PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO TÉCNICO EM ESTÉTICA INTEGRADO PROEJA



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Transcrição:

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO TÉCNICO EM ESTÉTICA INTEGRADO PROEJA Criado pela Resolução nº 059, de 11 de Setembro de 2014. Aprovado o Projeto Pedagógico de Cursos pela Resolução n...do Conselho Superior Santo Ângelo - RS, Brasil 2014 1

Dilma Rousseff Presidente da República José Henrique Paim Ministro da Educação Marco Antonio de Oliveira Secretário da Educação Profissional e Tecnológica Carla Comerlato Jardim Reitora do Instituto Federal Farroupilha Sidinei Cruz Sobrinho Pró-Reitor de Ensino Alberto Pahim Galli Pró-Reitor de Extensão Adriano Saquet Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Nídia Heringer Pró-Reitora de Desenvolvimento Institucional Vanderlei José Pettenon Pró-Reitor de Administração César Eduardo Steves Kroetz Diretor(a) Geral do Câmpus Maria Aparecida Lucca Paranhos Diretor(a) de Ensino Câmpus Carmen Lourdes Didonet Smaniotto Coordenador(a) Geral de Ensino do Câmpus Ângela Pawlowski Coordenador(a) do Eixo Tecnológico Equipe de elaboração Letícia Domanski Ângela Pawlowski Margot Agathe Seiffert Carmen Lourdes Didonet Smaniotto Maria Aparecida Lucca Paranhos Liliane Krebs Bessel Müller Colaboração Técnica Assessoria Pedagógica da PROEN Revisor Textual Maria Aparecida Lucca Paranhos 2

SUMÁRIO 1 DETALHAMENTO DO CURSO... 5 2 CONTEXTO EDUCACIONAL... 6 2.1 Histórico da Instituição... 6 2.2 Justificativa de Oferta do Curso... 8 2.3 Objetivos do Curso... 10 2.3.1 Objetivo Geral... 10 2.3.2 Objetivos Específicos... 11 2.4 Requisitos e Formas de Acesso... 12 3 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS NO ÂMBITO DO CURSO... 13 3.1 Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão... 13 3.2 POLÍTICAS DE APOIO AO ESTUDANTE... 14 3.2.1 Assistência Estudantil... 15 3.2.2 Apoio Pedagógico ao Estudante... 16 3.2.2.1 Núcleo Pedagógico Integrado... 16 3.2.2.2 Atividades de Nivelamento... 17 3.2.2.3 Atendimento Psicopedagógico... 18 3.2.2.4 Mobilidade Acadêmica... 19 3.2.3 Educação Inclusiva... 19 3.2.3.1 Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas - NAPNE... 21 3.2.3.2 Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiros e Indígenas - NEABI... 22 3.2.4 Acompanhamento de Egressos... 24 4 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO... 25 4.1 Perfil do Egresso... 25 4.2 Organização Curricular... 26 4.2.1 Flexibilização Curricular... 29 4.2.2 Núcleo de Ações Internacionais NAI... 30 4.3 Representação Gráfica do Perfil de Formação... 30 4.4 Matriz Curricular... 32 4.5 Prática Profissional... 33 4.5.1 Prática Profissional Integrada... 34 3

4.5.2 Estágio Curricular não-obrigatório... 36 4.6 AVALIAÇÃO... 36 4.6.1 Avaliação da Aprendizagem... 36 4.6.2 Autoavaliação Institucional... 38 4.7 Critérios e Procedimentos para Aproveitamento de Estudos Anteriores... 38 4.8 Critérios e Procedimentos de Certificação de Conhecimento e Experiências Anteriores... 39 4.9 Expedição de Diploma e Certificados... 39 4.10 Ementário... 40 4.10.1 Componentes Curriculares Obrigatórios... 40 4.10.2 Componentes Curriculares Optativos... 59 5 CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO EM EDUCAÇÃO... 59 5.1 Corpo Docente Necessário para o Funcionamento do Curso... 60 5.1.1 Atribuição do Coordenador de Eixo Tecnológico... 60 5.1.2 Atribuições do Colegiado de Eixo Tecnológico... 61 5.2 Corpo Técnico Administrativo em Educação necessário para o funcionamento do curso... 62 5.3 Políticas de Capacitação de Técnicos Administrativos em Educação e Docentes... 62 6 INSTALAÇÕES FÍSICAS... 64 6.1 Biblioteca... 64 6.2 Áreas de ensino específicas... 65 6.3 Área de esporte e convivência... 66 6.4 Área de atendimento ao Estudante... 66 7 REFERÊNCIAS... 67 8 ANEXOS... 68 4

1 DETALHAMENTO DO CURSO Denominação do Curso: Técnico em Estética Forma: Integrado Modalidade: Educação de Jovens e Adultos Eixo Tecnológico: Saúde e Estética Ato de Criação do curso: Resolução CONSUP N 059, de 11 de setembro de 2014. Quantidade de Vagas: 35 vagas Turno de oferta: noturno Regime Letivo: anual Regime de Matrícula: por série Carga horária total do curso: 2.400 horas relógio Tempo de duração do Curso: 3 anos Periodicidade de oferta: anual Local de Funcionamento: Instituto Federal Farroupilha RS 218/km 5 Santo Ângelo RS 5

2 CONTEXTO EDUCACIONAL 2.1 Histórico da Instituição A Lei Nº 11.892/2008 instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, com a possibilidade da oferta de educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi, especializada na oferta de educação profissional técnica e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, bem como, na formação de docentes para a Educação Básica. Os Institutos Federais possuem autonomia administrativa, patrimonial, financeira e didático-pedagógica. O Instituto Federal Farroupilha (IF Farroupilha) nasceu da integração do Centro Federal de Educação Tecnológica de São Vicente do Sul, de sua Unidade Descentralizada de Júlio de Castilhos, da Escola Agrotécnica Federal de Alegrete e da Unidade Descentralizada de Ensino de Santo Augusto que pertencia ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves. Desta forma, o IF Farroupilha teve na sua origem quatro Câmpus: Câmpus São Vicente do Sul, Câmpus Júlio de Castilhos, Câmpus Alegrete e Câmpus Santo Augusto. O IF Farroupilha expandiu-se em 2010 com a criação dos Câmpus Panambi, Câmpus Santa Rosa e Câmpus São Borja, em 2012, com a transformação do Núcleo Avançado de Jaguari em Câmpus e, em 2013, com a criação do Câmpus Santo Ângelo e a implantação do Câmpus Avançado de Uruguaiana. Assim, atualmente, o IF Farroupilha está constituído por nove Câmpus e um Câmpus avançado, com a oferta de cursos de formação inicial e continuada, cursos técnicos de nível médio, cursos superiores e cursos de pós-graduação, além de outros Programas Educacionais fomentados pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (SETEC/MEC). O IF Farroupilha atua em outras 38 cidades do Estado, a partir da oferta de cursos técnicos na modalidade de ensino a distância. 6

A Reitoria do IF Farroupilha está localizada na cidade de Santa Maria, a fim de garantir condições adequadas para a gestão institucional, facilitando a comunicação e integração entre os Câmpus. Com essa abrangência, o IF Farroupilha visa à interiorização da oferta de educação pública e de qualidade, atuando no desenvolvimento local a partir da oferta de cursos voltada para os arranjos produtivos, culturais, sociais e educacionais da região. Assim, o IF Farroupilha, com sua recente trajetória institucional, busca perseguir este propósito, visando constituir-se em referência na oferta de educação profissional e tecnológica, comprometida com as realidades locais. O IF Farroupilha teve, em novembro de 2010, os primeiros passos para sua implantação. Esse foi um momento de reuniões entre o Prefeito Municipal, Comissão local Pró-implantação do IF Farroupilha, membros da Reitoria (Reitor e Pró-Reitores) do Instituto e o Secretário Nacional do Ensino Técnico Federal Professor Eliezer Pacheco, a fim de incluir Santo Ângelo na 3ª fase da expansão da rede federal de educação profissional. Assim, assinou-se um protocolo de intenções pró-implantação. O resultado das sucessivas reuniões e audiências públicas culminou na decisão de contemplar Santo Ângelo com a implantação do Câmpus em uma área de 50 ha. Essa área, que foi doada pelo município de Santo Ângelo, está localizada à margem da RS 218. Após definição da implantação, iniciou-se a fase de decisão de quais cursos seriam ofertados. Então, na busca de sintonia com as necessidades e potencialidades de desenvolvimento regional, os eixos tecnológicos de atuação do Câmpus foram definidos por meio de audiências públicas e da escuta às representações da comunidade. A opção foi pelos eixos tecnológicos: Recursos Naturais, Saúde e Estética e Informação e Comunicação. Passadas essas fases, no dia dezenove de dezembro de 2012 foi realizado o ato de lançamento da Pedra Fundamental do IF Farroupilha Câmpus Santo Ângelo, com a presença de autoridades locais e da Reitora Professora Carla Comerlato Jardim. 7

Ressalta-se, ainda, que as comissões envolvidas verificaram a possibilidade de o Instituto iniciar suas atividades antes do término das obras dos prédios em construção na área doada. Para tanto, a prefeitura disponibilizaria um espaço. Por conseguinte, a prefeitura, via Secretaria Municipal de Educação (SMED), por meio de um termo de cooperação, cedeu o prédio onde funciona o Centro do Conhecimento. Com isso posto em prática, o Instituto inicia o ano de 2014 com dois cursos subsequentes: Gerência de Saúde e Informática para Internet. 2.2 Justificativa de Oferta do Curso Através do decreto n 5.478, de 24 de junho de 2005, institui-se, no âmbito das instituições federais de educação científica e tecnológica, o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos PROEJA. Um ano mais tarde, com a promulgação do Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, o PROEJA passa a ter seus contornos atuais. Com a denominação alterada para Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, passa a contemplar as etapas Ensino Fundamental e Ensino Médio, pode ter como proponentes entidades privadas nacionais de serviço social, aprendizagem e formação profissional e instituições dos sistemas de ensino estaduais, municipais e federal, determinando para este último a oferta obrigatória de 10% das vagas da Educação Básica Profissional ao PROEJA. De acordo com as diretrizes do Plano de Desenvolvimento Institucional, que orienta quanto à função social no que tange a proporcionar uma formação humanística, integral, na qual os conhecimentos partam da prática social e que a ela retornem transformando-a, o PROEJA busca a formação de cidadãos comprometidos com a realidade social, autônomos e empreendedores. Assim, nessa forma de educação profissional, são contemplados os conteúdos de Formação Técnica e os de Formação Geral, de maneira contextualizada, procurando desenvolver metodologias e práticas educativas integradoras do 8

teórico-prático e complementadoras do saber-fazer, para um público que há muito tempo não está mais na escola, visto que ficou à margem do sistema escolar. O currículo do curso tem como diretriz a formação humana e a formação profissional. Isto é, formação ética, política e estética para inibir ações que reforçam a opressão de uns sobre outros ou degradar a relação do ser humano com a natureza. O desafio inicial foi organizar os conhecimentos de forma sistematizada, com o maior número de informações necessárias para que o educando/egresso possa concorrer no mundo do trabalho. A organização curricular, entretanto, não se descuida da formação integral, e, também, não desconsidera que a grande maioria do público é formada por adultos. O Curso Técnico em Estética Integrado PROEJA faz parte do rol de cursos do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no Eixo Tecnológico Saúde e Estética. Inicia sua trajetória de ofertas no no primeiro semestre de 2015. A oferta desse curso, bem como, toda a oferta de Educação Profissional e Tecnológica no Instituto Federal Farroupilha, se dá em observância à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n o 9.394/1996. Esta oferta também ocorre em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, propostas pela Resolução CNE CEB n o 06 de 20 de setembro de 2012 e, em âmbito institucional, com as Diretrizes Institucionais da organização administrativo-didático-pedagógica para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio no Instituto Federal Farroupilha e demais legislações nacionais vigentes. A área profissional da Saúde e Estética, em geral, tem apresentado crescimento significativo nos últimos anos, em virtude da procura por qualidade de vida, o que passa, também, por cuidados relativos à beleza e melhoria da autoestima das pessoas. Com isso, é necessária a qualificação profissional para os atendimentos em Clínicas de estética, Centros e Espaços de Beleza, bem como atendimentos estéticos feitos a domicílio, muitas vezes realizados por profissionais sem formação especializada. A região das Missões, onde está localizado o, disponibiliza Clínicas de Estética e/ou Centros e Espaços de Beleza. Existe, em 9

âmbito regional, uma preocupação na melhoria de serviços de estética, sobretudo pela nova configuração social, com a ampla inserção das mulheres no mercado de trabalho e sua consequente independência financeira e, ainda, levando em consideração as mudanças de paradigmas masculinos, com os homens buscando cuidados estéticos. Diante disso, eleva-se a demanda por profissionais qualificados para os serviços estéticos em ambos os sexos e, portanto, justifica-se a oferta do Curso Técnico em Estética Integrado na modalidade PROEJA. Este curso poderá interessar tanto àquelas pessoas que já atuam no campo da Estética sem formação específica e/ou profissional, quanto àquelas que pretendem inserir-se neste campo de trabalho. A verticalização da educação básica ao ensino superior é uma das metas dos Institutos Federais (PACHECO, 2011) e, como tal, será buscada também pelo. Essa forma de organização pedagógica permite que docentes e estudantes compartilhem tempos e espaços de aprendizagem, possibilitando o delineamento de trajetos de formação que podem ir do curso técnico à pós-graduação. 2.3 Objetivos do Curso 2.3.1 Objetivo Geral Qualificar profissionais com perfil dinâmico e inovador, habilitados a atuar nas áreas de saúde e beleza, visando à qualidade de vida da sociedade através da correta aplicação das técnicas e do uso adequado dos cosméticos e equipamentos utilizados nos tratamentos e procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares; respeitando os valores políticos e éticos, mantendo compromisso com a qualidade, o trabalho, a ciência, a tecnologia e as práticas sociais relacionadas com os princípios da cidadania responsável. 10

2.3.2 Objetivos Específicos Contribuir para que jovens e adultos constituam-se como cidadãos críticos, propositivos e dinâmicos na busca de novos conhecimentos, e que através da integração da formação humanística e cultura geral à formação técnica, tecnológica e científica, sejam capazes de se inserir no mundo do trabalho de modo ético e comprometido com o desenvolvimento regional sustentável, interagindo e aprimorando continuamente seus aprendizados; Habilitar futuros profissionais para avaliação, adequação e execução de técnicas e tecnologias específicas da intervenção na estética humana, considerando as peculiaridades biopsicossociais do indivíduo; Possibilitar ao aluno a formação de uma consciência ético-profissional comprometida com a sociedade, com a dignidade das pessoas e com a manutenção de um ambiente ecologicamente equilibrado; Formar um profissional consciente da sua posição em uma equipe multidisciplinar, conhecendo a atuação dos demais profissionais da saúde, especialmente daqueles que interagem com a área da estética, agindo de maneira ética e consciente de seu papel na equipe, em particular no que se refere ao processo saúde/ bem-estar do indivíduo; Preparar os estudantes para a promoção, proteção, manutenção e recuperação estética da pele; Promover o desenvolvimento de atitudes e valores éticos visando o aprimoramento pessoal para o exercício de suas habilidades de liderança, gerenciamento de estabelecimentos e técnicas de atendimento ao cliente; Oferecer condições para que o estudante desenvolva competências pessoais e profissionais necessárias e comuns a todo profissional que atua nesta área, no sentido de favorecer o diálogo e a interação com os demais colaboradores, facilitar a navegabilidade na área, bem como ampliar sua esfera de atuação; 11

Articular conhecimentos teóricos à prática profissional, permitindo uma formação ampla e integral, dotando o egresso de habilidades e aptidões que viabilizem sua inserção no mundo do trabalho, de forma consistente e criativa; Proporcionar ao estudante situações de aprendizagem que o auxiliem a perceber e compreender que as sociedades são produtos da ação humana, construídas e reconstruídas em tempos e espaços diversos e influenciadas por relações de poder, trabalho, sociais e ainda por valores éticos, estéticos e culturais; Estimular a ética e o desenvolvimento da autonomia de pensamento, a fim de contribuir para a formação de sujeitos que compreendam o contexto onde se inserem, através da utilização do trabalho como princípio educativo capaz de levar o sujeito a reconhecer-se como cidadão. Desenvolver, através dessa habilitação e da qualificação profissional, competências duradouras que favoreçam a laborabilidade 2.4 Requisitos e Formas de Acesso Para ingresso no Curso Técnico em Estética Integrado PROEJA será obrigatória a comprovação de conclusão do ensino fundamental mediante apresentação do histórico escolar. São formas de ingresso: a) Processo seletivo, conforme previsão institucional em regulamento e edital específico; b) Transferência conforme regulamento institucional vigente ou determinação legal. 12

3 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS NO ÂMBITO DO CURSO 3.1 Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão O ensino proporcionado pelo IF Farroupilha é oferecido por cursos e programas de formação inicial e continuada, de educação profissional técnica de nível médio e de educação superior de graduação e de pós-graduação, desenvolvidos articuladamente à pesquisa e à extensão, sendo o currículo fundamentado em bases filosóficas, epistemológicas, metodológicas, socioculturais e legais, expressas no seu projeto Político Pedagógico Institucional e norteadas pelos princípios da estética, da sensibilidade, da política, da igualdade, da ética, da identidade, da interdisciplinaridade, da contextualização, da flexibilidade e da educação como processo de formação na vida e para a vida, a partir de uma concepção de sociedade, trabalho, cultura, ciência, tecnologia e ser humano. Neste sentido, são desenvolvidas algumas práticas: Apoio ao trabalho acadêmico e a práticas interdisciplinares, sobretudo nos seguintes momentos: projeto integrador englobando as diferentes disciplinas; participação das atividades promovidas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) como a Semana Nacional da Consciência Negra; organização da semana acadêmica do curso; estágio curricular e atividades complementares. As ações de pesquisa do IF Farroupilha constituem um processo educativo para a investigação, objetivando a produção, a inovação e a difusão de conhecimentos científicos, tecnológicos, artístico-culturais e desportivos, articulando-se ao ensino e à extensão e envolvendo todos os níveis e modalidades de ensino, ao longo de toda a formação profissional, com vistas ao desenvolvimento social, tendo como objetivo incentivar e promover o desenvolvimento de programas e projetos de pesquisa, articulando-se com órgãos de fomento e consignando em seu orçamento recursos para esse fim. Neste sentido, são desenvolvidas as seguintes ações: Apoio à iniciação científica, a fim de despertar o interesse pela pesquisa e instigar os estudantes na busca de novos conhecimentos. O IF Farroupilha possui o programa Institucional Boas Ideias, além 13

de participar de editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Ainda, incentivo a participação dos estudantes no Programa Ciência sem Fronteiras. Esse programa busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A participação dos estudantes neste programa viabiliza o intercâmbio de conhecimentos e de vivências pessoais e profissionais, contribuindo para a formação crítica e concisa destes futuros profissionais. As ações de extensão constituem um processo educativo, científico, artístico-cultural e desportivo que se articula ao ensino e à pesquisa de forma indissociável, com o objetivo de intensificar uma relação transformadora entre o IF Farroupilha e a sociedade e tem por objetivo geral incentivar e promover o desenvolvimento de programas e projetos de extensão, articulando-se com órgãos de fomento e consignando em seu orçamento recursos para esse fim. A instituição possui o Programa Institucional de Incentivo à Extensão (PIIEX), no qual os estudantes podem auxiliar os coordenadores na elaboração e execução destes projetos. Os trabalhos de pesquisas e extensão desenvolvidos pelos acadêmicos podem ser apresentados na Mostra Acadêmica Integrada do Câmpus e na Mostra da Educação Profissional e Tecnológica promovida por todos os Câmpus do Instituto, além disso, é dado incentivo a participação de eventos, como Congressos, Seminários entre outros, que estejam relacionados a área de atuação dos mesmos. 3.2 Políticas de Apoio ao Estudante Seguem nos itens abaixo as políticas do IF Farroupilha voltadas ao apoio aos discentes, destacando as políticas de assistência aos estudantes, apoio pedagógico e educação inclusiva. 14

3.2.1 Assistência Estudantil A Assistência Estudantil do IF Farroupilha é uma Politica de Ações, que têm como objetivos garantir o acesso, o êxito, a permanência e a participação de seus alunos no espaço escolar. A Instituição, atendendo o Decreto nº7234, de 19 de julho de 2010, que dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), aprovou por meio da Resolução n 12/2012 a Política de Assistência Estudantil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha, a qual estabelece os princípios e eixos que norteiam os programas e projetos desenvolvidos nos seus Câmpus. A Política de Assistência Estudantil abrange todas as unidades do IF Farroupilha e tem entre os seus objetivos: promover o acesso e permanência na perspectiva da inclusão social e da democratização do ensino; assegurar aos estudantes igualdade de oportunidades no exercício de suas atividades curriculares; promover e ampliar a formação integral dos estudantes, estimulando a criatividade, a reflexão crítica, as atividades e os intercâmbios de caráter cultural, artístico, científico e tecnológico; bem como estimular a participação dos educandos, por meio de suas representações, no processo de gestão democrática. Para cumprir com seus objetivos, o setor de Assistência Estudantil possui alguns programas como: Programa de Segurança Alimentar e Nutricional (Lei 11947/2009); Programa de Promoção do Esporte, Cultura e Lazer; Programa de Atenção à Saúde; Programa de Apoio à Permanência; Programa de Apoio Didático-Pedagógico, entre outros. Dentro de cada um desses programas existem linhas de ações, como, por exemplo, auxílios financeiros aos estudantes, prioritariamente aqueles em situação de vulnerabilidade social (auxílio permanência, auxílio transporte, auxílio às atividades extracurriculares remuneradas, auxílio alimentação) e, em alguns Câmpus, moradia estudantil. A Política de Assistência Estudantil, bem como seus programas, projetos e ações é concebida como direito do estudante, garantido e financiado pela 15

Instituição por meio de recursos federais, assim como pela destinação de, no mínimo, 5% do orçamento anual de cada Câmpus para este fim. Para o desenvolvimento destas ações, cada Câmpus do Instituto Federal Farroupilha possui em sua estrutura organizacional uma Coordenação de Assistência Estudantil (CAE), que, juntamente com uma equipe especializada de profissionais e de forma articulada com os demais setores da Instituição, trata dos assuntos relacionados ao acesso, permanência, sucesso e participação dos alunos no espaço escolar, A CAE do é composta por uma equipe mínima de 8 servidores: Assistente Social, Psicólogo(a), Médico(a), Odontólogo(a), Técnico em Enfermagem e 03 Assistentes de Aluno. Quanto a sua infraestrutura, o refeitório, a sala de convivência e o espaço para as organizações estudantis estão em processo de implantação. 3.2.2 Apoio Pedagógico ao Estudante O apoio pedagógico ao estudante é realizado direta ou indiretamente através dos seguintes órgãos e políticas: Núcleo Pedagógico Integrado, atividades de nivelamento, apoio psicopedagógico e programas de mobilidade acadêmica. 3.2.2.1 Núcleo Pedagógico Integrado O Núcleo Pedagógico Integrado (NPI) é um órgão estratégico de planejamento, apoio e assessoramento didático-pedagógico, vinculado à Direção de Ensino do Câmpus, ao qual cabe auxiliar no desenvolvimento do Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDI), no Projeto Político Pedagógico Institucional (PPI) e na Gestão de Ensino do Câmpus, comprometido com a realização de um trabalho voltado às ações de ensino e aprendizagem, em especial no acompanhamento didático-pedagógico, oportunizando, assim, melhorias na aprendizagem dos estudantes e na formação continuada dos docentes e técnicoadministrativos em educação. 16

O NPI é constituído por servidores que se inter-relacionam na atuação e operacionalização das ações que permeiam os processos de ensino e aprendizagem na instituição. Tendo como membros natos os servidores no exercício dos seguintes cargos e/ou funções: Diretor (a) de Ensino; Coordenador (a)geral de Ensino; Pedagogo(o); Responsável pela Assistência Estudantil no Câmpus; Técnico(s) em Assuntos Educacionais lotado(s) na Direção de Ensino. Além dos membros citados poderão ser convidados para compor o Núcleo Pedagógico Integrado, como membros titulares, outros servidores efetivos do Câmpus. A finalidade do NPI é proporcionar estratégias, subsídios, informações e assessoramento aos docentes, técnico-administrativos em educação, educandos, pais e responsáveis legais, para que possam acolher, entre diversos itinerários e opções, aquele mais adequado enquanto projeto educacional da instituição e que proporcione meios para a formação integral, cognitiva, inter e intrapessoal e a inserção profissional, social e cultural dos estudantes. Além do mais, a constituição desse núcleo tem como objetivo, promover o planejamento, implementação, desenvolvimento, avaliação e revisão das atividades voltadas ao processo de ensino e aprendizagem em todas as suas modalidades, formas, graus, programas e níveis de ensino, com base nas diretrizes institucionais. 3.2.2.2 Atividades de Nivelamento Entende-se por nivelamento o desenvolvimento de atividades formativas que visem recuperar conhecimentos que são essenciais para o que o estudante consiga avançar no itinerário formativo de seu curso com aproveitamento satisfatório. Tais atividades serão asseguradas ao estudante, por meio de: a) atividades de recuperação paralela que será praticada com o objetivo que o estudante possa recompor aprendizados durante o período letivo; b) projetos de ensino elaborados pelo corpo docente do curso, aprovados no âmbito do Programa Institucional de Projetos de Ensino, voltados para 17

conteúdos/temas específicos com vistas à melhoria da aprendizagem nos cursos superiores; c) programas de educação tutorial, que incentivem grupos de estudo entre os estudantes de um curso, com vistas à aprendizagem cooperativa; d) demais atividades formativas promovidas pelo curso, para além das atividades curriculares que visem subsidiar/sanar as dificuldades de aprendizagem dos estudantes; e) disciplinas da formação básica, na área do curso, previstas no próprio currículo do curso, visando retomar os conhecimentos básicos a fim de dar condições para que os estudantes consigam prosseguir no currículo. No Instituto Federal Farroupilha, para além da disponibilização, sempre que possível, de um turno pelos docentes para o atendimento ao estudante, são desenvolvidas atividades de diagnóstico e revisão, com o objetivo de atender o nivelamento de saberes e conhecimentos, estabelecidas em calendário acadêmico no período inicial do ano letivo, tendo aproximadamente, a duração de 30 dias letivos. 3.2.2.3 Atendimento Psicopedagógico O IF Farroupilha disponibiliza uma equipe de profissionais voltada ao atendimento psicopedagógico dos estudantes, tais como: Psicólogo, Pedagogo, Assistente Social, Técnico em Assuntos Educacionais e Assistente de Aluno. A partir do organograma institucional, estes profissionais atuam em setores como: Coordenação de Assistência Estudantil (CAE), Coordenação de Ações Inclusivas (CAI) e Núcleo Pedagógico Integrado (NPI), os quais desenvolvem ações que tem como foco o atendimento ao discente. O atendimento psicopedagógico compreende atividades de orientação e apoio ao processo de ensino e aprendizagem, tendo como foco não apenas o estudante, mas todos os sujeitos envolvidos, resultando, quando necessário, na reorientação deste processo. 18

As atividades de apoio psicopedagógico atenderão a demandas de caráter pedagógico, psicológico, social, entre outros, através do atendimento individual e/ou em grupos, com vistas à promoção, qualificação e ressignificação dos processos de ensino e aprendizagem. Os estudantes com necessidade especiais de aprendizagem terão atendimento educacional especializado pelo Núcleo de atendimento a pessoas com necessidades específicas (NAPNE), que visa oferecer suporte ao processo de ensino e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, envolvendo também orientações metodológicas aos docentes para a adaptação do processo de ensino às necessidades destes sujeitos. 3.2.2.4 Mobilidade Acadêmica O IF Farroupilha mantém programas de mobilidade acadêmica entre instituições de ensino do país e instituições de ensino estrangeiras, através de convênios interinstitucionais ou através da adesão a Programas governamentais, visando incentivar e dar condições para que os estudantes enriqueçam seu processo formativo a partir do intercâmbio com outras instituições e culturas. As normas para a Mobilidade Acadêmica estão definidas e regulamentadas em documentos institucionais próprios. 3.2.3 Educação Inclusiva Entende-se como educação inclusiva a garantia de acesso e permanência do estudante na instituição de ensino e do acompanhamento e atendimento do egresso no mundo do trabalho, respeitando as diferenças individuais, especificamente, das pessoas com deficiência, diferenças étnicas, de gênero, cultural, socioeconômica, entre outros. 19

O Instituto Federal Farroupilha priorizará ações inclusivas voltadas às especificidades dos seguintes grupos sociais, com vistas à garantia de igualdade de condições e oportunidades educacionais: I - pessoas com necessidades educacionais específicas: consolidar o direito das pessoas com deficiência visual, auditiva, intelectual, físico motora, múltiplas deficiências, altas habilidades/superdotação e transtornos globais do desenvolvimento, promovendo sua emancipação e inclusão nos sistemas de ensino e nos demais espaços sociais; II - gênero e diversidade sexual: o reconhecimento, o respeito, o acolhimento, o diálogo e o convívio com a diversidade de orientações sexuais fazem parte da construção do conhecimento e das relações sociais de responsabilidade da escola como espaço formativo de identidades. Questões ligadas ao corpo, à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, à gravidez precoce, à orientação sexual, à identidade de gênero são temas que fazem parte desta política; III diversidade étnica: dar ênfase nas ações afirmativas para a inclusão da população negra e da comunidade indígena, valorizando e promovendo a diversidade de culturas no âmbito institucional; V oferta educacional voltada às necessidades das comunidades do campo: medidas de adequação da escola à vida no campo, reconhecendo e valorizando a diversidade cultural e produtiva, de modo a conciliar tais atividades com a formação acadêmica; VI - situação socioeconômica: adotar medidas para promover a equidade de condições aos sujeitos em vulnerabilidade socioeconômica. Para a efetivação das ações inclusivas, o IF Farroupilha constituiu o Plano Institucional de Inclusão, que promoverá ações com vistas: I à preparação para o acesso; II a condições para o ingresso; III à permanência e conclusão com sucesso; IV ao acompanhamento dos egressos. 20

São desenvolvidas ações com vistas à educação inclusiva, tais como adaptação e flexibilização curricular, para assegurar o processo de aprendizagem. Incluem-se: atendimento individualizado, estudos de recuperação paralela, desenvolvimento de métodos e técnicas de aprendizagem diferenciados. Também para estudantes com Altas Habilidades/Superdotação serão ofertadas possibilidades de aceleração e suplementação de estudos. Para auxiliar na operacionalização da Política de Educação Inclusiva, o conta com o NAPNE e o NEABI. 3.2.3.1 NAPNE O IF Farroupilha conta com um Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE), cujo objetivo consiste em acompanhar o desenvolvimento do estudante nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Assim, orienta quanto a adaptações curriculares, auxilia na orientação e preparação de atividades adaptadas, avaliações diferenciadas e uso de tecnologias assistivas. A CAI e o NAPNE trabalham especificamente para garantir as condições de acessibilidade na Instituição, de acordo com o Decreto 5296/2004 especialmente em seu artigo 8ª que define acessibilidade como condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. Explica, também, que barreiras são qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação. Classifica em: barreiras urbanísticas, as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público; barreiras nas edificações, as existentes no entorno e interior das edificações de uso público e coletivo e no entorno e nas áreas internas de uso comum nas edificações de uso 21

privado multifamiliar; barreiras nos transportes, as existentes nos serviços de transportes; e barreiras nas comunicações e informações, qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação (BRASIL, 2004). Também a Lei 10.098/00 traz essa demanda. Busca-se, com essas orientações legais, minimizar quaisquer barreiras arquitetônicas. 3.2.3.2 NEABI As discussões acerca da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena ocorrem no curso a partir da disciplina de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, por meio dos conteúdos de leitura e produção textual, História, Geografia, Arte, e de Psicologia, Ética e Legislação aplicadas à Estética, por meio dos conteúdos conceito de ética, moral e valor e declaração universal dos direitos humanos. Respeita-se, assim, a Lei nº 11.645 de 10/03/2008 uma vez que os conteúdos programáticos de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena são ministrados no âmbito de todo o currículo e em especial nas disciplinas supracitadas. Atende-se também a Resolução CNE/CP Nº 01/2004, uma vez que se insere no currículo o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão constituem-se espaços desse diálogo entre as diferentes disciplinas em torno da História e da Cultura Afro- Brasileira e Africana. O Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) busca promover palestras, oficinas e discussões reflexivas que sensibilizem e orientem a construção dos currículos dos cursos e de materiais pedagógicos em todos os níveis de ensino do Instituto Federal Farroupilha. Esses eventos possibilitam, além do cumprimento legal, a efetivação de processos formativos aos servidores da Instituição (Formação Continuada), a 22

transversalidade em todos os cursos da Instituição e propiciam uma mudança comportamental na busca de uma sociedade democrática e plural no país. O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas NEABI tem os seguintes objetivos: I - promover encontros de reflexão e capacitação de servidores em educação, para o conhecimento e a valorização da história dos povos africanos, da cultura afrobrasileira, da cultura indígena e da diversidade na construção histórica e cultural do país; II - promover a realização de atividades de extensão como seminários, conferências, painéis, simpósios, encontros, palestras, oficinas, cursos e exposições de trabalhos e atividades artístico-culturais; III - propor ações que levem a conhecer o perfil da comunidade interna e externa do Campus nos aspectos étnico-raciais; IV - implementar a Lei nº 10.639/03 e nº 11.645/08 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, que está pautada em ações que direcionam para uma educação pluricultural e pluriétnica, para a construção da cidadania por meio da valorização da identidade étnico-racial, principalmente de negros, afrodescendentes e indígenas; V - fazer intercâmbio em pesquisas e socializar seus resultados em publicações com as comunidades interna e externas ao Instituto: universidades, escolas, comunidades negras rurais, quilombolas, comunidades indígenas e outras instituições públicas e privadas; VI - motivar e criar possibilidades de desenvolver conteúdos curriculares e pesquisas com abordagens multi e interdisciplinares, de forma contínua; VII - colaborar em ações que levem ao aumento do acervo bibliográfico relacionado a educação pluriétnica em cada Câmpus; VIII incentivar a criação de grupos de convivência da cultura afro-brasileira e indígena, em especial com os estudantes do Câmpus. 23

3.2.4 Acompanhamento de Egressos O acompanhamento dos egressos será realizado por meio do estímulo à criação de associação de egressos, de parcerias e convênios com empresas e instituições e organizações que demandam estagiários e profissionais advindos do IF Farroupilha. Também será prevista a criação de mecanismos para acompanhamento da inserção dos profissionais no mundo do trabalho e a manutenção de cadastro atualizado para disponibilização de informações recíprocas. O IF Farroupilha concebe o acompanhamento de egressos como uma ação que visa ao planejamento, definição e retroalimentação das políticas educacionais da instituição, a partir da avaliação da qualidade da formação ofertada e da interação com a comunidade. Além disso, o acompanhamento de egressos visa ao desenvolvimento de políticas de formação continuada, com base nas demandas do mundo do trabalho, reconhecendo como responsabilidade da instituição o atendimento aos seus egressos. A instituição mantém programa institucional de acompanhamento de egresso, a partir de ações contínuas e articuladas, entre as Pró-Reitorias de Ensino, Extensão e Pesquisa, Pós-graduação e Inovação e Coordenação de Cursos. 24

4 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO 4.1 Perfil do Egresso De acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, o Eixo Tecnológico Saúde e Estética compreende tecnologias associadas ao cuidado e à melhoria da saúde e da qualidade de vida dos indivíduos e comunidades. Abrange diagnóstico, análise, gestão e intervenção na saúde de indivíduos; e desenvolvimento, inovação e manutenção de soluções tecnológicas de suporte. A organização curricular dos cursos contempla conhecimentos relacionados a: biossegurança, leitura e produção de textos técnicos; raciocínio lógico; ciência, tecnologia e inovação; investigação tecnológica; empreendedorismo; prospecção mercadológica e marketing; tecnologias de comunicação e informação; desenvolvimento interpessoal; legislação e políticas públicas; normas técnicas; saúde e segurança no trabalho; gestão da qualidade; responsabilidade e sustentabilidade social e ambiental; qualidade de vida; e ética profissional. O profissional Técnico em Estética, de modo geral, no Instituto Federal Farroupilha, recebe formação que o habilita avaliar as condições da pele, selecionar e executar procedimentos estéticos faciais e corporais. Utiliza técnicas manuais, equipamentos, tecnologias e produtos cosméticos. Trata da promoção, proteção, manutenção e recuperação estética da pele. Avalia e seleciona as técnicas e os cosméticos mais apropriados de acordo com as características pessoais do cliente. Seleciona e adota procedimentos de higiene e profilaxia dos instrumentais. Partindo desse pressuposto, o egresso do Curso Técnico em Estética Integrado PROEJA do Instituto Federal Farroupilha recebe formação para: Tratar do embelezamento, promoção, proteção, manutenção e recuperação estética da pele; Selecionar e aplicar procedimentos e recursos estéticos, utilizando produtos cosméticos, técnicas e equipamentos específicos, de acordo com as características e necessidades do cliente; 25

Utilizar técnicas de atendimento ao cliente, orientando o sobre ações de proteção à saúde cutânea. O IF Farroupilha, em seus cursos, ainda prioriza a formação de profissionais que: Tenham competência técnica e tecnológica em sua área de atuação; Sejam capazes de se inserir no mundo do trabalho de modo compromissado com o desenvolvimento regional sustentável; Tenham formação humanística e cultura geral integrada à formação técnica, tecnológica e científica; Atuem com base em princípios éticos e de maneira sustentável; Saibam interagir e aprimorar continuamente seus aprendizados a partir da convivência democrática com culturas, modos de ser e pontos de vista divergentes; Sejam cidadãos críticos, propositivos e dinâmicos na busca de novos conhecimentos. 4.2 Organização Curricular A organização curricular do Curso Técnico em Estética Integrado PROEJA observa as determinações legais presentes na Lei nº 9.394/96, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos Técnicos, as Diretrizes Institucionais para os cursos Técnicos do IF Farroupilha e demais normativas institucionais e nacionais pertinentes à educação técnica de nível médio. A concepção do currículo do curso tem como premissa a articulação entre a formação acadêmica e o mundo do trabalho, possibilitando a articulação entre os conhecimentos construídos nas diferentes disciplinas do curso com a prática real de trabalho, propiciando a flexibilização curricular e a ampliação do diálogo entre as diferentes áreas de formação. O currículo do Curso Técnico em Estética Subsequente está organizado a partir de 03 (três) núcleos de formação: Núcleo Básico, Núcleo Politécnico e Núcleo Tecnológico, os quais são perpassados pela Prática Profissional. 26

O Núcleo Básico é caracterizado por ser um espaço da organização curricular ao qual se destinam as disciplinas que tratam dos conhecimentos e habilidades inerentes à educação básica e que possuem menor ênfase tecnológica e menor área de integração com as demais disciplinas do curso em relação ao perfil do egresso. Para os cursos subsequentes, o Núcleo Básico é constituído a partir dos conhecimentos e habilidades inerentes à educação básica, para complementação e atualização de estudos, em consonância com o respectivo eixo tecnológico e o perfil profissional do egresso. O Núcleo Tecnológico é caracterizado por ser um espaço da organização curricular ao qual se destinam as disciplinas que tratam dos conhecimentos e habilidades inerentes à educação técnica e que possuem maior ênfase tecnológica e menor área de integração com as demais disciplinas do curso em relação ao perfil profissional do egresso. Constitui-se, basicamente, a partir das disciplinas específicas da formação técnica, identificadas a partir do perfil do egresso que instrumentalizam: domínios intelectuais das tecnologias pertinentes ao eixo tecnológico do curso; fundamentos instrumentais de cada habilitação; e fundamentos que contemplam as atribuições funcionais previstas nas legislações específicas referentes à formação profissional. O Núcleo Politécnico é caracterizado por ser um espaço da organização curricular ao qual se destinam as disciplinas que tratam dos conhecimentos e habilidades inerentes à educação básica e técnica, que possuem maior área de integração com as demais disciplinas do curso em relação ao perfil do egresso bem como as formas de integração. O Núcleo Politécnico é o espaço onde se garantem, concretamente, conteúdos, formas e métodos responsáveis por promover, durante todo o itinerário formativo, a politecnia, a formação integral, omnilateral, a interdisciplinaridade. Tem o objetivo de ser o elo comum entre o Núcleo Tecnológico e o Núcleo Básico, criando espaços contínuos durante o itinerário formativo para garantir meios de realização da politécnica. A carga horária total do Curso Técnico em Estética Integrado PROEJA é de 2400 horas relógio, composta pelas cargas horárias dos núcleos que são: 1200 27

horas relógio para o Núcleo Básico, 360 horas relógio para o Núcleo Politécnico e de 840 horas relógio para o Núcleo Tecnológico. Os 20% de carga horária não presencial do Curso serão administrados pelos professores do Núcleo Básico e Núcleo Tecnológico, através de trabalhos de pesquisa relacionados às temáticas que vem sendo desenvolvidas por cada área, podendo ser pesquisa bibliográfica, de campo, internet e outros meios a serem utilizados e definidos pelos professores. Além destas atividades, podem ser também, realizadas atividades de leitura, análise e síntese de textos e/ou livros a serem debatidos em seminários presenciais. O planejamento das atividades não presenciais ficará sob responsabilidade dos professores atuantes no curso. A concepção do currículo do Curso Técnico em Estética Subsequente tem como premissa a articulação entre a formação acadêmica e o mundo do trabalho, possibilitando a articulação entre os conhecimentos construídos nas diferentes disciplinas do curso com a prática real de trabalho, propiciando a flexibilização curricular e a ampliação do diálogo entre as diferentes áreas de formação. No âmbito dos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia, o currículo integrado é visto como a forma mais adequada de associar ensino e trabalho na formação profissional. O desenvolvimento de práticas que visem a integração dos currículos contribui para a formação de profissionais capacitados, críticos e autônomos. As ações pedagógicas, vinculadas à pesquisa e extensão devem convergir para uma prática de currículo integrado, proposta como forma de organização do currículo. O currículo integrado estabelece o elo entre a formação geral e técnica que convergem para a formação para o exercício profissional do Técnico em Estética, tendo o trabalho como princípio educativo (FRIGOTTO, 2005). Dentre as formas de efetivação do currículo integrado, destacam-se as Práticas Profissionais Integradas (PPI), que possibilitam a articulação entre os conhecimentos construídos nas várias disciplinas do curso propiciando a flexibilização curricular e ampliação do diálogo entre as diferentes áreas de formação num permanente contato com a prática de trabalho. 28

Para o atendimento das legislações mínimas e o desenvolvimento dos conteúdos obrigatórios no currículo do curso apresentados nas legislações Nacionais e Diretrizes Institucionais para os cursos técnicos do IF Farroupilha, além das disciplinas que abrangem as temáticas previstas na Matriz Curricular, o corpo docente irá planejar, juntamente com os Núcleos ligados à Coordenação de Ações Inclusivas do Câmpus, como NAPNE (Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas) e NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena), e demais setores pedagógicos da instituição, a realização de atividades formativas envolvendo estas temáticas, tais como palestras, oficinas, semanas acadêmicas, entre outras. Tais ações devem ser registradas e documentadas no âmbito da coordenação do curso, para fins de comprovação. Em atendimento a Lei nº 13.006, de 26 junho de 2014, que acrescenta o 8 o ao art. 26 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o IF Farroupilha irá atender a obrigatoriedade da exibição de filmes de produção nacional, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais em cada Câmpus. Os filmes nacionais a serem exibidos deverão contemplar temáticas voltadas aos conhecimentos presentes no currículo dos cursos, proporcionando a integração curricular e o trabalho articulado entre os componentes curriculares. O Curso Técnico em Estética Integrado - PROEJA, traz uma proposta de organização curricular embasada nas concepções do currículo integrado. Há que se considerar, que essa perspectiva de integração perpassa todas as dimensões da vida no processo educativo, sendo elas o trabalho, a ciência e a cultura. 4.2.1 Flexibilização Curricular O curso Técnico em Estética Integrado PROEJA realizará, quando necessário, adaptações no currículo regular, para torná-lo apropriado às necessidades específicas dos estudantes, público alvo da política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva (2008), visando à adaptação e flexibilização curricular ou Terminalidade Específica para os casos 29

previstos na legislação vigente. Será prevista ainda a possibilidade de aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os estudantes com altas habilidades/superdotação. Essas ações deverão ser realizadas de forma articulada com o NPI, a CAE e a CAI. A adaptação e flexibilização curricular ou Terminalidade Específica serão previstas, conforme as Diretrizes Institucionais para os Cursos Técnicos do IF Farroupilha. 4.2.2 Núcleo de Ações Internacionais NAI A criação do NAI é motivada pela demanda de internacionalização do IF Farroupilha por meio de programas de Intercâmbio como o Ciência sem Fronteiras, Estágios no Exterior, Visitas Técnicas Internacionais e demais oportunidades promovidas pela instituição (regidas pelo Programa de Apoio à Internacionalização do IF Farroupilha - PAINT). O núcleo tem por finalidade proporcionar aos estudantes da instituição uma possibilidade diferenciada de aprendizagem de línguas estrangeiras modernas e a interação com culturas estrangeiras. Para tanto, a matrícula na Língua Estrangeira Moderna (LEM) para o curso Técnico em Estética na forma integrada, modalidade PROEJA, dá-se em duas formas, uma em caráter obrigatório e outra de forma optativa. A oferta obrigatória da LEM de matrícula obrigatória ao estudante, definida de acordo com perfil profissional do egresso para o eixo tecnológico em questão, é a Língua Espanhola, inserida na Matriz Curricular do curso. A oferta da LEM, em caráter obrigatório pela instituição e de matrícula facultativa para o estudante, é oferecida por meio de cursos de idiomas estruturados, preferencialmente, pelo NAI de cada Câmpus no qual o estudante receberá certificação referente à carga horária cursada. 4.3 Representação Gráfica do Perfil de Formação A representação gráfica do perfil de formação do Curso Técnico em Estética Integrado PROEJA é apresentada na figura 1. 30