MODELAMENTO DA EVOLUÇÃO MICROESTRUTURAL DURANTE A LAMINAÇÃO DE TIRAS A QUENTE DE AÇOS MICROLIGADOS AO NIÓBIO 1

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1 MODELAMENTO DA EVOLUÇÃO MICROESTRUTURAL DURANTE A LAMINAÇÃO DE TIRAS A QUENTE DE AÇOS MICROLIGADOS AO NIÓBIO 1 Antonio Augusto Gorni 2 Marcos Roberto Soares da Silva 3 Resumo A ocorrência de recristalização dinâmica nas cadeiras intermediárias do Trem Acabador do Laminador de Tiras a Quente promove substancial amaciamento do material, um fato que pode levar a problemas no controle do processo e até mesmo o sucateamento do esboço. O objetivo deste trabalho foi identificar as condições potenciais onde esse fenômeno pode ocorrer, o que foi feito através da aplicação de um modelo matemático de evolução microestrutural. Constatou-se que, no caso específico da usina de Cubatão da Usiminas, esse fenômeno geralmente ocorre durante a laminação de bobinas a quente finas, com teor relativamente baixo de nióbio e sob temperaturas ligeiramente mais baixas do que as usuais. Palavras-chave: Laminação de tiras a quente; Aços microligados, Evolução microestrutural; Recristalização dinâmica. MODELLING THE MICROSTRUCTURAL EVOLUTION DURING HOT STRIP ROLLING OF NIOBIUM MICROALLOYED STEELS Abstract The occurrence of dynamic recrystallization in the intermediate stands of the Finishing Mill of a Hot Strip Mill promotes substantial softening of the rolling stock, a situation that can cause operational problems and even scrapping of the strip. The aim of this work was to identify the specific process conditions that can lead to this situation, which was carried out through the application of a microstructural evolution model. It was verified, for the specific conditions of the Cubatão Works of Usiminas, that this problem generally occurs during the processing of thin hot coils, with a relatively low Nb content and under rolling temperatures slightly lower than the normal range. Keywords: Hot strip rolling; Microalloyed steels; Microstructural evolution; Dynamic recrystallization Contribuição técnica ao 49 Seminário de Laminação Processos e Produtos Laminados e Revestidos, 22 a 25 de outubro de 2012, Vila Velha, ES, Brasil. Membro da ABM. Engenheiro de Materiais, M. Eng., Dr. Eng., Especialista em Laminação a Quente, Usiminas-Cubatão, Cubatão SP, Brasil. Antonio.Gorni@usiminas.com. Membro da ABM. Engenheiro Metalurgista, M.B.A., C.Q.E., Gerente do Suporte Técnico da Laminação a Quente, Usiminas-Cubatão, Cubatão SP, Brazil. Marcos.Silva@usiminas.com 703

2 1 INTRODUÇÃO O conhecimento sobre a evolução microestrutural dos aços laminados a quente, que permite a caracterização tanto do comportamento do esboço durante a conformação como da influência do processo sobre as propriedades do produto final, proporciona importantes benefícios em termos de um melhor controle de processo. Dessa forma é possível otimizar a composição química dos aços, aumentar a consistência do processo, reduzir a dispersão das características mecânicas e dimensionais do produto, minimizar os níveis de refugo e evitar a degradação da qualidade do material produzido. (1) Essas possibilidades de melhoria justificam os inúmeros estudos feitos nessa área ao longo das últimas décadas, bem como a intensa atividade que ainda se observa nos dias de hoje. Ainda há muito a ser compreendido, particularmente na laminação em escala industrial, onde as condições de processo são muito mais complexas e imperfeitas do que se pode obter em laboratório. Na laminação a quente industrial há a presença de gradientes de temperatura, grau e velocidade de deformação, e de composição química ao longo da espessura do laminado, desconhecimento sobre as condições reais na interface cilindro de trabalholaminado e problemas para se coletar dados precisos e consistentes, o que dificulta o ajuste e aplicação de modelos teóricos ao controle de processo. Ocorrências aparentemente inexplicáveis de sucateamento de bobinas de aços microligados durante seu processamento no Trem Acabador do Laminador de Tiras a Quente #1 da usina de Cubatão da Usiminas motivaram uma análise mais detalhada sobre suas condições metalúrgicas de processamento. Já foi amplamente mostrado na literatura (2,3) que determinadas condições de evolução microestrutural podem levar à ocorrência de recristalização dinâmica nas cadeiras intermediárias do Trem Acabador. Esse processo de restauração é muito mais rápido do que a recristalização estática que normalmente ocorre entre os passes aplicados entre as cadeiras dessa linha. Portanto, geralmente a recristalização dinâmica anula totalmente o encruamento residual que se acumulou no material durante sua passagem pelas cadeiras anteriores. Isso faz com que a cadeira imediatamente posterior àquela onde ocorreu esse fenômeno processe um material amaciado, criando uma condição que não está prevista nos algoritmos de controle do sistema de automação do Trem Acabador, os quais normalmente prevêem que o material endurece progressivamente ao passar pelas várias cadeiras. Por outro lado, nota-se que a eventual ocorrência de recristalização dinâmica nas primeiras cadeiras do Trem Acabador passa quase despercebida. O material chega totalmente recristalizado à F1, não havendo encruamento residual a ser eliminado. Além disso, as altas temperaturas do esboço no início do processo e os altos graus de deformação aplicados nas primeiras cadeiras do Trem Acabador favorecem bastante a cinética dos processos de restauração do material, minimizando ou mesmo anulando o acúmulo de encruamento. Essa situação justificou a proposição deste estudo sobre a evolução microestrutural dos aços microligados durante o processo de laminação de tiras a quente na usina de Cubatão e o correspondente impacto na resistência à deformação a quente, de forma similar ao que já havia sido feito anteriormente para aços ao C-Mn. (4) Este artigo descreve a primeira parte desse trabalho; os reflexos da evolução microestrutural sobre a resistência à deformação a quente dos aços microligados serão descritos em outra contribuição a ser apresentada neste Seminário. (5) 704

3 2 MATERIAIS E MÉTODOS O modelo para cálculo da evolução microestrutural durante a laminação de tiras a quente adotado neste trabalho foi desenvolvido por Siciliano. (2,3) Trata-se de um algoritmo relativamente simples e que foi detalhadamente descrito na literatura, o que facilita sua aplicação. Ele foi implantado numa macro escrita na linguagem Visual Basic for Applications dentro de uma planilha Excel. Dessa forma pode-se calcular a evolução do tamanho de grão do esboço ao longo do Trem Acabador em função da cinética dos diversos mecanismos de restauração previstos durante a conformação mecânica, como a recristalização dinâmica ou estática, e o crescimento de grão. O modelo também calcula o eventual grau de encruamento (deformação residual) da austenita imediatamente antes da aplicação de cada passe de laminação, um parâmetro que possui grande importância em função dos efeitos que exerce sobre o eventual aparecimento da recristalização dinâmica e sobre a magnitude da resistência à deformação a quente. Outro ponto de destaque é a previsão da cinética de precipitação durante a laminação, típica dos aços microligados ao Nb, cujo início interrompe totalmente a restauração do material. Os dados de cada bobina laminada necessários para os cálculos desse modelo foram obtidos a partir de informações fornecidas pelo sistema supervisório do Laminador de Tiras a Quente #1 da usina de Cubatão da Usiminas. Infelizmente nem todos os dados metalúrgicos necessários encontravam-se disponíveis, o que levou à adoção de algumas premissas: a temperatura de desenfornamento das placas foi sempre assumida igual a C, condição que definiu o grau de solubilização do aço microligado; o tamanho de grão austenítico na entrada do Trem Acabador foi fixado em 80 mícrons, valor considerado típico para esboços de aço microligado após a laminação de esboçamento; considerou-se total ausência de recuperação entre passes consecutivos de laminação; e o resfriamento do esboço após sua saída do Trem Acabador ocorreu ao ar, para se poder verificar o efeito das diferentes estratégias de resfriamento sobre o tamanho de grão austenítico. O cálculo do tamanho de grão ferrítico final foi feito em função do tamanho de grão austenítico e de seu grau de encruamento, usando as equações simplificadas citadas por Siciliano e Jonas (3), assumindo-se taxa média de resfriamento de 10 C/s. Além disso, não foram considerados os efeitos da temperatura de bobinamento nem do resfriamento lento da bobina a quente sobre o tamanho de grão ferrítico. Foram calculadas e analisadas as evoluções microestruturais de mais de bobinas de aço microligado ao Nb processadas no Laminador de Tiras a Quente. Infelizmente não há como medir o tamanho de grão austenítico real do esboço durante seu processamento industrial para se poder verificar os valores correspondentes calculados pelo modelo. Como alternativa foi feita uma comparação entre os valores experimentais de resistência à deformação a quente calculados pelo modelo inverso de Sims a partir das cargas de laminação medidas e os calculados por um modelo teórico que leva em conta o encruamento residual calculado pelo modelo microestrutural aqui adotado. Este último modelo teórico será descrito num outro trabalho a ser apresentado neste mesmo Seminário. (5) 705

4 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A maior parte dos casos analisados mostrou que as ocorrências de recristalização dinâmica durante o processamento de aços microligados no Trem Acabador se concentraram somente nas duas primeiras cadeiras do Trem Acabador. Tal tendência pode ser explicada ao se analisar a fórmula que determina o grau de deformação crítico para ocorrência da recristalização dinâmica, (2,3) cujo valor diminui para maiores valores de temperatura e menores valores de velocidade de deformação a quente, condições que predominam nessas cadeiras. Além disso, o grau de deformação nelas aplicado é relativamente alto e superior ao usado nas demais. Isso é válido principalmente no caso das bobinas mais finas, onde a redução total esboço/tira é maior, fazendo com que os passes aplicados nas cadeiras sejam mais pesados. Essa mesma situação já havia sido prevista nas evoluções microestruturais calculadas para bobinas a quente de aço ao C-Mn processadas nesse mesmo equipamento. (4) Sob tais condições o valor de resistência à deformação a quente eleva-se continuamente ao longo das cadeiras do Trem Acabador, não constituindo um problema mais sério para o controle automático do equipamento. Portanto, serão consideradas neste trabalho apenas as condições específicas de processo que levaram ao surgimento da recristalização dinâmica nas cadeiras intermediárias do Trem Acabador que, conforme descrito anteriormente, pode constituir problema para o sistema de controle do equipamento. Dentro desse objetivo, primeiramente será analisado o caso de um par de bobinas a quente com mesmas dimensões e teores de nióbio, #1A e #1B, cujas evoluções microestruturais calculadas ao longo do Trem Acabador podem ser vistas na figura 1. Apesar das duas bobinas apresentarem condições de processamento bastante parecidas, uma delas (#1A) não apresentou recristalização dinâmica durante sua passagem pelo Trem Acabador, enquanto que a outra (#1B) apresentou recristalização dinâmica só na cadeira F3, levando a um forte amaciamento na cadeira seguinte, conforme se pode observar na Figura 2. Note-se que o nível de acerto da previsão dos valores de resistência à deformação a quente baseada na evolução microestrutural foi razoavelmente bom nos dois casos, tendo apresentado erros de apenas 3,5% e 9,3% para as bobinas #1A e #1B, respectivamente. A comparação entre os parâmetros de processo das bobinas #1A e #1B, apresentados na tabela 1, mostrou uma sutil diferença na evolução de temperaturas de laminação, que foram ligeiramente menores no último caso. Como se pode observar, a temperatura de laminação na F1 da bobina #1A foi igual a 995 C. De acordo com o modelo de evolução microestrutural, essa condição promoveu a ocorrência de 100% de recristalização estática mais crescimento de grão após o passe aplicado nessa cadeira, fazendo com que o esboço apresentasse encruamento residual nulo ao chegar à F2. A partir daí ocorreram somente recristalizações estáticas parciais após cada deformação nas cadeiras restantes. Sua cinética, apesar de incompleta, foi suficiente para evitar que o grau de encruamento residual fosse suficiente para promover a ocorrência de recristalização dinâmica nas demais cadeiras. Assim sendo, a evolução da resistência à deformação a quente ao longo do Trem Acabador foi monotonamente crescente no caso da bobina #1A, conforme mostra a Figura 2a. 706

5 a) Caso #1A b) Caso #1B Figura 1: Evoluções microestruturais observadas ao longo do Trem Acabador para as bobinas #1A e #1B. a) Caso #1A b) Caso #1B Figura 2: Evoluções de resistência à deformação a quente observadas ao longo do Trem Acabador para as bobinas #1A e #1B. Tabela 1: Comparação entre composição química e parâmetros de processo relativos à laminação das bobinas #1A e #1B Caso Composição Química Temperaturas Graus de Deformação Real [%] [ C] C Mn Si Nb F1 F2 F3 F4 F5 F6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 #1A 0,08 0,41 0,06 0,020 0,77 0,58 0,48 0,37 0,23 0, #1B 0,07 0,54 0,07 0,023 0,78 0,59 0,47 0,36 0,19 0, Já a bobina #1B foi laminada sob temperaturas ligeiramente inferiores, com temperatura na cadeira F1 igual a 985 C. Isso foi suficiente para restringir significativamente a cinética da recristalização estática após a deformação aplicada nessa cadeira e na seguinte. Essa condição levou a uma elevação progressiva do grau de encruamento residual do material até que ele chegasse ao nível suficiente para viabilizar a recristalização dinâmica na cadeira F3. Este processo de restauração logrou eliminar totalmente o encruamento do material, o qual chegou à cadeira F4 não só totalmente recristalizado como tendo apresentado algum crescimento de grão. Em termos operacionais, isso se traduziu numa redução no valor da resistência à deformação a quente na cadeira F4, conforme mostrado na Figura 2b. Pode-se ainda fazer alguns comentários adicionais sobre a evolução microestrutural observada nessas duas bobinas. A Figura 1a mostra que, imediatamente após a passagem do esboço #1A pela cadeira F1, seu tamanho de grão diminuiu progressivamente até atingir um mínimo, elevando-se acentuadamente a partir de então até atingir o valor correspondente ao término da recristalização do esboço. A seguir se iniciou a fase de crescimento de grão, em ritmo bem mais lento, que se prolongou até o laminado chegar à cadeira F2. Essa evolução típica do valor do tamanho de grão decorre de seu cálculo pela fórmula de 707

6 Beynon e Sellars, (6) que efetua uma média ponderada entre o tamanho de grão original e o recristalizado, em função da evolução da fração recristalizada após o passe de laminação. As menores temperaturas de laminação promoveram ligeiro refino de tamanho de grão austenítico na bobina #1B em relação à #1A. Contudo, de acordo com o modelo, o reflexo desse refino sobre o tamanho de grão ferrítico final foi virtualmente nulo. Além disso, nos dois casos, o modelo previu que a precipitação de compostos de Nb somente ocorrerá quando a tira já se encontrar fora do Trem Acabador e desde que seu resfriamento esteja sendo feito ao ar. Aparentemente essa é uma situação comum para todas as bobinas a quente processadas no Laminador de Tiras a Quente #1 da usina de Cubatão da Usiminas. Também podem ser feitas considerações interessantes ao se analisar os resultados relativos a outras duas bobinas a quente finas, #2A e #2B, similares às anteriores, mas cujos teores de Nb (0,014% e 0,015%, respectivamente) foram ligeiramente menores do que os das duas bobinas analisadas anteriormente (0,020% e 0,023%, respectivamente para os casos #1A e #1B). As evoluções microestruturais relativas a esse segundo par de bobinas a quente podem ser vistas na figura 3. Da mesma forma como no caso anterior, as duas bobinas apresentam espessuras, composições químicas e condições de processamento bastante parecidas, mas uma delas, #2A, apresentou recristalização dinâmica nas cadeiras F1 e F2. A outra, #2B, apresentou recristalização dinâmica somente na cadeira F4, levando conseqüentemente o esboço a sofrer amaciamento na F5, conforme mostrado na Figura 4. O grau de precisão na previsão da resistência à deformação a quente levando-se em consideração a evolução microestrutural mais uma vez foi bom, tendo alcançado erro médio de 4,3% e 7,0% para as bobinas #2A e #2B, respectivamente. Mais uma vez essa diferença na evolução microestrutural pode ser atribuída a uma sutil alteração na evolução das temperaturas ao longo da laminação dos dois materiais, a qual foi ligeiramente maior para a bobina #2A, conforme mostra a Tabela 2. Nota-se, na Figura 3a, que o crescimento de grão calculado para a bobina #2A após a ocorrência de recristalização dinâmica nas cadeiras F1 e F2 foi muito maior em relação ao que se observa no caso da recristalização estática. a) Caso #2A b) Caso #2B Figura 3: Evoluções microestruturais observadas ao longo do Trem Acabador para as bobinas #2A e #2B. 708

7 a) Caso #2A b) Caso #2B Figura 4: Evoluções de resistência à deformação a quente observadas ao longo do Trem Acabador para as bobinas #2A e #2B. Tabela 2: Comparação entre composição química e parâmetros de processo relativos à laminação das bobinas #2A e #2B Caso Composição Química Temperaturas Graus de Deformação Real [%] [ C] C Mn Si Nb F1 F2 F3 F4 F5 F6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 #2A 0,05 0,34 0,19 0,014 0,78 0,59 0,49 0,39 0,24 0, #2B 0,05 0,33 0,16 0,015 0,79 0,60 0,51 0,36 0,26 0, É curioso constatar ainda que a bobina #2A apresentou recristalização dinâmica nas cadeiras F1 e F2, enquanto que só se observou recristalização estática durante todo o processamento da bobina #1A. Isso pode ser atribuído à seqüência de temperaturas mais elevadas observada para a bobina #2A em relação à #1A, que reduziu o valor da deformação crítica necessária para a deflagração da recristalização dinâmica, uma vez que a composição química e demais parâmetros de processo foram bastante similares entre essas duas bobinas. Já as bobinas #2B e #1B apresentaram seqüências muito similares de graus de deformação e de temperatura ao longo do Trem Acabador. Contudo, o menor teor de Nb da bobina #2B favoreceu a ocorrência da recristalização estática, especialmente no caso da cadeira F1, onde ela não só se completou como chegou a haver crescimento de grão, ao contrário do que havia sido constatado para a bobina #1B. Isso reduziu a evolução do encruamento residual do esboço laminado, fazendo com que a ocorrência de recristalização dinâmica se atrasasse um pouco, passando da cadeira F3 (bobina #1B) para F4 (bobina #2B). Portanto, o levantamento efetuado neste trabalho mostrou que, para as condições específicas do Laminador de Tiras a Quente #1 da usina de Cubatão da Usiminas, a recristalização dinâmica em cadeiras intermediárias do Trem Acabador somente ocorreu em casos bastante específicos envolvendo bobinas a quente leves, com espessura em torno de 2,3 mm a 2,6 mm, teores relativamente baixos de Nb, entre 0,014% e 0,023%, e temperaturas de laminação ligeiramente mais baixas que as usuais. Contudo, deve-se notar que podem surgir novas condições para esse tipo de ocorrência caso ocorra modificação no mix de produtos ou nas condições de laminação dessa linha. Finalmente, é interessante analisar um terceiro caso, #3, relativo a uma bobina a quente pesada de aço microligado com espessura de 12,4 mm. A Figura 5a mostra a evolução microestrutural observada durante o processamento desse material no Trem Acabador, enquanto que a figura 5b mostra o bom grau de concordância entre os valores experimentais e calculados de resistência à deformação a quente, tendo sido observado erro médio de 8,4%. Uma vez que a espessura do esboço na entrada do Trem Acabador é constante e relativamente 709

8 independente da espessura final do produto, neste caso o grau total de redução aplicado ao esboço foi bem menor. Conforme se observa na Tabela 3, isso se refletiu no valor dos passes individuais, os quais foram bem menores do que os observados para os casos anteriores, apesar da cadeira F5 ter ficado ociosa durante o processamento desse material mais espesso. Os menores graus de deformação inviabilizaram a ocorrência de recristalização dinâmica e retardaram bastante a recristalização estática entre passes, o que levou a um significativo aumento no tamanho de grão austenítico que, entretanto, não se refletiu plenamente na ferrita transformada, de acordo com o modelo aqui adotado. Este é um aspecto que precisa ser analisado com mais cuidado no futuro. (a) (b) Figura 5: Evoluções observadas para a bobina #3: (a) microestrutural; (b) resistência à deformação a quente. As análises feitas durante este trabalho, incluindo aquelas não apresentadas aqui, indica que o tamanho de grão final da bobina a quente tanto austenítico como ferrítico depende muito pouco dos fenômenos de restauração específicos que tenham ocorrido, mas sim da deformação total esboço/tira aplicada no Trem Acabador. A recristalização dinâmica refina intensamente a microestrutura do material, mas esse efeito é momentâneo e virtualmente anulado pelo acentuado crescimento de grão subseqüente, como se pode observar na Figura 3a. De fato, na produção de bobinas a quente com tamanho de grão ultrafino, onde a recristalização dinâmica possui papel vital no refino microestrutural, o processo é conduzido de forma a promover sua ocorrência nas últimas cadeiras do Trem Acabador, mas evitando o crescimento de grão posterior através do resfriamento intensificado da tira e da redução do intervalo de tempo entre passes. (7) Tabela 3: Composição química e parâmetros de processo relativos à laminação da bobina #3 Caso Composição Química Temperaturas Graus de Deformação Real [%] [ C] C Mn Si Nb F1 F2 F3 F4 F5 F6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 #3 0,14 0,76 0,02 0,013 0,51 0,17 0,15 0,13-0, Os casos aqui analisados mostraram que pequenas diferenças nos parâmetros de processo como o grau de deformação e temperatura do passe - podem ser suficientes para alterar significativamente os fenômenos previstos de restauração e toda a evolução microestrutural ocorrida ao longo do processo, com reflexos importantes sobre a evolução das cargas impostas às cadeiras. Esse fato demonstra claramente que a precisão e fidelidade dos dados industriais coletados pela instrumentação são vitais para a correta determinação teórica da evolução microestrutural que ocorre na tira. Isso é particularmente válido para o caso da temperatura, fator vital na definição da cinética dos processos metalúrgicos. 710

9 Infelizmente, a medição ou cálculo desse parâmetro é particularmente difícil, seja pela imprecisão inerente aos seus sensores, que são bastante afetados pela presença de carepa, vapor e água sobre a tira, bem como pela presença do inevitável gradiente térmico que se forma ao longo da espessura do laminado. As condições específicas da interface cilindro de trabalho-esboço também podem impor gradientes de grau e velocidade de deformação ao longo da espessura do material e alterar localmente os fenômenos microestruturais. Outro fator de grande importância para os cálculos é o teor de Nb efetivamente solubilizado no material, cuja determinação precisa foi virtualmente impossível neste caso devido à falta de conhecimento sobre as condições de reaquecimento da placa e da laminação de esboçamento. Portanto, a precisão dos cálculos depende de forma vital de um tracking preciso das condições da linha, desde o enfornamento da placa até o bobinamento da tira, bem como de um cálculo preciso dos parâmetros que não podem ser diretamente medidos como, por exemplo, as temperaturas de laminação nas várias cadeiras do Trem Acabador. Além disso, o próprio modelo de evolução microestrutural precisa ser analisado com mais rigor, já que ele inclui muitas constantes empíricas, cujos valores precisam ser validados ou ajustados quando o algoritmo é aplicado para instalações e aços específicos. 4 CONCLUSÕES Este trabalho relata os resultados da aplicação de um modelo matemático para cálculo da evolução microestrutural durante a laminação de tiras a quente de aços microligados para se identificar as condições sob as quais ocorre recristalização dinâmica nas cadeiras intermediárias do Trem Acabador. Essas situações estão associadas a um forte amaciamento do material quando ele passa pela cadeira seguinte, situação que não está prevista no sistema de controle do equipamento e que eventualmente pode provocar distúrbios operacionais. Dentro das atuais condições de processamento e do mix de produtos do Laminador de Tiras a Quente #1 da usina de Cubatão da Usiminas, tal situação foi detectada durante o processamento de bobinas finas, com teor de Nb relativamente baixo, e que foram processadas numa faixa de temperaturas ligeiramente menor do que a normal. A experiência decorrente da aplicação massiva do modelo também mostrou a necessidade de se dispor de dados reais de processo, tais como o teor de Nb efetivamente solubilizado no material, bem como aumentar a precisão e consistência das informações fornecidas ao modelo. O próprio algoritmo também precisa ser revisto e ajustado para as condições específicas da linha e das ligas nela processadas. 5 TABELA DE SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES Cresc. TG: Crescimento do Tamanho de Grão DRX: Recristalização Dinâmica Rex: Recristalização SRX: Recristalização Estática T: Temperatura TG: Tamanho de Grão σ: Resistência à Deformação a Quente 711

10 REFERÊNCIAS 1 GORNI, A.A. Keynote Paper: Modelamento Matemático da Laminação: De Ficção Científica a Ferramenta para a Capacitação Industrial. In: Congresso Anual da ABM. Proceedings... Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, Belo Horizonte, p , MINAMI, K. et al. Mathematical Modeling of Mean Flow Stress During the Hot Strip Rolling of Nb Steels. ISIJ International, v. 36, n. 12, p , December SICILIANO JR., F. & JONAS, J.J. Mathematical Modelling of the Hot Strip Rolling of Microalloyed Nb, Multiply-Alloyed Cr-Mo, and Plain C-Mn Steels. Metallurgical and Materials Transactions A, v. 31A, n. 2, p , February GORNI, A.A. & VALLIM, P.S.S. Efeito da Recristalização Dinâmica na Resistência à Deformação de Aços Processados no Laminador de Tiras a Quente. In: 40 Seminário de Laminação Processos e Produtos Laminados e Revestidos. Anais... Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, Vitória, p , GORNI, A.A. & SILVA, M.R.S. Modelamento da Resistência à Deformação Durante a Laminação de Tiras a Quente de Aços Microligados ao Nióbio. A ser apresentado no 49 Seminário de Laminação Processos e Produtos Laminados e Revestidos, Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, Vitória, BEYNON, J.H. & SELLARS, C.M. Modelling Microstructure and its Effects During Multipass Hot Rolling. ISIJ International, v. 32, n. 3, p , March ETO, M. e outros. Development of Super Short Interval Multi-Pass Rolling Technology for Ultra-Fine-Grained Hot Strip. La Révue de Metallurgie CIT, 103:7-8, p , Juillet-Août

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