LAVAGEM DE REGULADOR CRESCIMENTO EM FOLHAS DO ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DE DOSES *

Documentos relacionados
RESPOSTA DO ALGODOEIRO SUBMETIDO A REGULADORES DE CRESCIMENTO EM FUNÇÃO DA LAVAGEM POR CHUVA SIMULADA

RESPOSTA DO ALGODOEIRO A CLORETO DE MEPIQUAT E CLORETO DE MEPIQUAT + CICLANILIDA (*)

PERDAS DE REGULADOR DE CRESCIMENTO APLICADO COM E SEM ADJUVANTE NO ALGODOEIRO EM FUNÇAO DE CHUVA SIMULADA

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO A APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOSES DE CLORETO DE MEPIQUAT.

EFICIÊNCIA DE REGULADORES DE CRESCIMENTO EM ALGODÃO SUBMETIDO A DIFERENTES INTERVALOS DE APLICAÇÃO DE CHUVA 1

DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO SOB DOSES DE NITROGÊNIO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE REGULADOR DE CRESCIMENTO

COMPORTAMENTO DO ALGODOEIRO BRS ARAÇÁ ORIGINADO DE SEMENTES TRATADAS COM CLORETO DE MEPIQUAT INTRODUÇÃO

EFEITO DA TEMPERATURA NA RESPOSTA DO ALGODOEIRO AO CLORETO DE MEPIQUAT

MANEJO DO REGULADOR DE CRESCIMENTO CLORETO DE CLORMEQUATE NO SISTEMA ADENSADO DO ALGODOEIRO EM MATO GROSSO.

EFEITO DE DIFERENTES SISTEMAS DE TRATAMENTO DE SEMENTES COM CLORETO DE MEPIQUAT, SOBRE O CRESCIMENTO DAS PLANTAS DE ALGODOEIRO

CARACTERISTICAS REPRODUTIVAS DO ALGODOEIRO CULTIVAR DELTAOPAL EM REGIÃO DE CERRADO

Fábio Rafael Echer 1, Júlio César Bogiani 2 e Ciro Antonio Rosolem 3

POPULAÇÃO DE PLANTIO DE ALGODÃO PARA O OESTE BAIANO

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 965

DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO SOB DOSES DE NITROGÊNIO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE REGULADOR DE CRESCIMENTO

ABSORÇÃO E MOBILIDADE DE BORO EM CULTIVARES DE ALGODOEIRO CULTIVADO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA * INTRODUÇÃO

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS EM CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO SUBMETIDAS A DIFERENTES POPULAÇÕES DE PLANTAS. (*)

APLICAÇÃO DE CLORETO DE MEPIQUAT E ADUBAÇÃO NITROGENADA NO ALGODOEIRO HERBÁCEO IRRIGADO. II. CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS DA FIBRA 1

TEORES FOLIARES DE MACRONUTRIENTES PARA O ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DE ESPAÇAMENTOS E REGULADOR DE CRESCIMENTO

DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUL MARANHENSE

AVALIAÇÂO DO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DO ALGODOEIRO SUBMETIDO A ADENSAMENTO E MANEJO DE REGULADOR DE CRESCIMENTO* INTRODUÇÃO

REGULADORES DE CRESCIMENTO E ADUBAÇÃO NITROGENADA EM VARIEDADES DE DIFERENTES PORTES DE ALGODOEIRO HERBÁCEO

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE PARA A REGIÃO DO PONTAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

EFEITO DE STIMULATE 10 X EM DIFERENTES DOSES E ESTÁDIOS DE APLICAÇÃO VIA FOLIAR E TRATAMENTO DE SEMENTES EM ALGODOEIRO

CALAGEM E GESSAGEM DE SOLO CULTIVADO COM ALGODÃO NO CERRADO DE RORAIMA 1 INTRODUÇÃO

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE UM POLIFOSFATO SULFORADO (PTC) NO ALGODOEIRO EM SOLO DE GOIÂNIA-GO *

ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 INTRODUÇÃO

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO STIMULATE SOBRE MUDAS DE CAFÉ EM DOIS MODOS DE APLICAÇÃO. Vantuir A. Silva; J.B. Matiello; Fernanda B. Bento.

DOSES DE FERTILIZANTES PARA O ABACAXIZEIRO PÉROLA NA MESORREGIÃO DO SUL BAIANO

Resposta do Quiabeiro à Aplicação de Doses Crescentes de Cloreto de Mepiquat.

AVALIAÇÃO DAS CARACTERISTICAS VEGETATIVAS DO ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DE ESPAÇAMENTOS E REGULADOR DE CRESCIMENTO

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 913

TÍTULO: BIOESTIMULANTES APLICADOS VIA FOLIAR EM CAFEEIROS COFFEA ARABICA EM PRODUÇÃO EM MINAS GERAIS

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 593

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

Fundação de Apoio e Pesquisa e Desenvolvimento Integrado Rio Verde

RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À ADUBAÇÃO, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

QUALIDADE DA FIBRA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PLANTIO DA SEMENTE DE ALGODÃO LINTADA, DESLINTADA E DESLINTADA E TRATADA *

INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM Azospirillum E NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

ESTUDO DE ÉPOCA DE PLANTIO DO ALGODOEIRO ADENSADO NA REGIÃO DE CAMPINAS-SP INTRODUÇÃO

ADUBAÇÃO NITROGENADA E QUALIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO E SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO *

ADUBAÇÃO DA MAMONEIRA DA CULTIVAR BRS ENERGIA.

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 971

COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis)

PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1610

ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA E REGULADOR DE CRESCIMENTO NA CULTURA DO ALGODOEIRO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES ARRANJOS DE PLANTAS EM CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO NA REGIÃO AGRESTE DO ESTADO DE ALAGOAS

SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS BENTAZON E NICOSULFURON PARA Crotalaria juncea e Crotalaria spectabilis

AGRONOMIC TRAITS OF BRS 201 HERBACEOUS COTTON IN DIFFERENT PLANT ARRANGEMENTS, WITH AND WITHOUT PLANT GROWTH REGULATOR

PARCELAMENTO DA COBERTURA COM NITROGÊNIO PARA cv. DELTAOPAL E IAC 24 NA REGIÃO DE SELVÍRIA-MS

TRANSLOCAÇÃO DE BORO APLICADO NA FOLHA DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO * INTRODUÇÃO

ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA PARA cv. DELTAOPAL E IAC 24 NA REGIÃO DE MERIDIANO - SP

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUDOESTE PIAUIENSE

Gustavo A. Pazzetti (Fesurv / Ciro Lopes de Caravalho (Basf), Leonardo Cardoso (Fesurv); Carlos C. E.

FONTES ORGÂNICAS DE NUTRIENTES E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA*

CULTIVO DO ALGODOEIRO EM SISTEMA ULTRA-ESTREITO: RESULTADOS DE PESQUISA

COMPARAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE INSETICIDAS PARA CONTROLE DO BICUDO DO ALGODOEIRO (Anthonomus grandis. Boheman, 1843) (*).

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 664

DESBASTE CONTROLADO DOS RAMOS LATERAIS E POPULAÇÃO DE PLANTAS NA CULTURA DA MAMONEIRA

PERSISTÊNCIA DE CLORETO DE MEPIQUAT EM PLANTAS DE ALGODÃO EM FUNÇÃO DA PRECIPITAÇÃO

EFEITO DA DERIVA DE HERBICIDAS NO DESENVOLVIMENTO E NA PRODUÇÃO DE MILHO

PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DO CULTIVAR EM CHAPADÃO DO SUL - MS 1. Priscila Maria Silva Francisco

Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI)

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

Palavras-Chave: Adubação nitrogenada, massa fresca, área foliar. Nitrogen in Cotton

EFEITO DA COMBINAÇÃO DE ESPAÇAMENTO X POPULAÇÃO DE PLANTA X NÍVEL DE ADUBAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO E RENDIMENTO DO ALGODOEIRO

RESPOSTA DO ALGODÃO ADENSADO A DOSES DE POTÁSSIO NA REGIÃO DOS CHAPADÕES INTRODUÇÃO

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM ALGODOEIRO IRRIGADO NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PRODUTIVIDADE DE SOJA EM RESPOSTA AO ARRANJO ESPACIAL DE PLANTAS E À ADUBAÇÃO NITROGENADA ASSOCIADA A FERTILIZAÇÃO FOLIAR

Vegetal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, , Jaboticabal-SP. RESUMO

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

EFFECT OF PLANTS ARRANGEMENTS AND GROWTH REGULATOR MEPIQUAT CHLORIDE IN THE YIELD AND RESISTANCE FIBER IN THE SERTÃO REGION OF ALAGOAS STATE

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

EFEITO DE DOSES DE POTÁSSIO NA PRODUÇÃO E NOS TEORES FOLIARES DE K + DO ALGODOEIRO NO OESTE BAIANO, SAFRA 2004/2005 *

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

CRESCIMENTO INICIAL E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE GERGELIM EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO Apresentação: Pôster

DESENVOLVIMENTO DO ALGODÃO HERBÁCEO cv. BRS 201 SOB IRRIGAÇÃO NO CARIRI CEARENSE

3ª LISTA DE EXERCÍCIOS

AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS EM GRÃOS DE SOJA E FEIJÃO CULTIVADOS EM SOLO SUPLEMENTADO COM LODO DE ESGOTO

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

TÍTULO: ACÚMULO DE BIOMASSA E COMPRIMENTO DE RAIZ DE ESPÉCIES DE BRACHIARIA SUBMETIDAS A DUAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS

CONSORCIO DE MILHO COM BRACHIARIA BRINZANTHA

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 797

I Seminário do Agronegócio Algodão nos Cerrados Nordestinos (sul do MA, PI e oeste da BA)

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE CONTROLE RESIDUAL DE PLANTAS DANINHAS DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NA CULTURA DO ALGODÃO

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1558

AVALIAÇÃO DA FITOMASSA E COMPRIMENTO DAS RAÍZES DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA INFLUENCIADOS PELA FERTILIZAÇÃO ORGÂNICA

EFEITO DO ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS E DA APLICAÇÃO DE REGULADOR DE CRESCIMENTO SOBRE OS TEORES DE N NA FOLHA, ÍNDICE SPAD E PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO

Produtividade de Matéria Seca de Capim Brachiaria brizantha cv. Marandu, com residual de 8 Toneladas de Cama Aviária e Diferentes Doses de Nitrogênio.

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata).

14 AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES NA

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

Transcrição:

LAVAGEM DE REGULADOR CRESCIMENTO EM FOLHAS DO ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DE DOSES * Fábio Sano de Souza 1, Alessandra Elena Miggiolaro 2 ; Ciro Antônio Rosolem 3. (1) Departamento de Produção Vegetal FCA/UNESP, Caixa Postal 237, 1863-97, Botucatu,SP e-mail: fabiosuano@fca.unesp.br (2) Departamento de Produção Vegetal FCA/UNESP, Caixa Postal 237, 1863-97, Botucatu,SP (3) Departamento de Produção Vegetal FCA/UNESP, Caixa Postal 237, 1863-97, Botucatu,SP RESUMO A melhor época de aplicação de reguladores de crescimento recomendada no Brasil corresponde a um período de grandes índices de pluviosidade. Existe portanto, grande risco do produto ser lavado pela água das chuvas sem ter sido absorvido pela planta. O presente trabalho visou o estudo do comportamento de plantas de algodão submetidas a aplicação de regulador de crescimento à base de Cloreto de Mepiquat sujeitas a diferentes doses (; 7,; 1, e 22, g ha 1 i.a. do produto), e precipitação pluviométrica de lâmina de 2 mm após, 3, 6, 12 e 24 horas da aplicação do regulador, mais um tratamento sem chuva. A aplicação da menor dose de regulador (7, kg i.a. ha-1), proporcionou diferença menos expressiva em relação ás maiores doses (1, e 22, kg i.a. ha-1) para o parâmetro de altura de plantas. O parâmetro chuva foi significativo apenas para as maiores doses de regulador. Para a matéria seca, a interação doses x tratamento sem aplicação de chuva foi significativo. A dose de 22, g i.a. ha-1 proporcionou menor peso de matéria seca, diferindo significativamente da dose de 1, g i.a. ha-1. Com relação aos demais tratamentos de chuva, não foi observada diferença significativa. INTRODUÇÃO A tecnologia adotada atualmente consiste num sistema de produção baseado na adequada correção do solo e utilização de doses de fertilizantes relativamente altas. Em boa parte das regiões onde se encontram as maiores áreas de algodão no Brasil atualmente, o índice pluviométrico está acima de 2. mm anuais. Todas estas condições levam a um crescimento vegetativo muito vigoroso da planta que, se mal manejado, pode levar à diminuição da produtividade. O grande desenvolvimento das plantas pode resultar em baixa produtividade, em razão não só da demanda de nutrientes pelas partes vegetativas e autossombreamento, como pelas dificuldades existentes na execução dos tratos culturais e fitossanitários, como também na operação de colheita (Silva et al, 1981). Com a utilização de reguladores de crescimento pode ser possível melhorar a adubação, sem que ocorra crescimento vegetativo excessivo. A utilização de reguladores de crescimento permite ainda melhores condições de cultivo, proporcionando redução da altura de plantas e do tamanho dos ramos laterais, aumento da precocidade e ainda facilitando a colheita mecanizada. O Cloreto de Mepiquat, pode ser incluído no grupo de inibidores da biossíntese do ácido giberélico, sendo portanto, um inibidor da elongação celular (Reddy et al., 199). Os benefícios potenciais do Cloreto de Mepiquat são: redução do crescimento das plantas, melhoria de arquitetura, aumento da retenção de frutos nas primeiras posições dos ramos frutíferos, incrementando a precocidade de abertura dos frutos, melhoria da eficiência na colheita e a qualidade do produto colhido (Barbosa & Castro, 1983; Kerby et al., 1986; Athayde et al., 1988; McConell et al., 1992; Cothren & Oosterhuis, 1993; Thonson, 199). Segundo Cruz & Simm (1989), o Cloreto de Mepiquat, ao influenciar na redução do porte dos algodoeiros e num * Financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo).

menor consumo de água por planta, possibilitou a visualização de duas possibilidades promissoras, como eliminar a operação de desbaste e aproximar as linhas de semeadura com espaçamentos menores. Sendo assim foi possível se obter aumento na produção de algodão em caroço. A melhor época de aplicação dos reguladores de crescimento recomendada no Brasil corresponde a um período de grandes índices de pluviosidade. Existe portanto, grande risco do produto ser lavado pela água das chuvas sem ter sido absorvido pela planta. Sendo assim, seria necessário reaplicar a quantidade de produto perdida para que este possa exercer o efeito esperado no controle do crescimento das plantas de algodão. O presente trabalho visou o estudo do comportamento de plantas de algodão submetidas a aplicação de regulador de crescimento à base de Cloreto de Mepiquat quando sujeitas a diferentes doses do produto e precipitações pluviométricas ocorrendo em diferentes tempos após a aplicação do produto. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em condição de casa de vegetação, em vasos de 1 litros contendo solo corrigido e adubado. Foi utilizado o regulador a base de Cloreto de Mepiquat (Cloreto 1,1-dimetil piperidíneo). Pulverização e Simulação de Chuva: O equipamento de pulverização e simulação de chuva constitui-se de uma estrutura metálica, com três metros de altura por dois metros de largura, que permite o acoplamento de um carrinho suspenso a 2, metros de altura. A esse carrinho, encontram-se acopladas duas barras de pulverização, uma responsável pelo sistema de simulação de chuva e a outra, pelo sistema de pulverização do regulador e defensivos agrícolas, as quais deslocam-se por uma área útil de 6 metros quadrados no sentido do comprimento do equipamento. Experimento: No experimento foi simulada a lavagem do produto das folhas do algodoeiro em função das doses aplicadas. Doses de regulador (Cloreto de Mepiquat) correspondentes a ; 7,; 1, e 22, g ha 1 do princípio ativo foram aplicadas às plantas no estádio de aparecimento dos botões florais (Reddy et al., 199), o que ocorreu aos 33 dias após a emergência. A seguir as plantas foram submetidas a lâminas de chuva correspondentes a 2 mm após, 1, 3, 6, 12 e 24 horas da aplicação do regulador, mais um tratamento sem chuva. Delineamento experimental O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado, com 4 repetições, considerando um fatorial com 4 doses e 7 tempos, com uma testemunha sem chuva. RESULTADOS E DISCUSSÃO Altura de plantas: De maneira geral, observou-se que a aplicação da menor dose de regulador (7, kg i.a. ha-1), proporcionou diferença menos expressiva em relação as maiores doses (1, e 22, kg i.a. ha-1) para o para o parâmetro de altura de plantas. A altura das plantas foi mais influenciada pela dose de regulador aplicada do que pelo intervalo entre a aplicação do regulador e a chuva simulada, no caso da dose de 7, g i.a. ha-1. Isso significa que para baixas doses de regulador, chuvas posteriores apresentarão efeito reduzido em relação à lavagem do regulador nas folhas de plantas de algodão. O parâmetro chuva foi significativo apenas para as maiores doses de regulador, como pode ser observado nos Figuras 2 e 3. Fica, nestes casos, mais evidente a diferenciação dos tratamentos pela

chuva em relação ao regulador, quando comparadas com a menor dose do regulador (Figura 1). Sendo assim, pode se dizer que se as plantas forem atingidas por chuva posterior a aplicação do regulador, esta terá efeito maior para as maiores doses, 1 e 22, g i.a. ha-1 em relação a menores doses (7, g i.a.ha-1), respectivamente no caso deste experimento. Matéria Seca: Foi analisado o peso de caule + pecíolo + folhas. Os resultados encontram-se no quadro 1 e no Figura 4. As médias foram comparadas utilizando o teste LSD (ou DMS) (P<,). Estudos desenvolvidos por Athayde (1978), permitiram concluir que a aplicação de regulador aos 64 dias após a emergência reduziu significativamente a altura de plantas, o peso da matéria seca do caule + pecíolo, mas não afetou o peso da matéria seca de toda a parte aérea. No presente experimento a interação doses x tratamento sem aplicação de chuva foi significativo. A dose de 22, g i.a. ha-1 proporcionou menor peso de matéria seca, diferindo significativamente da dose de 1, g i.a. ha-1. Com relação aos demais tratamentos de chuva, não foi observada diferença significativa. 4 4 3 3 Dose 7,, sem chuva Dose 7,, horas Dose 7,, 3 horas Dose 7,, 12 horas Dose 7,, 24 horas 2 1 1 3 6 9 12 1 18 21 24 27 Figura 1- das plantas de algodão na dose de 7, g i.a. ha-1 de regulador em função da aplicação de

4 4 Dose 1, sem chuva Dose 1, horas 3 Dose 1, 3 horas 3 2 Dose 1, 12 horas Dose 1, 24 horas 1 1 3 6 9 12 1 18 21 24 27 Figura 2- das plantas de algodão na dose de 1 g i.a. ha-1 de regulador em função da aplicação de 4 4 3 3 2 Dose 22,, sem chuva Dose 22,, horas Dose 22,, 3 horas Dose 22,, 12 horas Dose 22,, 24 horas 1 1 3 6 9 12 1 18 21 24 27 Figura 3- das plantas de algodão na dose de 22, g i.a. ha-1 de regulador em função da aplicação de

7 6 Peso - Matéria Seca 4 3 2 1 sc 3 12 24 7, 1 22, Chuva Figura 4 - Acúmulo de matéria seca. Quadro 1. Matéria seca para o tratamento sem chuva (g.tratamento -1 ). Tratamento Dose 22,/Sem Chuva Dose 7,/Sem Chuva Dose 1,/Sem Chuva Matéria Seca g.tratamento-1 1, a 9, ab 67, b DMS: 13,49162749919 NMS:, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATHAIDE, M.L.F. Efeito do CCC no algodoeiro (Gossypium hirsutum L.). Piracicaba, 1978. 1p. Dissertação (Mestrado em Energia na Agricultura) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo. BARBOSA, L.M., CASTRO, P.R.C. Comparação entre diferentes concentrações e épocas de aplicação de cloreto de mepiquat, cloreto de clorocolina e ethephon em algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) cv. IAC 17. Planta Daninha, Campinas, v.6, n.1, p.1-1, 1983a. BARBOSA, L.M., CASTRO, P.R.C. Desenvolvimento e produtividade de algodoeiros sob efeito de reguladores vegetais. NA. Esc. Super. Agric. Luiz de Queiroz, Univ. São Paulo, Piracicaba, v.4, n.1, p.33-86, 1983b. SILVA, R.J.M., et al. Observações preliminares do comportamento do cloreto de mepiquat em algodoeiro herbáceo no estado de Goiás. Comunicado Técnico-Científico. Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuária. Ano 2, março/1981, nº.