Habilitação no SISCOMEX



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Transcrição:

Habilitação no SISCOMEX Por JOSÉ ELIAS ASBEG Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil Belém - Pará Em regra, o despacho aduaneiro é processado no SISCOMEX. Para que seja efetuada uma importação ou exportação de mercadorias, por meio do SISCOMEX, o interessado deve providenciar junto à RFB sua habilitação para operação no sistema. A Instrução Normativa da RFB nº 1.288 de 31/08/2012 e o ADE - Ato Declaratório Executivo Coana nº 33 de 28/09/2012 estabelecem os procedimentos de habilitação de importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus para operação no SISCOMEX e de credenciamento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro. A pessoa física ou jurídica interessada está dispensada da habilitação para a realização das seguintes operações: 1. Importação, exportação ou internação não sujeitas a registro no Siscomex, ou quando o importador ou o exportador optar pela utilização de formulários de Declaração Simplificada de Importação ou Declaração Simplificada de Exportação; 2. Bagagem desacompanhada e outras importações, exportações ou internações, realizadas por pessoa física, em que a legislação faculte a transmissão da declaração simplificada por servidor da RFB;

3. Importação, exportação ou internação realizada por intermédio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou de empresa de transporte expresso internacional; 4. Retificação ou consulta de declaração, caso tenha operado anteriormente no comércio exterior; e 5. Também estão dispensadas do procedimento de habilitação de que trata a IN RFB 1.288/2012 o depositário, o agente marítimo, a empresa de transporte expresso internacional, a ECT, o transportador, o consolidador e o desconsolidador de carga, bem como outros intervenientes não citados anteriormente, quando realizarem, no Siscomex, operações relativas à sua atividade-fim. Os intervenientes referidos acima no item 5 estarão sujeitos à habilitação e às demais regras previstas na IN RFB 1.288/2012, quando realizarem operações de importação, exportação ou internação da ZFM, destinadas às suas próprias atividades. Modalidades de habilitação Pessoa Física: No caso de habilitação do próprio interessado, inclusive quando qualificado como produtor rural, artesão, artista ou assemelhado. ATENÇÃO: A pessoa física habilitada somente poderá exportar mercadorias em quantidades que não revelem prática de comércio e desde que não se configure habitualidade.

Excetuam-se das restrições previstas acima os casos a seguir: I - operações de comércio exterior para a realização de suas atividades profissionais, inclusive na condição de produtor rural, artesão, artista ou assemelhado; II - importações para seu uso e consumo próprio; e III - importações para suas coleções pessoais. e Pessoa Jurídica - Esta modalidade possui as seguintes submodalidades: a) Expressa, no caso de: 1. Pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão, bem como suas subsidiárias integrais; 2. Pessoa jurídica autorizada a utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul), nos termos da Instrução Normativa SRF nº 476, de 13 de dezembro 2004; 3. Empresa pública ou sociedade de economia mista; 4. Órgãos da administração pública direta, autarquia e fundação pública, órgão público autônomo, organismo internacional e outras instituições extraterritoriais; 5. Pessoa jurídica habilitada para fruir dos benefícios fiscais previstos na Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010; e 6. Pessoa jurídica que pretende atuar exclusivamente em operações de exportação;

b) Ilimitada, no caso de pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade financeira a que se refere o art. 4º e seus parágrafos da Instrução Normativa da RFB nº 1.288 de 31/08/2012 seja superior a US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América); ou c) Limitada, no caso de pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade financeira a que se refere o art. 4º e seus parágrafos da Instrução Normativa da RFB nº 1.288 de 31/08/2012 seja igual ou inferior a US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América); Para fins de deferimento da solicitação de habilitação na modalidade pessoa jurídica, submodalidades: limitada e ilimitada, a pessoa jurídica requerente será submetida à análise fiscal que consiste, também, em estimar a capacidade financeira da pessoa jurídica para operações de comércio exterior com cobertura cambial, em cada período consecutivo de 6 (seis) meses, que será apurada mediante a sistemática de cálculo definida no ADE - Ato Declaratório Executivo Coana nº 33 de 28/09/2012. A estimativa da capacidade financeira da pessoa jurídica determinará o enquadramento da sua habilitação em uma das submodalidades previstas para a modalidade pessoa jurídica e será estimada com base na soma dos recolhimentos efetuados pela requerente nos últimos 5 (cinco) anos-calendário anteriores ao protocolo do requerimento, obtidos nas bases de dados da RFB, dos seguintes tributos e contribuições:

I IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, excetuados os recolhimentos vinculados às operações de comércio exterior, a parcelamentos ordinários ou especiais e a tributos exigidos em lançamentos de ofício; ou II Contribuição Previdenciária relativa aos funcionários empregados pela requerente. ATENÇÃO: A estimativa será dada com base no maior valor apurado entre os citados acima. Para as empresas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, serão considerados apenas os valores obtidos no disposto do item II acima. OBS: Os débitos tributários não recolhidos não serão considerados. Além dos limites estabelecidos para pessoa jurídica habilitada na submodalidade Limitada, esta poderá realizar também, independentemente de valor, as seguintes operações: I - internações da ZFM; II - importações por conta e ordem de terceiros, na condição de importador e não de adquirente, nos termos da Instrução Normativa SRF nº 225, de 18 de outubro de 2002; III - importações sem cobertura cambial; e IV exportações, com ou sem cobertura cambial.

ATENÇÃO: A habilitação de pessoa jurídica importadora para operação por conta e ordem de terceiros, de que trata a Instrução Normativa SRF nº 225, de 18 de outubro de 2002, está condicionada à prévia habilitação da pessoa física responsável pela pessoa jurídica adquirente das mercadorias, nos termos de que trata a IN RFB 1.288/2012, assim como à operação realizada por importador por encomenda, de que trata a Instrução Normativa SRF nº 634, de 24 de março de 2006, relativamente ao encomendante. A estimativa da capacidade financeira da pessoa jurídica, apurada por ocasião da habilitação, poderá ser revista a qualquer tempo pela RFB: I - De ofício, com base nas informações disponíveis em suas bases de dados; ou II - A pedido, mediante a prestação de informações adicionais pelo interessado. CUIDADO : A revisão poderá implicar em ampliação ou manutenção do limite de operação, a depender do valor da nova estimativa de capacidade financeira apurada. A pessoa jurídica que pretenda alterar seu(s) responsável(is) perante o SISCOMEX deverá protocolar novo requerimento de habilitação, nos termos do art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.288, de 2012. A pessoa jurídica poderá relacionar como responsável perante o Siscomex todas as pessoas físicas que atendam aos critérios de qualificação constantes da tabela do Anexo XI à Instrução Normativa RFB nº 1183, de 19 de agosto 2011.

ATENÇÃO: A habilitação de pessoa física responsável por consórcio de empresas, de que trata o art. 278 da Lei nº 6.404/76, está condicionada à habilitação da pessoa física responsável pela pessoa jurídica líder, conforme o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.199/2011. CUIDADO : Anteriormente à entrada em vigor da atual Instrução Normativa que rege os procedimentos de habilitação, quando o Auditor Fiscal constatava a falta de algum documento ou alguma divergência, o mesmo intimava a pessoa jurídica requerente a regularizar pendências ou apresentar documentos ou esclarecimentos quando, no curso da análise fiscal fossem constatadas lacunas ou inconsistências nas informações disponíveis nas bases de dados dos sistemas da RFB. Com a entrada em vigor da Instrução Normativa nº 1.288/2012, a empresa requerente da habilitação deve ter todo cuidado no que diz respeito a lacunas ou inconsistências nas informações, pois, a citada Instrução Normativa, mais precisamente em seu artigo 7º, determina que seja INDEFERIDO, independentemente de intimação, o requerimento de habilitação em determinados casos que citaremos abaixo e ainda, que o motivo do indeferimento seja registrado no RADAR. Será indeferido, independentemente de intimação do requerente, o requerimento de habilitação: I - apresentado em desacordo com o disposto no art. 3º; II - instruído com declaração ou documento falso;

III - apresentado por pessoa jurídica contra a qual seja comprovada a ocorrência das hipóteses a seguir: a) a pessoa jurídica estiver com a inscrição no CNPJ enquadrada em situação cadastral diferente de "ativa"; b) a pessoa jurídica detiver participação societária em pessoa jurídica cuja inscrição no CNPJ esteja enquadrada como inapta; c) a pessoa jurídica tiver deixado de apresentar à RFB a Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ); a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF); e o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon); IV - a pessoa jurídica estiver com seus dados cadastrais no CNPJ desatualizados, relativamente às informações constantes do requerimento de habilitação; V - a pessoa jurídica estiver com a inscrição do estabelecimento matriz, no Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços (Sintegra), se obrigatória, enquadrada em situação diferente de "habilitada" ou equivalente; VI - a pessoa jurídica possuir sócio numa das seguintes situações: a) pessoa física, com a inscrição no CPF enquadrada em situação cadastral cancelada ou nula; b) pessoa jurídica com inscrição no CNPJ inexistente ou com situação cadastral nula, baixada ou inapta; e c) estrangeiro sem inscrição no CNPJ ou no CPF, em desobediência ao previsto no inciso XV do caput art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.183, de 2011, e na alínea "e" do inciso XII do art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.042, de 10 de junho de 2010, respectivamente;

VII - a pessoa jurídica indicar como responsável no Siscomex ou como encarregada por conduzir as transações internacionais, pessoa com a inscrição no CPF enquadrada em situação cadastral diferente de "regular"; ou VIII - houver indícios de inexistência de fato, caracterizada quando a pessoa jurídica: a) não dispuser de patrimônio ou capacidade operacional necessários à realização de seu objeto, inclusive se não comprovar a origem, disponibilidade e transferência dos recursos do capital social integralizado; b) não estiver localizada no endereço constante do CNPJ, bem como quando não forem localizados os integrantes do seu Quadro de Sócios e Administradores (QSA), seu representante no CNPJ e seu preposto; ou c) se encontrar com as atividades paralisadas, salvo se enquadrada nas hipóteses dos incisos I, II e VI do caput do art. 36 da Instrução Normativa RFB nº 1.183, de 2011. OBS: Uma das novidades introduzidas pela nova sistemática de habilitação regida pela IN RFB nº 1.288, de 31/08/2012 é a obrigatoriedade de prévia adesão, por parte do requerente, ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) quando se tratar das submodalidades ilimitada e limitada. A opção pelo Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) está prevista no Art. 113 da Lei nº 11.196, de 2005. A adesão ao DTE permite que a Caixa Postal no e-cac também seja considerada Domicílio Tributário perante a Administração Tributária Federal e a certificação digital e seu consentimento são os únicos pré-requisitos para a sua adoção. A opção deve ser manifestada no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br). Para adotar o DTE, o contribuinte

precisa ter a certificação digital e fazer a opção no Portal e-cac, na seqüência: Portal e-cac => Serviços Disponíveis => Caixa Postal => Termo de Opção por Domicílio Tributário Eletrônico, tela que informa as normas e condições de utilização e manutenção do endereço eletrônico. Podemos dizer que temos ainda outra modalidade de habilitação, que é o RTU. O Regime de Tributação Unificada - RTU foi instituído pela Lei nº 11.898, de 8 de janeiro de 2009 e regulamentado pelo Decreto nº 6.956, de 9 de setembro de 2009, permitindo a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado de impostos e contribuições federais incidentes na importação, pagos no momento do registro da declaração de importação, à alíquota de 25%, fora o ICMS, objetivando assim, racionalizar este comércio na fronteira Foz do Iguaçu/Ciudad Del Este, simplificando a tributação e o controle aduaneiro e incentivando o fluxo lícito de mercadorias na região fronteiriça. O RTU é um regime que permite a importação, por MICROEMPRESA importadora varejista HABILITADA, de determinadas mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado dos impostos e contribuições federais devidos na importação, com despacho aduaneiro simplificado. A adesão ao Regime é opcional, sem custo algum para as empresas e será efetuada com base na Instrução Normativa RFB nº 1.098, de 14 de dezembro de 2010. Contudo, somente pode HABILITAR-SE a realizar importações ao amparo do RTU a MICROEMPRESA optante pelo SIMPLES NACIONAL, de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006. As importações deverão respeitar o limite máximo anual de valor (R$ 110.000,00) e os limites trimestrais de valor (R$ 18.000,00 para o 1º e o 2º

trimestres, e de R$ 37.000,00 para o 3º e o 4º trimestres), podendo ainda ser estabelecidos limites quantitativos para o regime. JOSÉ ELIAS ASBEG AFRFB (Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil), especialista na área aduaneira pela Escola de Administração Fazendária (ESAF). Atualmente, lotado na Alfândega do Porto de Belém, onde, desempenha atividades no Setor de Fiscalização Aduaneira, na habilitação de importadores e exportadores para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e credenciamento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.