DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE AÇO AO NIÓBIO EM LAMINAÇÃO CONTROLADA ATRAVÉS DE MODELO MATEMÁTICO*

Documentos relacionados
MODELO MATEMÁTICO DE PREVISÃO DE PROPRIEDADES MECÂNICAS NA ARCELORMITTAL CARIACICA*

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO MECÂNICO A ALTAS TEMPERATURAS DOS AÇOS SAE 1518 E MICROLIGADO AO NIOBIO POR ENSAIOS DE TORÇÃO A QUENTE*

LAMINAÇÃO TMCP DE CHAPAS GROSSAS PARA AÇOS ARBL MICROLIGADOS COM NIÓBIO, VANÁDIO E TITÂNIO LAMINADOS NA GERDAU OURO BRANCO*

PRODUÇÃO DE AÇOS DAS CLASSES DE RESISTÊNCIA DE 80 E 90 KSI VIA TMCP NO LAMINADOR DE CHAPAS GROSSAS DA GERDAU OURO BRANCO *

INFLUÊNCIAS DE PROCESSO NO LIMITE DE ESCOAMENTO DE CANTONEIRA NA ESPECIFICAÇÃO NBR 7007 AR 415*

CARACTERIZAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE RECRISTALIZAÇÃO DINÂMICA NA LAMINAÇÃO DE TIRAS A QUENTE 1

ENSAIOS ISOTERMICOS COM DUPLA DEFORMAÇAO DO AÇO IF POR TORÇAO A QUENTE*

ESTUDO TRAÇA RELAÇÕES ENTRE MICROESTRUTURA E PROPRIEDADES MECÂNICAS EM AÇOS ESTRUTURAIS. Antonio Augusto Gorni

ESTUDO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO AÇO API X70 PRODUZIDO POR LAMINAÇÃO CONTROLADA

EFEITO DAS TEMPERATURAS DE BOBINAMENTO E ENCHARQUE NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE UM AÇO LAMINADO A FRIO MICROLIGADO AO NIÓBIO*

3 Material e Procedimento Experimental

Engenheiro Metalurgista, Mestrando em Engenharia Metalúrgica, Assistência Técnica, Usiminas, Ipatinga, MG, Brasil. 2

INFLUENCE OF THE NORMALIZING ROLLING PARAMETERS ON THE TOUGHNESS OF ANB, V AND TIMICROALLOYED STEEL PROCESSED IN THE GERDAU PLATE MILL

EFEITO DA ADIÇÃO DE MICROLIGAS NA LAMINAÇÃO DE BOBINAS A QUENTE*

ESTUDO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO AÇO API X70 PRODUZIDOS ATRAVÉS DE LAMINAÇÃO CONTROLADA 1

Tabela 4. Composição química dos aços API5LX80 (% em peso).

DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA DE NÃO- RECRISTALIZAÇÃO DE AÇOS MICROLIGADOS USANDO DADOS DA LAMINAÇÃO DE CHAPAS GROSSAS*

CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E MECÂNICA DO AÇO API 5L X80 COM DISTINTOS PROJETOS DE LIGA*

INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLUBILIZAÇÃO TEMPERATURA E TEMPO DE ENCHARQUE NA T NR DE UM AÇO MICROLIGADO AO NB, V, E TI

Rem: Revista Escola de Minas ISSN: Escola de Minas Brasil

D.Sc. em Ciências dos Materiais, Eng. Metalurgista, Professora Adjunta, IME, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; e PPGEM/UFF, Volta Redonda, RJ, Brasil.

CÁLCULO DA TEMPERATURA DE NÃO-RECRISTALIZAÇÃO PARA AÇOS MICROLIGADOS, EM FUNÇÃO DA INTERAÇÃO ENTRE A PRECIPITAÇÃO E RECRISTALIZAÇÃO DA AUSTENITA 1

Efeito dos Parâmetros de Resfriamento Acelerado na Microestrutura e nas Propriedades Mecânicas em Aços para Tubos de Grande Diâmetro

4 Resultados e Discussão

ESTUDO DO EFEITO DO MOLIBDÊNIO EM AÇO DUAL PHASE TRATADO TERMICAMENTE NO CAMPO BIFÁSICO*

AVALIAÇÃO DA RECRISTALIZAÇÃO DINÂMICA DO AÇO ESTRUTURAL SAE 4140 ATRAVÉS DE ENSAIOS DE TORÇÃO A QUENTE

MODELAMENTO DA EVOLUÇÃO MICROESTRUTURAL DURANTE A LAMINAÇÃO DE TIRAS A QUENTE DE AÇOS MICROLIGADOS AO NIÓBIO 1

INFLUÊNCIA DE DISTINTAS TEMPERATURAS DE BOBINAMENTO DE UM AÇO BAIXO CARBONO COM MICROADIÇÃO DE MOLIBDÊNIO E NIÓBIO*

LAMINAÇÃO TERMOMECÂNICA DE UM AÇO MICROLIGADO AO NIÓBIO EM UM LAMINADOR DE TIRAS A QUENTE, COM CADEIRA STECKEL*

EVOLUÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO AUSTENÍTICO DURANTE A LAMINAÇÃO DE TIRAS A QUENTE DE AÇOS MICROLIGADOS AO NIÓBIO

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Engenharia de Materiais/Ponta Grossa, PR. Engenharias, Engenharia de Materiais e Metalúrgica

Eng. Materiais, Mestrando, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo-SP, Brasil 3

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE RECOZIMENTO NA MICROESTRUTURA DO AÇO INOXIDÁVEL FERRÍTICO DURANTE A RECRISTALIZAÇÃO*

TRANSFORMAÇÃO DA AUSTENITA EM AÇOS MICROLIGADOS COM MICROESTRUTURA FERRÍTICA-BAINÍTICA 1 Antonio Augusto Gorni 2

EFEITO DA TEMPERATURA DE DEFORMAÇÃO A QUENTE NA RECRISTALIZAÇÃO E NA TEXTURA DE UM AÇO INOXIDÁVEL FERRÍTICO AISI 430 ESTABILIZADO AO NIÓBIO*

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Curso de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas. Dissertação de mestrado

EFEITO DA TEMPERATURA DE ACABAMENTO NA MICROESTRUTURA E PROPRIEDADES MECÂNICAS DE CHAPAS GROSSAS DE AÇO MICROLIGADO 1

4 Resultados (Parte 01)

INFLUENCE OF THE PRESENCE OF MICROALLOYING ELEMENTS AND THERMOMECHANICAL ROLLING PROCESS ON THE MECHANICAL PROPERTIES OBTAINED IN A SBQ STEEL

DESENVOLVIMENTO DE VERGALHÃO EM ROLO MICROLIGADO DE ALTA RESISTÊNCIA*

INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE

CAP 11 - MICROESTRUTURAS

AVALIAÇÃO DA MICROESTRUTURA DOS AÇOS SAE J , SAE J E DIN100CrV2 APÓS TRATAMENTOS TÉRMICOS*

Gilmar Zacca Batista. Curvamento por Indução de Tubo da Classe API 5L X80. Dissertação de Mestrado

SOLDAGEM TIG. Prof. Dr. Hugo Z. Sandim. Marcus Vinicius da Silva Salgado Natália Maia Sesma William Santos Magalhães

5 Resultados (Parte 02)

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE AQUECIMENTO NA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE UM AÇO MICROLIGADO *

Transformações de fase em aços [15]

INFLUÊNCIA DO ATRITO NO GRADIENTE MICROESTRUTURAL DETERMINADO VIA MEF DURANTE O RECALQUE A QUENTE DE UM CILINDRO DE AÇO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

61º Congresso Anual da ABM

EQUACIONAMENTO E AUTOMATIZAÇÃO DA NORMA SAE J 1397 PARA AÇOS CARBONO

21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 09 a 13 de Novembro de 2014, Cuiabá, MT, Brasil

PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE AÇOS PLANOS COM GRÃO ULTRA-FINO

11 Resultados (Parte 08)

Dissertação de Mestrado

10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016

PRODUÇÃO DE CHAPAS GROSSAS NORMALIZADAS DIRETAMENTE DO CALOR DE LAMINAÇÃO 1

Fone(0xx47) , Fax (0xx47)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas. Dissertação de Mestrado

DIAGRAMAS DE FASE II TRANSFORMAÇÕES DE FASE

INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE

MODELAMENTO DA RESISTÊNCIA À DEFORMAÇÃO DURANTE A LAMINAÇÃO DE TIRAS A QUENTE DE AÇOS MICROLIGADOS AO NIÓBIO 1

ESTUDO DA DUCTILIDADE DE AÇOS INOXIDÁVEIS DUPLEX DURANTE A CONFORMAÇÃO A QUENTE*

Abstract. Meire Guimarães Lage 1 Carlos Salaroli de Araújo 2

Representação da decomposição da austenita

CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E MECÂNICA DOS AÇOS 4340 E 300M APÓS TRATAMENTOS TÉRMICOS ISOTÉRMICOS E INTERCRÍTICOS

MODELAMENTO MATEMÁTICO DO EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA DOS AÇOS SOBRE SUA RESISTÊNCIA À DEFORMAÇÃO A QUENTE 1

INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TERMOMECÂNICO NA FRAÇÃO VOLUMÉTRICA DE AUSTENITA RETIDA DE AÇOS TRIP AO Si-Mn MICROLIGADOS COM Nb

8 Resultados (Parte 05)

DIAGRAMAS TTT DIAGRAMAS TTT

EFEITO DOS PARÂMETROS DA LAMINAÇÃO CONTROLADA SOBRE A PRECIPITAÇÃO DO COBRE EM AÇO HSLA-80 1 Antonio Augusto Gorni 2

Efeito dos elementos de liga nos aços

Corrente. Grau 10 Grau 8 Elo Curto Elo Médio Elo Longo

AVALIAÇÃO DO AMACIAMENTO ESTÁTICO A QUENTE E A MORNO DE UM AÇO SILICIOSO

Estudo traça relações entre microestrutura e propriedades mecânicas em aços estruturais

Título do projeto Área de Concentração/Linha de Pesquisa Possíveis orientadores Justificativa/motivação para realização do projeto Objetivos

# passe A.1 A.2 A.3 B.1 B.2 B.3. t [ C] [ C] [ C] [s]

PRODUÇÃO DE CHAPAS GROSSAS LEVES ATRAVÉS DE LAMINAÇÃO DE NORMALIZAÇÃO NA GERDAU OURO BRANCO*

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA MARCELO LUCAS PEREIRA MACHADO

Dissertação de Mestrado

SIMULAÇÃO TERMOMECÂNICA POR COMPRESSÃO APLICADA A CONFORMAÇÃO A QUENTE DA LIGA DE TITÂNIO Ti-6Al-4V

Profa. Dra. Lauralice Canale

Figura 2- Montagem experimental utilizada nos ensaios dilatométricos. Fonte: Autor.

ESTUDO COMPARATIVO DA SOLDABILIDADE DO AÇO PARA GASODUTOS API 5L X80 COM AÇOS TEMPERADOS E REVENIDOS

TRANSFORMAÇÕES DE FASES EM METAIS

EFEITO DA TEMPERATURA INTERCRÍTICA NA MICROESTRUTURA E NA DUREZA DE UM AÇO DUAL PHASE

EFEITO DOS TEORES DE Nb E Mn NA PRECIPITAÇÃO DE CARBONETOS E NITRETOS EM AÇO MICROLIGADO AO Nb E Ti.

SIMULAÇÃO FÍSICA DA LAMINAÇÃO A QUENTE DE FIO- MÁQUINA DE AÇOS BAIXO E ULTRABAIXO CARBONO*

INFLUÊNCIA DO CAMINHO DE AQUECIMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE UM AÇO 1020 TEMPERADO A PARTIR DE TEMPERATURAS INTERCRÍTICAS

INFLUÊNCIA DOS PARAMÊTROS DE PROCESSAMENTO DO RECOZIMENTO CONTÍNUO SOBRE O LIMITE DE ESCOAMENTO DE UM AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA.

EFEITO DA ADIÇÃO DE BORO NO AÇO BIFÁSICO DP980 NA ARCELORMITTAL BRASIL*

Rem: Revista Escola de Minas ISSN: Escola de Minas Brasil

EFEITO DA RECRISTALIZAÇÃO DINÂMICA NA RESISTÊNCIA À DEFORMAÇÃO DE AÇOS PROCESSADOS NO LAMINADOR DE TIRAS A QUENTE 1

Tratamentos térmicos de aços inoxidáveis

Laminação a Quente de Perfis Estruturais

Tratamentos Térmicos. Recozimento. Objetivos:

Aula 20: Transformações Martensíticas. - Transformação Martensítica é uma reação de deslizamento que ocorre sem difusão de matéria.

Transcrição:

DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE AÇO AO NIÓBIO EM LAMINAÇÃO CONTROLADA ATRAVÉS DE MODELO MATEMÁTICO* Emanuelle Garcia Reis 1 José Herbert Dolabela a Silveira 2 Resumo O trabalho aresenta a revisão as rorieaes mecânicas e um aço C-Mn com aição e Nb laminao elo rocesso TMCP, utilizano equações matemáticas que correlacionam os arâmetros oeracionais e eformação e as temeraturas e rocesso obtios em uma simulação laboratorial. Foram consieraos os fenômenos metalúrgicos e solubilização, reciitação, recristalização e crescimento e grão. Os resultaos finais revistos ela simulação mostraram-se satisfatórios, ermitino uma boa revisibiliae a resistência mecânica o laminao a quente. Palavras-chave: Laminação controlaa; Moelos matemáticos; Prorieaes mecânicas. DETERMINATION OF MECHANICAL PROPERTIES OF A NIOBIUM STEEL IN CONTROLLED ROLLING THROUGH MATHEMATICAL MODELING Abstract This aer resents the reiction of the mechanical roerties of a C-Mn steel with aition of Nb rolle by TMCP rocess, using mathematical equations that correlate the oerating arameters of strain an the rocess temeratures obtaine in a laboratory simulation. Metallurgical solubilization henomena, reciitation, recrystallization an grain growth were consiere. The final results were satisfactory, allowing a goo reictability of the mechanical strength of the hot rolle. Keywors: Controlle rolling; Mathematical moels; Mechanical roerties. 1 Engenheira civil, M.Sc, facilitaora e melhoria a laminação e chaas grossas, Gerau Ouro Branco, MG, Brasil. 2 Membro a ABM, engenheiro metalurgista, M.Sc, gerente a laminação e chaas grossas, Gerau Ouro Branco, MG, Brasil. 529

1 INTRODUÇÃO O rocesso e laminação controlaa tem or objetivo aumentar a resistência mecânica os laminaos, melhorano a tenaciae sem egraação a solabiliae. A figura abaixo reresenta esquematicamente o esquema e eformações e e temeraturas nos asses e as transformações e fases que ocorrem no rocesso e laminação a quente. Aquecimento Austenita Recristalizaa Austenita Deformaa Temeratura Resfriamento Acelerao Ferrita + Perlita 1% Martensita Ferrita + Bainita Têmera Direta Temo Figura 1: Desenho esquemático o rocesso e laminação controlaa [1]. Os rinciais arâmetros e controle no rocesso urante a laminação a quente são: - temeratura e aquecimento, - temeratura e início a fase e acabamento, - temeratura e fim a fase e acabamento, - reução na fase e esboçamento, - reução na fase e acabamento. Os aços utilizaos no rocesso e laminação controlaa tem microligantes em sua comosição química com a intenção e romover o enurecimento a microestrutura em sua lenitue através o controle o refino e grão, a transformação e fases, a reciitação os carbonitretos, a solução sólia e em conjunto com a laminação, o encruamento [2,3]. Para melhor aroveitar toos estes mecanismos e enurecimento, três temeraturas imortantes evem ser consieraas, reviamente, ara efinir as variáveis que evem ser seguias na laminação: - temeratura e solubilização - temeratura e não recristalização: TNR - temeratura a transformação austenita-ferrita: Ar3 53

No rocesso e laminação a quente, a fase e acabamento eve semre ser realizaa abaixo a TNR, ara que não ocorra a recristalização os grãos austeníticos, gerano a riving force ara a transformação austenita-ferrita e com isto aumenta-se o arâmetro Sv (ontos ara nucleação a ferrita) [3]. As curvas abaixo reresentam o fenômeno e recristalização clássica em um rocesso one as temeraturas e eformação ocorrem abaixo a TNR, semre com o asse subsequente em uma temeratura mais baixa que no anterior. Aço microligao ao Nb Sequência e Alargamento Baixas reuções < 1% Fase e esera Temeratura e Não Recristalização Temeratura méia Temeratura Suerfície Esquemática Temeratura e Não Recristalização Temo [s] TG [m] Sequência e Refino e Grão Para 1% e recristalização Temo [s] Sequência e Panquecamento Acúmulo a eformação resiual (% recristalização) alta ensiae e iscorâncias refino e grão aós a transformação e fases Temo [s] Figura 2: Ocorrência e recristalização e refino e grãos no rocesso e laminação [4]. Foi feito um teste a quente num laminaor iloto, utilizano conições iferentes e temeratura e esera, temeratura e acabamento e taxas e resfriamento. Foram mantias as eformações e a temeratura e aquecimento. 2 MODELO MATEMÁTICO DO PROCESSO As equações utilizaas nas simulações estão escritas na Tabela 1 [5-7]. As temeraturas e não recristalização e e transformação austenita ferrita são calculaas através as equações 1 e 2. As rinciais eformações que ocorrem urante a laminação são eterminaas elas equações 3, 4, 5 e 6. Os temos ara que ocorra 5% e recristalização estática ou metainâmica são calculaos elas equações 7 e 8 resectivamente. Os tamanhos e grão estáticos ou metainâmicos são aos elas equações 9 e 1 e crescimento os grãos austeníticos é aos ela equação 11. O tamanho e grão ferrítico na ausência e eformação retia é ao ela equação 12 e quano existe eformação retia na austenita é aa ela equação 13. Os valores e limites e escoamento e resistência são calculaos elas equações 14 e 15, e a contribuição a reciitação ao ar é aa ela equação 16 e com resfriamento acelerao ela equação 17. Se a< ocorre o fenômeno a recristalização estática e são utilizaas as equações 7 e 9 ara eterminar o tamanho e grão (RX). Se a > ocorre o fenômeno a recristalização inâmica e são utilizaas as equações 8 e 1 ara eterminar o tamanho e grão (RX). 531

Tabela 1: Equações usaas na simulação [5-7] Variável Equação Tnr Tnr 897 464.C 6445.Nb 644. Nb 732.V 23. V 89.Ti 363.Al 357. Si (1) Ar3 Ar3 91 31.C 8.Mn 2.Cu 15.Cr 55.Ni 8.Mo,35. t 8 (2) ; c c 1 2. Nb.2,8.1 1,78 eff 4.,5,17 375..ex (3) R. T Nb 2,8 13.Nb 112. (4) Nb eff (5) Mn Si Nb 12 94 eff a a i1 i1 (1 X ). i i (6) t,5 RX after ti α LE LR t t SRX,5 MDRX,5 SRX MDRX 4,5 4,42.1,67 7,59 153..ex (8) R.T,67 1,1.. ara T>95 C (9),13 45 137..ex (1) R.T 4,5 4,1.1 23 435.t.ex i R.T 2,5 3,.T 1/ 2 2 2.1 ex 1,5.1. (12) 18 ( 477.[Nb]) 2 5,24 55.[Nb].1...ex.1,45. r 33 R.T LE 62,6 26,1.[Mn] 6,2.[Si] 759.[P] 212,9.[Cu] 3286.[N] 19,7. (14) LR 164,9 634,7.[C] 53,6.[Mn] 99,7.[Si] 651,9.[P] 472,6.[Ni] 3339,4.[N] 11. (15) P P,5,5 (7) (11) (13) P =25 MPa/%Nb (16) PRA Legena: - C, Mn, Si, P, Ni, N, Nb, Ti, Al, Si, Mo, Cu= elementos químicos o laminao [%] - Tnr= Temeratura e não recristalização [ C] - Ar3= Temeratura e transformação austenita ferrita [ C] - T= temeratura no asse [ C] - = eformação e ico - = eformação crítica c = eformação acumulaa - a - = taxa e eformação [s-1] - R= constante os gases [KJ/mol.K] Legena: - ti= temo entre asses [s] - t,5= temo ara 5% e recristalização (SRX= recristalização estática e MDRX= recristalização metainâmica) [s] - RX= tamanho e grão recristalizao (SRX= recristalização estática e MDRX= recristalização metainâmica) [m] - after ti= tamanho e grão em crescimento [m] - = tamanho e grão austenítico no asse [m] - = tamanho final ferrítico na ausência e eformação [m] - α= tamanho e grão ferrítico final [m] - LE= limite e escoamento [MPa] - LR= limite e resistência [MPa] - = contribuição a reciitação [MPa] P 532

3 MATERIAIS E MÉTODOS O estuo a simulação foi realizao com um aço com,17% e C, 1,45% e Mn e,22% e Nb. A laminação ocorreu em um laminaor laboratorial com meição igital e temeratura nos asses através e irômetro e contato. O coro e rova tinha uma esessura inicial e 1 mm e foi laminao até uma esessura final e 25 mm. Os coros e rova foram aquecio em forno o tio mufla à 1.16ºC e a temeratura e início e laminação foi 1.1 C. A laminação controlaa ocorreu com 5mm e esessura e esera e a temeratura e esera variou e 96 C a 77 C. A temeratura e acabamento variou e 9 C a 7 C. Os coros e rova que sofreram resfriamento acelerao tiveram uma temeratura e início e resfriamento e 78 C a 68 C, temeratura final e resfriamento e 5 C e taxas e resfriamento e 19 C/s a 26 C/s. 4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os resultaos o moelo matemático e resultaos reais o rocesso e laminação controlaa encontraos estão mostraos nas tabelas 2. Tabela 2: Resultaos o moelo microestrutural e microestruturas ara os coros e rova. 533

Poe-se erceber na Tabela 2 que a meia que a taxa e resfriamento aumenta as microestruturas tornam-se mais refinaas. O tamanho e grão assa e 7 m ara 6 m. Na fase e esbaste as equações utilizaas mostram que houve recristalização e que na fase e acabamento houve reciitação. Isso emonstra que as equações utilizaas reresentam bem os fenômenos metalúrgicos quano ocorre resfriamento ao ar e no resfriamento acelerao. A tabela 3 e Figura 3 mostram os resultaos as rorieaes mecânicas reais e calculaas elas equações e revisão. Tabela 3: Resultaos as rorieaes mecânicas reais e calculaas elas equações e revisão. Limite e Escoamento [Ma] Diferença Limite e Resistência [Ma] Diferença Amostra Calculao Real [%] Calculao Real [%] A 444 428 3,7% 64 58 4,1% B 447 472-5,4% 66 592 2,3% ISSN 1983-4764 C 468 614-31% 618 87-41% D 468 542-16% 618 685-11% Figura 3: Resultaos os ensaios e tração. A iferença méia encontraa entre os valores e limite e escoamento e limite e resistência está consistente ara uma rimeira aboragem ara a revisibiliae as rorieaes mecânicas. Houve um aumento os limites reais e escoamento e resistência nas amostras C e D que sofreram resfriamento acelerao. Percebe-se que a iferença é maior ara os casos one a taxa e resfriamento é maior. Isto oeria ser exlicao elo efeito a reciitação e também ela formação e uma microestrutura martensítica e acicular, one as equações e revisão utilizaas não tem recisão aequaa. 4 CONCLUSÃO O moelo esenvolvio neste trabalho fornece uma revisão aequaa os valores e limite e escoamento e limite e resistência ara laminação controlaa com resfriamento ao ar. Para o rocesso e laminação controlaa com resfriamento 534

acelerao o moelo necessita e um ajuste na contribuição a reciitação e a transformação e fases. Além isso, o moelo, aina que muito simlificao, fornece uma orientação quanto aos mecanismos e amaciamento envolvios ao longo o rocesso termomecânico. Entretanto, quano ocorre a reciitação e a resença e microestruturas aciculares, aatações recisam ser feitas nas equações. Agraecimentos Agraecemos ao Antônio Augusto Gorni elos valiosos ensinamentos aquirios urante o curso sobre laminação controlaa e moelos matemáticos ministrao com o aoio a ABM. REFERÊNCIA ISSN 1983-4764 1 S. Vervynckt, K. Verbeken, B. Loez an J. J. Jonas, Moern HSLA steels an role of non-recrystallisation temerature, International Materials Reviews 212, vol. 57, nº 4 2 Anthony J. DeAro; Future Challenges an Oortunities for Steel an Steel Research, Steel Forum 29 3 Gorni A.A., Moelos Matemáticos ara a Laminação e Proutos Planos, Curso ABM, 212 4 Treinamento SVAI, Englan, 212 5 REIS E.G., Dissertação e Mestrao, Moelo Matemático ara Previsão as Prorieaes Mecânicas na Laminação e Perfis Estruturais, UFMG 27 6 6- Pietrzyk, Cser e Lenar, Mathematical An Physical Simulation Of The Proerties Of Hot Rolle Proucts, Elsevier Science, 1999 7 Hoson, P. D. & GIBBS, R. K., A Mathematical Moel to Preict Proerties of Hot Rolle C-Mn an Microalloye Steels. ISIJ International, 32:12, December 1992, 1329-1338 535