9.3 MÉTODO DA AASHTO/93

Documentos relacionados
FATEC - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO Departamento de Transportes e Obras de Terra MÉTODO DA AASHTO DE DIMENSIONAMENTO - (1986 E 1993)

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA

IP- 08 ANÁLISE MECANICISTA À FADIGA DE ESTRUTURAS DE PAVIMENTO

2. Módulo de Dimensionamento 2.5. Pavimentos Flexíveis MeDiNa

9. DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS

Estabilização de Solos. Americas South Paving Products

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA

2.2.2 Dimensionamento de pavimentos flexíveis (método do DNIT)

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO PELO CBR (texto extraído do livro Pavimentação Asfáltica, materiais, projeto e restauração, José Tadeu Balbo, 2007)

SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE PAVIMENTOS TIPOS DE PAVIMENTOS RÍGIDOS PAVIMENTO DE CONCRETO SIMPLES

AULA 12 DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO RÍGIDO

TABELAS MÉTODO PCA/84

MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS INFRAESTRUTURA

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS ASFÁLTICOS

Dimensionamento de Pavimentos no Brasil. Dimensionamento de Pavimentos no Brasil

MATERIAIS DE BASE, SUB- BASE E REFORÇO DO SUBLEITO

Procedimento B DNER-PRO 11/79

PROPRIEDADES MECÂNICAS E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS/ 3. mensurar os deslocamentos recuperáveis nos pavimentos, denominados de

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS

TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA

Dimensionamento de Reforços

INTRODUÇÃO A PAVIMENTAÇÃO

14 a REUNIÃO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA 14ª RPU

V JORNADAS LUSO-BRASILEIRAS DE PAVIMENTOS: POLÍTICAS E TECNOLOGIAS

UMA INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA E ELÁSTICA DOS COEFICIENTES ESTRUTURAIS EMPREGADOS EM PROJETOS DE PAVIMENTOS ASFÁLTICOS

Estudo de Tráfego. Introdução; Importância do Estudo de Tráfego; Estudo de Tráfego; Considerações do Método; Exemplo.

Notas de aulas de Pavimentação (parte 9)

Disciplina Vias de Comunicacao II. Pavimentos

Prefácio... VII. Capítulo 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL PROFESSORA: LISEANE PADILHA THIVES

Aula 03 Estabilização Granulométrica. Eng. Civil Augusto Romanini (FACET Sinop) Sinop - MT 2016/1

PAVIMENTOS ASFÁLTICOS. Monitoração e Modelagem de Desempenho. Prof. José Tadeu Balbo Laboratório de Mecânica de Pavimentos Universidade de São Paulo

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI. Engenharia Civil. Hugo Henrique Silva Ferreira

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO

Procedimentos de Execução e Análise de Pavimentos Experimentais Reforçados com Geossintéticos

Reforço dos Pavimentos

Resistência e Elasticidade de Materiais de Pavimentação

Definição de Pavimento e Funções

1 a Prova. (5) Enumere as possíveis causas para cada um dos seguintes defeitos que podem ocorrer em:

DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS PELOS MÉTODOS DO DNER E DA RESILIÊNCIA.

Recalques e movimentos na estrutura

Manutenção de Pavimentos: Conceituação e Terminologia

Aula 03 Estabilização Granulométrica. Eng. Civil Augusto Romanini (FACET Sinop) Sinop - MT 2017/1 V1.1

ESTRADAS E AEROPORTOS DRENAGEM SUPERFICIAL. Prof. Vinícius C. Patrizzi

Volvo Construction Equipment

DESEMPENHO MECÂNICO DE MISTURAS ASFÁLTICAS NANOMODIFICADAS

Estudo experimental do desempenho de. pavimentos flexíveis em concreto asfáltico: construção e instrumentação de seções-teste

GEO-51. Gerência de Pavimentos

2 AVALIAÇÃO ESTRUTURAL

APLICAÇÃO DO SOFTWARE MEDINA NA ANÁLISE E NO PROJETO DE REFORÇO DE PAVIMENTOS

Construção. e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes. IST - DECivil. Total de páginas: Sumário. da aula. Terminologia

Avaliação dos equipamentos a serem utilizados; Análise de riscos para execução das atividades; Análise da qualificação dos líderes operacionais;

RETROANÁLISE BASEADA EM ANÁLISES MECANÍSTICAS DE LEVANTAMENTOS DEFLECTOMÉTRICOS DA BR-163/PA BRASIL

COMPORTAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL RESTAURADO POR MÉTODOS DE PROJETO BRASILEIROS

Consideração do Tráfego em Projetos de Pavimentos

Valores Típicos para Módulos de Resiliência de Solos Lateríticos Argilosos da Zona da Mata de Minas Gerais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

tensões atuam e os respectivos deslocamentos nos pavimentos de cocnreto e flexíveis.

1. Importância do Assunto

IP- 05 INSTRUÇÃO PARA DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS PARA TRÁFEGO MEIO PESADO, PESADO, MUITO PESADO E FAIXA EXCLUSIVA DE ÔNIBUS

Dimensionamento de pavimentos

Solo-betume UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. SNP38D53 Técnicas de Melhoramento de Solos

Dimensionamento de Reforços

ESTUDOS GEOTÉCNICOS Restauração

SENSIBILIDADE DOS PAVIMENTOS FLEXÍVEIS A PARTIR DE ANÁLISES EMPÍRICO-MECANÍSTICAS

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil. Profa. Adriana Goulart dos Santos

ANÁLISE MECANICISTA DE ESTRUTURAS DE PAVIMENTOS

Materiais Preparados para Pavimentação

RESISTÊNCIA DE AERÓDROMOS PAVIMENTOS DOS IAC

CONTRIBUIÇÃO PARA A CRIAÇÃO DE UM MANUAL PARA DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS PARA MOÇAMBIQUE

3. ESTUDOS GEOTÉCNICOS PARA PAVIMENTAÇÃO

Nome da obra: Construção da Rodovia Iquitos - Nauta. Trecho IV Nauta - Ponte Itaya Km Km e Km Km

Carga do tráfego: Cálculo do número N (para pavimentos flexíveis)

AVALIAÇÃO UNIFICADA 2016/1 ENGENHARIA CIVIL/6º PERÍODO NÚCLEO I CADERNO DE QUESTÕES

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DE ESTIMATIVA DE VIDA ÚTIL DE UM PAVIMENTO FLEXÍVEL A PARTIR DE DIFERENTES MODELOS DE PREVISÃO DA VIDA DE FADIGA 1

Reciclagem dos Pavimentos

Pavimentação - acostamento

Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT. Estradas 2 Numero N

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil. Profa. Adriana Goulart dos Santos

ESTABILIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA

Notas de aulas de Pavimentação (parte 13)

AULA 3 - PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA COMPARAÇÃO ENTRE PAVIMENTOS

Universidade do Estado de Santa Catarina Programa de Pós-Graduação de Engenharia Civil. Profa. Adriana Goulart dos Santos

Pavimentação TC Profª Bárbara Silvéria

O que são agregados? Agregados 2

Desempenho de Pavimentos Rodoviários. Prof. M.Sc. em Eng. Civil Matheus Lemos Nogueira

ESTUDOS GEOTÉCNICOS Restauração

CONSIDERAÇÃO DO TRÁFEGO EM PROJETOS DE PAVIMENTOS

Projeto de extensão realizado no curso de Engenharia Civil da Unijuí. 2. Aluno do curso de Engenharia Civil, UNIJUÍ;

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA EM MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS À QUENTE: MÓDULO DE RESILIÊNCIA E TRAÇÃO POR COMPRESSÃO DIAMETRAL

Proposta brasileira para dimensionamento de pavimentos com base mecanística empírica. Leni Leite PETROBRAS / CENPES

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO MEMORIAL DESCRITIVO

ALTERNATIVA DE DIMENSIONAMENTO PARA O PAVIMENTO DA BR-448: ANÁLISE MECANÍSTICA COM APLICAÇÃO DE BGTC

GABRIELA DUARTE SIMÕES ESTUDO COMPARATIVO DA UTILIZAÇÃO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS E RÍGIDOS NAS QUADRAS 101, 102, 301 E 302 DE SAMAMBAIA/DF

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Departamento de Transportes

3Dimensionamento. de pavimentos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Análise de alternativas de dimensionamento de pavimento asfáltico para uma rodovia de alto volume de tráfego.

Transcrição:

9.3 MÉTODO DA AASHTO/93 PRINCÍPIOS: Método empírico baseado em critérios de desempenho obtido em pistas experimentais. 9.3.1 PISTA DA AASHO (Illinois/USA): - 6 loops / US$ 27 milhões - 1958 a 1960 - Manuais versões: 61 / 72 / 86 / 93 / 2000 / 2002 (Revisões) - Observação do desempenho com acréscimo do número de repetições para diversas seções-teste. - SERVENTIA (Δ PSI) Critério de falha 9.3.2 EQUAÇÕES DE DESEMPENHO Modelo matemático que expressa a associação dos dados experimentais extraídos da Pista da AASHO. Estrutura (SN) espessuras (D i ) materiais (a i, m i ) Carregamento (W 18 ) Subleito CBR = 3 (M R ) DIMENSIONAMENTO /1

EQUAÇÃO Pavimentos Flexíveis: ΔPSI log 4,2 1,5 log W Z S 9,36 log(sn 1) 20 18 = R 0 + + + 2,32 logmr 8,07 1094 0,40 + 5,19 (SN + 1) 9.3.3 VARIÁVEIS DE PROJETO (A) TRÁFEGO W 18 = nº previsto de repetições de caga por eixo simples de 18.000 lb (8,2 tf ou 80 kn) W 18 = V t x FV FV = Fatores de equivalência de carga (FEC) obtidos da Pista da AASHO = f (serventia) FEC = f (tipo de pavimento, SN, pt) (B) SUBLEITO / MATERIAIS DE PAVIMENTAÇÃO M R = Módulo Resiliente efetivo (psi) Avalia as propriedades elásticas dos solos (granulares / coesivos) e misturas asfálicas reconhecendo as características não lineares e carregamento repetitivo em estado pleno de tensões. - Valor ponderado dos módulos resilientes obtidos em cada estação (sazonalidade e umidade). U f 2,3 3020 M = - Dano relativo (ponderação) R EXEMPLO: Estação M R (psi) U f Primavera 10.000 0,064 Outono 14.000 0,029 Inverno 14.000 0,029 Verão 7.000 0,144 M R característico: U fm = 0,0665 log M R = 3,478 0,435 log U f para U f = 0,0665 M R = 9.774 10.000 psi (C) CONFIABILIDADE - Incorporação de um grau de incerteza no projeto pois os valores de entrada são médios. DIMENSIONAMENTO /2

- Assegurar com certa probabilidade que a serventia será a desejada durante a vida de projeto sob as condições ambientais e de tráfego que podem ser mais severas ou críticas durante a operação. - FR = fator de confiabilidade log FR = -Z r x 50 Z r : coeficiente de distribuição normal = f (probabilidade) Z R = f (classificação funcional, localização) Tabelado CLASSIFICAÇÂO Nível recomendado de confiança FUNCIONAL Urbanas Rurais Free ways 85 99,9 80 99,9 Artérias Principais 80 90 75 95 Coletoras 80 95 75 95 Locais 50 80 50 80 - S 0 : desvio padrão combinado de todas as variáveis de projeto. Pavimentos flexíveis S 0 = 0,35 Pavimentos rígidos S 0 = 0,45 (D) ESTRUTURA Materiais e espessuras SN = número estrutural, valor abstrato que expressa a resistência estrutural mínima SN = a 1 D 1 + a 2 D 2 m 2 + a 3 D 3 m 3 - a i = coeficientes estruturais das camadas - AASHTO/72: valores fixos AASHTO/72 COMPONENTE DO PAVIMENTO COEFICIENTE a 1 a 2 a 3 Revestimento - Misturado na pista (baixa estabilidade) 0,20 - Misturado em usina (alta estabilidade) 0,44* - Areia asfalto 0,40 Base - Cascalho arenoso 0,07 - Brita graduada 0,14* - Base tratada com cimento (não solo cimento) 0,15 a 0,23 - Base tratado com betume 0,25 a 0,30 - Base tratada com cal 0,15 a 0,30 Sub-base - Cascalho arenoso 0,11* - Areia ou argila arenosa 0,05 a 0,10 * Números obtidos das equações de desempenho do teste DIMENSIONAMENTO /3

- AASHTO: 86 / 93 (a) Concreto Asfáltico a 1 = f (M R ) - Bases granulares: a 2 = 0,249 log E B B 0,977 - Sub-bases granulares: a 3 = 0,227 log E SB 0,839 Correlação: M R (psi) = 1500 x CBR m i = coeficientes de drenagem dos materiais (0,4 a 1,4) m i = f (permeabilidade e tempo de exposição a saturação) - Tempo para que 50% da água não adsorvida seja drenada QUALIDADE DE DRENAGEM Excelente Boa Regular Pobre Muito pobre ÁGUA REMOVIDA DENTRO DE... 2 horas 1 dia 1 semana 1 mês não drena DIMENSIONAMENTO /4

- Valores de m i PERCENTAGEM DO TEMPO EM QUE A ESTRUTURA QUALIDADE DE DRENAGEM DO PAVIMENTO É EXPOSTA À SATURAÇÃO Menos do que 1% 1 5% 5 25% Mais do que 25% Excelente 1,4 1,35 1,35 1,30 1,30 1,20 1,20 Boa 1,35 1,25 1,25 1,15 1,15 1,00 1,00 Regular 1,25 1,15 1,15 1,05 1,00 0,80 0,80 Pobre 1,15 1,05 1,05 0,80 0,80 0,60 0,60 Muito pobre 1,05 0,95 0,95 0,75 0,75 0,40 0,40 - D i = espessuras (em polegadas) Espessuras mínimas recomendadas. TRÁFEGO EIXOS EQUIVALENTES CONCRETO ASFÁLTICOS BASE DO AGREGADO Menor do que 5 x 10 4 1 ou TS 4 5 x 10 4 a 1,5 x 10 5 2 4 1,5 x 10 5 a 5 x 10 5 2,5 4 5 x 10 5 a 2 x 10 6 3 6 2 x 10 6 a 7 x 10 6 3,5 6 Maior do que7 x 10 6 4 6 DIMENSIONAMENTO /5

MÉTODO AASHTO (Monograma) Gráfico de projeto da AASHTO usando valores de entrada médios (kpsi) DIMENSIONAMENTO /6