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Transcrição:

Ranking FGV de Bancos Maiores voltam A ser os melhores Rui Pizarro Junho de 2001 CONJUNTURA ECONÔ MICA 28

D Depois do extraordinário desempenhode 1999, em conseqüência da desvalorizaçãodo real, da alta dos juros e da redução da inadimplência, os bancos fecharam 2000 com números novamente positivos, mas não atípicos como naquele exercício. Os resultados de agora da maioria das instituições são mais compatíveis com a realidade e diferentes daquele período sem crise à vista, com a economia em crescimento, inflação sob controle e taxas de juros reais em ritmo descendente. Com isso, os bancos de maior porte foram os que conseguiram melhor rentabilidade, em comparação com os de médio e pequeno portes. As conclusões estão no ranking de bancos elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV) e publicado todos os anos, tradicionalmente, por Conjuntura Econômica. A pesquisa, mais uma vez coordenada pelo economista Aloísio Campelo Junior, do Centro de Estatísticas e Análises Econômicas (CEAE/IBRE) abrangeu, nesta nova edição, 179 bancos comerciais, múltiplos e duas caixas econômicas. O levantamento foi feito com base em dados coletados até 15 de maio deste ano dos relatórios contábeis referentes ao ano 2000. O critério adotado foi o do porte da instituição, que define como indicador o ativo total. O estudo não detectou mudanças de posição no ranking até o sexto lugar, no grupo dos dez maiores. Nos três primeiros lugares ficaram Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Bradesco. Do 4 o ao 6 o, Itaú, Unibanco e Banespa. A partir daí constatou-se a ascensão do ABN Amro Real (de 9 o para 7 o lugar) e do Santander (de 11 o para 9 o ), e as quedas do Banco Safra (de 7 o para 8 o ), da Nossa Caixa (de 8 o para 10 o ) e do HSBC (de 10 o para 11 o ). Os ativos dos 179 bancos pesquisados cresceram 14,2%, sendo que o segmento que mais cresceu foi o de Grupo, cujos ativos aumentaram de R$10,8 bilhões para R$17 bilhões, com crescimento de 62%. Em seguida, o que mais cresceu foi o segmento de Varejo, com variação de R$287 bilhões para R$384 bilhões e evolução de 33,9%. Já os que mais perderam ativos foram: Tesouraria e Públicos, cujos ativos diminuíram, respectivamente, 18% e 3,8%. Mesmo tendo registrado crescimento de 11,3%, o maior banco do Brasil viu reduzida sua participação no total dos ativos, de 17,1%, em 1999, para 16,7%, em 2000. A mesma tendência foi verificada no caso da CEF: os ativos cresceram 3%, mas a participação no total caiu de 16,8% para 15,1%. Os outros bancos cresceram proporcionalmente mais. Esse movimento de queda na participação dos ativos totais começou há cinco anos. No período, a participação dos dois maiores do ranking (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) caiu de 38% para 31,9%. Uma interpretação possível para o fenômeno é a de que as duas instituições, apesar dos esforços para evoluir cada vez mais atuar como bancos privados e com maior competitividade, não foram tão agressivas quanto os bancos estrangeiros e os privados nacionais, que aumentaram sua participação no mercado. Os estrangeiros foram os que conquistaram maior espaço no ranking, segundo Aloisio Campelo. Se, em 1995, os dez maiores bancos estrangeiros detinham 7,6% do total dos ativos dos bancos no Brasil, em 2000, essa participação pulou para 20,1%. Os bancos estatais foram os que mais perderam espaço nesse meio tempo, não apenas em função das privatizações, mas também pela diminuição em relação a outros bancos, tanto estrangeiros quanto nacionais, que cresceram de forma bem agressiva no mercado interno. Os dez maiores estatais tiveram sua participação no total de ativos reduzida de 46,1%, em 1995, para 35,9%, no ano passado. Já os dez maiores privados nacionais mantiveram-se praticamente estáveis, caindo de 28,8% para 27,1%. Em relação ao grau de concentração do mercado, Aloisio avalia que o processo não se verifica apenas em conseqüência da aquisição de um banco por outro, mas também pela diminuição relativa do tamanho dos grandes bancos estatais, de um modo geral. E isso considerando, também, que os bancos múltiplos, criados na década passada, começaram a absorver mercados de empresas que só operavam em outras áreas, como seguradoras, corretoras e distribuidoras. Eleito para mais uma gestão como presidente da Associa- Rentabilidade resultados consolidados* Rentabilidade (em %) 1999 2000 Por tamanho Grupo 1: grandes 13,3 13,4 Grupo 2: médio porte 22,5 11,4 Grupo 3: pequenos 16,2 10,0 Os 100 Maiores 19,2 12,4 Todos os bancos 16,6 10,8 Pelo segmento o de atuação Financiamento 17,0 16,1 Varejo 15,1 10,9 Grupo 9,2 10,9 Atacado e negócio 21,5 10,8 Público 10,7 10,5 Tesouraria 23,2 7,5 Pela origem do capital Privados nacionais 16,5 12,5 Estatais 10,7 10,5 Estrangeiros 24,0 9,2 Fonte: Própria. *Medianas da rentabilidade (lucro líquido/patrimônio líquido) das amostras. 29 Junho de 2001 CONJUNTURA ECONÔ MICA

ção de Bancos do Estado do Rio de Janeiro (Asberj) e do Sindicato de Bancos do Estado do Rio de Janeiro (Sberj), Wálber Chavantes acredita que o sistema bancário encontra-se consolidado, o que, em sua opinião, ocorreu com a ajuda do Proer. Os bancos superaram os problemas do setor e os decorrentes das crises russa e asiática. Ainda há espaço para bancos estrangeiros, mas as fusões e incorporações talvez se restrinjam às grandes incorporações. A fase, agora, deve ser de consolidação, de voltar a ganhar espaço por meio de abertura de agências e de redução de spreads, redução de custos administrativos, qualidade de atendimento e o impulso da informática, explica. Considerando-se os resultados por conglomerado, a diminuição da distância entre os gigantes estatais e os maiores bancos privados nacionais pode ser também constatada: os ativos do Banco do Brasil eram, em 1999, 76% superiores ao do maior grupo privado nacional, o Bradesco. Em 2000, essa diferença caiu para 51%. As principais alterações no ranking foram o avanço do Santander, que passou da 7 ª para 5 ª posição e a mudança no enfoque do ABN Amro que, ao encampar o Real, passou a ser considerado um banco de Varejo e não mais de Atacado e Negócios. Ao contrário de 1999, a maior concentração de bons resultados aconteceu no grupo de instituições de grande porte, onde a rentabilidade mediana atingiu 13,4%, contra 11,4% dos bancos médios. No ano anterior, essa rentabilidade havia sido, respectivamente, de 13,3% e 22,5%. Da mesma forma que os bancos de médio porte, os de pequeno porte também apresentaram expressiva redução na rentabilidade média, passando de 16,2% para 10%. Em termos agregados, a queda no lucro entre os bancos de grande porte foi influenciada pelo resultado do Banespa. Entre os segmentos menos atingidos estão os ligados à atividade produtiva e que haviam lucrado menos em 1999, como instituições de Grupo, que cresceram de 9,2% para 10,9%; e de Financiamento, que se manteve praticamente estável, variando de 17% para 16,1%, de um ano para o outro. Em 2000, ao contrário de 1999, as instituições estrangeiras foram as que registraram maior queda de rentabilidade: de 24% para apenas 9,2%. No caso das instituições privadas nacionais, a queda foi de 16,5% para 12,5%. Já os bancos de capital estatal praticamente mantiveram o resultado: de 10,7% para 10,5%. De acordo com a explicação de Campelo Jr., a alteração na conjuntura da economia do país de um ano para o outro explica a mudança na forma de atuação dos bancos e nos resultados obtidos. Em 1999, os ganhos no segmento de Varejo não haviam sido tão expressivos; o destaque, na ocasião, ficara por conta da área de Tesouraria, que se beneficiou com as altas taxas de juros e operações com títulos públicos e com dólar, explica. Conforme recorda Aloisio, os bancos com operações tradicionais não tiveram lu- Ranking FGV de bancos os maiores grupos Posição no Ativo do grupo ranking de (em R$ milhões)* grupos do ano passado 1 Banco do Brasil SA 139.259 1 2 Caixa Econômica Federal 126.080 2 3 Bradesco 92.312 3 4 Itaú 70.755 4 5 Santander 58.654 7 6 Unibanco 48.916 5 7 ABN Amro 28.670 6 8 Safra 24.322 8 9 HSBC 22.614 13 10 Bankboston 22.424 9 11 Citibank 20.184 12 12 Nossa Caixa 18.476 10 13 Sudameris 15.356 11 14 BBA Creditanstalt 12.625 14 15 Bilbao Viscaya 10.046 15 *Ativos dos bancos comerciais e múltiplos do mesmo conglomerado. Os mais rentáveis em 2000 Área de Origem Rent./ atuação do capital patrimônio líquido (em %) GRUPO 1: GRANDES 4 Banco Itaú Varejo Privado nacional 25,6 8 Banco Safra Atacado e negócio Privado nacional 22,1 3 Banco Bradesco Varejo Privado nacional 21,5 11 HSBC Bank Brasil Varejo Estrangeiro 21,5 10 Banco Nossa Caixa Público Estadual 16,8 GRUPO 2: MÉDIO PORTE 46 Banco Lloyds Tsb Atacado e negócio Estrangeiro 42,2 45 Continental Banco Financiamento Privado Nacional 33,7 37 Banco Fiat Grupo Estrangeiro 30,5 23 Citibank, N.A Varejo Estrangeiro 30,3 38 Banco Rural Varejo Privado nacional 28,8 GRUPO 3: PEQUENOS 98 Banco J.P. Morgan Tesouraria Estrangeiro 60,9 76 Banco Multistock Tesouraria Privado nacional 56,6 110 Banco Investcred Financiamento Privado nacional 33,2 62 Banco Bbm Atacado e Negócio Privado nacional 33,0 120 Banco Opportunity Tesouraria Privado nacional 30,5 Fonte: Própria. cros formidáveis em 1999. Mas em 2000, com a economia voltando a crescer, esses bancos diminuíram os ganhos com a intermediação financeira e registraram aumento da receita com a prestação de serviços. No ano passado, as receitas com a prestação de Junho de 2001 CONJUNTURA ECONÔ MICA 30

serviços aumentaram 11,5%, enquanto o resultado da intermediação financeira evoluiu apenas 5%, ou seja, abaixo da taxa de inflação no período, calcula Aloisio. BANCO DO BRASIL A manutenção do Banco do Brasil na liderança do ranking, mesmo não tendo registrado um crescimento maior, resulta, de acordo com a avaliação do diretor de Controle e de Relações com Investidores da instituição, Enio Botelho, do constante esforço do banco em expandir sua base de clientes e, com isso, fazer crescer seu volume de negócios. O Banco do Brasil tem aproximadamente 12 milhões de clientes, pessoas físicas. Os clientes pessoas jurídicas somam 890 mil. Um dos nossos objetivos é crescer no varejo, já que dispomos de mais de 7,8 mil pontos de atendimento (agências e postos) em 2,6 mil cidades do país. Mas também pretendemos ampliar as operações com empresas. Para prestar esse atendimento diferenciado, notadamente ao segmento da média empresa, o Banco do Brasil está implementando a abertura de 15 agências corporate em todo o país. O Banco do Brasil preparou-se para esse crescimento, procurando sempre trabalhar com segurança. Segundo Enio Botelho, a instituição investiu muito, aprimorando seus controles internos e seus sistemas de crédito porque, segundo ele, banco de varejo precisa crescer com segurança. BRADESCO Maior banco privado do país, o Bradesco manteve o bom desempenho de 1999 e, em conseqüência, a 3 a colocação no ranking geral. O vice-presidente executivo, Luiz Carlos Trabuco, explicou que a estratégia foi a de voltar a privilegiar o crescimento orgânico. Houve aquisições, como a do Banco Boavista, no segundo semestre do ano passado, cujo objetivo foi aumentar a presença no estado do Rio de Janeiro. No ano anterior, o Bradesco adquirira o Baneb, também com a intenção de aumentar sua presença na Bahia. Mas de um modo geral, independentemente dessa parcela representada pelas aquisições, que é relativamente pequena porque foram bancos também relativamente pequenos, o nosso maior salto foi no crescimento orgânico. Nos últimos três anos e meio, passamos de pouco mais de seis milhões para 11 milhões de correntistas, afirmou. Esse crescimento orgânico, na avaliação de Trabuco, contribuiu para o aumento das captações e da criação de ativos. Nesse período, o Bradesco resolveu adotar também uma linha mais agressiva de pulverizar o crédito, elaborando linhas de créditos especiais como Volta às Aulas, Dia das Crianças e Dia das Mães. Ou seja, nós aproveitamos as sazonalidades do ano, as datas comemorativas, e lançamos créditos baratos, pulverizando bastante o risco. O dirigente acrescentou que o Bradesco entrou, também, em um processo de segmentação que fez com que a instituição se fortalecesse na área de corporate, com resultados excepcionais. De acordo com Luiz Carlos, em 2000 o crescimento de adiantamentos a comércio exterior, em comparação a 1999, ficou em torno de 90%, quase que dobrou. Tivemos um crescimento muito forte na área de crédito, principalmente num crédito com qualidade, de baixo risco, ou pela pulverização ou pelo aumento da seletividade, sublinhou. ITAÚ Embora tenha repetido a 3 a posição obtida na pesquisa anterior, o banco Itaú aumentou consideravelmente sua participação no total de ativos, passando de 6,1%, em 1999, para 6,9% em 2000. Sílvio de Carvalho, diretor executivo, lembrou que o banco, nos últimos anos, fez várias aquisições, sendo a mais recente o Banestado, em outubro de 2000. O Banestado tem sua atuação muito concentrada no estado do Paraná e o Itaú não tinha, na região, uma performance condizente com a verificada em outros estados, como São Paulo, Rio e Minas. Com a aquisição, o banco passou a deter a primeira posição em termos de market share naquele estado. De acordo com Sílvio de Carvalho, além das novas aquisições o banco forteleceu suas operações de empréstimos. Dentro desse novo panorama de crescimento registrado em 2000, com perspectivas muito boas, passamos a assumir mais riscos em crédito e isso fez com que o nosso crescimento de financiamentos fosse bastante expressivo, salientou. Essa estratégia foi mantida para 2001, embora a conjuntura nacional tenha mudado um pouco, de acordo o diretor. Adotamos uma postura um pouco mais cautelosa, porque os juros voltaram a subir e temos aí esse problema do racionamento. Em termos de financiamento, a evolução deve ser menor este ano. A carteira de operações de crédito deve registrar crescimento de 20%, contra 36% em 2000, informou. Sílvio de Carvalho também destacou a atuação do Itaú com clientes de grande porte: Em março deste ano, já estávamos com a carteira de empresas grandes, as corporate, com R$17 bilhões de financiamentos. Em 31 de março de 2000, esse valor era de R$11,7 bilhões. Ou seja, tivemos um crescimento precisamente de 48,7%. SAFRA A estratégia adotada pela Banco Safra, segundo o presidente Carlos Alberto Vieira, foi a de priorizar a qualidade do quadro funcional. Nossa preocupação é, realmente, de dotar a organização do que existe de melhor em termos de pessoal, de software e também de qualidades humanas e técnicas; esse é o ponto forte do banco. É a qualidade humana, o nosso pessoal, que diferencia a performance na comunidade bancária. Vieira frisou que, dos três primeiros bancos privados 31 Junho de 2001 CONJUNTURA ECONÔ MICA

As maiores carteiras de crédito R$ milhões Caixa Econômica Federal 65.900 Banco do Brasil SA 29.394 Banco Bradesco SA 23.770 Banco Itaú SA 13.885 Unibanco União de Bancos Brasileiros SA 12.607 As maiores redes de depósitos R$ milhões Banco do Brasil SA 66.118 Caixa Econômica Federal 63.121 Banco Bradesco SA 31.065 Banco Itaú SA 26.175 Banespa Banco do Estado de São Paulo 12.052 Os maiores lucros R$ milhões Banco Itaú SA 1.830 Banco Bradesco SA 1.740 Banco do Brasil SA 974 Unibanco União de Bancos Brasileiros SA 739 Caixa Econômica Federal 372 As maiores redes de agências no país À exceção do HSBC Bamerindus, os maiores bancos do Brasil aumentaram o número de agências no ano passado. O banco Santander Brasil manteve a mesma rede de atendimento, contudo, como grupo, os espanhóis somaram mais 573 agências em 2000, com a aquisição do Banespa. Instituições Número de agências* 31.12.99 31.12.00 Banco do Brasil 2.865 2.927 Bradesco 2.132 2.201 Caixa Econômica Federal 1.699 1.693 Itaú 1.194 1.237 HSBC Bamerindus 981 977 Unibanco 700 734 Banespa 571 573 Nossa Caixa Nosso Banco 485 487 Banestado 377 376 Bilbao Vizcaya 278 364 Banco Santander Brasil 209 208 ABN Amro 29 627 Total geral 16.189 16.396 Fonte: CADINF - DEORF/COPEC. *Os números relativos ao total de agências do Sistema Financeiro foram retificados, em 15.09.99, em face de ajustes na base de dados. nacionais de grande porte com maior rentabilidade em 2000, o Safra é o único que atua com atacado e negócios, sendo que o Bradesco e Itaú teriam atuação mais destacada na área de varejo. E essa estratégia, segundo o dirigente, não vai mudar: Continuamos procurando acertar onde ainda não está perfeito. E procurando melhorar ainda onde estamos bem colocados. Para o presidente da Associação de Bancos do Estado do Rio de Janeiro, Wálber Chavantes, os números só não foram melhores, entre outras razões, pela elevada carga tributária como Cofins, Imposto de Renda, PIS e CPMF. Outro problema é a baixa liquidez do sistema. Os impostos correspondiam, em 1994, a 24% dessa renda. Hoje chega a 32%. O crédito do sistema bancário responde hoje por apenas 30% da renda nacional, quando na Alemanha e nos Estados Unidos chega a 80% e, no Japão, a 116%. Por fim, a alta taxa de juros que, segundo ele, contribui para o círculo vicioso da inadimplência que, por sua vez, volta a elevar as taxas. Metodologia A pesquisa Ranking FGV de Bancos de 2001 não incluiu na amostra bancos de desenvolvimento que detêm carteiras de bancos comerciais. O Ranking FGV de Bancos indica a importância das instituições bancárias brasileiras segundo um critério exclusivamente de porte, que toma como indicador o ativo total. Dessa forma, a classificação no ranking reflete o tamanho da instituição a partir de informações publicadas segundo a legislação, sem caracterizar análise de solidez ou de desempenho ou mesmo a adequação e lisura das práticas contábeis empregadas. Seguindo a mesma metodologia utilizada nos anos anteriores, os bancos foram classificados em três grupos distintos, de forma a chamar a atenção para as instituições mais representativas dentre os bancos de grande, médio e pequeno portes. A regra para o enquadramento dos bancos nos respectivos grupos se baseou na proporção do ativo total de cada instituição no ativo total consolidado da amostra da pesquisa. Dessa forma, aqueles bancos cuja participação no ativo total consolidado da amostra foi superior a 2% foram considerados no Grupo 1. Já os bancos cuja participação no ativo total consolidado da amostra situa-se entre 2% e 0,2% foram considerados no Grupo 2. Finalmente, as instituições cuja participação no ativo total consolidado da amostra foi inferior a 0,2% foram consideradas no Grupo 3. Junho de 2001 CONJUNTURA ECONÔ MICA 32

Resultados Agregados Contas Selecionadas dos 100 Maiores Bancos (em R$ mil) 2000 1999 Cresc. % Ativo 820.370.053 717.301.938 14,37 Ativo circulante 552.925.447 500.346.957 10,51 Títulos e valores mobiliários 109.399.289 119.161.222-8,19 Operações de crédito de curto prazo 193.024.118 168.551.150 14,52 Ativo realizável a longo prazo 207.102.287 164.041.799 26,25 Títulos e valores mobiliários 114.366.774 83.276.474 37,33 Operações de crédito de longo prazo 50.034.588 39.755.353 25,86 Permanente 60.342.319 52.913.182 14,04 Passivo 820.370.053 717.301.938 14,37 Passivo circulante 633.742.439 562.547.775 12,66 Depósitos 299.605.560 295.854.212 1,27 Depósitos à vista 49.587.395 39.391.236 25,88 Depósitos de poupança 110.416.693 109.533.415 0,81 Depósitos interfinanceiros 28.215.417 26.292.521 7,31 Depósitos a prazo 111.386.055 120.637.040-7,67 Passivo exigível a longo prazo 112.757.712 85.922.849 31,23 Depósitos 34.929.036 27.650.639 26,32 Depósitos interfinanceiros 9.224.027 5.789.326 59,33 Depósitos a prazo 25.705.009 21.861.313 17,58 Resultados de exercícios futuros 221.756 212.770 4,22 Patrimônio líquido 73.648.146 68.618.544 7,33 Receitas da intermediação financeira 110.585.886 154.583.139-28,46 Receitas de operações de crédito 54.261.358 71.555.440-24,17 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 45.827.474 62.181.867-26,30 Outras receitas 10.497.054 20.845.832-49,64 Despesas da intermediação financeira 76.351.964 122.369.139-37,61 Operações de captação no mercado 52.133.352 67.276.264-22,51 Operações de empréstimos 16.310.915 41.089.138-60,30 Outras operações 7.907.697 14.003.737-43,53 Resultado bruto da intermediação financeira 34.233.922 32.214.000 6,27 Outras receitas/despesas operacionais (25.851.892) (18.469.485) 39,97 Receitas de prestação de serviços 17.338.317 15.471.380 12,07 Despesas de pessoal (25.326.598) (23.779.007) 6,51 Despesas administrativas (20.937.543) (19.516.966) 7,28 Lucro líquido 7.507.130 12.468.311-39,79 Indicador adores (medianas) Liquidez corrente 1,06 1,04 Liquidez geral 1,06 1,06 Endividamento total s/ativo 0,88 0,88 Capital de giro próprio/pl 0,56 0,43 Alavancagem Total (PC+ELP/PL) 7,14 7,09 Receita de int. financ./ativo total (giro do ativo) 0,16 0,25 Receita de intermediação financeira/pat. líquido (giro do PL) 1,53 2,31 Res. bruto da intermediação financeira/receita de intermediação financeira (margem bruta) em % 29,85 20,40 Lucro líquido/receita de intermediação financeira (margem líquida) em % 9,30 7,77 Eficiência (desp. de pess. e adm./resultado de int. finan. e receita de serviços) 0,67 0,67 Rentalidade líquida em % 12,37 19,17 33 Junho de 2001 CONJUNTURA ECONÔ MICA

RANKING FGV DE BANCOS 2001 Exercício contábil: 2000* em R$ mil, exceto onde indicado Ativo Partic. sobre Operações Depósitos Patrimônio Lucro Rent. Class. total o total de ativos de crédito líquido líquido sobre o em bancários (em %) PL 1999 GRUPO 1 ATIVO MAIOR QUE 2% DO TOTAL 1 Banco do Brasil SA 139.259.447 16,7405 29.394.172 66.117.791 7.965.001 974.211 12,2 1 2 Caixa Econômica Federal 126.080.240 15,1562 65.900.399 63.120.664 3.070.024 372.287 12,1 2 3 Banco Bradesco SA 64.377.649 7,7389 23.770.089 31.065.458 8.092.202 1.740.165 21,5 3 4 Banco Itaú SA 57.754.524 6,9427 13.885.060 26.174.917 7.145.065 1.830.336 25,6 4 5 Unibanco União de Bancos Brasileiros SA 41.549.377 4,9947 12.606.988 11.607.224 5.504.098 739.153 13,4 5 6 Banespa Banco do Estado de São Paulo 29.482.917 3,5442 4.184.464 12.052.379 2.034.272-2.085.777-102,5 6 7 Banco ABN Amro Real SA 26.942.554 3,2388 9.246.852 7.896.333 4.708.160 257.434 5,5 17 8 Banco Safra SA 23.331.673 2,8047 5.729.745 4.738.845 1.408.667 311.411 22,1 7 9 Banco Santander Brasil SA 20.428.249 2,4557 4.001.681 4.348.749 1.311.243 95.721 7,3 11 10 Banco Nossa Caixa SA 18.475.844 2,2210 2.035.800 11.828.826 1.134.352 190.604 16,8 8 11 HSBC Bank Brasil SA 16.995.497 2,0430 5.005.931 8.116.469 955.421 205.246 21,5 10 GRUPO 2 ATIVO MENOR QUE 2% E MAIOR QUE 0,2% DO TOTAL 12 Banco Citibank SA 14.159.211 1,7021 4.475.242 5.367.800 1.044.445 202.303 19,4 14 13 Banco Sudameris Brasil SA 14.104.648 1,6955 4.001.707 4.231.049 763.220-432.900-56,7 16 14 BCN Banco de Crédito Nacional SA 13.130.083 1,5784 4.238.325 4.547.281 1.064.564 250.194 23,5 12 15 BankBoston Banco Múltiplo SA 12.897.701 1,5504 3.180.377 4.466.239 882.527 185.218 21,0 15 16 Banco BBA Creditanstalt SA 12.624.936 1,5177 3.607.902 3.702.897 1.004.720 206.897 20,6 13 17 Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Brasil SA 9.985.530 1,2004 2.202.979 5.124.046 735.446 68.065 9,3 18 18 BankBoston, N.A. 9.526.577 1,1452 2.131.327 17.269 313.952 60.960 19,4 20 19 Banrisul Banco do Estado do Rio Grande do Sul SA 7.696.020 0,9251 2.019.020 4.867.098 538.814 83.472 15,5 21 20 Banco Votorantim SA 7.483.382 0,8996 434.023 2.314.774 575.786 102.223 17,8 26 21 Banco Mercantil de São Paulo SA 6.934.696 0,8336 2.473.789 3.903.743 996.098 82.820 8,3 24 22 Banco Banestado SA 6.110.985 0,7346 1.057.864 3.481.826 474.958 41.299 8,7 22 23 Citibank, N.A. 6.025.082 0,7243 1.769.538 7.060 416.954 126.451 30,3 40 24 Banco Boavista Interatlântico SA 5.169.763 0,6215 1.150.132 1.120.995 498.544-199.788-40,1 23 25 Banco Santander SA 4.997.961 0,6008 1.198.446 696.895 244.899-149.648-61,1 25 26 Banco Santos SA 4.639.314 0,5577 1.014.707 858.724 226.662 51.398 22,7 38 27 HSBC Investment Bank Brasil SA 4.510.376 0,5422 833.999 652.007 482.279 26.689 5,5 27 28 Banco Chase Manhattan SA 4.435.985 0,5333 276.559 875.608 610.902 114.216 18,7 30 29 Banco Bandeirantes SA 4.276.943 0,5141 1.326.014 2.463.318 232.248-234.283-100,9 19 30 Banco Baneb SA 4.165.865 0,5008 422.222 1.864.794 961.572 105.656 11,0 34 31 Lloyds Tsb Bank Plc Filial Br 4.065.633 0,4887 461.330 1.191.626 315.007 75.559 24,0 31 32 Banco Santander Meridional SA 3.708.694 0,4458 512.530 1.441.689 766.369-7.890-1,0 29 33 Banco Cidade SA 3.661.837 0,4402 639.665 551.519 210.416 23.862 11,3 62 34 Credireal Banco de Crédito Real de Minas Gerais SA 3.281.439 0,3945 0 1.315.248 1.839.978 166.927 9,1 36 35 Banco Bemge SA 3.240.056 0,3895 38.714 684.721 1.760.636 126.396 7,2 28 36 Bicbanco Banco Industrial e Comercial SA 3.191.918 0,3837 1.081.994 906.170 264.433 33.097 12,5 39 37 Banco Fiat SA 3.140.384 0,3775 2.277.256 2.179.062 673.882 205.479 30,5 42 38 Banco Rural SA 2.996.430 0,3602 1.560.098 1.252.387 411.975 118.827 28,8 35 39 Banco Banerj SA 2.972.727 0,3574 339.803 2.064.746 601.367 68.439 11,4 33 40 Banco Mercantil do Brasil SA 2.806.542 0,3374 1.200.627 1.717.591 362.790 40.170 11,1 41 41 Banco Fibra SA 2.678.382 0,3220 314.727 919.854 324.294 33.624 10,4 46 42 Banco BMC SA 2.311.607 0,2779 742.281 290.543 181.978 24.115 13,3 52 43 Banco Europeu para a América Latina (BEAL) SA 2.113.132 0,2540 165.077 607.253 174.776 16.694 9,6 49 44 Banco ABC Brasil SA 2.110.814 0,2537 966.348 535.420 301.784 60.846 20,2 50 45 Continental Banco SA 2.098.221 0,2522 809.793 1.107.032 118.882 40.034 33,7 58 46 Banco Lloyds TSB SA 2.066.278 0,2484 921.982 99.885 261.541 110.487 42,2 59 47 Banco Pactual SA 2.043.228 0,2456 5.649 367.918 509.476 82.355 16,2 44 48 Banco General Motors SA 1.943.785 0,2337 1.600.623 1.529.834 224.171 2.217 1,0 60 49 Banco BNL do Brasil SA 1.937.206 0,2329 836.056 436.872 160.527 31.280 19,5 55 50 Morgan Guaranty Trust Company of NY filial SP 1.891.414 0,2274 0 645.334 180.055 18.969 10,5 43 Junho de 2001 CONJUNTURA ECONÔ MICA 34

RANKING FGV DE BANCOS 2001 Exercício contábil: 2000* em R$ mil, exceto onde indicado Ativo Partic. sobre Operações Depósitos Patrimônio Lucro Rent. Class. total o total de ativos de crédito líquido líquido sobre o em bancários (em %) PL 1999 GRUPO 2 ATIVO MENOR QUE 2% E MAIOR QUE 0,2% DO TOTAL 51 Deutsche Bank SA Banco Alemão 1.849.047 0,2223 346.647 216.868 397.291 23.197 5,8 37 52 Banestes SA Banco do Estado do Espírito Santo 1.835.298 0,2206 569.360 1.095.144 85.692 7.646 8,9 57 53 Multi Banco SA 1.752.231 0,2106 167.104 272.707 409.780 63.357 15,5 63 54 Bandepe Banco de Pernambuco SA 1.727.679 0,2077 128.885 1.190.542 328.491 3.194 1,0 75 GRUPO 3 ATIVO MENOR QUE 0,2% DO TOTAL 55 ING Bank N.V. 1.661.252 0,1997 247.412 314.960 124.343-8.982-7,2 48 56 Banco Barclays e Galícia SA 1.608.260 0,1933 420.539 334.621 201.287 7.076 3,5 45 57 Dresdner Bank Lateinamerika Ag filial SP 1.559.576 0,1875 596.503 59.788 155.213 23.775 15,3 53 58 Banco Ford SA 1.541.994 0,1854 1.236.056 1.245.627 71.703-8.092-11,3 71 59 Besc Banco do Estado de Santa Catarina SA 1.532.632 0,1842 145.816 616.262 641.841-64.398-10,0 72 60 Banco de Tokyo-Mitsubishi Brasil SA 1.532.340 0,1842 383.849 32.440 285.263 57.605 20,2 51 61 Banco Volkswagen SA 1.515.140 0,1821 1.426.713 1.182.613 212.197 43.858 20,7 78 62 Banco BBM SA 1.410.776 0,1696 220.816 348.615 336.959 111.220 33,0 65 63 Banco Dibens SA 1.360.911 0,1636 453.471 970.058 126.242 8.629 6,8 67 64 BRB Banco de Brasília SA 1.305.630 0,1570 497.794 797.187 188.941 6.232 3,3 64 65 Banco Rabobank International Brasil SA 1.261.301 0,1516 183.641 67.647 71.738 8.983 12,5 69 66 Banco América do Sul SA 1.251.739 0,1505 275.336 423.057 492.241-136.532-27,7 32 67 Banco Fininvest SA 1.204.194 0,1448 765.880 965.193 163.799 23.619 14,4 77 68 Banco Brascan SA 1.196.358 0,1438 373.109 209.692 150.727 43.718 29,0 82 69 BEG Banco do Estado de Goiás SA 1.148.527 0,1381 208.719 546.204 187.480 14.654 7,8 47 70 HSBC Republic Bank Brasil SA 1.107.825 0,1332 32.411 2 129.832 27.133 20,9 61 71 Banco J. Safra SA 990.225 0,1190 0 0 53.289 7.768 14,6-72 Banco Panamericano SA 971.768 0,1168 663.245 686.895 164.857 31.993 19,4 87 73 Bank of America Liberal SA 847.585 0,1019 103 196.175 200.240 31.928 15,9 56 74 BEC Banco do Estado do Ceará SA 789.253 0,0949 111.915 410.533 126.247 31.497 24,9 76 75 Banco Daimler Chrysler SA 789.191 0,0949 468.462 445.706 35.521-5.610-15,8 108 76 Banco Multistock SA 785.588 0,0944 5.293 69.492 50.424 28.537 56,6 94 77 Banco Sumitomo Brasileiro SA 785.326 0,0944 178.289 16.020 198.153 18.188 9,2 73 78 Banco BMG SA 765.193 0,0920 366.529 399.962 211.509 37.597 17,8 74 79 Banco Cacique SA 764.222 0,0919 386.368 383.297 191.587 22.969 12,0 68 80 Banco Sofisa SA 734.162 0,0883 328.123 341.484 158.889 26.539 16,7 85 81 Banco AGF Braseg SA 726.450 0,0873 112.793 327.454 97.132 22.634 23,3 70 82 Banco Cooperativo Sicredi SA Bansicredi 687.946 0,0827 256.425 175.141 39.953 3.012 7,5 93 83 Banco BNP Paribas Brasil SA 680.580 0,0818 161.171 235.141 107.232 9.650 9,0 79 84 Banco Francês e Brasileiro SA 676.962 0,0814 0 0 669.338 101.538 15,2 83 85 Banco Inter American Express 655.170 0,0788 326.925 265.493 123.817 10.128 8,2 81 86 Banco Zogbi SA 655.161 0,0788 422.153 335.488 198.187 37.023 18,7 84 87 Banco Merrill Lynch SA 649.127 0,0780 0 39.363 63.350-4.548-7,2 132 88 Banco Sogeral SA 584.127 0,0702 58.371 272.842 69.139 7.756 11,2 97 89 Banco Daycoval SA 539.157 0,0648 209.805 134.116 121.161 23.707 19,6 101 90 Banese Banco do Estado de Sergipe SA 504.718 0,0607 122.081 373.508 57.309 8.080 14,1 96 91 Banco John Deere SA 497.335 0,0598 409.222 12.886 74.413 6.868 9,2 120 92 Banco do Estado do Pará SA 481.145 0,0578 185.311 376.917 61.398 3.370 5,5 90 93 Banco CNH Capital SA 476.842 0,0573 431.988 0 55.998 6.442 11,5 0 94 Banco Banif Primus SA 475.206 0,0571 45.629 42.083 34.867 2.421 6,9 146 95 Banco Pine SA 464.550 0,0558 332.140 131.803 126.399 8.751 6,9 100 96 Banco Alfa SA 457.585 0,0550 1.237 200.171 21.547 1.775 8,2 121 97 Banco BVA SA 454.078 0,0546 360.561 47.823 87.913 15.596 17,7 107 98 Banco J.P. Morgan SA 453.980 0,0546 6.269 3.510 241.684 147.268 60,9 95 99 Dresdner Bank Brasil SA 446.459 0,0537 252.204 16.759 80.591 16.068 19,9 86 100 BEA Banco do Estado do Amazonas SA 405.496 0,0487 126.127 229.525 123.510-1.227-1,0 91 35 Junho de 2001 CONJUNTURA ECONÔ MICA