Comunicado 498 Técnico

Documentos relacionados
Desenvolvimento e implantação de diagnóstico de patógenos causadores de falhas... Introdução

Comunicado Técnico. Médico Veterinário, M.Sc. em Patologia Animal, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC,

Comunicado 508 Técnico

Comunicado 302. Técnico. Execução e interpretação da prova tuberculínica pareada em suínos, com tuberculina aviária e bovina

PRINCIPAIS AFECÇÕES REPRODUTIVAS EM FÊMEAS SUÍNAS

FORMA CORRETA DE COLHEITA E ENVIO DE

Comunicado 538 Técnico

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo.

Documentos. ISSN Setembro, Energcalc - Manual do Usuário

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA-SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL-CGAL

Conforcalc. Manual do usuário

Comunicado 495 Técnico

IDENTIFICAÇÃO DO CIRCOVÍRUS SUÍNO TIPO 2 E DO PARVOVÍRUS SUÍNO EM FETOS SUÍNOS NATIMORTOS E MUMIFICADOS PROVENIENTES DE GRANJAS NO BRASIL

Metodologia aplicada na avaliação de fetos suínos abortados e natimortos 1

Comunicado Técnico. Ventilação Cruzada e em Zig-Zag em Aviário de Matrizes de Corte. Introdução. Metodologia

SITUAÇÃO ATUAL DA CIRCOVIROSE NO BRASIL

COMO INTERPRETAR EXAMES E MONITORIAS DE DOENÇAS DE SUÍNOS

Vírus da Diarréia Epidêmica Suína (PEDV) Albert Rovira, Nubia Macedo

Comunicado 536 Técnico

Comunicado 494 Técnico

Diagnóstico Laboratorial da Febre Amarela

05/03/2017. Zoonose. Cocobacilos gram (-) Colônias Lisas B. suis (A e M) B. abortus (A) B. melitensis (M)

Manifestações clínicas associadas ao complexo circovirose suína no estado de Goiás Brasil

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Saúde e Tecnologia Rural Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária

Vírus da Peste suína Clássica - VPSC. Diagnóstico Laboratorial

Desafios e Oportunidades

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus

PROGRAMA DE DISCIPLINA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA HIDRÁULICO E DA QUALIDADE DA ÁGUA EM GRANJAS DE SUÍNOS DA REGIÃO SUL DO BRASIL NAS FASES CRECHE, CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

Boletim Técnico. Setembro 2016

Diagnóstico de doenças de suínos: Ferramentas e Interpretações

Z O O N O S E S E A D M I N I S T R A Ç Ã O S A N I T Á R I A E M S A Ú D E P Ú B L I C A LEPTOSPIROSE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Exames laboratoriais específicos

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Documentos. ISSN Maio, Granucalc - manual do usuário

Anemia Infecciosa das Galinhas

Comunicado Técnico. Foto: Paulo Kurtz

Canais de Informações e Temas de Interesse dos Suinocultores, Avicultores e Técnicos, na Região Sul do Brasil

ISSN Versão Eletrônica Outubro, Documentos. Planilha para o Cálculo do Custo do Produtor de Frango de Corte

Comunicado Técnico. Economista, D.Sc em Agronegócio, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC,

Vigilância sindrômica 2: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2018

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

Avaliação da Ocorrência de Anticorpos Anti-Brucella abortus em Caprinos da Região Semiárida do Estado de Pernambuco

Monitoria Sorológica em Matrizes de Corte e Postura Comercial

Profa. Dra. Fernanda de Rezende Pinto

Comunicado 536 Técnico

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha

Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain

DOENÇA DE NEWCASTLE. Figura 1: Distribuição da doença de Newcastle. Julho a Dezembro de Fonte: OIE.

Orientações para Notificação / Investigação de casos suspeitos de Sarampo (CID 10: B05)

Pesquisa Institucional desenvolvida no Departamento de Estudos Agrários, pertencente ao Grupo de Pesquisa em Saúde Animal, da UNIJUÍ 2

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS CAV MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL ELENA SOUZA DE LIMA

ASPECTOS DA NUTRIÇÃO RELACIONADOS COM A CRIAÇÃO DE SUÍNOS EM FASE DE CRECHE, CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO EM GRANJAS DO SUL DO BRASIL

PERDAS ECONÔMICAS DECORRENTES DE DIFERENTES GRAUS DE SEVERIDADE DE RINITE ATRÓFICA EM SUÍNOS

INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 51 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 44/2016 (30/10/2016 A 05/11/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL

Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2018

RESSALVA. Atendendo solicitação do autor, o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 04/04/2016.

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA DIARREIA VIRAL BOVINA EM REBANHOS DA AGRICULTURA FAMILIAR, NA MICRORREGIÃO DO BREJO PERNAMBUCANO

OBRIGADO THANK YOU MAIO 2017

Comunicado 542 Técnico

DIAGNÓSTICOS REPRODUTIVOS A CAMPO. Andressa da Silva Curtinaz Dante Ferrari Frigotto

Sistemas de Vigilância e Informação BRASIL. Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa. Departamento de Saúde Animal

Programa Analítico de Disciplina VET344 Doenças Virais

Eficiência da PCR convencional na detecção de Leishmania spp em sangue, pele e tecidos linfoides

BIOSEGURIDADE em rebanhos suinícolas. Mínimo de Doenças ou Alto Estatus de Saúde. Alto Estatus de Saúde. Alto Estatus de Saúde BIOSSEGURIDADE

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 56 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 50/2016 (11/12/2016 A 17/12/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL

RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS. Estado: MG

Avaliação histopatológica de órgãos reprodutivos e bexiga de fêmeas suínas descartadas

ANÁLISE GENÉTICA MOLECULAR DE SALMONELAS DE SURTOS DE TIFO AVIÁRIO E PULOROSE NO BRASIL. Professores-pesquisadores ULBRA

Circular. Avaliação da persistência de anticorpos vacinais em bezerras bubalinas vacinadas com a cepa B19 de Brucella abortus.

Um Sistema de Registro Simples para um Manejo Reprodutivo mais Eficiente do Rebanho Leiteiro

Cândida Jerónimo 1 & Ana Pereira 1

Prevalência de sorologias positivas para BVD, Neospora e IBR em rebanhos bovinos leiteiros do Sul de Minas Gerais

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 19, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2002 GRSC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

Nova Estratégia de Combate à Brucelose Bovina em Mato Grosso

Profa. Carolina G. P. Beyrodt

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. ZIKA VIRUS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Tipos de estudos epidemiológicos

MIF IgM para clamídia

A importância do diagnostico laboratorial na medicina veterinária

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical

Revisão do PNCEBT O que muda? Diego Leonardo Rodrigues Fiscal Federal Agropecuário Serviço de Saúde Animal SFA/PR

Emergência do Zika vírus no Brasil: Consequências, Enfrentamento e Processo de Produção de Conhecimento

Data: Novembro/2005 CIRCOVIROSE SUÍNA. Resumo:

Diagnóstico Molecular aplicado a doenças animais

DOENÇAS ABORTIVAS EM VACAS: FERRAMENTAS DIAGNÓSTICAS

SUINOCULTURA DINÂMICA Ano I N o 5 Outubro/1992 Periódico técnico-informativo elaborado pela EMBRAPA CNPSA

Levantamento do teor de aminas biogênicas em farinhas de origem animal provenientes de diferentes estabelecimentos COMUNICADO TÉCNICO

Diagnóstico Virológico

SÍFILIS MATERIAL DE APOIO.

Nelson Morés. Anildo Cunha Junior

CIRCOVÍRUS SUÍNO TIPO 2 E PARVOVÍRUS SUÍNO: ESTUDO DO ENVOLVIMENTO EM ALTERAÇÕES REPRODUTIVAS EM MARRÃS E PORCAS DE PRIMEIRO A TERCEIRO PARTO.

CONTROLE SANITÁRIO PARA EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO: REBANHOS COMERCIAIS E DE SELEÇÃO. Dra. DANILA FERNANDA R. FRIAS

Transcrição:

Comunicado 498 Técnico ISSN 0100-8862 Versão Eletrônica Dezembro, 2011 Concórdia, SC Foto: Nelson Morés/Embrapa Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos Nelson Morés 1 Camila Sá Rocha 2 Giseli Aparecida Ritterbusch 3 Elena Souza de Lima 4 Luiz Carlos Bordin Armando Lopes do Amaral 6 Arlei Coldebella 7 Janice Reis Ciacci Zanella 8 Introdução As falhas reprodutivas na fêmea suína estão entre as principais razões de descarte de matrizes e quedas nos índices produtivos. Estas falhas podem ser divididas em duas categorias. A primeira é representada por agentes que causam infecção sistêmica ou primária no trato reprodutivo, responsável por 30-40% dos problemas reprodutivos. A segunda categoria inclui as causas não infecciosas, responsável pelos outros 60-70% dos problemas. A falta do conhecimento dos diferentes agentes infecciosos envolvidos nas falhas reprodutivas gera dificuldades na hora de se fazer um diagnóstico diferencial e na escolha do material correto a ser enviado ao laboratório para o diagnóstico definitivo. Portanto, o objetivo desse trabalho de pesquisa foi identificar os principais patógenos envolvidos em falhas reprodutivas que cursam com natimortos, mumificados, inviáveis e/ou abortados, aprimorar/padronizar técnicas de diagnóstico e definir quais são os tecidos/ órgãos de eleição para realização de exames laboratoriais, no caso de suspeita de problema reprodutivo infeccioso em uma granja. 1 Médico Veterinário, M. Sc. em Patologia, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC, mores@cnpsa.embrapa.br 2 Médica Veterinária, M. Sc. em Ciência Animal, bolsista CNPq, Concórdia, SC, camilasarocha@yahoo.com.br 3 Médica Veterinária, M. Sc. em Ciência Animal, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Veterinária da UFPel, Pelotas, RS, giseliritter@yahoo.com.br 4 Médica Veterinária, M. Sc. em Ciência Animal, BRF - Brasil Foods S.A., Faxinal dos Guedes, SC, elena.lima@brasilfoods.com Médico Veterinário, B. Sc. em Sanidade Animal, analista da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC, bordin@cnpsa.embrapa.br 6 Biólogo, M.Sc. em Ciências Veterinárias, analista da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC, amaral@cnpsa.embrapa.br 7 Médico Veterinário, D. Sc. em Ciência Animal e Pastagens, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC, arlei@cnpsa.embrapa.br 8 Médica Veterinária, Ph. D. em Virologia Molecular, pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC,

2 Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos Pesquisa desenvolvida Durante 2009 e 2010 foram realizadas várias avaliações em fetos abortados, natimortos, mumificados e inviáveis e em suas respectivas mães, envolvendo 232 fetos de 120 porcas e 27 rebanhos localizados na região sul do Brasil. A seleção desses rebanhos se baseou na presença de problemas reprodutivos (taxas de natimortos ou mumificados elevadas ou presença de abortos). Em cada rebanho foram selecionadas 3 porcas que tinham abortado ou parido pelo menos dois natimortos, mumificados ou leitões inviáveis. De cada uma dessas porcas, dois fetos foram necropsiados e colhido materiais em formol 10% tamponado para exames histopatológico e imunoistoquímica (IHQ) para circovírus suíno tipo 2 (PCV2) e parvovirus suíno (PVS) e em sacos plásticos individualizados sob refrigeração para pesquisa de PCV2 e PVS por nested-pcr, dos seguintes órgãos: coração, pulmão, encéfalo, fígado, baço, linfonodos mesentéricos e cólon. Também, sempre que possível foi colhido líquido da cavidade torácica/ pulmão dos fetos para sorologia, por aspiração ou por congelamento-descongelamento do pulmão. Soro sanguíneo das porcas, mães dos fetos amostrados, foi colhido entre 1-10 dias após o parto. Esse soro e o líquido torácico/pulmonar obtido dos fetos foram utilizados para realização de sorologia para o Vírus da Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRSV), Vírus da doença de Aujeszky (VDA), Vírus da Peste Suína Clássica (PSC), PVS, PCV2 Brucella suis, Leptospira interrogans, Chlamydia sp., Erysipelothrix rhusiopathiae e Toxoplasma gondii. um dos órgãos avaliados, sugerindo a participação de um agente infeccioso como causa do problema. A lesão inflamatória observada com maior frequência foi à miocardite, associada à infecção por PCV2, conforme comprovado na IHQ (Figura 1). Muitos dos fetos (37,93%) não apresentavam alterações histológicas nos órgãos avaliados ou tinham apenas alterações degenerativas no fígado (37,93%). Tais alterações no fígado refletem um processo normal de autólise do órgão, devido ao tempo de morte dos leitões. Tabela 1. Resultados das avaliações histológicas dos fetos (total: 232 fetos) Tipo de alteração N % % acumulada Alterações inflamatórias 40 17,24 17,24 Hepatose 88 37,93,17 Sem alterações 88 37,93 93,10 Não realizado ou em autólise 16 6,90 100,00 A Para análise estatística dos dados foram utilizados os testes de Qui-quadrado ou exato de Fisher, conforme o caso. Resultados obtidos Exames dos fetos histológico, IHQ e nested-pcr Dos 232 fetos avaliados, 149 (63,2%) eram natimortos, 69 (29,2%) mumificados, 10 (4,2%) abortados e 8 (3,4%) inviáveis. Na Tabela 1 são apresentados os resultados dos exames histológicos desses fetos. Apenas 17,24% deles apresentaram alterações histológicas de natureza inflamatória, em pelo menos B Figura 1. A - Coração de feto mumificado com miocardite; B - Reação de IHQ positiva para PCV2 do coração de feto mumificado

Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos 3 Dos 232 fetos colhidos, três foram perdidos e 229 foram submetidos ao exame de nested-pcr para PCV2 e PVS. O PCV2 foi o mais frequente, com 34(14,8%) de fetos positivos, sendo 21/34 (61,8%) natimortos, 08/66 (23,%) mumificados, 04/10 (11,8%) abortados e 01/7 (2,9%) inviáveis. Dos primeiros 169 fetos amostrados, os exames moleculares para PCV2 (Figura 2) e PVS foram realizados de forma isolada de cada órgão/tecido. O coração, os tecidos linfóides (baço e linfonodos) e o tecido nervoso foram os tecidos com número maior de positividade (Figura 3). 1 2 3 4 6 7 8 9 10 11 12 13 Na Figura 4 estão os resultados do exame de IHQ para o PCV2 nos órgãos/tecidos que foram positivos no teste de nested-pcr dos 169 fetos avaliados. Verifica-se que em todos os órgãos/ tecidos examinados, o exame de IHQ foi positivo para esse vírus sempre em menor número do que o nested-pcr, provavelmente devido a diferenças na sensibilidade dos testes. A maior semelhança entre os exames realizados ocorreu no coração e rim. 14 12 10 8 6 4 2 0 12 9 Coração 11 3 Tecidos Linfóides 8 7 7 4 4 4 4 Pulmão Fígado Cérebro Rim Órgãos positivos por nested-pcr Órgãos positivos por IHQ 22 pb Figura 2. Eletroforese em gel de agarose 1%. Detecção de PCV2 (1) Timo feto 70; (2) Linfonodo inguinal feto 84; (3) Linfonodo mesentérico feto 84; (4) Linfonodo submandibular feto 84; () Baço feto 86; (6) Cerebelo feto 86; (7) Cérebro feto 86; (8) Medula feto 86; (9) Rim feto 86; (10) Controle negativo 1 (água ultrapura); (11) Controle negativo 2 (água ultrapura); (12) Controle positivo (Fernandes et al., 2003b); (13) Marcador 100 pb (Cenbiot ). Figura 4. Frequência de resultados positivos no teste IHQ nos órgãos dos fetos positivos para PCV2 por nested-pcr Com relação ao PVS1, apenas seis fetos dos 229 examinados (2,6%) apresentaram resultado positivo na nested-pcr (três fetos natimortos, um abortado e dois inviáveis Figura ). Na sequência, foram feitas várias tentativas de padronização da técnica de IHQ para o PCV, utilizando tecido pulmonar de feto conhecidamente positivo, sem, no entanto, obter resultado satisfatório. 30 2 20 29 1 2 3 4 1 10 12 11 10 8 7 0 Total positivos PCV2 Coração Tecidos Linfóides Tecido Nervoso Pulmão Fígado Rim Figura 3. Frequência de positividade para PCV2 por nested- PCR nos diferentes órgãos dos fetos analisados (total 169 fetos avaliados). 22 pb Figura. Eletroforese em gel de agarose 1%. Nested-PCR de DNA plasmideal de clones de amostras positivas de tecidos fetais para PVS1 (1, 2 e 3); (4) Marcador 100pb (Amersham )

4 Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos Exames sorológicos das porcas e do líquido torácico/pulmonar dos fetos Foram analisadas 120 amostras de soro de porcas e 201 amostras de líquido torácico/pulmonar dos fetos. Nos demais fetos (especialmente os mumificados pequenos) esse exsudato não foi obtido. Vale lembrar que entre os fetos amostrados há animais de diferentes tamanhos e fases de gestação, sugerindo uma relação entre a fase de desenvolvimento dos fetos com a produção e detecção de anticorpos, devido à imunocompetência adquirida a partir de determinada fase da gestação. Os resultados globais dos exames sorológicos das porcas e dos fetos estão na Tabela 2. Nenhuma das 120 porcas avaliadas apresentou anticorpos contra os vírus da PRRS, DA e PSC e contra a Brucella suis e o Toxoplasma gonndi, indicando ausência dessas infecções nas porcas estudadas. Apenas 3 (2,3%) e 16 (13,3%) das porcas apresentaram sorologia considerada positiva para leptospirose e erisipela, respectivamente. Tabela 2. Resultados dos exames sorológicos das porcas e do líquido torácico dos fetos para vários agentes. Doença Teste Fetos Porcas Neg. Pos. Neg. Pos. PRRS Elisa NR NR 118 2* (1,66%) VDA Elisa NR NR 120 0 PSC Elisa NR NR 120 0 Brucelose AAT 201 0 120 0 Leptospirose MAL 201 0 117 3 (100-400)** Erisipela Elisa NR NR 104 16 (13,33%) Toxoplasmose Elisa 192 9 (>1:32)** 120 0 *Os fetos destas duas porcas foram testados por PCR e apresentaram resultado negativo. Uma destas foi recoletada, retestada apresentando sorologia negativa e outra foi descartada antes do reteste. Embora tenha sido elevada a frequência de títulos de anticorpos considerados não vacinais para o PCV2 e PVS nas porcas, não está clara a relação entre esses títulos com a ocorrência de fetos natimortos, múmias, abortados ou inviáveis. Todas as fêmeas testadas para PCV2 apresentaram reação positiva (Tabela 3), sendo 26,67% reagentes(+), 70% reagentes(++) e 3,33% reagentes(+++). Dos fetos dessas fêmeas 193 apresentaram reação negativa e apenas 3,98% apresentaram-se reagentes(+). Tabela 3. Resultados dos testes sorológicos (IPMA) para circovirose em fêmeas e fetos suínos Animal testado Resultados Não Reagente Reagente + Reagente ++ Reagente +++ Porcas 0 (0%) 32 (26,67%) 84 (70%) 4(3,33%) Fetos 193 (96,02%) 8 (3,98%) 0 (0%) 0 (0%) Na análise de correlação pelo teste Qui-quadrado entre títulos para PCV2 dos fetos e o tamanho dos mesmos (comprimento > ou <= a 20 cm), observou-se não existir dependência entre essas duas variáveis (P = 0,92). Na sorologia para leptospirose, da totalidade das fêmeas testadas, apenas 3 (2,%) apresentaram títulos considerados positivos (uma com título 1:100 para o sorovar L. grippotyphosa e duas com título reagente 1:400 para o mesmo sorovar. Nenhum dos fetos apresentou aglutinação do liquido torácico neste teste (Tabela 2).

Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos Análises entre os resultados dos exames realizados nas porcas e nos fetos Para PCV2, não houve relação (P>0,0) entre os exames de nested-pcr de órgãos dos fetos com o exame de ICQ do líquido torácico dos fetos (Tabela 4). Todavia, houve relação (P<0,0) entre nested- -PCR dos fetos com o soro das porcas (Tabela ), sugerindo que a presença de anticorpos nas porcas protege os fetos contra infecção pelo PCV2. Tabelas 4. Resultados dos exames de nested- PCR e de ICQ para PCV2 dos órgãos e do líquido torácico dos fetos, respectivamente ICQ para PCV2 do líquido torácico dos fetos P = 0,201 pelo teste exato de Fisher. Nested-PCR para PCV2 dos órgãos dos fetos Negativo Positivo Total Negativo 167 23 190 Positivo 6 2 8 Total 173 2 198 Tabelas. Resultados dos exames de PCR para PCV2 de órgãos dos fetos e de ICQ para PCV2 do soro das porcas ICQ para PCV2 do soro das porcas P = 0,024 pelo teste exato de Fisher. Nested-PCR para PCV2 dos órgãos dos fetos Negativo Positivo Total + 48 12 60 ++ 138 23 161 +++ 8 0 8 Total 194 3 229 Na Tabela 6 são apresentados os resultados sorológicos para o PVS, categorizados em negativo, suspeito e positivo, conforme os títulos sanguíneos. A maioria das porcas (94,17%) resultaram positivas na sorologia por inibição da hemaglutinação (HI) para PVS, 4,17% foram classificadas como suspeitas e 1,67% tiveram resultados negativos. Dos fetos avaliados, 87,6% foram negativos na sorologia, 9,4% suspeitos e 2,99% positivos. Esses resultados são difíceis de interpretar, principalmente, porque todos os rebanhos envolvidos no estudo utilizavam vacina contra a parvovirose suína nas porcas. Na Tabela 7 estão os resultados dos exames de nested-pcr de órgãos de fetos para PVS1 e de HI do soro das porcas para PVS, indicando inexistência de relação entre esses dois exames (P>0,0). Todavia, para esse vírus foi possível verificar relação (P<0,0) entre o exame de nested-pcr de tecidos dos fetos com o exame sorológico por HI do líquido torácico dos fetos (Tabela 8). Isso sugere que a detecção de anticorpos para o PVS no liquido torácico ou no soro de leitões que não ingeriram colostro, é um bom indicativo da infecção por PVS. Tabela 6. Resultados dos testes sorológicos (HI) para parvovirose em fêmeas e fetos suínos Animal testado Resultados Negativo Suspeito Positivo Porcas* 2 (1,67%) (4,17%) 113 (94,17%) Fetos** 176 (87,6%) 19 (9,4%) 6 (2,99%) * Título Porcas: Neg. 0-26; Susp- 12; Pos >=1024 ** Título Fetos: Neg. 0-32; Susp- 64; Pos >=128 Tabelas 7. Resultados dos exames de PCR para PVS1 de órgãos dos fetos e de HI para PVS do soro das porcas PCR para PVS1 dos órgãos dos fetos Negativo Positivo Total + 0 HI para PVS1 do soro das porcas ++ 213 4 217 +++ 7 0 7 Total 22 4 229 P = 0,80 pelo teste exato de Fisher.

6 Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos Tabelas 8. Resultados dos exames de PCR para PVS1 de órgãos dos fetos e de HI para PVS do líquido torácico dos fetos Nested-PCR para PVS1 dos órgãos dos fetos Negativo Positivo Total Negativo 171 2 173 HI para PVS do líquido torácico dos fetos Positivo 1 6 Suspeito 18 1 19 Total 194 4 198 P = 0,027 pelo teste exato de Fisher. Na análise de correlação pelo teste Qui-quadrado entre títulos para PVS dos fetos e o tamanho dos mesmos (comprimento > ou <= a 20 cm), observou-se não existir dependência entre essas duas variáveis (P = 0,27). Também, não houve correlação direta (P=0,43) entre os títulos de anticorpos das porcas e dos fetos, ou seja, apenas 3 fetos filhos de mães positivas, com títulos acima de 2048 sugestivos de infecção, apresentaram títulos acima de 128, sugestivos de infecção no feto (Tabela 9). Tabela 9. Relação entre os títulos para PVS das porcas e dos leitões Título das Porcas * Títulos dos leitões** 8 16 32 64 128 26 1024 Total Probabilidade x² 32 0 1 0 0 0 0 0 1 64 1 1 1 0 0 0 0 3 128 1 4 3 4 0 1 1 14 26 4 4 3 1 0 0 17 12 3 1 1 0 0 0 0 1024 12 4 0 0 0 26 2048 4 6 7 1 0 0 0 18 4096 3 1 7 2 0 0 1 14 8192 0 0 1 0 0 0 0 1 16384 3 0 3 0 0 2 0 8 Total 24 30 33 14 1 3 2 107 P 0,4333 * Porcas: Neg. 0-26; Susp- 12; Pos >=1024 ** Fetos: Neg. 0-32; Susp- 64; Pos >=128. Comentários No exame histológico dos principais órgãos internos, apenas 17,24% dos fetos apresentavam alterações de natureza inflamatória. Portanto, os resultados indicam que a maioria dos fetos natimortos, mumificados, abortados ou inviáveis não possuem origem infecciosa. Dentre os agentes infecciosos identificados nos fetos, o PCV2 foi o mais freqüente, com 1,9% de fetos positivos. O coração e os tecidos linfóides foram considerados os órgãos de eleição para diagnóstico de PCV2 em tecidos fetais, concordando com outros trabalhos (BRUNBORG et al.,2007; MIKAMI et al., 200). Nenhuma das granjas avaliadas usava vacina contra PCV2, nem tampouco as centrais que forneciam sêmen para esses rebanhos. O papel do PCV2 como agente causador de problemas reprodutivos na porca (MALDONADO et al., 200; MAES et al., 2008) e a eliminação intermitente do vírus no sêmen de cachaços (GAVA et al., 2008; GUÉRIN; POZZI, 200) já está documentado na literatura. Os resultados obtidos nesse trabalho indicam a necessidade de incluir os reprodutores (machos e fêmeas) como parte da cadeia epidemiológica num programa de controle da circovirose em uma granja. O PVS foi detectado em apenas 2,6% dos fetos avaliados. Todas as granjas avaliadas possuíam um programa de vacinação das porcas contra a parvovirose, sugerindo que essa vacinação confere boa proteção às porcas. Ainda, com relação ao PVS, a técnica de nested-pcr foi melhor que a da IHQ para identificação do vírus nos tecidos. Além disso, o exame sorológico do exsudato fetal do pulmão foi um bom indicativo da infecção fetal pelo vírus.

Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos 7 No exame sorológico das mães dos fetos não foram identificados anticorpos contra o vírus da PRRS, indicando ausência dessa infecção nas porcas estudadas. Esse vírus ainda não foi identificado no Brasil. Também, não foram detectados anticorpos nas mães contra as doenças reprodutivas convencionais como DA, PSC, brucelose, leptospirose e toxoplasmose em que o Brasil não é considerado livre. Embora tenha sido elevada a frequência de títulos de anticorpos considerados não vacinais para o PCV2 e PVS nas porcas, não está clara a relação entre esses títulos com a ocorrência de fetos natimortos, mumificados, abortados ou inviáveis. Para confirmar o diagnóstico da infecção por PCV2 em falhas reprodutivas é importante seguir três critérios: i. Presença de abortos e/ou natimortos e/ou mumificados. ii. Presença de lesões no tecido cardíaco dos fetos (miocardite não supurativa). iii. Presença de PCV2 em lesões do miocárdio e em outros tecidos fetais como linfonodos. Conclusões Apenas 17,24% dos fetos avaliados apresentavam alterações de natureza inflamatória, indicando a participação de um agente infeccioso na patologia fetal. Portanto, a maioria dos fetos, não apresentavam alterações de natureza inflamatória, sugerindo uma origem não infecciosa. Dentre os agentes infecciosos pesquisados nos leitões natimortos, mumificados, abortados e/ou inviáveis, o PCV2 foi o mais frequente. Neste caso, o coração e os tecidos linfóides são os órgãos de eleição para diagnóstico dessa infecção nos fetos que pode ser feito por IHQ ou por nested-pcr. Foi baixa a frequência do PVS nos fetos analisados, sugerindo boa cobertura vacinal nas porcas. Não foram identificados anticorpos contra o vírus da PRRS, DA, PSC e contra a Brucella suis e o Toxoplasma gonndi nas porcas mães dos fetos (natimortos, mumias, abortados, inviáveis). Na rotina de diagnóstico de PVS a técnica de nested-pcr foi melhor que a da IHQ. Recomendações Em casos de problemas clínicos relacionados com nascimento de leitões natimortos, mumificados, abortados ou inviáveis deve-se proceder da seguinte maneira: Como existem muitos agentes que podem causar sintomas reprodutivos semelhantes na porca, diante de uma caso clínico é importante que o veterinário de campo faça uma avaliação detalhada do rebanho (com ênfase ao histórico, manifestações clínicas, informações epidemiológicas e aos registros reprodutivos da granja dos últimos seis meses), para orientar o laboratório sobre quais exames são prioritários realizar. Isso pode baixar custos e possibilita chegar a um diagnóstico mais preciso. Quanto ao material a ser enviado para confirmação do diagnóstico, remeter dois fetos de porcas que abortaram ou pariram pelo menos dois fetos natimortos, mumificados ou inviáveis de 3- porcas/ granja, preferencialmente resfriados, o qual serve para a maioria dos exames laboratoriais, incluindo a IHQ. O veterinário de campo sempre deve solicitar os exames de acordo com a suspeita clínica. Como os fetos geralmente são colhidos do piso da maternidade (ambiente muito contaminado), antes de realizar a necropsia lavar amplamente os fetos com água e secá-los com papel, para reduzir as possibilidades de contaminação das amostras a serem colhidas para exames laboratoriais. Dependendo da situação epidemiológica ou dos resultados laboratoriais obtidos com os fetos, às vezes, é necessário colher soro das porcas que pariram os fetos (cerca de dez dias após o parto), para realizar exames sorológicos de acordo com a suspeita clínica. Somente quando o problema na granja for aborto (indicativo de algum problema recente), é que se indica a realização de sorologia pareada, isto é, colher sangue das porcas logo após o aborto e repetir a colheita entre 1-20 dias após, das mesmas porcas, e enviar todos os soros juntos ao mesmo laboratório.

8 Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos Bibliografia consultada ALMOND, G. W.; FLOWERS, W. L.; BATISTA, L.; D ALLAIRE, S. Diseases of the reproductive system. In: STRAW, B.E.; ZIMMERMAN, J.,J.; D ALLAIRE, S.; TAYLOR, D.J. Diseases of Swine. 9. ed. Iowa: Blackwell Publishing Professional, 2006. p.113-147. BIANCHI, I.; SCHAAF, F.; CORRÊA, E. K.; PERON- DI, A.; LUCIA, T. J.; DECHAMPS, J. C.; CORRÊA, M.N. Importância do uso da inseminação artificial na prevenção da veiculação de patógenos através do sêmen suíno. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v. 30, n.1/2, p. 72-77, 2006. BRUNBORG, I. M.; JONASSEN, C. M.; MOLDAL, T.; BRATBERG, B.; LIUM, B.; KOENEN, F.; SCHONHEIT, J. Association of myocarditis with high viral load of porcine circovirus type 2 in several tissues in cases of fetal death and high mortality in piglets: a case study. J Vet Diagn Invest. v. 19, n.4, p. 368 37, 2007. GAVA, D.; ZANELLA, E. L.; MORÉS, N.; CIACCI- -ZANELLA, J. R. Transmission of porcine circovirus 2 (PCV2) by semen and viral distribution in different piglet tissues. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 28, n.1, p. 70-76, 2008. GIVENS, M. D.; MARLEY, M. S. D. Infectious causes of embryonic and fetal mortality. Theriogenology, v. 70, p. n.3, 270-28, 2008. GUÉRIN, B.; POZZI, N. Viruses in boar sêmen: detection and clinical as well as epidemiological consequences regarding disease transmission by artificial insemination. Theriogenology, v. 63, n.2, p. 6-72, 200. LIMA, E. S. de. Diagnóstico sorológico de doenças infecciosas causadoras de falhas reprodutivas em suínos. 113 f. 2010. Dissertação (mestrado), Centro de Ciências Agroveterinárias/UDESC, Lages. MAES, D.; NAUWYNCK, H.; RIJSSELAERE, T.; MATEUSEN, B.; VYT, P.; de KRUIF, A.; VAN SOOM, A. Diseases in swine transmitted by artificial insemination: an overview. Theriogenology, v. 70, n. 8, p. 1337-134, 2008. MALDONADO, J.; SEGALÉS, J.; MARTÍNEZ-PUIG, D.; CALSAMIGLIA, M.; RIERA, P.; DOMINGO, M.; ARTIGAS, C. Identification of viral pathogens in aborted fetuses and stillborn piglets from cases of swine reproductive failure in Spain. The Veterinary Journal, v. 169, n.3, p. 44 46, 200. MIKAMI, O.; NAKAJIMA, H.; KAWASHIMA, K.; YOSHII, M.; NAKAJIMA, Y. Nonsuppurative myocariditis caused by Porcine Circovirus type 2 in a weak- -born piglet. Journal of Vet med Science. v. 67, n. 7, p. 73-738, 200. MORENO, A. M.; PAIXÃO, R.; OLIVEIRA JÚNIOR, F. T. T.; GOBI, D. D.; NOVITA, S. M.; COUTINHO, T. A.; BACCARO, M. R. Agentes causadores de mumificação fetal, natimortalidade e abortamento em suínos no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS - ABRAVES, 13., 2007, Florianópolis. Anais. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2007. p. 249-22. PESCADOR, C. A.; BANDARRA, P. M.; CASTRO, L. A.; ANTONIASSI, N. A. B.; RAVAZZOLO, A. P.; SONNE, L.; CRUZ, C. E. F.; DRIEMEIER, D. Co- -infection by porcine circovirus type 2 and porcine parvovirus in aborted fetuses and stillborn piglets in southern Brazil. Pesq. Vet. Bras. v. 27, n.10, p. 42-429, 2007. RITTERBUSCH, G. A. Estudo da patogenicidade e investigação de co-infecção por circovirus suíno e torque teno vírus suíno em material proveniente de porcas com patologias reprodutivas. 76 f. 2009. Dissertação (mestrado) - Centro de Ciências Agroveterinárias/UDESC, Lages. ROCHA, C. S. Detecção de parvovírus suíno m material proveniente de porcas com patologias reprodutivas. 101 f. 2009. Dissertação (mestrado) - Centro de Ciências Agroveterinárias/UDESC, Lages. SOTO, F. R. M.; VASCONCELLOS, S. A.; PINHEIRO, S. R.; BERNARSI, F.; CAMARGO, S. R. Leptospirose suína: artigo de revisão. Arquivo Instituto Biológico, v. 74, n. 4, p. 379-39, 2007.

Causas infecciosas de problemas reprodutivos na produção de suínos 9 Comunicado Técnico, 498 Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa Suínos e Aves Endereço: BR 13, Km 110, Distrito de Tamanduá, Caixa Postal 21, 89700-000, Concórdia, SC Fone: 49 34410400 Fax: 49 34410497 E-mail: sac@cnpsa.embrapa.br 1ª edição Versão Eletrônica: (2011) Comitê de Publicações Revisores Técnicos Expediente Presidente: Luizinho Caron Membros: Gerson N. Scheuermann, Jean C.P.V.B. Souza, Helenice Mazzuco, Nelson Morés e Rejane Schaefer Suplente: Mônica C. Ledur e Rodrigo S. Nicoloso Cátia S. Klein e Mariana Marques Coordenação editorial: Tânia M.B. Celant Editoração eletrônica: Vivian Fracasso Revisão gramatical: Jean C.P.V.B. Souza Revisão bibliográfica: Cláudia A. Arrieche