Nem Ver, Nem Cre Muitas pessoas escolheram viver sem acreditar em Deus

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Transcrição:

Nem Ver, Nem Cre Muitas pessoas escolheram viver sem acreditar em Deus Nealla Valentim Machado 1 Silvio da Costa Pereira² Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS Resumo: A religião sempre vem acompanhando a humanidade desde os tempos mais remotos seja como forma de compreender o mundo, ou dar conforto a quem precisa ou proteção. No entanto, existem pessoas que por diversos motivos quebram esse antigo paradigma social recusando a ideia de acreditar em uma divindade que controle o mundo, no caso Deus. Esse trabalho tenta mostrar o ponto de vista e as opiniões dessas pessoas, os ateus. Palavras-Chave: Religião, Deus, Ateus Introdução Desde os primórdios da espécie, o ser humano sempre teve a necessidade de procurar respostas para as questões mais fundamentais da vida humana, como; de onde eu vim? para onde eu irei? porque estou aqui vivo, no mundo?. Os Antigos filósofos gregos como Tales de Mileto e Aristóteles já formulavam teorias para explicar como o mundo funciona. Apesar da nossa evolução social esses questionamentos que acompanham a humanidade desde os homens das cavernas ainda permanecem vivos em nós, os seres humanos modernos. Na história a religião sempre aparece como uma tentativa de responder essas questões primordiais. No entanto, existem pessoas que tentam procurar as respostas para esses questionamentos utilizando de outras formas de reflexão que não sejam religiosas como a filosofia e a ciência. Trabalho submetido ao XIX Prêmio Expocom 2012, na Categoria Jornalismo, modalidade Interpretativo. 1.Nealla Valentim Machado do 7º. Semestre do Curso Jornalismo, email: nealla_machado@hotmail.com. 2. Silvio Pereira da Costa. Professor do Curso Jornalismo, email: silvio.pereira@ufms.br. 1

Apesar disso, na sociedade contemporânea, o fato de alguém não pertencer a nenhuma religião, não acreditar em Deus ainda pode ser considerado um tabu. E as pessoas que não acreditam em divindades estariam ultrapassando esse limite social existente. Romper um paradigma social pode significar sofrer represarias por outras partes do segmento social. E em alguns casos é exatamente isso que acontece com os chamados ateus, pessoas que não acreditam em Deus. Objetivos O texto produzido tenta mostrar para os leitores o ponto de vista e as razões que levam algumas pessoas a romperem com os paradigmas sociais vigentes das religiões e deixarem de acreditar em alguma divindade, ou mesmo nunca chegarem a acreditar verdadeiramente em Deus. Justificativa Seguindo uma visão antropológica das relações humanas, vemos que apesar de vivermos em um mundo fortemente influenciado pelas tecnologias e pelo conhecimento moderno, o preconceito ainda é um dos grandes problemas da nossa sociedade atual. De acordo com LARAIA (2001) as pessoas têm em si mesmas, por capacidades inerentes ao ser humano, dificuldades em aceitar o que é novo. E muitas vezes o novo é considerado diferente e é retalhado socialmente pela maioria. Assim sendo as pessoas que tem opiniões diferentes das da maioria são julgadas, muitas vezes sem motivos considerados racionais para a exclusão social das mesmas. Dentro deste contexto, seria dever do jornalismo, em sua própria essência, transmitir os pensamentos e de dar voz às pessoas que normalmente não possuem esse direito. Como argumenta MELO (1994, p 15), em seu livro, A Opinião no Jornalismo Brasileiro, para sua própria existência o jornalismo deve vir articulado em questões sociais e tem, desde sua criação, a capacidade inerente de levar pensamentos diferentes e novos a grande massa social. 2

Desta maneira o jornalismo é concebido como um processo social que se articula partir da relação (periódica/oportuna) entre organizações formais (editoras/ emissoras) e coletivas (jornais Receptores), através de canais de difusão (jornal/revista/ rádio/ televisão/ cinema) que asseguram a transmissão de informações (atuais) em função de interesses e expectativas (universos culturais ou ideológicos) (MELO, 1994, pag 15) Melo também afirma que o jornalismo deve ser visto como uma atividade comprometida como o exercício do poder político ou ideológico, difundindo ideias, combatendo princípios e defendendo pontos de vista. O autor diz ainda que desde os primórdios do jornalismo, uma de suas principais características seria a expressão de opiniões. Desta maneira a produção de uma matéria interpretativa como essa para um meio de comunicação poderia provocar a reflexão e até mesmo uma possível mudança de mentalidade de alguns leitores/espectadores/ouvintes que tem acesso a esse meio. Pois ainda de acordo com Melo, à medida que jornalismo informa, ele também orienta, contribuindo para enriquecer o acervo de conhecimentos da coletividade e para a mudança de mentalidade através do conhecimento. O autor ainda diz que uma informação quando transmitida pode esclarecer o que está acontecendo e não é percebido claramente pela audiência. Com a produção das matérias os fatos são, portanto, esclarecidos, explicados, detalhado. Sendo essa uma das funções corresponde ao jornalismo interpretativo. Métodos e Técnicas Optamos pelo jornalismo interpretativo para tentar captar, um pouco das emoções e das situações vividas e compartilhados pelos ateus. De acordo SOUZA (2004, p 64), as fontes, quando resolvem dar uma entrevista possuem diversos tipos de objetivos: informar, acusar, questionar, testemunhar, prometer, aconselhar, pedir desculpas, estabelecer consensos e etc. Dentro desse contexto procuramos fontes que quisessem expressar um pouco de como seria viver sem acreditar em um ser divino, o que muitas pessoas ainda hoje consideram um tabu. 3

A escolha das fontes não foi inocente. Resolvemos procurar as nossas fontes em comunidades de redes sociais, no caso o Orkut, para ouvirmos pessoas que já expressavam a sua opinião de alguma maneira, mesmo que no razoável anonimato da internet. No Orkut, assim como em outras redes sociais, existem as chamadas comunidades, espaços utilizados por pessoas que normalmente possuem o propósito mutuo de discutir suas ideias e articular seus pensamentos de forma em que outras pessoas possam saber de suas ideias. Achamos que esse seria um campo fértil para conseguirmos fontes articuladas e que já estavam dispostas a expressar as suas ideias. Baseados em TRAQUINA (2005, p 83) em seu livro, Teorias do Jornalismo, podemos argumentar que o critério de notabilidade desse texto são as atitudes das pessoas ateias, consideradas fora do normal, porque não seguem a norma social vigente. Por esse motivo seriam dignas de nota. No caso entrariam no velho clichê do que é notícia o homem que morde o cão, e não o cão que morde o homem. Nos textos de jornalismo interpretativo e opinativo, os enquadramentos e ideias são bastante explícitos e por esse motivo nos fixamos somente nas falas e sentimentos dos ateus. Não que outras opiniões, como, por exemplo, de pessoas crentes em Deus não pudessem acrescentar ao texto. Mas optamos por nos ater somente as opiniões dos ateus que são, normalmente, excluídas do debate social. Descrição do Produto Foi produzido um texto impresso baseado em características gerais do jornalismo interpretativo para o jornal laboratório Projétil, do curso de Comunicação Social- Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Essa produção textual foi pautada em uma edição do jornal laboratório que tinha a temática geral de dar voz aos segmentos sociais que por motivos diversos não tinham acesso às mídias ou nelas não se veem representadas. 4

Para a produção da matéria foram entrevistados membros de uma comunidade virtual inserida na rede social Orkut intitulada Ateus do Brasil, que na época da construção do texto possuía cerca de 25 mil participantes. E dentre as varias entrevistas realizadas foram escolhidas aquelas que mais expressavam características que observamos serem gerais aos integrantes da comunidade. Também utilizamos de alguns conceitos históricos e teóricos, como também a fala de alguns físicos e filósofos divulgadas na mídia. Tal uso se deu para contextualizar os discursos dos entrevistados com os pensamentos desses teóricos, mostrando as razões que levam as pessoas a não acreditarem em Deus. Considerações Finais Acreditamos que o texto produzido tenha alcançado o objetivo ao qual foi proposto. Que seria o de mostrar aos leitores do jornal laboratório Projétil os pontos de vista e as ideias que levam as pessoas a serem ateias. Tentamos utilizar as características do jornalismo interpretativo por que acreditamos que esse estilo jornalístico é o que melhor transmitiria os sentimentos, motivos e razões dos ateus. E o tema foi escolhido por se tratar de um dos assuntos que desde sempre acompanham o ser humano em sua jornada no planeta terra. A tentativa de responder as questões fundamentais da vida humana seja através da religião ou da ausência dela. Referências Bibliográficas LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro Jorge Zahar Editor. 22ª edição. 2001. MELO, J. M. A opinião no jornalismo brasileiro. 2.ed. ver. Petrópolis. Ed Vozes, 1994. SOUSA, J.P. Introdução à Analise do Discurso Jornalístico Impresso: Um guia para estudantes de graduação. Florianópolis: Ed Letras Contemporâneas, 2004. TRAQUINA, Nelson. Teorias do Jornalismo: A tribo jornalística- uma comunidade interpretativa transnacional. Florianópolis: Ed Insular, 2005. 5