Nitrogênio via foliar e em cobertura em feijoeiro irrigado

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Transcrição:

Nitrogênio via foliar e em cobertura em feijoeiro irrigado Sérgio Nobuo Chidi 1, Rogério Peres Soratto 1 *, Tiago Roque Benetoli da Silva 1, Orivaldo Arf 1, Marco Eustáquio de Sá 1 e Salatiér Buzetti 2 1 Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-Economia, Faculdade de Engenharia, Unesp, Campus de Ilha Solteira C.P. 31, 15.385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil. 2 Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos, Faculdade de Engenharia, Unesp, Campus de Ilha Solteira C.P. 31, 15.385-000 Ilha Solteira, São Paulo, Brasil. *Autor para correspondência. e-mail: soratto@fca.unesp.br RESUMO. O nitrogênio é um elemento fundamental nos programas de adubação, embora sua inclusão nem sempre conduza a um diferencial de produtividade na cultura do feijão, Phaseolus vulgaris L. (Leguminosae-Faboideae). O trabalho foi desenvolvido em duas safras, procurando verificar a influência de concentrações de uréia, (0, 30, 60, 90 e 120 g. L -1 ), em duas pulverizações e níveis de nitrogênio em cobertura, (0, 25, 50 e 75 kg. ha -1 ), no feijoeiro irrigado. O delineamento utilizado foi blocos casualizados, esquema fatorial 5x4, com quatro repetições. As semeaduras foram realizadas mecanicamente em 06/05/1997 e 08/06/1998, utilizando os cultivares Pérola e IAC Carioca, respectivamente. Em área considerada de baixa resposta, não houve efeito do N aplicado via foliar ou no solo na produtividade. Em área com incorporação de material com alta relação C/N, a aplicação de nitrogênio via foliar aumentou a produtividade, enquanto a aplicação no solo proporcionou aumento no teor de N foliar, massa de 100 sementes e produtividade. Palavras-chave: Phaseolus vulgaris, feijão, nitrogênio, aplicação foliar. ABSTRACT. Leaf and soil nitrogen on common bean crop. Almost every fertilization program has nitrogen, but its application does not always lead to increase in grain yield on bean crop, Phaseolus vulgaris L. (Leguminosae-Faboideae). This study was conducted in order to verify the urea rate (0, 30, 60, 90 and 120 g. L -1 ) applied via leaf, twice, and the covering N rate (0, 25, 50 and 75 kg. ha -1 ) on irrigated bean crop. A randomized complete block design, in a factorial scheme 5x4, with 4 replications was used. The seeding was accomplished mechanically on 06/05/1997 and 08/06/1998 with the Pérola and IAC Carioca cultivars, respectively. In low response area to N, there was no effect of N applied neither on leaf nor soil. In area with incorporation of crop residue (high C/N), the N applied on leaf increased the grain yield. The N applied on soil provided increase on N leaf content, 100 seed weight, and grain yield. Key words: Phaseolus vulgaris, common bean, nitrogen, leaf application. Introdução No Brasil, a cultura do feijão tem apresentado baixas produtividades, devido a fatores como clima desfavorável, falta de controle fitossanitário e adubação desequilibrada, os quais muitas vezes são decorrentes da falta de recursos financeiros dos produtores. Atualmente a irrigação tem possibilitado a produção de feijão em épocas em que os preços são mais favoráveis, dando segurança para que investimentos sejam adotados. Muitas vezes o insucesso no cultivo do feijoeiro é determinado pela adubação nitrogenada inadequada (Guerra et al., 2000). O nitrogênio é o nutriente absorvido em maior quantidade pelo feijoeiro, podendo chegar a 2,46 kg/ha/dia no período do florescimento (Gallo e Miyasaka, 1961), ou 200 kg/ha/safra (Haag et al., 1967). A planta apresenta deficiência de nitrogênio quando ocorrem teores menores que 20 g de N. kg -1 de matéria seca apresentando, além de outros sintomas, folhas com coloração verde-pálida e amarelada, e produção de sementes menores e em menor número (Oliveira et al., 1996). Carvalho et al. (1999) citaram que a adubação nitrogenada é imprescindível para a obtenção de boas produtividades. Assim, Carvalho et al. (1992) recomendaram a aplicação de 90 kg de N. ha -1 ; já Silveira e Damasceno (1993) recomendaram uma dose menor (72 kg de N ha -1 ), para que se obtenha a máxima produtividade. Franco (1977) afirmou que o fornecimento de nitrogênio mineral via solo em regiões tropicais pode apresentar baixa freqüência de resposta devido a perdas do nutriente. Este problema é ainda mais acentuado em solos

1392 Chidi et al. arenosos, pobres em matéria orgânica ou muito ácidos (Duque et al., 1985; Embrapa, 1990). Tais perdas ocorrem principalmente através de lixiviação e desnitrificação (Gamboa et al., 1971). No caso do feijoeiro, Boaretto e Rosolem (1987) preconizaram a adubação foliar como complemento à adubação tradicional, principalmente de nitrogênio, com o objetivo de reduzir o efeito das perdas do nutriente no solo. A eficiência do fornecimento de nutrientes via foliar é geralmente maior que o fornecimento via solo, acarretando economia de fertilizantes (Rosolem, 1987). Entretanto, segundo Rosolem (1996), dificilmente se poderá nutrir a planta adequadamente por via foliar, pois a aplicação de grandes quantidades de nutriente pode causar fitotoxidade. Desta forma, de acordo com Bulisani et al. (1973), fica plenamente justificado o prosseguimento dos estudos sobre a adubação foliar, pelo promissor aumento alcançado na produtividade (26% em relação à testemunha), pela facilidade de aplicação e custos relativamente baixos, principalmente se a pulverização com fertilizantes for associada a defensivos. O trabalho teve como objetivos verificar o efeito da aplicação foliar de nitrogênio na cultura do feijão de inverno, Phaseolus vulgaris L. (Leguminosae- Faboideae), na região de Selvíria, Estado do Mato Grosso do Sul, bem como as possíveis interações dessa prática com a adubação nitrogenada em cobertura, via solo, em áreas de baixa e alta resposta à adubação nitrogenada. Material e métodos O experimento foi conduzido por dois anos em área experimental pertencente à Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - Unesp, localizada no município de Selvíria (MS), apresentando como coordenadas geográficas 51º 22 de longitude oeste de Greenwich e 20º 22 de latitude sul, com altitude de 335 metros. Através do levantamento detalhado do solo, efetuado por Demattê (1980), assim como, utilizando-se do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 1999), o solo do local é um LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico argiloso. A precipitação média anual é de 1.370 mm, a temperatura média anual é de 23,5 o C e a umidade relativa do ar está entre 70 e 80% (média anual). As características químicas do solo foram determinadas antes da instalação dos experimentos, seguindo metodologia proposta por Raij e Quaggio (1983), e os resultados estão apresentados na Tabela 1. No primeiro ano, o experimento foi instalado em área anteriormente cultivado com milho colhido antes da maturação, sendo retirado da área a planta inteira, destinada à alimentação animal. Essa ausência de material orgânico de alta relação C/N pode caracterizar a área como de baixo potencial de resposta à adubação nitrogenada. Em 1998, a área do experimento também teve como cultivo anterior a cultura do milho. Entretanto foi realizada a colheita apenas dos grãos, sendo os restos da cultura incorporados ao solo através das operações de preparo para o feijão. Tabela 1. Características químicas do solo avaliadas na profundidade de 0 a 20 cm. Selvíria, Estado do Mato Grosso do Sul Ano P resina M.O. ph (CaCl 2 ) K Ca Mg H+Al V (mg dm -3 ) (g dm -3 ) mmol C dm -3 (%) 1997 17 22,0 5,7 1,1 31,0 9,0 20,0 67 1998 18 24,0 5,3 2,2 33,0 14,0 28,0 64 O solo foi preparado através de uma aração e duas gradagens, sendo a primeira, logo após a aração e a segunda realizada às vésperas da semeadura. A semeadura foi realizada mecanicamente no dia 06 de maio de 1997, utilizando-se o cultivar Pérola e, no dia 08 de junho de 1998, utilizando-se o cultivar IAC Carioca, no espaçamento de 0,5 m entrelinhas e densidade de 12-13 sementes viáveis por metro. A adubação básica, nos sulcos de semeadura, foi realizada levando-se em consideração as características químicas do solo e as recomendações de Ambrosano et al. (1996a), sendo aplicados, no primeiro ano, 220 kg. ha -1 da formulação 4-30-10 + 0,4% de zinco e, no segundo ano, 240 kg. ha -1 da formulação 4-20-20 + 0,4% de zinco. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com 4 repetições em esquema fatorial 5x4 envolvendo diferentes concentrações de uréia (0, 30, 60, 90 e 120 g. L -1 ) em solução, aplicadas via foliar após as 16:00 horas, nas seguintes fases de desenvolvimento das plantas (Fernandez et al., 1992): primeira aplicação, na fase vegetativa V 4 (emissão da 3ª folha trifoliolada) e a segunda aplicação, na fase reprodutiva R 5 (préfloração) e diferentes níveis de nitrogênio (0, 25, 50 e 75 kg. ha -1 ) aplicados em cobertura (via solo), aos 20 dias após a emergência das plantas, como uréia. As parcelas foram constituídas, no primeiro ano, por 6 linhas de 5,5 m de comprimento, sendo consideradas úteis as 4 linhas centrais e, no segundo ano, por 5 linhas de 6,0 m de comprimento, sendo consideradas úteis as 3 linhas centrais, desprezando-se 0,5 m em ambas as extremidades de cada linha. Para o controle de plantas daninhas, no primeiro ano, foi aplicado herbicida em pré-plantio-incorporado (trifularin - 800 g. ha -1 de i.a.) e, aos 27 dias, após a emergência, realizou-se o cultivo com tração animal, com o objetivo de eliminar as plantas daninhas não atingidas pelo herbicida. No segundo ano, o controle químico

Nitrogênio via foliar e em cobertura em feijoeiro irrigado 1393 foi realizado com o mesmo herbicida (dose de 890 g. ha -1 de i.a.) e, aos 18 dias após a emergência, realizouse pulverização com outro herbicida, em pósemergência (bentazon - 720 g. ha -1 de i. a.), para eliminar as plantas daninhas não atingidas pela aplicação em pré-plantio-incorporado. As irrigações foram realizadas por aspersão convencional (no 1º ano) e por pivô central (no 2º ano). Os demais tratos culturais utilizados foram os recomendados à cultura do feijão de inverno para a região. Foram realizadas as seguintes avaliações: a) massa da matéria seca das plantas, (por ocasião do florescimento pleno foram coletadas, em local prédeterminado na área útil de cada parcela, oito plantas que foram levadas ao laboratório, lavadas, acondicionadas em sacos de papel devidamente identificados e colocados para secagem em estufa de ventilação forçada à temperatura média de 60-70ºC, até atingir peso em equilíbrio); b) teor de nitrogênio total das folhas (no florescimento pleno foram coletadas as folhas de 4 plantas de cada parcela), que, uma vez lavadas e colocadas para secagem em estufa de circulação forçada de ar a 60-70 o C, por 72 horas, foram moídas em moinho do tipo Wiley para posterior digestão sulfúrica, conforme metodologia proposta por Sarruge e Haag (1974); c) número de vagens/planta; d) número médio de grãos/vagem; e) massa de 100 sementes e f) rendimento de sementes. Resultados e discussão Os resultados obtidos nos anos de 1997 e 1998, referentes às características agronômicas, estão apresentados nas Tabelas 2 e 3. Observa-se que em 1997 a massa seca da parte aérea de plantas sofreu influência apenas da aplicação de N no solo (Tabela 2). Os dados se ajustaram a uma função linear, mostrando que o aumento nos níveis de N aplicados ao solo, proporcionou aumento na massa de matéria seca das plantas. Os resultados são concordantes com Camargo (1975) e Silveira e Damasceno (1993), os quais afirmaram que o nitrogênio tem influência direta na fotossíntese e crescimento da planta, já que faz parte integrante da molécula de clorofila. Já no ano seguinte, 1998, não foi constatada influência significativa dos tratamentos na produção de matéria seca. Quanto ao teor de N nas folhas (Tabela 2), os dados não se ajustaram a funções polinomiais, em relação às concentrações de uréia, aplicadas via foliar, e todos os tratamentos apresentaram teores acima do nível crítico de 30 g. kg -1 em 1997 e 27 g. kg -1 em 1998 (Ambrosano et al., 1996a). Diferenças mais acentuadas foram verificadas em relação aos níveis de N em cobertura (no solo), no ano de 1997, quando os dados se ajustaram a uma função linear crescente. Entretanto, neste ano, mesmo no tratamento testemunha (sem aplicação de N), o teor observado esteve acima do nível crítico para a cultura, indicando que o solo e/ou a fixação simbiótica pode ter fornecido N suficiente para o desenvolvimento das plantas. Em 1998, os teores de N nas folhas apresentaram-se acima do nível crítico (30 g. kg -1 ), apenas nos tratamentos com 120 g. L -1 de uréia via foliar ou com 75 kg. ha -1 de N aplicado ao solo, sendo que a aplicação de níveis crescentes de N em cobertura no solo também propiciou aumento linear na concentração do nutriente nas folhas. Os resultados obtidos nos dois anos de avaliações estão de acordo com Silveira e Damasceno (1993) e Andrade et al. (1998a), os quais observaram maiores teores de N nas folhas com o aumento das doses de N aplicadas ao solo. Tabela 2. Valores médios de alguns componentes de produção do feijoeiro, em função de diferentes concentrações de uréia aplicadas via foliar e níveis de N no solo em cobertura, em Selvíria, Estado do Mato Grosso do Sul Massa seca (g/planta) N foliar ( g. kg -1 ) Nº de vagens/planta Tratamentos 1997 1998 1997 1998 1997 1998 Adubação foliar (g. L -1 de uréia) 0 4,28 5,46 38,32 29,79 9,36 7,33 30 4,27 5,80 38,19 27,04 9,30 7,26 60 4,48 5,61 40,01 28,33 9,55 7,57 90 4,57 5,23 41,61 28,55 9,50 7,22 120 5,07 5,77 39,33 30,45 9,50 8,34 Adubação cobertura (kg. ha -1 de N) 0 3,82 (1) 5,97 38,62 (2) 26,74 (3) 9,06 (4) 6,93 25 4,59 5,86 36,89 28,73 9,04 7,60 50 4,78 5,25 40,07 29,73 9,06 7,97 75 4,93 5,60 42,38 30,12 10,61 7,67 CV% 18,09 20,21 8,50 10,63 20,43 27,36 Não houve interação significativa entre os fatores, para nenhuma das características avaliadas; (1) Y= 4,0088 + 0,0140x R 2 =0,85; (2) Y= 37,3210+0,0578x R 2 =0,65; (3) Y= 27,1617 + 0,0445x R 2 =0,99; (4) Y= 8,7475 + 0,0186x R 2 =0,60 Tabela 3. Valores médios de alguns componentes de produção e na produtividade do feijoeiro, em função de diferentes concentrações de uréia via foliar e níveis de N no solo em cobertura, em Selvíria, Estado do Mato Grosso do Sul Nº de semente/ vagem Massa de 100 sementes (g) Produtividade de sementes (kg/ha) Tratamentos 1997 1998 1997 1998 1997 1998 Adubação foliar (g. L -1 de uréia) 0 5,00 4,92 28,52 19,81 2631 1381 (1) 30 5,09 4,82 28,50 19,58 2670 1420 60 4,97 4,78 28,69 19,65 2746 1395 90 4,97 4,95 28,92 20,18 2652 1497 120 5,12 4,74 28,73 20,39 2580 1623 Adubação cobertura (kg. ha -1 de N) 0 5,05 4,75 28,99 18,75 (2) 2542 1127 (3) 25 5,05 4,78 28,61 19,76 2627 1430 50 5,06 4,86 28,58 20,40 2658 1615 75 4,97 4,98 28,49 20,78 2796 1682 CV% 7,59 7,89 3,67 4,40 16,51 15,10 Não houve interação significativa entre os fatores para nenhuma das características avaliadas; (1) Y= 1351+1,8700x R 2 =0,79; (2) Y= 18,1617 + 0,0445x R 2 =0,96; (3) Y= 1126,7925 + 14,4997x 0,0947x 2 R 2 =0,99

1394 Chidi et al. Em 1997, a aplicação de N via foliar não afetou o número de vagens por planta (Tabela 2), discordando de Rosolem (1996), o qual verificou efeito positivo da aplicação de uréia foliar sobre essa característica. Por outro lado, o número de vagens por planta sofreu influência da aplicação de nitrogênio no solo em cobertura, com os dados se ajustando a uma função linear crescente, mostrando que os níveis de N aplicados ao solo proporcionaram aumento no número de vagens por planta, como já observado por Silveira e Damasceno (1993). Já em 1998, o número de vagens por planta não foi afetado pelos tratamentos utilizados. Almeida et al. (2000) também não verificaram influência da adubação nitrogenada em cobertura e via foliar sobre o número de vagens por planta. Não foi verificado ajuste do número de sementes por vagem em função da aplicação de uréia via foliar ou no solo, em nenhum dos anos de estudo (Tabela 3). Vale ressaltar que esta é uma característica mais relacionada com o cultivar utilizado, que sofre menor influência do ambiente. Os valores médios situaram-se entre 4,97 e 5,12 sementes por vagem para o cultivar Pérola, e entre 4,74 e 4,98 sementes por vagem para o cultivar IAC Carioca. Para os dados de massa de 100 sementes, no ano de 1997, os dados estiveram bem próximos, variando de 28,50 a 28,99, quando se testaram N via foliar ou no solo. No segundo ano de avaliação, não houve efeito da aplicação de N via foliar na massa de 100 sementes. Porém, a aplicação de N no solo influenciou essa característica, com os dados mostrando relação linear crescente (Tabela 3). Estes resultados reforçam a importância dada por Andrade et al. (1998b), para o N na fase de florescimento e enchimento de grãos. Apesar de a aplicação de N, principalmente no solo, ter influenciado positivamente na produção de matéria seca de plantas, no teor de N foliar e no número de vagens por planta, em 1997, os resultados obtidos mostraram que não houve acréscimo na produtividade (Tabela 3). Messias et al. (1993) também não observaram incremento significativo na produtividade. Porém, deve-se levar em consideração o bom patamar de produtividade, com valores superiores a 2.500 kg. ha -1 em todos os tratamentos. Já no segundo ano de avaliação, verificou-se que os tratamentos influenciaram a produtividade, aumentando-a com a aplicação de N, tanto no solo como via foliar. Os resultados apresentaram uma relação quadrática com os níveis de N aplicados ao solo, sendo que a dose estimada que proporciona a maior resposta do feijoeiro é de cerca de 76,5 kg. ha -1 de N aplicado em cobertura. Porém, essa estimativa extrapolou o espaço experimental utilizado (0 a 75 kg. ha -1 ), fato que a torna menos confiável. Entretanto, esse resultado está bem próximo ao obtido por Silveira e Damasceno (1993), os quais também obtiveram função quadrática com ponto de máxima resposta obtida com a aplicação de 72 kg. ha -1 de N. A diferença nas respostas de produtividade obtida entre os anos de 1997 e 1998 pode ser justificada pelo fato de que, no primeiro ano, o experimento foi instalado em área onde se retirou do campo a planta de milho inteira, destinada à alimentação animal. A ausência de material orgânico de alta relação C/N pode ter dado à área, características de baixa resposta à adubação nitrogenada, diferente do que ocorreu em 1998, onde a área do experimento foi colhida apenas para grãos, ficando na área os restos da cultura, que em seguida foram incorporados ao solo através das operações de preparo. Diversidade de resposta semelhante foi observada por Ambrosano et al. (1996b), em experimento conduzido em Votuporanga, Estado de São Paulo. Rosolem (1996) ressaltou que as condições de resposta ao nitrogênio estão relacionadas com o solo do local de semeadura (cultura anterior, teor de matéria orgânica, compactação, textura do solo e irrigação), de modo que o histórico da área é de grande importância para a obtenção ou não de resposta. Além do que, a utilização de cultivares diferentes, tipo de irrigação e variações de clima podem também ter influenciado a resposta da cultura à aplicação do nutriente. Conclusão Em área considerada de baixa resposta, a aplicação de nitrogênio via foliar ou no solo não afetou a produtividade do feijoeiro. Em área com incorporação de material vegetal de alta relação C/N, a aplicação de nitrogênio via foliar aumentou a produtividade, e a aplicação no solo proporcionou aumento no teor de N, massa de 100 sementes e na produtividade de feijoeiro irrigado. Referências ALMEIDA, C. et al. Uréia em cobertura e via foliar em feijoeiro. Sci. Agric., Piracicaba, v.57, n.2, p.293-296, 2000. 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