INFORMATIVO JURÍDICO Nº 24/2016

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Transcrição:

INFORMATIVO JURÍDICO Nº 24/2016 Conselho brasileiro de oftalmologia Assunto: Visitação SEJUR/CBO à Florianópolis e Lages/SC; Trata-se de informativo jurídico sobre visitação do SEJUR/CBO às cidades de Florianópolis e Lages, no estado de Santa Catarina, por solicitação da Sociedade Catarinense de Oftalmologia - SCO. No dia 16/04, às 9 horas, realizou-se reunião da Diretoria Executiva da SCO, presidida pelo Dr. Ayrton Ramos, em companhia do Dr. Nilo (assessor jurídico) e aproximadamente 12 médicos oftalmologistas do estado de Santa Catarina, representantes das microrregiões estaduais. Dada a palavra ao representante do SEJUR/CBO este explanou a inovação trazida pelo projeto CBO+Perto em disponibilizar a sua assessoria jurídica especializada a todas as Sociedades Estaduais, bem como os demais auxílios previstos no programa. Foi enfatizada a necessidade de se obter uma padronização quanto as demandas jurídicas existentes, principalmente no que tange a atuação de profissionais não médicos. Neste sentido, o Dr. Nilo explanou as ações realizadas pela SCO e o SEJUR/CBO. Seguiu no mesmo passo explanando aquelas realizadas pelo CBO e, principalmente, os modelos mais efetivos na defesa da oftalmologia. Todavia, a principal reivindicação dos oftalmologistas é que essas ações sejam mais efetivas (ex. prendam imediatamente o optometristas palavras de um médico presente). Contudo, novamente foi exposto todo o procedimento de preparação das representações e visitação das promotorias de justiça para conscientização das normas legais atinentes. Ademais, solicitaram uma aproximação maior do CBO junto aos médicos, no qual enfatizamos o CBO+Perto, Jornal Jota Zero, Site e Mídias sociais. Todavia, restou evidente que estes não buscam a informação e já o querem prontos palavras de médicos presentes. Solicitaram, também a presença do CBO em congressos locais e regionais com orientação jurídica e não somente com um cartaz ou uma propaganda.

Após essas discursões e explanação de atividades realizadas e efetivas reforçamos os caminhos de comunicação para realização de denúncia. Todavia, os médicos presentes solicitaram a elaboração de um formulário padrão, a todas as sociedades, para preenchimento e envio de documentação, no qual já estamos confeccionando, para que possa o médico realizar a denúncia de maneira mais robusta possível. Foi questionado e solicitado a elaboração de um documento em que o paciente atendido por um optometrista possa autorizar o seu depoimento ou utilização deste como prova, também já em estudo por este SEJUR/CBO. Os médicos presentes, solicitaram a criação de um aplicativo mobile para o oferecimento de denúncia. Momento pelo qual explanamos a existência de grupos no aplicativo whatsapp que tem contribuído na breve e efetiva resposta quanto ao recebimento de denúncias. Outrossim, o principal fruto das discussões e, sugerido pelo Dr. Ayrton, presidente da SCO, foi a necessidade de constituição de uma comissão para defesa da oftalmologia e formulação de estratégias em âmbito institucional (CBO) para o combate ao avanço da atuação de profissionais não médicos, composta pelo SEJUR/CBO e médicos oftalmologistas atuantes. Fazemos aqui nosso voto de conformidade e sugestão para esta D. Diretoria do CBO, para análise conforme conveniência. Ademais, em termos informativos a SCO solicitou ao SEJUR/CBO que seja encaminhada, para fins informativos, as representações feitas no estado de Santa Catarina pelo CBO. No qual fizemos o mesmo apelo para troca de informações e condensação das mesmas. Todavia, a SCO realizará através do seu jurídico representações de forma regionalizada, acumulando o máximo de provas possíveis. Porém, solicitará o apoio do SEJUR/CBO nas visitações às promotorias de justiça. Ato contínuo, no dia 18/04 diligenciamos até a cidade de Lages/SC em decorrência de solicitação do Dr. Luiz, oftalmologista, para reunião com o promotor Neori. Contextualizando, o Dr. Luiz havia encaminhado denúncia ao promotor sobre a atuação do optometrista Juan e aquele, em poucos minutos, ligou para o Dr. Luiz questionando- o, em tons graves, o envio da denúncia. Informou o promotor que há um Termo de Ajustamento de Conduta TAC que está sendo utilizado por todo o Ministério Público de Santa Catarina e que este TAC servirá de modelo nacional.

Em reunião, presentes o SEJUR/CBO, Dr. Luiz e Dr. Inácio, o promotor da 6ª promotoria de Justiça de Lages/SC teceu, em resumo, os seguintes pontos: o TAC foi feito por aquela promotoria e será utilizado em todo o território de Santa Catarina; que as representações que não tiverem em conformidade com este TAC estão sendo arquivadas; que é necessário a criação de uma Autarquia Federal para fiscalizar a optometria; a promotoria de justiça não tem competência para fiscalização; a vigilância sanitária não faz a fiscalização; os optometrista estão extremamente organizados e com projetos junto às prefeituras municipais e dialogando com o poder público federal; que os optometrista atuam onde os médicos especialistas em oftalmologia não estão, por questões diversas; as promotorias de justiça enxergam como briga de classe e pensando na população se há o atendimento é melhor com este do que sem ele (atendimento) ; o Ministério Público de Santa Catarina não tem uma orientação sobre ao assunto e por isso o TAC está sendo utilizado. Após a explanação do promotor, sempre primando pela estratégia de primeiro ouvir e depois demonstrar os fatos e argumentos, o SEJUR/CBO explanou, minuciosamente toda a fundamentação de atuação e limitação da atividade de profissionais não médicos. Evidenciamos a competência de fiscalização por parte do Ministério Público - MP por se tratar de temas atinentes a Saúde, Consumidor e Criminal, cujo MP tem o dever de preservar e fazer cumprir a Lei. Citamos os exemplos já obtidos pelo CBO em outros estados. Exaltamos que a Lei do Ato médico determina que a única profissão habilitada para realizar o diagnóstico nosológico é o médico e toda nossa fundamentação jurídica. Após o próprio promotor solicitou a intervenção de forma que haja uma orientação vinda do MP sobre o assunto, haja vista que com o TAC pronto e para não adentrar na matéria os promotores de Santa Catarina tem se valido deste para decidir sobre as representações. Ressaltamos que já foi iniciada negociações com o MPSC realizada pelo Dr. Alejandro quando da sua visita em Santa Catarina (Florianópolis). Diante todo o exposto, deixamos a título de orientação e sugestão, após a análise crítica e jurídica de todos os aspectos acima relatados e, principalmente, das entrelinhas observadas in loco, os seguintes aspectos: as demandas de cada estado possuem suas peculiaridades e devem ser enquadradas no modelo ora adotado pelo SEJUR/CBO para que o mesmo argumento jurídico seja utilizado em âmbito nacional e cuja resposta seja efetiva e positiva; é imprescindível que ocorra um diálogo entre o CBO e o Poder Público Federal a fim de garantir e incentivar, nos moldes do convênio já existente a atualização dos conceitos de ato visual devendo ser praticado apenas por médicos, pois não havendo, os profissionais

não médicos tendem a ser a alternativa utilizada pelos municípios, o que acabará refletindo em âmbito federal; a criação da comissão sugerida pelo Dr. Ayrton pode contribuir para a criação de estratégias, utilizando-se das experiências jurídicas e políticas existentes em cada estado. Este SEJUR/CBO está sempre à disposição para concretizar cada vez mais a defesa da oftalmologia brasileira, preservando-se os interesses do CBO. estima e consideração. Sem mais para o momento, renovamos nossos votos de Era o que nos cabia relatar. Brasília/DF, 6 de maio de 2016. José Alejandro Bullón Assessor Jurídico CBO Juliana de Albuquerque O. Bullón Assessora Jurídica CBO Carlosmagnum Costa Nunes Assessor Jurídico CBO Isabella Carvalho de Andrade Assessora Jurídica CBO