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Transcrição:

Odebrecht Ambiental Goiás S.A. Demonstrações financeiras e relatório dos auditores independentes em 31 de dezembro de 2014

Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais Ativo Nota explicativa 2014 2013 Passivo e patrimônio líquido Nota explicativa 2014 2013 Circulante Circulante Caixa e equivalentes de caixa 5 7.969 19.788 Fornecedores 2.7 11.148 1.732 Contas a receber 6 8.940 4.287 Empréstimos e financiamentos 9 61.489 35.070 Tributos a recuperar 7 1.641 62 Salários e encargos sociais 4.557 2.188 Estoques 2.12 728 736 Tributos a pagar 1.215 348 Adiantamentos a fornecedores 1.725 639 Obrigações com o poder concedente 12 9.198 8.855 Despesa antecipada 2.5 2.669 Outros passivos 5.505 83 Outros ativos 115 5 93.112 48.276 23.787 25.517 Não circulante Não circulante Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos 9 5.833 Tributos a recuperar 7 1.284 Partes relacionadas 10 15.730 15.424 Imposto de renda e contribuição social diferidos 11 11.713 3.549 Adiantamento para futuro aumento de capital 2.10 5.998 Outros ativos 79 Obrigações com o poder concedente 12 93.599 94.454 13.076 3.549 121.160 109.878 Imobilizado 2.045 1.003 Capital social 31.073 8.898 Intangível 8 183.659 130.087 Prejuízos acumulados (22.778) (6.896) Patrimônio líquido 13 185.704 131.090 8.295 2.002 Total do ativo 222.567 160.156 Total do passivo e patrimônio líquido 222.567 160.156 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 1 de 24

Demonstração do resultado Exercício e período findos em 31 de dezembro Nota explicativa Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 Período de 1º de março a 31 de dezembro de 2013 Operações continuadas Receita líquida de serviços 14 (a) 105.139 33.421 Custo dos serviços prestados 14 (c) (98.882) (33.195) Lucro bruto 6.257 226 Despesas operacionais Gerais e administrativas 14 (c) (21.969) (9.530) Prejuízo operacional antes do resultado financeiro (15.712) (9.304) Resultado financeiro Receitas financeiras 3.039 187 Despesas financeiras (11.372) (1.329) 14 (d) Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (24.045) (10.446) Imposto de renda e contribuição social diferidos 11 (b) 8.163 3.550 Prejuízo do exercício Prejuízo básico e diluído por ação das operações continuadas atribuível aos acionistas da Companhia durante o exercício (Em R$ por ação) (15.882) (6.896) 13 (c) (1,78) (2,30) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 2 de 24

Demonstração das mutações do patrimônio líquido Em milhares de reais Nota explicativa Capital social Reserva de capital Prejuízos acumulados Total Em 1º de março de 2013 (data de constituição) 1 1 Aumento de capital 13 (a) 8.897 8.897 Prejuízo do exercício (6.896) (6.896) Em 31 de dezembro de 2013 8.898 (6.896) 2.002 Aumento de capital 13 (a) 810 21.365 22.175 Incorporação da reserva de capital 13 (b) 21.365 (21.365) Prejuízo do exercício (15.882) (15.882) Em 31 de dezembro de 2014 31.073 (22.778) 8.295 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 de 24

Demonstração dos fluxos de caixa Exercício e período findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 Período de 1º de março a 31 de dezembro de 2013 Fluxos de caixa das atividades operacionais Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (24.045) (10.446) Ajustes Depreciação e amortização 3.977 627 Valor residual do ativo imobilizado e intangível baixados 498 Margem de lucro de construção (1.151) (562) Juros e variações monetárias, líquidas 1.105 (432) Variações nos ativos e passivos Contas a receber (4.653) (4.287) Adiantamentos a fornecedores (1.086) (639) Tributos a recuperar (2.863) (62) Estoques 8 (736) Outros Ativos (107) (5) Despesas antecipadas (2.713) Fornecedores 8.323 1.412 Salários e encargos sociais 2.369 2.188 Tributos a pagar 867 348 Obrigações com o poder concedente (512) 103.310 Outros passivos 5.387 83 (19.616) (10.813) Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) operações (14.596) 90.799 Fluxos de caixa das atividades de investimentos Adições ao imobilizado (1.930) (1.019) Adições ao intangível (50.221) (129.314) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (52.151) (130.333) Fluxos de caixa das atividades de financiamentos Ingressos de empréstimos e financiamentos 109.600 35.000 Amortizações de empréstimos e financiamentos (77.767) Juros pagos de empréstimos e financiamentos (5.384) Adiantamento para futuro aumento de capital 5.998 Aumento de capital social por acionistas 22.175 8.898 Partes relacionadas 306 15.424 Caixa líquido proveniente das atividades de financiamentos 54.928 59.322 Aumento (redução) líquido (a) de caixa e equivalentes de caixa (11.819) 19.788 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 19.788 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 7.969 19.788 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 de 24

1 Informações gerais A Odebrecht Ambiental Goiás S.A. ( Companhia ), anteriormente denominada Foz Goiás Saneamento S.A., foi constituída em 1º de março de 2013, como uma sociedade anônima de capital fechado, com o objetivo de explorar a concessão precedida da coleta e tratamento de esgoto, das cidades de Aparecida de Goiânia, Trindade, Rio Verde e Jataí. Em 19 de julho de 2013, a Companhia assinou o contrato de subdelegação de serviços públicos de esgotamento sanitário e serviços complementares com a Saneago que atenderá os municípios de Aparecida de Goiânia, Trindade, Rio Verde e Jataí. O contrato prevê um investimento de R$ 1.066.000, durante o período de 28 anos de concessão. A Companhia iniciou suas atividades operacionais em 1º de novembro de 2013. A Companhia é parte integrante da Organização Odebrecht ( Organização ), controlada pela Odebrecht Ambiental Projetos Ambientais S.A. ( OAPA ). Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia apresenta excesso de passivos circulantes sobre ativos circulantes no montante de R$ 69.325 (2013 R$ 22.759) em virtude, principalmente, do empréstimo-ponte a ser quitado em maio de 2015 que será pago com o primeiro desembolso do financiamento estruturado junto a Caixa Econômica Federal ( CEF ) previsto para final de abril de 2015, no valor de aproximadamente R$ 100.000. Este contrato foi assinado em 23 de dezembro de 2014, no valor de R$ 539.495 destinado à implantação e expansão do sistema de esgotamento sanitário nos Municípios de Aparecida de Goiânia, Jataí, Rio Verde e Trindade, objetivando dar atendimento adequado aos seus usuários, com carência para pagamento de 36 a 48 meses. No exercício de 2014, a Companhia apurou prejuízos no montante de R$ 15.882 (31 de dezembro de 2013 R$ 6.896). A Companhia apresentou prejuízos em virtude de encontrarse em fase inicial de suas operações e investindo na ampliação da sua infraestrutura. A Companhia conta com o acesso a recursos financeiros do controlador direto, OAPA, caso seja necessário, para fazer face aos passivos de curto prazo. Adicionalmente, os planos da administração para o exercício de 2015, contemplam ainda a negociação de empréstimos de longo prazo junto a instituições financeiras, que serão utilizados para complemento dos investimentos previstos, bem como o volume planejado de suas operações para os exercícios seguintes serão suficientes para gerar fluxo de caixa positivo e cumprir as obrigações contratuais e financeiras, bem como o plano de negócios prevê incremento de sua rentabilidade. 2 Resumo das principais políticas contábeis As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente pela Companhia. As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela Diretoria da Companhia em 27 de março 2015. 5 de 24

2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ativos. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais as premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3. As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). A Companhia não possui outros resultados abrangentes nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013. Dessa forma, as demonstrações de resultados abrangentes nessas datas não foram apresentadas. 2.2 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor. 2.3 Ativos financeiros 2.3.1 Classificação A Companhia classifica seus ativos financeiros no reconhecimento inicial, sob a categoria de empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. Os ativos financeiros são apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço. 2.3.2 Reconhecimento e mensuração Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros. 2.3.3 Impairment de ativos financeiros e não financeiros. 6 de 24

(a) Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado A Companhia avalia na data da emissão do balanço se existe evidência objetiva de que um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado, e as perdas por impairment são incorridas, somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda"), e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. (b) Ativos não financeiros Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o qual representa o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa UGC ). 2.4 Contas a receber As contas a receber correspondem aos valores a receber pela prestação de serviços no decurso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão apresentadas no ativo não circulante. As contas a receber são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo menos a provisão para créditos de liquidação duvidosa, calculados com base na análise dos créditos e registrada no montante considerado pela Administração como suficiente para cobrir perdas nas contas a receber. 2.5 Despesa antecipada O saldo refere-se substancialmente a prêmios de seguros e aos custos de transação para estruturação do contrato de financiamento de longo prazo e será mantido até que o processo de captação seja concluído. 7 de 24

2.6 Ativos intangíveis (a) Sistema de esgoto A Companhia reconhece como ativo intangível o direito de cobrar dos usuários pelos serviços prestados de esgotamento sanitário presente no contrato de subdelegação, em atendimento à Interpretação Técnica ICPC 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (ICPC 01 (R1)) e à Orientação OCPC 05 desse mesmo Comitê (OCPC 05). O ativo intangível é determinado como sendo o valor residual da receita de construção auferida para a construção ou aquisição da infraestrutura realizada pela Companhia, reconhecido conforme Nota 2.10 (b). O ativo intangível tem sua amortização iniciada quando este está disponível para uso, em seu local e na condição necessária para que seja capaz de operar da forma pretendida pela Companhia (Nota 3 (e)). A amortização do ativo intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Companhia, ou o prazo final da concessão, o que ocorrer primeiro. (b) Direito de concessão O direito de concessão refere-se à outorga registrada na concessão no ativo intangível (nota 8) e as respectivas obrigações relacionadas aos pagamentos futuros (exigibilidades) estão registradas no passivo circulante. A amortização reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Companhia, ou o prazo final da concessão, o que ocorrer primeiro. (c) Capitalização de juros Os custos de empréstimos gerais e específicos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção de um ativo intangível qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso pretendido, são capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiança. 2.7 Fornecedores As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes. Os saldos são inicialmente reconhecidos pelo valor justo e, subsequentemente, mensurados pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros. 8 de 24

2.8 Empréstimos e financiamentos São reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos e financiamentos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros As taxas pagas no estabelecimento dos empréstimos e financiamentos são reconhecidas como custos da transação das respectivas operações uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo e financiamento seja sacado. Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, doze meses após a data do balanço. Os custos de empréstimos e financiamentos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso, são capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros e que tais custos possam ser mensurados com confiança. Demais custos são reconhecidos como despesa no período que são incorridos. 2.9 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido O imposto de renda e contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, base negativa de contribuição social e adições ou exclusões temporárias. As alíquotas desses tributos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% de imposto de renda e de 9% para a contribuição social. Com base em projeções de resultados futuros, elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários que podem sofrer alterações, os tributos diferidos ativos são reconhecidos por ser provável que o lucro futuro tributável será compensado com os saldos de prejuízos fiscais e base negativa acumulados. O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório. 2.10 Adiantamentos para futuro aumento de capital ( AFAC ) Os adiantamentos para futuro aumento de capital têm por finalidade exclusiva o aumento de capital social pelos acionistas na Companhia 9 de 24

2.11 Reconhecimento da receita A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, dos abatimentos e dos descontos. A Companhia reconhece a receita quando os valores podem ser mensurados com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a Companhia e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades, conforme descrição a seguir. A Companhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada prestação de serviço. (a) Receita de serviços de esgoto Refere-se as receitas de prestação de serviços de coleta e tratamento de esgoto sanitário. As receitas ainda não faturadas representam receitas incorridas, cujo serviço foi prestado, mas ainda não foi faturado até o final de cada período. (b) Receita de construção A receita de construção foi estimada considerando os gastos incorridos pela Companhia na formação da infraestrutura e a respectiva margem de lucro, determinada com base nos correspondentes custos de envolvimento da Companhia na formação do seu ativo intangível, presente no contrato de subdelegação (ICPC 01 (R1) e OCPC 05), já que a Companhia adota como prática a terceirização dos serviços de construção, com riscos de construção assegurados nos contratos de prestação de serviços e por seguros específicos de construção. A receita de construção é determinada e reconhecida de acordo com o Pronunciamento Técnico ICPC 01 (R1) e OCPC 05 do CPC Contratos de Concessão, segundo o método de porcentagem de conclusão, mediante incorporação da margem de lucro aos respectivos custos incorridos no mês de competência. A margem de lucro utilizada nos exercícios de 2014 e de 2013 é de 2%. Essa receita é reconhecida juntamente com os custos de construção na demonstração do resultado de sua competência, e está diretamente relacionada aos respectivos ativos formados. 2.12 Estoques Os estoques contemplam os materiais destinados à operação e manutenção dos sistemas e, são avaliados ao custo médio de aquisição, inferior ao custo de reposição ou ao valor de realização, sendo classificados no ativo circulante. 10 de 24

2.13 Benefícios a empregados (a) Obrigações de aposentadoria A Companhia disponibiliza plano de Previdência Complementar através da Odebrecht Previdência, entidade fechada de Previdência Complementar, sem fins lucrativos, que atua sob a forma jurídica de sociedade civil, aprovada pelo Ministério da Previdência Social, (conforme Portaria nº 1.719 de 23/12/1994). O plano é disponibilizado para todos os seus Integrantes e Diretoria Estatutária. O Plano é estruturado na modalidade de Contribuição Definida, na qual o valor do benefício decorrerá sempre do saldo acumulado na conta de participante. A conta de participante é individual e constituída pelas contribuições dos integrantes, pelas contrapartidas da patrocinadora e pelo resultado dos investimentos. (b) Participação nos lucros A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação de empregados no resultado, além de uma provisão quando estiver contratualmente obrigada ou houver uma prática anterior que tenha gerado obrigação não formalizada. A participação no resultado tem como base os resultados alcançados pela Companhia e avaliação do desempenho individual do empregado, em relação à sua contribuição para a formação deste resultado, tanto na parte quantitativa quanto na qualitativa. 3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos As estimativas e julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social estão contempladas a seguir. (a) Imposto de renda, contribuição social e outros impostos A Companhia reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessas questões é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo é determinado. 11 de 24

(b) Recuperabilidade do imposto de renda e contribuição social diferidos A Companhia mantém o registro permanente de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre as seguintes bases: (i) prejuízo fiscal e base negativa da contribuição social; e (ii) receitas e despesas contábeis temporariamente não tributáveis e indedutíveis, respectivamente. O reconhecimento e o valor dos tributos diferidos ativos dependem da geração futura de lucros tributáveis, o que requer o uso de estimativas relacionadas ao desempenho futuro da Companhia. Essas estimativas estão contidas no Plano de Negócios, que é aprovado anualmente pela Administração da Companhia. Anualmente, a Companhia revisa a projeção de lucros tributáveis. Se essas projeções indicarem que os resultados tributáveis não serão suficientes para absorver os tributos diferidos, são feitas as baixas correspondentes à parcela do ativo que não será recuperada. O prejuízo fiscal e base negativa da contribuição social não expiram no âmbito tributário brasileiro. (c) Reconhecimento de receita de construção A Companhia usa o método de porcentagem de conclusão para contabilizar seu contrato de construção. O uso do método requer que a Companhia estime o estágio de execução de cada contrato até a data-base do balanço como uma proporção entre os custos incorridos com os serviços até então executados e o total dos custos orçados de cada contrato (Nota 2.8 (b)). (d) Receita não faturada A Companhia registra as receitas ainda não faturadas porém incorridas, cujo serviço foi prestado, mas ainda não foi faturado até o final de cada período. Essas receitas são contabilizadas na data da prestação do serviço, como contas a receber de clientes a faturar, com base em especificações de cada venda, de forma que as receitas se contraponham aos custos em sua correta competência. (e) Vida útil do ativo intangível Os ativos intangíveis da concessão são amortizados pelo método linear e refletem o período em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Companhia, podendo ser o prazo final da concessão, ou a vida útil do ativo, o que ocorrer primeiro. O ativo intangível tem a sua amortização iniciada quando está disponível para uso, em seu local e na condição necessária para que seja capaz de operar da forma pretendida pela Companhia. 12 de 24

4 Gestão de risco financeiro 4.1 Fatores de risco financeiro (a) Considerações gerais A Companhia participa em operações envolvendo instrumentos financeiros, incluindo caixa e equivalentes de caixa, contas a receber, contas a pagar de fornecedores, partes relacionadas e empréstimos e financiamentos. Os instrumentos financeiros operados pela Companhia têm como objetivo administrar a disponibilidade financeira de suas operações. A administração dos riscos envolvidos nessas operações é feita através de mecanismos do mercado financeiro que buscam minimizar a exposição dos ativos e passivos da Companhia, protegendo a rentabilidade dos contratos e o patrimônio da Companhia. Adicionalmente, a Companhia não participou de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos (especulativos e não especulativos) durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. (b) Risco de liquidez Para administrar a liquidez do caixa são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de tesouraria. 4.2 Gestão de capital Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital é salvaguardar a capacidade de sua continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir o respectivo custo. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. Condizente com outras companhias do setor, a Companhia monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos (incluindo valores circulantes e não circulantes), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no 13 de 24

balanço patrimonial, com a dívida líquida. Os índices de alavancagem financeira nos exercício findos em 31 de dezembro 2014 e de 2013, podem ser assim sumariados: 2014 2013 Total de empréstimos e financiamento (Nota 9) 67.322 35.070 (-) Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5) (7.969) (19.788) Dívida líquida 59.353 15.282 Total do patrimônio líquido 8.295 2.002 Total do capital 67.648 17.284 Índice de alavancagem financeira - % 88% 88% 4.3 Instrumentos financeiros por categoria Os instrumentos financeiros da Companhia são classificados da seguinte forma: 2014 2013 Empréstimos e recebíveis Caixa e equivalentes de caixa 7.969 19.788 Contas a receber 8.940 4.287 Outros passivos financeiros 16.909 24.075 Fornecedores (11.148) (1.732) Empréstimos e financiamentos (67.322) (35.070) Obrigações com o poder concedente (102.797) (103.309) Partes relacionadas (15.730) (15.424) (196.997) (155.535) 5 Caixa e equivalentes de caixa 2014 2013 Fundo fixo 32 30 Bancos conta movimento 214 176 Aplicações financeiras (i) 7.723 19.582 7.969 19.788 (i) O saldo de aplicações está representado por operações compromissadas com banco de primeira linha, com liquidez imediata e remuneração relacionada a uma variação de, cerca de 100% do Certificado de Depósito Bancário. 14 de 24

6 Contas a receber 2014 2013 Contas a receber de clientes Concessões públicas 10.129 4.287 Provisão para crédito de liquidação duvidosa ("PCLD") (1.189) 8.940 4.287 (i) A saldo de contas a receber é devido pelos usuários à Companhia, em decorrência contrato de subdelegação firmado com a Saneago, qualificado como operações de ativo intangível. A análise de vencimentos dos créditos de liquidação duvidosa está apresentada abaixo: 2014 De 180 a 270 dias 294 De 271 a 360 dias 561 Acima de 360 dias 334 1.189 O critério para constituição da PCLD são os títulos a receber de usuários particulares e órgãos públicos vencidos há mais de 180 dias. 7 Tributos a recuperar 2014 2013 Imposto de renda 234 62 PIS e COFINS (i) 2.691 2.925 62 (-) Circulante (1.641) (62) Não circulante 1.284 (i) O saldo representa a opção de utilizar o desconto dos créditos de PIS e da COFINS, no prazo de 12 meses, para as aquisições de máquinas e equipamentos destinados às suas operações, conforme art. 1º da Lei nº 11.774/08. Adicionalmente, a Companhia optou pelo desconto, no prazo de 24 meses, dos créditos da contribuição para o PIS e da COFINS nas incorporações de edificações ao ativo imobilizado para utilização nas suas operações, conforme disposto no art. 6º da Lei nº 11.488/07. Conforme ICPC01 (R1), tais bens do ativo imobilizado foram reclassificados para o ativo intangível, em decorrência da obtenção do direito de cobrar dos usuários dos serviços públicos, pelos serviços prestados de esgotamento sanitário no período de tempo estabelecido no contrato de concessão. 15 de 24

8 Intangível Composição Sistema de esgoto Direito de concessão (i) Softwares Intangível em formação (ii) Total Em 1º de janeiro de 2013 Adições 409 102.608 2 27.680 130.699 Amortização (6) (606) (612) Saldo contábil, líquido 403 102.002 2 27.680 130.087 Em 31 de dezembro de 2013 Custo 409 102.608 2 27.680 130.699 Amortização (6) (606) (612) Saldo contábil, líquido 403 102.002 2 27.680 130.087 Em 1º de janeiro de 2014 Adições 7.608 77 49.478 57.163 Baixas (83) (83) Transferências 30.445 (30.126) 319 Amortização (158) (3.654) (12) (3.824) Saldo contábil, líquido 38.215 98.348 67 47.032 183.662 Em 31 de dezembro de 2014 Custo 38.379 102.608 79 47.032 188.098 Amortização (164) (4.263) (12) (4.439) Saldo contábil, líquido 38.215 98.345 67 47.032 183.659 Vida útil (anos) 5 a 28 28 5 a 10 (i) Refere-se substancialmente à outorga fixa a pagar ao poder concedente (Nota 12). (ii) O saldo do intangível em formação representa os investimentos na ampliação do sistema de esgotamento sanitário dos Municípios de Aparecida de Goiânia, Jataí, Rio Verde, e Trindade do Estado de Goiás, com previsão de conclusão no exercício de 2019. No decorrer do exercício de 2014, a Companhia capitalizou juros dos financiamentos no montante de R$ 4.698 (2013 R$ 166). 16 de 24

9 Empréstimos e financiamentos (a) Composição Instituição financeira Modalidade Encargos financeiros anuais Taxa efetiva de juros anual Vencimento Custos de transação incorridos Saldos dos custos a apropriar 2014 2013 BTGPactual Serviços Financeiros S.A. DTVM Notas promissórias CDI + juros de 1,55% 12,48% mai/15 (48) (225) 59.133 35.166 Itaú Unibanco SA ('Itaú") Capital de giro (CCB) CDI + juros de 2,4% 13,42% abr/18 8.414 (-) Custo de transação (48) (225) (225) (96) Total 67.322 35.070 (-) Circulante 61.489 35.070 Não circulante 5.833 (b) Movimentação 2014 2013 Saldo no início do exercício 35.070 (+) Adição de principal 109.600 35.000 (+) Adição de juros 5.932 166 (-) Amortização de principal (77.767) (-) Amortização de juros (5.384) (+/-) Custo de transação (129) (96) Saldo no final do exercício 67.322 35.070 (c) Prazo de vencimento 2014 2016 2.500 2017 2.500 2018 833 Saldo no final do exercício 5.833 (d) Garantias As garantias das Notas Promissórias junto ao BTG pactual são: (i) aval parcial prestado pela Construtora Central do Brasil S.A; (ii) a cessão de direitos creditórios oriundos do Contrato de Subdelegação; (iii) o penhor de 99% (noventa e nove por cento) das ações da Companhia; (iv) suporte da Odebrecht Ambiental S.A. de 65% das obrigações e compromissos assumidos. A garantia da Cédula de Crédito Bancário junto ao Itaú BBA é o aval prestado pela Odebrecht Ambiental S.A. 17 de 24

10 Partes relacionadas Passivo Custos dos Gerais e não circulante serviços prestados administrativas 2014 2013 2014 2013 2014 2013 Odebrecht Ambiental SA ("OA") 15.706 15.424 (3.958) (16) (4.620) (831) Construtora Central do Brasil ("CCB") 24 15.730 15.424 (3.958) (16) (4.620) (831) As transações com partes relacionadas referem-se a saldos com a ODB Ambiental pelos serviços de consultoria prestados, conforme contrato assinado entre as partes, sem incidência de juros e vencimento indeterminado. 11 Imposto de renda e contribuição social diferidos (a) Composição, expectativa de realização e movimentação de imposto de renda e contribuição social diferidos. Composição no balanço patrimonial (não circulante) 2014 2013 Ativo diferido 12.661 4.047 Passivo diferido (948) (498) 11.713 3.549 Conforme o estudo técnico, os lucros tributáveis futuros permitem a recuperação do ativo fiscal diferido e liquidação do passivo fiscal diferido existentes, conforme estimativa a seguir: Ativo de imposto diferido Ativo de imposto diferido a ser recuperado depois de 12 meses 12.661 Expectativa de realização do ativo diferido é como segue: 2020 621 2021 2.118 2022 3.660 2023 5.775 2024 487 2014 12.661 12.661 Passivo de imposto diferido Passivo de imposto diferido a ser liquidado depois de 12 meses (948) Expectativa de realização do passivo diferido é como segue: Demais anos (948) 18 de 24

Caso haja fatores relevantes que venham modificar as projeções, essas serão revisadas durante os respectivos exercícios. Os referidos créditos são passíveis de compensações com lucros tributáveis futuros da Companhia, sem prazo de prescrição. A movimentação dos ativos e passivos de imposto de renda e contribuição social diferidos durante o período, sem levar em consideração a compensação dos saldos é a seguinte: Ativo fiscal diferido Prejuízo fiscal e base negativa da CSLL 1.841 10.091 11.932 Provisões 402 327 729 Ajustes de RTT (Outros) 1.805 (1.805) 2013 Reconhecido na demonstração do resultado 2014 4.048 8.613 12.661 Passivo fiscal diferido 2013 Consolidado Reconhecido na demonstração do resultado 2014 Receita e Custo de Construção Concessões Ativo Intangível R1 (ICPC 01 e OCPC 05) (191) (2.451) (2.642) Capitalização de juros e custo de transação R1 (CPC 08 e CPC 20) (200) (1.776) (1.976) Diferença de taxa de amortização de ativos intangíveis (107) (373) (480) Demais diferenças temporárias da Lei 11.638/07 e 11.491/09 (RTT) 4.150 4.150 (498) (450) (948) Os ativos de impostos diferidos são reconhecidos para os prejuízos fiscais na proporção da probabilidade de realização do respectivo benefício fiscal por meio do lucro tributável futuro. (b) Reconciliação da alíquota nominal com a taxa efetiva O imposto de renda e contribuição social sobre o lucro da Companhia, antes do imposto de renda e contribuição social, difere do valor teórico que seria obtido com o uso da alíquota de imposto de renda e contribuição social nominal, aplicável ao lucro da Companhia, como segue: Resultado antes de imposto de renda e contribuição social (24.046) (10.446) Alíquota nominal 34% 34% Imposto de renda e contribuição social à alíquota nominal 8.176 3.552 Efeito das adições permanentes (13) (2) Receita de imposto de renda e contribuição social 8.163 3.550 Consolidado 2014 2013 19 de 24

(c) Lei nº 12.973 de 13 de maio de 2014 A Lei nº 12.973 de 13 de maio de 2014, objeto de conversão da Medida Provisória nº 627 de 11 de novembro de 2013, revogou o Regime Tributário de Transição (RTT) e trouxe outras providências, dentre as quais se destacam: (i) alterações na legislação tributária federal relativa ao IRPJ, CSLL, PIS/PASEP e à COFINS com o objetivo de alinhar a contabilidade fiscal à societária; e (ii) disposições associadas à tributação dos contratos de concessão de serviços públicos. As disposições previstas nessa legislação têm vigência a partir de 2015, salvo na hipótese de opção pela sua adoção antecipada a partir de 2014. Posteriormente, no quarto trimestre de 2014, foram editadas instruções normativas pela Receita Federal do Brasil (RFB) com o objetivo de regulamentar as disposições da Lei nº 12.973/14, dentre as quais destaca-se a IN RFB nº 1.515/14, que dispõe especialmente sobre os efeitos da revogação do RTT. No que concerne ao exercício da opção pela aplicação dos efeitos da Lei nº 12.973/14 para o ano-calendário de 2014, a Companhia não optou pela adoção antecipada dos efeitos da referida Lei. De acordo com a IN RFB nº 1.499/14, a opção pela antecipação ou não dos efeitos da Lei nº 12.973/14 para o ano-calendário de 2014, foi confirmada na DCTF correspondente ao mês de dezembro de 2014, cujo prazo previsto para entrega encerrou-se em 24 de fevereiro de 2015. 12 Obrigações com o poder concedente Refere-se a outorga fixa a pagar ao poder concedente pela exploração e utilização dos bens afetos ao contrato de concessão via subdelegação dos serviços de coleta e tratamento de esgoto e gestão comercial da água nas cidades de Aparecida de Goiânia, Trindade, Rio Verde e Jataí. O valor total da obrigação com a Saneago é de R$ 273.000, divididos em 30 parcelas fixas anuais, sendo que deste valor já foram pagos R$ 9.100, restando um passivo no valor de R$ 263.900 atualizadas pelo IPCA, ajustadas a valor presente pela taxa de desconto de 8,52% ao ano, que se refere à taxa interna de retorno do contrato de concessão. 20 de 24

13 Patrimônio Líquido (a) Capital social %de Capital Quantidade participação Social de ações 2014 2013 2014 2013 2014 2013 ODB Ambiental 64,00 5.695 5.695 OAPA 64,88 22.239 6.299 Construtora Norberto Odebrecht Brasil S.A. ("CNOB") 1,01 1,00 334 89 98 89 CCB 34,11 35,00 8.500 3.114 3.310 3.114 31.073 8.898 9.707 8.898 Em 4 de julho de 2013, os acionistas da Companhia aprovaram o aumento de capital social de R$ 1 para R$ 3.197, mediante a emissão de 3.197.000 ações ordinárias nominativas sem valor nominal, sendo totalmente integralizadas pelos acionistas da Companhia. Em 19 de agosto, 24 de setembro e 28 de outubro de 2013, foram aprovados aumentos de capital nos valores de R$ 1.200, R$ 2.000 e R$ 2.500 totalizando R$ 5.700, sendo R$ 3.648 aportados pela ODB Ambiental, R$ 1.995 aportados pela CCB e R$ 57 aportado pela CNOB, mediante a emissão de 5.700.000 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Em 8 dezembro de 2014, a ODB Ambiental transferiu a totalidade das ações detidas na Companhia para a OAPA. Em 19 de dezembro de 2014, os acionistas aportaram capital na Companhia, no montante de R$ 22.175, sendo R$ 810 destinado a conta de capital social e R$ 21.365 destinado para formação de reserva de capital da companhia, com créditos de mútuo e adiantamento para futuro aumento de capital detidos pelos acionistas junto à Companhia. Com esta operação, os acionistas OAPA e CNOB passaram a deter participação na Companhia de 64% para 64,88% e de 1% a 1,01%, respectivamente; a CCB foi diluída de 35% para 34,11%. Em 20 de dezembro de 2014, o capital social da Companhia foi aumentado em R$ 21.365, através da capitalização total da reserva de capital, conforme art. 200. (b) Reserva de capital A Companhia registrou reserva de capital oriunda do aporte realizado pela OAPA em 19 de dezembro de 2014, no montante de R$ 21.365. Em 20 de dezembro de 2014, o montante total da reserva de capital foi capitalizado, aumentado o capital social da Companhia em R$ 21.365. 21 de 24

(c) Prejuízo por ação O prejuízo básico por ação é calculado mediante a divisão do prejuízo atribuível aos acionistas da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o período. Adicionalmente, a Companhia não mantém ações em tesouraria. 2014 2013 Prejuízo atribuível aos acionistas da Companhia (15.882) (6.896) Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas (milhares) 8.925 2.993 Prejuízo básico por ação (1,78) (2,30) A Companhia não possui ações ordinárias em circulação que possam causar diluição ou dívida conversível em ações ordinárias. Assim, o prejuízo básico e o diluído por ação são iguais. 14 Resultado do exercício (a) Receitas As reconciliações das receitas auferidas são conforme segue: Operações Receita de serviços 2.11 (a) 52.633 5.874 Receita de construção 2.11 (b) 57.405 28.090 Impostos e contribuições sobre serviços (4.899) (543) Nota explicativa 2014 2013 105.139 33.421 (b) Receita de construção A receita líquida de construção e o custo de construção estão relacionados ao contrato de longo prazo, e assim apresentados: Receita líquida de construção Custo de construção Margem de lucro Natureza do contrato 2014 2013 2014 2013 2014 2013 Concessão 57.405 28.090 (56.254) (27.528) 1.151 562 22 de 24

(c) Despesa por natureza Classificadas por natureza: Custo de construção (56.254) (27.528) Remunerações (16.154) (4.829) Encargos sociais e trabalhistas (5.191) (1.304) Programa de alimentação (1.986) (550) Programa de saúde (1.368) (161) Outros benefícios (306) (48) Nota explicativa 2014 2013 (25.005) (6.892) Materiais (4.613) (472) Aluguéis e condomínios pessoa jurídica, comunicação e energia elétrica (7.953) (3.059) Serviços pessoa jurídica (8.189) (1.025) Auditorias, consultorias e assessorias (3.659) (1.017) Outros (1.175) (298) Partes relacionadas 10 (8.578) (847) Depreciação e amortização (3.977) (627) (+) Crédito Pis/Cofins dos custos operacionais 2.249 189 Viagens (467) (539) Outras (3.230) (610) (20.976) (5.399) (120.851) (42.725) Classificadas por função: Custo dos serviços prestados e vendas (98.882) (33.195) Gerais e administrativas (21.969) (9.530) (120.851) (42.725) 23 de 24

(d) Resultado financeiro Nota explicativa 2014 2013 Receitas financeiras Rendimentos de aplicações financeiras 760 187 Multa sobre atraso de pagamento 2.279 - Despesas financeiras Despesas com juros (1.365) (402) Partes relacionadas 10 (762) (133) Tributos sobre operações financeiras (553) (87) Ajuste a valor presente (i) (8.292) (702) Outros (400) (5) Resultado financeiro, líquido (8.333) (1.142) 3.039 187 (11.372) (1.329) (i) Refere-se ao ajuste a valor presente da outorga fixa a pagar ao poder concedente (Nota 13). 15 Seguros A identificação, mitigação, gerenciamento de riscos e contratação de seguros são tratados na Companhia obedecendo a parâmetros estabelecidos em política específica da Organização Odebrecht e contando com o apoio da OCS Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros Ltda., seus consultores, corretores e seguradoras parceiras nacionais e internacionais de primeira linha, para assegurar a contratação, o preço certo, das coberturas adequadas a cada contrato ou empreendimento, em montantes suficientes para fazer face à indenização de eventuais sinistros. Em 31 de dezembro de 2014, o montante de cobertura de seguros da Companhia é considerado suficiente pela administração, para fazer face à eventuais sinistros. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía seguros contratados, substancialmente, para a cobertura de prédios e instalações, garantias dos contratos assinados referente a prestação de serviços aos clientes, além de cobertura de responsabilidade civil para riscos de operações e ambiental, resumidos como segue: Tipo de cobertura Importâncias seguradas Garantia do Contrato 11.379 Riscos de Engenharia 55.394 Riscos Operacionais (ativos) 102.640 Responsabilidade Civil Geral 30.000 Responsabilidade Civil Ambiental 30.000 * * * 24 de 24