A ciência da informação no Brasil através de seus programas de pós-graduação Autor(es): Stumpf, Ida Regina C. URI:http://hdl.handle.net/10316.

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Transcrição:

A ciência da informação no Brasil através de seus programas de pós-graduação Autor(es): Stumpf, Ida Regina C. Publicado por: URL persistente: DOI: Imprensa da Universidade de Coimbra URI:http://hdl.handle.net/10316.2/31877 DOI:http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0319-3_14 Accessed : 2-Jul-2018 15:32:59 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. pombalina.uc.pt digitalis.uc.pt

A Ciência da no Brasil através de seus Programas de Pós-graduação Ida Regina C. Stumpf Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil) Resumo No Brasil, a Ciência da teve uma data fixa para iniciar institucionalmente: em 1970, quando foi criado o primeiro curso de pós-graduação, em nível de mestrado, pelo então Instituto Brasileiro da Bibliografia e Documentação IBBD, hoje Instituto Brasileiro de em Ciência e Tecnologia IBICT, em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje estão em atuação onze programas de pós-graduação dos quais cinco são nos níveis de Doutorado e Mestrado, cinco de Mestrado e um de Mestrado Profissional. Os PPGCIs estão classificados, segundo a classificação das áreas do conhecimento definida pela CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior - dentro das Ciências Sociais Aplicadas 1, onde também se encontram a Comunicação e a Museologia. Os Programas estão vinculados aos cursos de graduação em Biblioteconomia e aos Departamentos de CI, e pertencem todos a Universidades públicas. Os PPGCIs apresentam estrutura organizacional por áreas de concentração que se dividem em linhas de pesquisa de onde se originam projetos com afinidades entre si. Para identificar as temáticas de maior enfoque na pesquisa e no ensino brasileiro, procedeu-se a uma análise de conteúdo das ementas das linhas de pesquisa. Com base nas categorias das subdivisões da CI, apresentadas por estudos feitos por Pinheiro (2004, 2005, 2006), os resultados indicam que o ensino de pós-graduação e a pesquisa estão voltados, principalmente, para três vertentes temáticas: da gestão, da organização e da transferência da informação. Nesse país, a CI é uma área recente, ainda em estágio de formação de seus pesquisadores e vinculada de forma institucional e constitutiva com a Biblioteconomia. Abstract In Brazil, Information Science had a date to start institutionally: in 1970, when the first postgraduate course was created, at master s degree level, by the so called Instituto Brasileiro da Bibliografia e Documentação IBBD, today Instituto Brasileiro de em Ciência e Tecnologia IBICT, with a partnership with Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nowadays there are eleven post-graduation programmes of which five are in Master and Doctorate level, five in Master level and one in Professional Master level. The Post-Graduate Programmes of Information Science (PGPIS) are classified according to classification of areas of knowledge defined by CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior - within the Applied Social Sciences 1, along with Communication and Museology. The Programmes are associated to undergraduate courses in Library Science and to the Departments of Information Science and all of them belong to public Universities. The PGPISs present organizational structure by concentration areas that are divided in research lines which lead to projects that are related to each other. To identify the subject of major emphasis in research and Brazilian education, it was done a content analysis of research lines outlines. Based in subdivision categories of Information Science, presented in studies done by Pinheiro (2004, 2005, 2006), the results indicated that post-graduate education and research are focused, manly, in three subject stream: 1 6 7

management, organization and information transfer. In this country, Information Science is a recent area, still preparing its researchers and it is associated in an institutional and constitutive level with Library Science. 1. Introdução A Ciência da (CI) teve seus fundamentos estabelecidos após a Segunda Guerra Mundial. Para ser considerada ciência precisa ter seus conceitos aceitos globalmente, mas por ser recente, ainda não é entendida da mesma forma nos vários países que a adotam. Embora não se busque uma Ciência da nacional, porque se aceita sua natureza internacional, sabe-se que a evolução do campo em diferentes países ou regiões pode seguir distintas prioridades e nuances. Este trabalho procura contribuir com a visão brasileira da Ciência da, através de uma análise dos programas de pós-graduação (PPGCI) stricto sensu, no IV Encontro Ibérico da Associação de Educadores e Pesquisadores em Biblioteconomia, Arquivologia e Ciência da e Documentação da Iberoamerica e Caribe - EDIBCIC, evento em que se discute, entre outros assuntos, o lugar e o papel dessa ciência em nível universitário. Distribuímos nosso trabalho em partes: primeiramente aborda-se a criação da pós-graduação em CI e os cursos hoje em atuação, depois analisa-se a vinculação institucional desses programas e suas linhas de pesquisa e, finalmente, apresenta-se as considerações finais. 2. Os Programas De Pós-graduação No Brasil, a CI teve uma data fixa para iniciar institucionalmente: foi em 1970, quando foi criado o primeiro curso de pós-graduação, em nível de mestrado, pelo então Instituto Brasileiro da Bibliografia e Documentação IBBD, hoje Instituto Brasileiro de em Ciência e Tecnologia IBICT, em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. O curso do IBBD, pioneiro no país e na América Latina, marcou a entrada da CI no Brasil. Sem saudosismo, mas com muito respeito, foi nesta época que vieram os primeiros professores estrangeiros, principalmente americanos, para ministrar as disciplinas que compunham o currículo do programa, apresentar seminários e orientar as dissertações: Jessé H. Shera, La Vahn Marie Overmyer, Tefko Saracevic, Frederick Wilfrid Lancaster, Derek Solla Price, Bert Roy Boyce, Ingetraut Dahlberg, Suman Datta, Jack Mills e outros (Pinheiro, 2006). A partir dessa data, outros cursos de pós-graduação stricto sensu em CI foram criados, primeiramente como Mestrado em Biblioteconomia, e só na década de 90 assumiram a denominação de Ciência da e ampliaram sua atuação para o nível de doutorado. Os principais fatores que influenciaram a implantação da pós-graduação em CI no Brasil foram: a própria necessidade de formação de recursos humanos especializados, a capacitação de docentes para as instituições de ensino superior e a conscientização da importância do desenvolvimento da pesquisa em informação (POBLACIÓN, 1993). 1 6 8

Os Programas de Pós-Graduação em Ciência da (PPGCIs) estão localizados, segundo a classificação das áreas do conhecimento definida pela CAPES, dentro da grande área das Ciências Sociais Aplicadas, na área CSA 1 - Ciências Sociais Aplicadas 1, que contempla as subáreas da Comunicação, Ciência da e Museologia. A junção das três subáreas é muito díspar em relação ao número de cursos: a Comunicação tem 34 cursos e sempre elege o coordenador da área, a CI tem 11 e sempre fica com a coordenação adjunta e a Museologia tem apenas 1 curso, juntando-se a CI nas decisões. Além disso, esta junção nem sempre é benéfica pois não permite a CI ter decisões próprias. De acordo com a CAPES, os programas devem apresentar estrutura manifesta por áreas de concentração, que são [...] indicações que condensam ou retratam as intenções dos cursos (FAUSTO NETO, 1996, p.86) e linhas de pesquisa que são a representação de temas aglutinadores de estudos científicos investigativos, de onde se originam projetos de pesquisa com afinidades entre si (CAPES, 2009). São onze os programas de pós-graduação em Ciência da hoje no Brasil, dos quais cinco são nos níveis de Doutorado e Mestrado, cinco de Mestrado e um de Mestrado Profissional. Este quadro permanece estável, indicando que neste ano de 2009 não houve credenciamento de novos cursos. De acordo com o nível que desenvolvem (M= Mestrado e D=Doutorado), ano de início, áreas de concentração e linhas de pesquisa, os programas são apresentados a seguir: Tabela 1 - Estrutura dos Programas de Pós-Graduação em no Brasil, reconhecidos pela CAPES até 2009 1 2 3 4 PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CI Programa de Pós-Graduação em Ciência da da IBICT/ UFRJ (convênio UFRJ 1983-2002 e UFF - 2003-2008) Área de concentração: e Mediações Sociais e Tecnológicas para o Conhecimento da UFMG Área de Concentração: Produção, Organização e Utilização da. da UNB Área de Concentração: Transferência da UNESP Área de Concentração:, Tecnologia e Conhecimento. Ano de Início M D 1970 2008 1992 2008 1976 1997 1978 1992 1998 2005 LINHAS DE PESQUISA - Epistemologia e Interdisciplinaridade na Ciência da - Organização, Estrutura e Fluxos da -, Sociedade e Gestão Estratégica - Gestão da e do Conhecimento; -, Cultura e Sociedade; - Organização e Uso da. - Gestão da e do Conhecimento; - Arquitetura da ; - Comunicação da ; - e Tecnologia; - Organização da ; - Gestão, Mediação e Uso da. 1 6 9

5 da UFBA Área de Concentração: e Conhecimento na Sociedade Contemporânea 2000 - - e Conhecimento em Ambientes Organizacionais; - e Contextos Socioeconômicos. - Fluxos de ; - Profissionais da. 6 da UFSC Área de Concentração: Gestão da da USP Área de Concentração: Cultura e da UFPB Área de Concentração:, Conhecimento e Sociedade 2000-7 2006 2006 - Acesso à ; - Mediação e Ação Cultural. 8 2007 - - Memória, Organização, Acesso e Uso da ; - Ética, Gestão e Políticas de. - Organização e Compartilhamento da e do Conhecimento. 9 Mestrado profissional em Gestão da da UEL Área de Concentração: Gestão da 2007-10 UFF Área de Concentração: Dimensões Contemporâneas da e do Conhecimento 2008 - - Fluxos e Mediações Sociotécnicas da ; -, Cultura e Sociedade. 11 UFPE Área de Concentração:, Memória e Tecnologias 2008 - - Memória da Científica e Tecnológica. Como mostra o quadro anterior, foi a partir de 2000 que os programas de pósgraduação no Brasil tiveram impulso. Entre os cursos criados nesta década, convém destacar o programa da Universidade de São Paulo (USP), que de 1973 até o final de 2005 era uma área de concentração do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, estudando objetos específicos da, mas se configurando no campo da Comunicação. Só em 2006 passou a se constituir em um programa próprio em CI, credenciado para mestrado e doutorado devido à experiência anterior de seu corpo docente. Já o Curso de Mestrado em Ciência da da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), criado em 1977, foi descredenciado pela CAPES em 2002, devido à dispersão dos temas, teorias e métodos nas dissertações de mestrado. (ARAÚJO; TENÓRIO; FARIAS, 2003). Voltou a ser reconhecido em 2007, agregando novas idéias e maior coerência. Outro curso antigo que foi descredenciado, o da PUCCAMP Pontifícia Universidade Católica de Campinas nem aparece no quadro atual porque foi extinto pela CAPES em 2007, após 30 anos de atuação, e ainda não reativado. Destaca-se também o Curso de Mestrado Profissional da Universidade de Londrina, o primeiro desta categoria na área, com uma tendência moderna de contribuir para melhorar a atuação profissional, sem descuidar dos aspectos acadêmicos. Com a imensidão que é o território brasileiro e sua divisão em 27 estados, a localização dos cursos apresentados no Quadro 1 apresenta a seguinte distribuição: Região Norte (7 estados): 0 curso 1 7 0

Região Nordeste ( 9 estados): 3 cursos Região Centro-Oeste (4 estados): 1 curso Região Sudeste (4 estados): 5 cursos Região Sul (3 estados): 2 cursos A Região Sudeste é a mais bem aquinhoada com cursos de pós-graduação em CI e corresponde, também, a de maior desenvolvimento econômico e social, onde estão os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. É lastimável que a Região Norte, onde está situada a maior parte da Amazônia brasileira, não conte com nenhum curso de pós-graduação em CI. Com a tendência moderna de agregar áreas do conhecimento, a CAPES criou uma área denominada Multidisciplinar que reúne programas não específicos de um só campo, mas que integram duas ou mais áreas do conhecimento. Assim aconteceu com três programas que contemplam a CI em alguns aspectos, seja na denominação, nas linhas de pesquisa ou na formação de alguns de seus docentes. São eles: FIOCRUZ: e Comunicação em Saúde (Região Sudeste) UF São Carlos: Ciência, Tecnologia e Sociedade (Região Sudeste) UF Paraná: Ciência, Gestão e Tecnologia da (Região Sul). Outro caso semelhante é o do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e da UFRGS (Região Sul) que é credenciado e avaliado pela subárea de Comunicação. Nestas quatro experiências acima apresentadas, dois cursos integram a com a Comunicação: - O Programa da Fundação Oswaldo Cruz FIOCRUZ que é promovido pelo Instituto de Comunicação e Científica e Tecnológica em Saúde ICICT, em níveis de mestrado e doutorado. O Programa tem como área de concentração: Configurações e Dinâmicas da Comunicação e em Saúde, com duas linhas de pesquisa, a saber: Linha 1, Comunicação e Inovação em Saúde; e Linha 2, Comunicação e Mediações em Saúde; - O PPGCOM/UFRGS que tem como área de concentração Comunicação e e duas linhas de pesquisa: Comunicação, Representações e Práticas Culturais, e, Tecnologias e Práticas Sociais. Em relação a este curso, a CAPES, na avaliação trienal, indica que a integração entre Comunicação e não fica evidenciada nas práticas acadêmicas, como nas disciplinas, nas publicações, na participação em bancas, entre outras ações. 3. Vinculação Institucional Na Europa e Estados Unidos, a ligação da CI com a Biblioteconomia tem sua origem no movimento da Documentação dos anos 60, sobretudo nas Escolas de Biblioteconomia, cujo objetivo era melhorar as técnicas de tratamento e uso dos registros através da aplicação de tecnologias, o que incidia nas funções tradicionais das bibliotecas. Saracevic (1999) aponta as diferenças entre a CI e a Biblioteconomia, que o conduzem à conclusão de que são dois diferentes campos com fortes relações interdisciplinares. No Brasil, esta vinculação fica evidenciada através da criação dos 11 programas de pós-graduação em CI junto aos cursos de graduação em Biblioteconomia. Mesmo 1 7 1

o PPGCI do IBICT, que já chegou a estar ligado à graduação e pós-graduação em Comunicação no seu início, quando no ano passado retornou a UFRJ, ligou-se a um instituto que abriga desde 2005 um curso de graduação em Biblioteconomia. Esta observação pode ser estendida a dois cursos de pós-graduação classificados na área Multidisciplinar, acima citados, e também ao PPGCOM/UFRGS. Apenas o da FIOCRUZ não está ligado a uma graduação em Biblioteconomia por pertencer a uma instituição de pesquisa e não a uma Universidade. Com a criação dos cursos de pós-graduação em CI, os cursos de graduação em Biblioteconomia tiveram seus currículos e conteúdos alterados e modernizados. Mesmo aqueles cursos que não têm junto a si uma pós-graduação, mas tiveram seus docentes titulados em CI, atualizaram suas disciplinas (matérias) e incluíram temas específicos da na formação dos bibliotecários. A primeira reforma universitária brasileira iniciou na década de 70, quando a estrutura das Universidades se fragmentou em departamentos que depois se agrupam em faculdades, institutos, escolas ou centros. Os cursos de graduação em Biblioteconomia passaram a ser oferecidos pelos Departamentos de Biblioteconomia e, às vezes, com o acréscimo no nome de Documentação. Na década de 90, a quase totalidade dos departamentos passou a chamar-se de Departamento de Ciência da, às vezes até no plural, Ciências da, especialmente quando passaram a incluir também cursos de graduação em Arquivologia e, mais recentemente, de Museologia. A análise de vinculação dos 11 cursos de pós-graduação em CI, em atuação hoje, mostra que 8 pertencem a Departamentos de Ciência da (UFPB, UNESP, UFSC, UEL, UFF, UFPE, UNB, USP), sendo que apenas um denominase Departamento de Ciência da e Documentação (UNB), e outro ainda mantém a denominação de Departamento de Biblioteconomia e Documentação (USP). Três programas vinculam-se a unidades maiores, como faculdades, institutos ou escolas (Instituto de Ciência da /UFBA, Escola de Ciência da / UFMG, e Faculdade de Administração e Ciências Contábeis/UFRJ-IBICT). Outro fato que ocorre no país é que todos os programas de pós-graduação em CI pertencem a Universidades públicas, o que significa uma vinculação direta ao poder público federal, estadual ou municipal. Em termos práticos, significa serem cursos não pagos pelos alunos para obtenção de sua titulação de mestres ou doutores. Deduz-se daí, também, que as Universidades particulares não se interessam em criar cursos de pós-graduação em áreas onde o mercado não é certo, ou é constituído de profissionais de um nível econômico que não lhes permita pagar. Parece ser este o caso da CI no Brasil. 4. Linhas de pesquisa O contexto da pesquisa em Ciência da no Brasil está profundamente vinculado às atividades da pós-graduação, uma vez que, como campo de investigação e pesquisa, a CI desenvolve-se principalmente neste nível. As Linhas de Pesquisa aglutinam os projetos de pesquisa que têm afinidade entre si. 1 7 2

Para agrupar as Linhas de Pesquisa dos PPGCI em categorias, a fim de verificar como a CI é estudada e investigada no Brasil, utilizou-se os estudos que Lena Vânia Pinheiro, pesquisadora do IBICT, vem desenvolvendo desde 2002 (Pinheiro, 2004, 2005, 2006). Baseado neles, Brambilla (2007), em sua dissertação de mestrado, classificou as linhas de pesquisa dos programas em seis categorias. As categorias adotadas, que mostram uma estrutura classificatória para a CI são: 1 Fundamentos de CI: incluindo as temáticas de Epistemologia da CI, Teoria da, Metodologias da CI, História da CI, Estudos métricos, Formação Profissional, Estudos interdisciplinares (relações epistemológicas com a Ciência da Computação, Comunicação Social, Museologia, Biblioteconomia, Arte, Arquivística, etc.); 2 Organização e Processamento da : incluindo as temáticas de Arquitetura de informação, Organização do conhecimento / Representação da informação, Catalogação, Classificação, Indexação, Metadados, Tesauros, Vocabulários controlados, Ontologia e Processamento automático de linguagem; 3 Gestão da : incluindo as temáticas de Disseminação da informação, (produtos e serviços de informação), Economia da informação, Gestão de qualidade de informação, Gestão do conhecimento, Inteligência competitiva, Marketing de informação; 4 Tecnologias da : incluindo as temáticas de Automação de bibliotecas, Bases de dados, Bibliotecas virtuais e digitais, Comunicação mediada por computador, Internet/Web, Mineração de dados, Preservação e segurança digital, Redes e sistemas de informação, Sistemas de recuperação da informação; 5 - Transferência da : incluindo as temáticas de Competência informacional ( information literacy ), Comunicação científica, Divulgação científica, Educação à distância, Estudos de necessidades e usos de informação, Estudos de usuários, Ética na informação, Inclusão digital, Políticas de informação; 6 Aplicações da : incluindo as temáticas de científica, tecnológica, industrial, em Arte, em bibliotecas, em arquivos, em museus, entre outras. Com base nesta categorização e na análise de conteúdo (AC) das ementas das linhas de pesquisa dos programas, apresentam-se no Quadro 2 as Categorias, as Linhas de Pesquisa dos Programas de CI e a Universidade em que são desenvolvidas. Convém ressaltar que para o enquadramento em apenas uma categoria, como preconiza a AC, ignorou-se algumas temáticas que perpassavam outras categorias, adotando-se a de maior ênfase: Tabela 2 Categorização das Linhas de Pesquisa dos PPGCI brasileiros, em 2009. CATEGORIAS LINHAS DE PESQUISA PPGCI Categoria 1 - Fundamentos da Ciência da Epistemologia e Interdisciplinaridade na Ciência da IBICT/UFRJ 1 7 3

Categoria 2 - Organização e Processamento da Categoria 3 - Gestão da Categoria 4 - Tecnologias da Categoria 5 - Transferência da Categoria 6 - Aplicações da Fluxos da Organização da Arquitetura da Organização e Uso da Organização, Estrutura e Fluxos da Acesso à Memória, Organização, Acesso e Uso de, Sociedade e Gestão Estratégica Gestão da e do Conhecimento Gerencial e Tecnológica Organização e Compartilhamento da e do Conhecimento Gestão, Mediação e Uso da Produção, Circulação e Mediação da Fluxos e Mediações Sócio-técnicas da Memória da científica e tecnológica e Tecnologia Profissionais da Comunicação da, Cultura e Sociedade, Cultura e Sociedade Ética, Gestão e Políticas de Mediação e Ação Cultural Políticas, Tecnologias e Usos da UFSC UNESP UNB UFMG IBICT/UFRJ USP UFPB IBICT/UFRJ UNB UFMG UEL UNESP UFBA UFF UFPE UNESP UFSC UNB UFMG UFF UFPB/JP USP UFBA -------------- -------- A análise das linhas de pesquisa mostra que a pós-graduação da área está voltada, principalmente e nessa ordem, para três vertentes temáticas: da Gestão, da Organização e da Transferência da informação. No entanto, as Tecnologias de e Comunicação, embora sejam enfocadas prioritariamente por apenas uma linha, perpassam todas as outras, conforme o conteúdo das ementas. É interessante notar, também, que apenas uma linha de pesquisa está ligada aos Fundamentos da CI. Seria importante aprofundar os estudos epistemológicos da Ciência da no país, a fim de dotá-la de elementos constitutivos que possam estabelecer mais claramente um sistema teórico próprio e que contribua para formar sua identidade como campo científico, já que ainda se discute até mesmo seu estatuto como ciência. Outra observação que pode ser feita em relação ao Quadro 2, é o fato de não haver uma linha de pesquisa, nos programas credenciados em CI, para tratar especificamente das Aplicações da. Pode-se amenizar a lacuna afirmando que quase todas as pesquisas aplicadas realizadas pelos docentes e discentes dos PPGCI, são feitas em áreas específicas. O que não há é uma linha que trate destas aplicações de um modo concentrado e aprofundado. Isto possivelmente está sendo resolvido nas linhas de pesquisa do programa da FIOCRZ que se dedica a investigar os fenômenos da e da Comunicação especificamente na área da Saúde. 1 7 4

5. Considerações finais Pelas informações e reflexões feitas, pelas faltas apresentadas e a pouca investigação em áreas fundamentais, podemos dizer que, no Brasil, a CI é um campo que pode ser caracterizado como em construção. Apesar de se estruturar através de um corpus teórico próprio, para afirmar-se como legítimo, precisa crescer em número de programas de pós-graduação e em áreas de pesquisa fundamentais. Só desta forma terá seu estatuto de ciência reconhecido e respeitado no cenário brasileiro e internacional. A vinculação expressiva da CI com a Biblioteconomia, no Brasil, trouxe benefícios para ambas. Para a CI porque a clientela maior da pós-graduação os bibliotecários - já traz consigo os fundamentos da classificação, da catalogação, da documentação, que permite um melhor entendimento para a organização e gestão da informação. Para a Biblioteconomia porque teve seus conteúdos atualizados, permitindo uma melhor atuação profissional para os bibliotecários. Para maior desenvolvimento, no entanto, a CI brasileira precisa crescer em número de cursos de pós-graduação, em pesquisa, especialmente fundamental, e cativar para seus quadros profissionais com outro tipo de formação que não apenas provenientes da Biblioteconomia, mas interessados em estudar os fenômenos da informação nos seus campos de conhecimento. Referências bibliográficas ARAÚJO, Eliany Alvarenga de; TENÓRIO, Jovana Karla Gomes; FARIAS, Simarle Nóbrega de. A Produção de Conhecimento na Ciência da : analise das dissertações produzidas no curso de mestrado em Ciência da - CMCI/UFPB no período de 1997/2001. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 5, Belo Horizonte, 2003. Anais... Belo Horizonte: Escola de Ciência da da UFMG, 2003. CD-Rom. BRAMBILLA, Sonia Domingues. Interfaces da : tendências temáticas da pósgraduação. Porto Alegre, 2007. 118p. (Mestrado em Comunicação e ) Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS, Porto Alegre, 2007. COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR. CAPES. Disponível em: <www.capes.gov.br>. Acesso em: 08 março 2009. FAUSTO NETO, Antônio. Condições da Pesquisa em Comunicação no Brasil. Revista Famecos, Porto Alegre, n.5, p.82-90, dez. 1996. MACHLUP, F.; MANSFIELD, U. eds. The study of information: interdisciplinary messages. New York: John Wiley & Sons, 1983. PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro. Ciência da : desdobramentos disciplinares, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. 2006. Disponível em: http://www.uff.br/ppgci/ editais/lenavanialeituras.pdf. Acesso em: 1 jul.2009. PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro. Processo Evolutivo e Tendências Contemporâneas da Ciência da. e Sociedade, João Pessoa, v. 15, n. 1, 2005. PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro; LOUREIRO, José Mauro Matheus. Políticas Públicas de C&T, ICT e de Pós-graduação e o Surgimento da Ciência da no Brasil. In: CINFORM ENCONTRO NACIONAL DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 5., 2004, 1 7 5

Salvador. Anais Eletrônicos.... Disponível em: http://www.cinform.ufba.br/v_anais/frames. html.población, Dinah Apparecida de Mello Aguiar. Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da e Biblioteconomia no Brasil: duas fases (1970/85 1986/92). In: ENCONTRO NACIONAL DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA, 12., 1992, São Paulo. Anais... São Paulo: ANCIB, 1993. P. 11-23. SARACEVIC, T. Information Science. JASIS; Journal of The American Society for Information Science, New York, v.50, n.12, p.1051-1063, 1999. 1 7 6