Lei , de 26 de setembro de 2017 Altera a lei 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos.

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Transcrição:

Lei 13.484, de 26 de setembro de 2017 Altera a lei 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos. NATURALIDADE "Art. 54.... 11) a naturalidade do registrando.... 4º A naturalidade poderá ser do Município em que ocorreu o nascimento ou do Município de residência da mãe do registrando na data do nascimento, desde que localizado em território nacional, e a opção caberá aodeclarante no ato deregistro donascimento." (NR)

O texto da Medida Provisória 776/2017, aprovada e sancionada na forma da Lei Federal 13.484/2017, descaracterizou o conceito jurídico de naturalidade, deixando esta de ser o local de nascimento do cidadão, passando a ser opção do declarante no momento do registro, que poderá escolher entre o município de nascimento e o município de residência da mãe, quando do nascimento, desde que em território nacional.

Como lançar o município de naturalidade diferente do local de nascimento utilizando o neocart?

REQUERIMENTO Eu,..., brasileiro, casado com...,..., venho perante o... Serviço Registral... REQUERER que no Registro de Nascimento de meu (minha) filho (a)..., passe a constar como município da naturalidade do registrando, a cidade de..., Estado... consoante o disposto no art. 54 da Lei 13.484/17. João Pessoa,... de... de 2017 FULANO DE TAL

Lei 13.484, de 26 de setembro de 2017 Altera a lei 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos. ÓBITO NO MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do falecimento ou do lugar de residência do de cujus, quando o falecimento ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte

Benefício: a família não precisa se deslocar de sua cidade para registrar o óbito, pois o mesmo poderá ser feito no cartório do munícipio de residência. Possíveis dificuldades: a) Torna-se mais difícil localizar o registro para expedição de uma 2ª via. O judiciário requisita muita certidão de óbito de réu em processos criminais; b) Legalizar o traslado de corpos sem o devido registro. Esse é um ponto frágil cuja logística deverá ser bem pensada entre hospitais, funerárias e instituições afins.

Lei 13.484, de 26 de setembro de 2017 Altera a lei 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos. RETIFICAÇÃO Art. 110. O oficial retificará o registro, a averbação ou a anotação, de ofício ou a requerimento do interessado, mediante petição assinada pelo interessado, representante legal ou procurador, independentemente de prévia autorização judicial ou manifestação do Ministério Público. (mas só em alguns casos)

Aplica-seesse dispositivo somente nas hipóteses deerro. Se não houver erro e sendo necessária alteração no registro, a averbação deverá ser fundamentada no artigo 97 da Lei 6.015/73. Ilustração: alterar o sobrenome da mãe no registro de nascimento do filho, pode ser um procedimento de correção de um erro ou não. Se a mãe era solteira quando registrou seu filho e no registro constou seu nome de solteira, após seu casamento, com alteração de seu sobrenome, ela poderá requerer a alteração do registro de nascimento do filho para que seu nome de casada passe a constar no assento como mãe do registrado, no lugar do nome de solteira. Essa inscrição será feita por averbação à margem do termo. Mas nessa hipótese, será que houve erro? O nome de solteira era o nome pelo qual a mãe se identificava no momento do registro do seu filho. Ela não poderia constar o nome de casada porque não havia ocorrido o casamento e seu nome ainda não havia sido alterado. Então não houve erro. Mas o registro está realmente em desacordo com o nome em que a mãe se identifica atualmente. Para crianças pequenas isso é um grande problema, já que a mãe, acompanhada de seu filho, poderá ter dificuldades de provar, numa necessidade, que é ela mesma. Por isso, a Lei Federal 8.560/92 dispôs sobre a possibilidade de se fazer referida averbação. Pela Lei de Registros Públicos, não sendo hipótese de erro, as averbações são inscritas de acordo com as regras do artigo 97.

Dentro da mesma ilustração, caso o casamento tenha ocorrido antes do nascimento, mas, no momento da lavratura do registro, o pai, declarante, levou o documento de identidade da mãe, que ainda não havia sido substituído e nele constava seu nome de solteira. O registro espelhou o documento apresentado. Nesse caso, houve erro. O nome que a mãe deveria estar usando era o seu nome de casada. O uso irregular da carteira de identidade defasada ocasionou o erro. Sendo assim, fundamenta-se a presente averbação no artigo 110 da Lei 6.015/73, classificando o erro de acordo com um dos incisos deste artigo, que nesse caso será o I.

...nos casos de: I - erros que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de necessidade de sua correção; II - erro na transposição dos elementos constantes em ordens e mandados judiciais, termos ou requerimentos, bem como outros títulos a serem registrados, averbados ou anotados, e o documento utilizado para a referida averbação e/ou retificação ficará arquivado no registro no cartório; III - inexatidão da ordem cronológica e sucessiva referente à numeração do livro, da folha, da página, do termo, bem como da data do registro; IV - ausência de indicação do Município relativo ao nascimento ou naturalidade do registrado, nas hipóteses em que existir descrição precisa do endereço do local do nascimento; V - elevação de Distrito a Município ou alteração de suas nomenclaturas por força de lei. 5º Nos casos em que a retificação decorra de erro imputável ao oficial, por si ou por seus prepostos, não será devido pelos interessados o pagamento de selos e taxas.

Como cobrar? RETIFICAÇÃO DIANTE DE REQUERIMENTO DO INTERESSADO POR ERRO QUE NÃO TENHA SIDO DO CARTÓRIO: a) Retificação ou erro de grafia; b) 2ª via (de acordo com a idade do registrado); c) Sistema de processamento de dados; d) Arquivamento por folha (de cada documento necessário para comprovação do erro, os quais ficarão arquivados no cartório). * Todos esses itens constam da tabela de emolumentos

Retificação de ofício Retificação de ofício é quando o oficial pode, por si, sem requerimento do usuário do serviço interessado no registro, inscrever a averbação corrigindo o erro. Para essa hipótese é importante reservar apenas as retificações que não causariam nenhum problema para o usuário, já que não irá conflitar com a certidão anteriormente entregue a ele, a qual ele está usando para instruir seus cadastros e emitir outros documentos. Retificar, na ilustração acima, o nome da mãe do registrado de ofício causaria um enorme transtorno para o registrado porque usaria o nome da mãe grafado de forma diferente com o que consta no registro na atualidade. Por isso, é importante efetuar a averbação de ofício com muita responsabilidade e apenas quando a alteração não for implicar em conflito com a certidão do interessado. Foi a maior autonomia, ou seja, o maior dos votos de confiança que recebemos dessa lei.

Um exemplo clássico de informação que pode ser corrigida de ofício é incoerência entre data numérica e data por extenso. Mas somente poderá ser inscrita a averbação se for possível aferir com certeza qual é a data correta. Isso era muito comum nos registros manuscritos, nas viradas de ano. O costume em escrever a data numérica do ano que se findou levava ao erro na grafia da data do registro, por exemplo, mencionando dia e mês da atualidade, mas o ano anterior. Nessa hipótese é possível afirmar de maneira inequívoca que a data correta será a por extenso, caso a data numérica tenha sido grafada como sendo anterior ao próprio nascimento. Esse é o tipo de erro que se pode corrigir de ofício, tranquilamente, sem causar nenhum prejuízo ao registrado, estando o oficial em total segurança agindo assim.

I - Erros que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de necessidade de sua correção; Uma forma bem segura de aferir se o erro exige indagação, ou seja, se sua constatação é inequívoca, é assim considerar todos os erros que possam ser constatados pela análise de documentos. Não é preciso muita subjetividade para interpretar os dizeres de documentos. A simples leitura comprova a ocorrência do erro. Se precisar de testemunha, de qualquer diligência, ou, nos termos da lei, se tiver qualquer indagação acerca da prova documental apresentada, a retificação deverá seguir os trâmites do artigo 109, ou seja, intervenção judicial.

II - erro na transposição dos elementos constantes em ordens e mandados judiciais, termos ou requerimentos, bem como outros títulos a serem registrados, averbados ou anotados, e o documento utilizado para a referida averbação e/ou retificação ficará arquivado no registro no cartório; Transposição é transcrição, copiar. É possível seguir o procedimento desse artigo 110 caso ocorra erro ao copiar uma informação de um documento. Copiou errado no registro. A comprovação do erro é feita pelo desarquivamento do documento que deu origem ao ato (registro, averbação ou anotação) e comparação com o registro.

III - inexatidão da ordem cronológica e sucessiva referente à numeração do livro, da folha, da página, do termo, bem como da data do registro; Esses erros são muito comuns à época em que os registros eram manuscritos. E mais ainda, nas viradas de mês e de ano.

IV - ausência de indicação do Município relativo ao nascimento ou naturalidade do registrado, nas hipóteses em que existir descrição precisa do endereço do local do nascimento; Mais uma vez, a maior ocorrência de erros é na época dos registros manuscritos, o que é compreensível. O trabalho repetitivo, feito na hora, mediante declaração verbal do interessado, e, também, a falta de regulamentação dos critérios para a lavratura dos registros, eram os principais motivos de erro. E uma prática muito comum era constar que o registrando nasceu no Hospital tal, sem mencionar o município, já que era mais raro o nascimento ocorrer em local diverso do local de registro. Nesse caso, a identificação inequívoca do local de nascimento permite incluir no registro o nome do município de nascimento, como condição para definir a naturalidade (exclusivamente pelo local de nascimento até março de 2017).

V - Elevação de Distrito a Município ou alteração de suas nomenclaturas por força de lei. Esse inciso V induz a confusão pelo fato de incluir nas suas hipóteses situações que não podem ser consideradas erro. Muito menos dizer que eles são atribuíveis ao oficial ou à serventia. 5o Nos casos em que a retificação decorra de erro imputável ao oficial, por si ou por seus prepostos, não será devido pelos interessados o pagamento de selos e taxas." (NR)

OFÍCIOS DE CIDADANIA As serventias de Registro Civil, a partir de hoje, Ofícios da Cidadania, em parcerias com o Poder Público, prestarão serviços essenciais aos brasileiros de forma célere, capilar e eficaz, com toda a sua bagagem confiável de, com fé pública, conferir segurança jurídica às relações. Nos exemplos citados pelo autor do projeto, Deputado Federal Júlio Lopes, os oficiais da cidadania poderão fazer cadastramento biométrico para confecção dos mais diversos documentos pessoais como Carteira de Trabalho, CPF, Registro Geral (e a própria Cédula de Identidade), cadastro e confecção do ICN (Identificação Civil Nacional), Passaporte, Carteira de Habilitação, cartão do INSS, dentre muitas outras opções.

CRC (emissão de 2ª vias) Provimento nº 38 do Conselho Nacional de Justiça Dispõe sobre a Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais - CRC Art. 7º. Em relação aos registros lavrados anteriormente à vigência deste Provimento, serão comunicados à Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais - CRC o respectivo número de matrícula, os nomes das partes do registro, a data do registro, a data da ocorrência do ato ou fato registrado e, salvo no registro de casamento, a filiação das partes do registro. 1º. Tratando-se de registro de casamento, deverá ser informada a data de nascimento dos nubentes, para o fim de afastar a homonímia. 2º. As informações serão prestadas progressivamente, começando pelos registros mais recentes. 3º. O prazo para o fornecimento das informações previstas neste artigo será de seis meses para cada 5 (cinco) anos de registros lavrados, iniciando a contagem desse prazo a partir de um ano da vigência deste Provimento. Art. 8º As comunicações previstas nos artigos 106 e 107 da Lei nº 6.015/73 deverão ser enviadas obrigatoriamente pela Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais - CRC. Parágrafo único. O envio de informações entre as serventias pela Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais CRC dispensa o uso do Sistema Hermes Malote Digital de que trata o Provimento nº 25 da Corregedoria Nacional de Justiça.

Gratuidade DECLARAÇÃO E VERIFICAÇÃO DO ESTADO DE POBREZA Verifica-se que a Lei 6.015/73 e o Código Civil ao preverem a gratuidade também prescrevem que a pobreza se comprova por declaração, sob as penas da lei, prevendo responsabilização pela falsidade. Houve entendimento em elevada decisão da CGJ-SP (Parecer 61/2008-E) no sentido de bastar que seja declarada pela parte interessada a situação de pobreza par que se faça jus à isenção preconizada, ressalvando que a autoridade competente possa exigir comprovação da insuficiência de recursos apenas em casos de fundada suspeita. Todavia, deve-se evoluir para a interpretação de que a aplicação dos dispositivos exige a utilização de ferramenta hábil para a verificação da veracidade da declaração, do contrário, seria letra morta a previsão de que tal declaração é feita sob as penas da lei, ou de quea falsidade ensejará responsabilidade civil e criminal. Assim é a opinião de Fabrício Zamprogna Matiello: A pobreza referida nestes dispositivos é demonstrada através de apresentação de documentos capazes de revelar a hipossuficiência dos requerentes (contra cheque, comprovantes de rendimento, etc.). As previsões de que o estado de pobreza se comprova por declaração do interessado ou de que a isenção se aplica às pessoas cuja pobreza for declarada não devem ser interpretadas no sentido de se excluir a verificação, mas no sentido de que a concessão do benefício seja afastada apenas no caso de se verificar a inexistência do estado de pobreza declarado. A declaração apenas gera presunção relativa da pobreza.

PARAÍBA Código de Normas da Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba Art. 244. No caso de gratuidade advinda de requerimento formulado por pessoa reconhecidamente pobre, o estado de pobreza será comprovado por declaração do próprio interessado ou a rogo, tratando-se de analfabeto, neste caso, acompanhada da assinatura de duas testemunhas. 4º Havendo fundada dúvida quanto à condição de pobreza, o delegatário poderá inquirir o interessado a fim de avaliar a existência ou não da condição declarada. 5º Se o registrador se recusar a praticar o ato gratuitamente, emitirá declaração na qual fará constar os motivos da recusa, em duas vias, sendo uma entregue ao interessado e a outra permanecerá arquivada na serventia.

Mas e depois disso??? Há uma omissão no Código de Normas

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS 0000414-18.2017.8.15.1001 Requerimento feito pela Arpen-Pb, a qual dispõe sobre a regulamentação das gratuidades dos serviços extrajudiciais, tendo em vista excessos cometidos pelas partes interessadas quando da declaração de hipossuficiência, solicitando adaptações ao Código de Normas Extrajudicial. Despacho do Exmº Sr. Juiz Corregedor, Dr. Herbert Lisboa: Assim, em concordância com a proposta aventada, ENCAMINHEM-SE os autos à Assessoria, para elaboração de projeto de minuta de provimento com vistas à adição pretendida, com o seguinte texto:

6º Insistindo o interessado na prática do ato na forma gratuita, deverá o registrador impugnar o pedido perante o Juiz Corregedor Permanente da Comarca, instruindo-o com documentos que comprovem o alegado ou com indicação de testemunhas, observando-se, no que couber, o procedimento contido nos arts. 252 a 262. Esses arts. 252 a 262 tratam do processo de Suscitação de Dúvida. A única forma de suscitarmos dúvidas é por meio do PJE, o qual requer um advogado com OAB para acessar o sistema e protocolar. Nós registradores e nem os notários, temos acesso ao sistema, necessitando de um advogado para isso. Dessa forma a Arpen/Pb protocolar à Corregedoria de Justiça um pedido de inclusão dos registradores e notários, por meio de cadastramento no sistema do tribunal, para que possamos nós mesmo realizarmos o serviço que nos é inerente.

Quais ferramentas podemos utilizar? 1) Segundo a Lei de Assistência Judiciária (Lei 1.060/50), quem afirma ser pobre para conseguir Justiça gratuita e posteriormente é desmentido, pode ser condenado a pagar até dez vezes mais do valor das custas judiciais pedidas inicialmente. 2) O Conselho Superior da Defensoria Pública da União definiu novo critério de hipossuficiência. Agora, o valor da faixa de renda, um dos principais critérios definidores de condição de necessidade de assistência jurídica, passar a ser de R$ 2 mil reais (RESOLUÇÃO Nº 133, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2016 ) 3) Isenção de imposto de renda É possível consultar o processamento do imposto de renda, pelo site da Receita Federal ou por meio de aplicativo (CPF Pessoa Física), para IOS ou Android.

Possíveis resultados da pesquisa: 1) Sua declaração não consta na base de dados da Receita Federal; 2) Sua declaração já foi processada. Resultado: saldo inexistente de imposto a pagar ou a restituir; 3) Sua declaração já foi processada. Resultado encontrado: imposto a pagar.

CPF Instrução Normativa Receita Federal Brasileira nº 1548/2015 Art. 3º Estão obrigadas a inscrever-se no CPF as pessoas físicas: V - registradas em ofício de registro civil de pessoas naturais no Brasil, no momento da lavratura do assento de nascimento, e após a entrada em operação do convênio celebrado entre a RFB e a entidade prevista no inciso VIII do caput do art. 24; ou. A inscrição no CPF não é um ato discricionário do usuários e sim obrigatórios nos termos da referida instrução normativa.

Foi publicado no Diário Oficial da União de 14 de abril de 2015 o convênio e, em data de 27 de novembro de 2015 o seu aditivo celebrado entre a União, por meio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) desde então, os cartórios já podem aderir ao Termo de Adesão que está disponível da CRC Nacional. Tel Arpen SP (11)3293-1535

COMPARATIVO ENTRE A QUANTIDADE DE REGISTROS DE NASCIMENTO FEITOS E OS CPFs INSERIDOS ANO 2017 MÊS REGISTROS CPFs DIFERENÇA % REALIZADO JANEIRO 4242 1321 2921 31,14 FEVEREIRO 3583 1401 2182 39,10 MARÇO 5178 2116 3062 40,87 ABRIL 4551 1834 2717 40,30 MAIO 5494 2452 3042 44,63 JUNHO 5064 2217 2847 43,78 JULHO 5083 2219 2864 43,66 AGOSTO 5348

As serventias que optarem por emitir o CPF, o farão em todos os registros de nascimento, ou seja a emissão do CPF não será opcional para os registrados. O CPF não será emitido, somente se houver algum erro, ou em motivo superveniente, caso contrário todas os registros de nascimentos terão a geração do CPF.

O primeiro passo para que a serventia possa utilizar os serviços de Emissão do CPF, através da CRC Nacional, é a assinatura do termo de adesão da Receita Federal, para acessar o termo, basta acessar a CRC Nacional, com seu certificado digital, no endereço sistema.registrocivil.org.br, acessar a nova opção no menu lateral, Convênios e em seguida, Termo de Adesão RFB.

O termo será exibido como segue, basta que o Oficial responsável pela serventia efetue a assinatura eletrônica do termo, com seu certificado digital.

Após a adesão ao termo da RFB, e ativação dos novos módulos na CRC Nacional, será possível acessar no menu Convênios a opção Inscrição.

Selecionando a opção Inscrição, será exibido o formulário para geração manual do CPF. O formulário deverá ser preenchido integralmente com as informações disponíveis e ao término do preenchimento pressione o botão Salvar. Neste momento os dados serão transmitidos à Receita Federal e caso não ocorra nenhum erro, o CPF será gerado e exibido na tela.

Caso ocorra algum erro no momento da transmissão, será gerado um protocolo de erro e o CPF não será gerado. Segundo informações fornecidas pela Receita Federal, existem alguns pré-requisitos para geração do CPF, devido a limitação no sistema da RFB ou divergências no cadastro, podem ocorrer erros que impedirão a emissão do CPF, como por exemplo, divergência no nome da mãe do registrado, ou se nome do registrado tiver mais de 60 (sessenta) caracteres. Importante: Nos casos em que houver algum erro e o CPF não for gerado, o cartório deverá proceder a emissão da certidão de nascimento normalmente sem o CPF, o os pais deverão ser encaminhados a um posto da Receita Federal, para posterior emissão do CPF.