causados à massa, até com seus bens pessoais (art. 154, 5º), e, em vários casos, podendo ser incurso em crime de desobediência ou ser réu de processo por crimes falimentares passiveis de reclusão ( art. 177). É correto que assim seja. O administrador é aquele que sai a campo, para administrar a empresa e salvaguardar os interesses dos credores; o Juiz permanece cuidando de todos os seus demais afazeres e é municiado com informações pelo administrador. (...) Ante a possibilidade de responsabilização pessoal daquele que levou prejuízo à massa, por dolo ou mesmo por simples culpa, sempre que houver dissidência em deliberação do Comitê, o dissidente deve fazer constar em ata sua discordância, para ressalva de futura responsabilidade. (BEZERRA, 2005, p.108)

OBRIGADO! Contatos: Tel. (31) 2552.5692 Cel. (31) 8697.9890 Emails: bernardo@bernardobicalho.adv.br www.bernardobicalho.adv.br 11