Coimbra,22 de Janeiro de 2010 Energias Renováveis

Documentos relacionados
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA TEMA 4: FONTES DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE

Álvaro Rodrigues. Mai11 AR

ENERGIA EÓLICAE. Álvaro Rodrigues Viana do Castelo - Setembro de set 07

EM PORTUGAL. As Energias do Presente e do Futuro. Situação, objectivo e desafios. Lisboa, 21 de Novembro de Álvaro Rodrigues

rotulagem de energia eléctrica

Recursos renováveis e não renováveis Pegada Ecológica

Biocombustíveis. e o Protocolo de Quioto. Júlia Seixas FCT - UNL E.Value

Energia. Fontes e formas de energia

Renováveis- Grande e Pequena Hídrica. Carlos Matias Ramos

MINERAIS HIDROGEOLÓGICOS ENERGÉTICOS. de acordo com a finalidade

Energia e Alterações Climáticas. Ensino Básico

Pegada Ecológica. Desenvolvimento Sustentável

FONTES ENERGÉTICAS. Prof. Dr. Adilson Soares Site:

AS ENERGIAS RENOVÁVEIS E A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA MITIGAÇÃO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Pegada Ecológica. Ana Galvão

3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DAS RENOVÁVEIS

10º ANO FÍSICA - Módulo Inicial Situação energética Mundial e degradação de energia

Jornadas de Investigação e Inovação LNEC. Energias renováveis. Potencial de integração da indústria da construção. Armando Pinto

Laboratório de Eficiência Energética Universidade Federal de Juiz de Fora

Tecnologias Automotivas: Híbrida e Célula Combustível. Roberto Braun Gerente Sênior de Assuntos Governamentais Toyota do Brasil Vice-Presidente ABVE

Energia e Alterações Climáticas

Opções de utilização da biomassa florestal

Unidade 5 Recursos naturais: utilização e consequências. Planeta Terra 8.º ano

estatísticas rápidas novembro 2011

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico da Guarda. Figueiredo Ramos. (ESTG - Instituto Politécnico da Guarda)

Aspectos económicos e ambientais das grandes infraestruturas

REDUZIR O PROBLEMA - UMA MELHOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

PROTOCOLO DE QUIOTO, UM DESAFIO NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

A APREN e as Universidades

Fontes renováveis e não-renováveis de energia. Amanda Vieira dos Santos Giovanni Souza

CONCEITOS GERAIS RELATIVOS A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS CAPÍTULO 2

ENERGIAS RENOVÁVEIS na REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA: do passado ao futuro

Sumário. Módulo Inicial. Das Fontes de Energia ao Utilizador 25/02/2015

FONTES DE ENERGIA PROFESSOR : DANIEL DE PAULA

Eletricidade Renovável no Contexto Atual Debate sobre a evolução do mercado de eletricidade Contribuição das renováveis

Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade. Mário Guedes 14 de Fevereiro de 2018

Energia Solar MIEEC03_1

A exploração e distribuição dos recursos energéticos

ANEXO 1. Ranking mundial da utilização de energias renováveis, 2007

Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Produção Distribuída e Energias Renováveis (Setembro de 2005) J. A.

O FUTURO ENERGÉTICO EM PORTUGAL EÓLICA E BIOMASSA

A APREN e as Universidades O SOL COMO FONTE DE ENERGIA Comemoração do Dia Internacional do Sol

Energias Renováveis:

Inovação e Competitividade rumo a um Futuro com Zero Emissões

O que é uma Energia Renovável?

estatísticas rápidas - nº dezembro de 2016

O Autoconsumo e a sua Envolvente

estatísticas rápidas Abril 2008

FONTE DE ENERGIA RENOVÁVEL. Prof.º: Carlos D Boa - geofísica

Energias Renováveis Eólica e Hídrica

ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA

Design para a sustentabilidade: Novos desafios

CEMIG: UMA GRANDE EMPRESA

Ambiente e Energia. Ensino Básico

Fontes de Energias Renováveis e Não Renováveis. Aluna : Ana Cardoso

A Política Energética da União Europeia

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

estatísticas rápidas - nº janeiro de 2018

estatísticas rápidas - nº novembro de 2017

estatísticas rápidas - nº julho de 2017

Papel da bioenergia proveniente das florestas e da agricultura

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

AMEAÇAS E OPORTUNIDADES PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Potencial de eficiência energética em edifícios

Taxa de crescimento anual (%) Produção de eletricidade 345,7 558,9 61,7 4,9 2,5 Produção de energia 49,3 96,7 96,1 7,0 0,5

Fórum sobre Sustentabilidade ABINEE

A Eficiência Energética Portugal

estatísticas rápidas Agosto/Setembro 2005

QUÍMICA ENSINO MÉDIO PROF.ª DARLINDA MONTEIRO 3 ANO PROF.ª YARA GRAÇA

Atribuição de Títulos de Biocombustíveis

PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020)

Política de Desenvolvimento de Energias Novas e Renováveis em Moçambique- Biomassa

Gestão de Energia Pedro Marques (baseado nos apontamentos do Engº. Paulo Gata Amaral)

Energia: Fontes de energia e transferências de energia

STCP.COM.BR CONSULTORIA ENGENHARIA GERENCIAMENTO

Transição energética nas empresas

Energia. A sustentabilidade dos recursos essenciais

estatísticas rápidas Dezembro 2005

Recursos Energéticos e Meio Ambiente (REMA) Engenharia Ambiental 1º semestre/2018

Energia e Ambiente. Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética;

(Living Planet Report 2008 WWF) 1/3 do consumo de recursos naturais pela humanidade é acima do que o planeta é capaz de repor.

Economia da Energia. A Importância da Eficiência Energética. A Importância da Eficiência Energética

Classificação das Fontes de Energia

Unidade 1 - Desenvolvimento Sustentável e a Mudança de Paradigma. Prof. Luciana Leite

Proposta de Intervenção de S. Exa. a SEAE no Seminário Energia e Cidadania CIEJD, 23 de Março de 2009

ALGUNS NÚMEROS SOBRE O PROBLEMA ENERGÉTICO DE PORTUGAL

Livro Verde sobre a eficiência energética

estatísticas rápidas - nº junho de 2014

Bases Conceituais da Energia Q1/2017. Professor: Sergio Brochsztain. (sites.google.com/site/sergiodisciplinasufabc)

ENERGIAS RENOVÁVEIS Que ambição para 2030?

Gestão sustentável dos recursos. 2.1 Recursos naturais: utilização e consequências

Sustentabilidade: A Contribuição da Eficiência Energética

Disciplina de AMBIENTE E ENERGIA

Energia Eólica. Elbia Melo. Presidente Executiva

III Conferência Internacional de Resíduos Sólidos Urbanos DA NOVA DIRECTIVA À SOCIEDADE EUROPEIA DE RECICLAGEM

Seminário Biomassa: Desafios e Oportunidades de Negócios

Painel 3 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ALTERNATIVAS. Nivalde de Castro Coordenador do GESEL Instituto de Economia da UFRJ

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico

Departamento de Alterações Climáticas (DCLIMA)

Transcrição:

Coimbra,22 de Janeiro de 2010 Energias Renováveis Nelson Leite e Sá Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra - Departamento de Saúde Ambiental -

Coimbra

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra Análises Clínicas e Saúde Pública Audiologia Dietética e Nutrição Cardiopneumologia Farmácia Fisioterapia Radiologia Saúde Ambiental

Saúde Ambiental Saúde Pública Ambiente e Qualidade de Vida Segurança e Higiene no Trabalho

Áreas de Actuação Segurança Alimentar Controlo e Vigilância das Águas Resíduos Habitat Segurança no Trabalho Higiene no Trabalho Ergonomia Monitorização Ambiental Educação Ambiental/ Educação para a Saúde Sustentabilidade Ambiental

Desenvolvimento Sustentável Desenvolvimento Sustentável é um conjunto de processos e atitudes que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de que as gerações futuras satisfaçam as suas próprias necessidades Brundtland Commission, 1987

Desenvolvimento Sustentável

Problema?

Paradigma Energético Actual Fonte: Key World Energy Statistics, OECD,IEA, 2008.

Total de Energia Final Consumida Fonte: Key World Energy Statistics, OECD,IEA, 2008.

Aprovisionamento de Energia primária na EU - 27

Energia Primária Portugal Fonte: EU ENERGY POLICY DATA, 2007

Energia Final Consumida (Portugal) Fonte: EU ENERGY POLICY DATA, 2007

Consumo de Energia Final e Emissões de CO 2

Produção Mundial de Petróleo

Descobertas e produção de Petróleo

Consequências do problema actual Emissão de Gases com Efeito de Estufa

Consequências do problema actual Emissão de Gases com Efeito de Estufa

Consequências do problema actual Aquecimento Global

Consequências do problema actual? Alterações Climáticas

Refugiados do Ambiente

Doenças Ambientais

Opinião Segundo António Costa Silva (Expresso Economia, 23 Maio de 2009) Relativamente ao Choque Petrolífero de 2007/2008, refere que em 2008, com um preço médio de 100 dólares, a economia mundial gastou 3200 mil milhões de dólares com o petróleo. Quantia astronómica que foi transferida dos países importadores para os países exportadores de petróleo Onde é que estes países gast(ar)am o dinheiro?

Alimentaram a bolha Imobiliária

O que fazer para mudar!? Política dos três 20 s: Aumentar em 20% as Fontes de Energia Renovável; Aumentar em 20% a Eficiência Energética; Diminuir em 20% as Emissões de CO 2 Adoptar uma Postura Pró-Activa face às questões Ambientais Pensar Globalmente, Agir Localmente

Alteração Comportamental Contribuindo no quotidiano para as gerações futuras!

Pegada Ecológica! O conceito de Pegada Ecológica (Ecological Footprint) foi usado pela primeira vez em 1992 por William Rees, Professor na British Columbia University. Neste contexto, a Pegada Ecológica consiste numa estimativa da quantidade de recursos necessária para produzir, de uma forma continuada, os bens e serviços que consumimos, e eliminar todos os resíduos e poluentes que produzimos.

Pegada vs Biocapacidade

Excesso Ecológico

Pegada Ecológica! Fonte: Ecological FootPrint Atlas, GFN, 2009.

Pegada Ecológica! Fonte: Ecological FootPrint Atlas, GFN, 2009.

Alteração do Paradigma Energético

Alteração do Paradigma Energético

Certificação Ambiental EMAS (n¼ total de organiza es) 14 12 10 8 6 4 2 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 300 250 200 150 100 50 0 ISO 14001 (n¼ total de empresas) EMAS ISO 14001 Adesão das Empresas à ISO 14001 e EMAS Luxembu Irelanda Grécia Portugal França Bélgica Holanda Finlândia Noruega Reino Suécia Dinamarca Itália Áustria Espanha Alemanha 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Empresas certificadas (n.º)

O Ambiente como oportunidade Segundo um estudo da Deloitte, os desafios ambientais podem levar a inovações que as empresas usam como vantagem competitiva, por exemplo através dos produtos, dos processos e das tecnologias (O desafio do Desenvolvimento Sustentável nas Empresas Portuguesas, 2003).

Índice de performance Ambiental

Aposta nas Energias Renováveis

Energia Solar Pode ser aproveitada através de: Calor Convertendo-se em electricidade Soluções colectivas ou individuais

Como funciona a Energia Termal Solar Concentrada (TSC)

Como funciona a Energia Fotovoltaica (FV)

Energia Eólica Pode ser aproveitada através de: Ventos On Shore ou Off Shore Sistemas colectivos ou individuais

Energia Hídrica Pode ser aproveitada através de: Potencial Gravítico Grandes impactes ambientais Sistemas colectivos ou individuais

Energia das Ondas e marés Pode ser aproveitada através de: Potencial de aproveitamento enorme Problemas de corrosão e manutenção Sistemas colectivos

Energia Geotérmica Fonte: DGEG em 2010 (dados de 2002) Pode ser aproveitada através de: Calor e convertendo-se em electricidade Pouca necessidade de uso espacial Sistemas colectivos e individuais

Biomassa São necessários 40 anos para uma árvore (ex: carvalho) captar o CO2, que em 40 horas de combustão são libertados para a atmosfera! Pode ser aproveitada através de: Calor e convertendo-se em electricidade Elevada necessidade de uso espacial Sistemas colectivos e individuais

Biocombustíveis Pode ser aproveitada através de: Biogás, bio-etanol e biocombustível Controvérsia Vs Oportunidade! Sistemas colectivos (essencialmente)

Biocombustíveis Soluções para fazer face à polémica!

Aproveitemos os bons ventos de mudança

Muito Obrigado nelsonsa@estescoimbra.pt