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Transcrição:

Resolução UNESP 39, de 24-4-2014 Dispõe sobre o Regimento Geral dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde da UNESP A Vice-Reitora, no Exercício da Reitoria da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, tendo em vista o deliberado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária, conforme o Despacho nº 107/2014- CEPE/SG, em sessão de 8 de Abril de 2014, baixa a seguinte Resolução: CAPITULO I Das Disposições Preliminares dos Programas de Residência Multiprofissional e em Área Profissional Da Saúde Art. 1º - Os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde constituem modalidade de ensino de Pós-Graduação Lato Sensu para profissões da área da saúde, excetuados os Programas de Residência Médica, e regidos por legislação da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) do Ministério da Educação e da UNESP. Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo abrange as seguintes áreas profissionais: Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional. Art. 2º - Para ser caracterizado como Residência Multiprofissional em Saúde, o programa deverá ser constituído por, no mínimo, três áreas profissionais da saúde: I. quando o programa constituir-se por mais de uma área de concentração, cada uma delas deverá contemplar, também, no mínimo, três áreas profissionais de saúde; II. as atividades teóricas, práticas e teórico-práticas de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde devem ser organizadas por: a) um eixo integrador transversal de saberes, comum a todas as profissões envolvidas, como base para a consolidação do processo de formação em equipe multiprofissional e interdisciplinar; b) um ou mais eixos integradores para a(s) área(s) de concentração constituinte(s) do programa; c) eixos correspondentes aos núcleos de saberes de cada profissão, de forma a preservar a identidade profissional. III. o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde deve ser orientado por estratégias pedagógicas capazes de utilizar e promover cenários de aprendizagem de modo a garantir a formação fundamentada na atenção integral, multiprofissional e interdisciplinar.

Art. 3º - A Residência em Área Profissional da Saúde é caracterizada por envolver uma das áreas profissionais citadas no parágrafo único do artigo 1º do presente Regimento, sendo caracterizada por treinamento supervisionado em serviço. Art. 4º - Os programas a serem desenvolvidos, terão como Instituição formadora a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP, como a Instituição de Ensino Superior devidamente cadastrada junto ao Ministério da Educação, em parceria com as Instituições Executoras, representadas pelas Faculdades, Institutos, Campus Experimentais e Unidades Auxiliares e Complementares onde se desenvolverão o maior percentual de carga horária prática do programa. O programa poderá ser desenvolvido com outras Instituições externas à Universidade desde que a Instituição Executora faça parte da UNESP e neste caso, obrigatoriamente, o vínculo deverá ser realizado sob a forma de convênio ou termo de compromisso contemplando as competências e responsabilidades de cada uma das partes. CAPITULO II Do encaminhamento de criação de programas e de alterações de Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde Art. 5º - As propostas e alterações de Programa de Residência Multiprofissional em Saúde e de Programa em Área de Profissional de Saúde deverão: I ter origem em Conselho de Residência da Instituição Executora ou em Comissão Assessora para tal fim; II contar com manifestação de interesse Institucional e aprovação da Congregação da respectiva Unidade Acadêmica da UNESP, sede do Programa e responsável por sua execução; III - ser submetidas à análise e parecer da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde - COREMU UNESP antes do seu encaminhamento para apreciação da Câmara Central de Pós-Graduação da UNESP e demais órgãos competentes, nos termos da legislação em vigor. Art. 6º - As propostas e alterações serão analisadas de acordo com o calendário de reuniões da COREMU-UNESP, devendo ser emitido um parecer circunstanciado por um de seus membros, quanto à adequação da Proposta aos requisitos mínimos para a implantação do Programa de acordo com a CNRMS: I realizar articulação/parceria com o gestor local (Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde) para definição de prioridades e demandas; II dispor de infra estrutura adequada de apoio e quantitativo de corpo docente qualificado; III possuir biblioteca atualizada com acervo de livros e periódicos pertinentes, salas em número suficiente e pontos de acesso às bases de dados virtuais; IV possuir capacidade mínima indispensável para efetivação do programa, como salas de aulas em número suficiente para discussões de casos, aulas teóricas e local de repouso apropriado para os residentes;

V - integrar-se às características e funcionamento dos cenários de prática das diversas Instituições, principalmente os da rede local, por meio de critérios bem definidos de referência e contra-referência; VI articular-se com as Unidades de Saúde da família utilizadas como campo de inserção de graduação; VII considerar a realidade sócio-epidemiológica, a capacidade técnico-assistencial e as necessidades loco regionais; VIII garantir a educação permanente de todos os colaboradores (preceptores, docentes e outros) envolvidos com o Programa; IX - garantir isonomia de benefícios oferecidos a todos os residentes e outras condições que a Instituição formadora e executora avaliem como relevantes, dependendo de sua especificidade. CAPITULO III Da Carga Horária e Regime Didático Art. 7º - Os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde da UNESP, terão duração mínima de vinte e quatro meses, com carga horária mínima a ser desenvolvida de duas mil oitocentas e oitenta horas anuais. Do total de horas do programa, vinte por cento serão destinadas às atividades teóricas ou teórico-práticas e oitenta por cento às atividades práticas em serviço (Resolução nº 3 de 4 de maio de 2010 da CNRMS), distribuídas em sessenta horas semanais, devendo ser cumpridas em regime de tempo integral e de dedicação exclusiva. 1º - O residente fará jus a: 1. um dia de folga semanal estabelecido pelo Conselho do Programa da Instituição Executora; 2. trinta dias consecutivos de férias, que podem ser fracionados em dois períodos de quinze dias consecutivos, por ano de atividade, ficando a cargo do Conselho do Programa da Instituição Executora, a normatização de eventuais períodos de carência; 3. licença para tratar de assuntos particulares, desde que devidamente aprovada pelo Conselho do Programa da Instituição Executora; 4. licença-saúde, devendo o residente demonstrar a impossibilidade de desempenhar suas atividades, apresentando atestado médico com a especificação do Código Internacional de Doenças (CID). Neste caso, o Programa deverá estender-se por período equivalente ao período da licença, para complementar a carga horária definida pelo programa pedagógico; 5. licença-maternidade de até cento e vinte dias de afastamento, após o parto, ou devido à intercorrências na gestação que tenham sido atestadas pelo médico. O Programa deverá estender-se por mais cento e vinte dias ou equivalente ao período da licença, para complementar a carga horária definida pelo programa pedagógico; 6. licença-adoção segue a mesma definição do 1º, item 5.

2º - Reposição de carga horária: 1. licenças por períodos inferiores à trinta dias consecutivos poderão ou não ser repostas, considerando o impacto deste afastamento para a formação das competências pelo residente e o cumprimento da carga horária mínima descrita no projeto político pedagógico, considerando-se a justificativa e aprovação pelo Conselho de Residência da Instituição Executora; 2. licenças por um período igual ou superior à trinta dias consecutivos, deverão ser repostas por período equivalente ao do afastamento. Art. 8º - A delimitação das atividades teórica, prática e teórico-prática será definida no Projeto Político Pedagógico de cada programa de residência, com aprovação da COREMU-UNESP, com a necessidade de diferenciação entre os anos de residência. 1º - Atividades teóricas são aquelas cuja aprendizagem se desenvolve por meio de estudos individuais e em grupo, em que o residente conte, formalmente, com a orientação de docentes, preceptores ou convidados, visando à aquisição de conhecimentos teóricos e técnicos que possibilitem a elaboração de modelos teóricopráticos. 2º - Os conteúdos teóricos serão divididos em disciplinas comuns (eixo transversal) e específicas a cada Programa de Residência Multiprofissional e nos Programas de Residência em Área Profissional da Saúde, as disciplinas devem ser especificas às profissões de cada programa. 3º - As atividades teórico-práticas incluem discussões sobre a aplicação do conteúdo teórico em situações práticas, com a orientação de docente, preceptor, tutor ou convidado, por meio de simulação em laboratórios e em ambientes virtuais de aprendizagem e análise de casos clínicos ou de ações de prática coletiva. 4º - As atividades teóricas, teórico-práticas e práticas poderão incluir, além do conteúdo especifico voltado às áreas de concentração e profissões relativas aos Programas de Residência, temas relacionados à bioética, à ética profissional, à metodologia científica, à epidemiologia, à estatística e às políticas públicas de saúde. CAPITULO IV Da Avaliação de Desempenho Art. 9º - A avaliação do desempenho do residente deverá ter caráter formativo e somativo, com utilização de instrumentos que contemplem os atributos cognitivos, atitudinais e psicomotores estabelecidos pela COREMU - Comissão de Residência Multiprofissional da UNESP e deverá ser normatizado pelo Conselho de Residência de cada Programa. Art. 10 - Deverá o programa estabelecer critérios de avaliação do residente, dentre eles, Trabalho de Conclusão do Curso. Parágrafo único - A supervisão permanente e a orientação do Trabalho de Conclusão do Curso deverão ser realizadas por docente com qualificação mínima de Mestre na área profissional ou na área de concentração do Programa.

Art. 11 - Ao término do Programa, o Coordenador deverá encaminhar a COREMU relatório com a lista de residentes aprovados; Parágrafo único - Os certificados fornecidos aos egressos serão expedidos pela UNESP, de acordo com a legislação pertinente. Art. 12 - No caso de desligamento do residente do Programa, a COREMU deverá ser informada com as devidas justificativas, num prazo máximo de trinta dias. Parágrafo único - O desligamento do residente do Programa, por parte da Instituição Executora, somente poderá ser efetuado desde que observados os preceitos da legislação vigente, dando-lhe o direito ao contraditório. CAPÍTULO V Das Diretrizes para os Regulamentos Locais Art. 13 - Os Conselhos de Residência dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde da UNESP, deverão ter Regulamento próprio aprovado nas diversas instâncias da Unidade Acadêmica, sede do Programa de Residência, pela COREMU e/ou Câmara Central de Pós-Graduação da UNESP. Parágrafo Único - A composição dos Conselhos de Residência dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde da UNESP, deverá estar estabelecida no Regulamento de cada Programa, estando assegurada a participação do seu respectivo Coordenador, representantes docentes, residentes, tutores e preceptores de cada área de concentração. Art. 14 - Os Conselhos dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde da UNESP, da Unidade Acadêmica da UNESP sede do Programa, respondem diretamente pelo planejamento, implantação e consolidação dos projetos políticos pedagógicos dos Programas de Residência, que deverão estar em consonância com a legislação vigente, e ser aprovados pela COREMU-UNESP. 1º - O projeto político pedagógico dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde deverá ser orientado pelo desenvolvimento de prática multiprofissional e interdisciplinar em determinado campo de conhecimento, integrando os núcleos de saberes e práticas de diferentes profissões envolvidas no programa. 2º - O projeto pedagógico dos Programas de Residência em Área Profissional da Saúde deverá ser orientado pelo desenvolvimento do núcleo específico dos saberes e práticas inerentes a cada profissão, em determinado campo de conhecimento. Art. 15 - Compete aos Conselhos de Residência dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde da UNESP a coordenação local nas questões de natureza pedagógica e operacional, como: I. planejar e acompanhar a execução do projeto pedagógico propondo ajustes e mudanças, quando necessários; II. assessorar o coordenador do programa no processo de planejamento, implementação, acompanhamento e avaliação das ações teóricas, teórico-práticas e práticas inerentes ao desenvolvimento do programa, propondo ajustes e mudanças quando necessários;

III. promover a institucionalização de novos processos de gestão, atenção e formação em saúde, visando o fortalecimento ou construção de ações integradas na(s) respectiva(s) área de concentração, entre equipe, entre serviços e nas redes de atenção à saúde; IV. atender às demandas de atribuições previstas no regulamento próprio de cada Conselho de Residência dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde da UNESP; V. estruturar e desenvolver grupos de estudo, que fomentem a produção de projetos de pesquisa ou de intervenção, voltados à produção de conhecimento e de tecnologias que integrem ensino e serviço para a qualificação da área de saúde. Art. 16 - A função de coordenação do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde da UNESP, deverá ser exercida por profissional com titulação mínima de Mestre e com experiência profissional de, no mínimo, três anos nas áreas de formação, atenção ou gestão em saúde. Art. 17 - São atribuições do Coordenador do Programa: I. fazer cumprir as deliberações da COREMU; II. garantir a implementação do programa; III. coordenar o processo de auto-avaliação do programa; IV. coordenar o processo de análise, atualização e aprovação das alterações do projeto político pedagógico junto à COREMU; V. constituir e promover a qualificação do corpo de docentes, tutores e preceptores, submetendo-os à aprovação pela COREMU; VI. mediar as negociações interinstitucionais para viabilização de ações conjuntas de estão, ensino, educação, pesquisa e extensão, no âmbito dos programas de residência; VII. promover a articulação do programa com outros programas de Residência em Saúde da instituição, incluindo a Médica, e com os cursos de graduação e pósgraduação; VIII. fomentar a participação dos residentes, tutores e preceptores no desenvolvimento de ações e de projetos interinstitucionais em toda a extensão da rede de atenção à saúde, e IX. responsabilizar-se pela documentação do programa e atualização de dados junto às instâncias institucionais locais de desenvolvimento do programa, à COREMU da UNESP e ao SisResidência. CAPÍTULO VI Do Corpo Docente, Orientadores, Tutores e Preceptores Art. 18 - A supervisão das atividades do residente será realizada por docentes, docentes orientadores, tutores e preceptores, cabendo ao projeto político pedagógico do programa especificar a necessidade e forma de atuação de cada categoria no

acompanhamento das atividades do residente, de acordo com o perfil estrutural do programa. Art. 19 - Os docentes são profissionais vinculados às instituições formadoras e executoras que participam do desenvolvimento das atividades teóricas e teóricopráticas previstas no projeto pedagógico, devendo ainda: I. articular junto ao tutor mecanismos de estímulo para a participação de preceptores e residentes nas atividades de pesquisa e nos projetos de intervenção; II. apoiar a coordenação dos programas na elaboração e execução de projetos de educação permanente em saúde, para a equipe de preceptores da instituição executora; III. orientar e avaliar os trabalhos de conclusão do programa, conforme as regras estabelecidas no regulamento próprio e da COREMU e ainda, orientar de maneira integral e supervisionar de forma direta a todas as atividades e na aquisição das competências do residente previstas no projeto pedagógico do programa, sendo neste caso denominado docente orientador. Parágrafo único - Os docentes orientadores deverão, necessariamente, ser da mesma área profissional do residente sob sua supervisão, estando presentes nos cenários de prática. Art. 20 - A função de tutor caracteriza-se por atividade de orientação acadêmica de preceptores e residentes, exercida por profissional com formação mínima de Mestre e experiência profissional de, no mínimo, três anos. Art. 21 - Ao tutor compete: I. implementar estratégias pedagógicas que integrem saberes e práticas, promovendo a articulação ensino-serviço, demodo a proporcionara aquisição das competências previstas no projeto pedagógico do programa, realizando encontros periódicos com preceptores e residentes com frequência mínima semanal, contemplando todas as áreas envolvidas no programa; II. organizar, em conjunto com os preceptores, reuniões periódicas para implementação e avaliação do projeto pedagógico; III. participar do planejamento e implementação das atividades de educação permanente em saúde para os preceptores; IV. planejar e implementar, junto aos preceptores, equipe de saúde, docentes e residentes, ações voltadas à qualificação dos serviços e desenvolvimento de novas tecnologias para atenção e gestão em saúde; V. articular a integração dos preceptores e residentes com os respectivos pares de outros programas, incluindo da residência médica, bem como com estudantes dos diferentes níveis de formação profissional na saúde; VI. participar do processo de avaliação dos residentes; VII. participar da avaliação do projeto pedagógico do programa, contribuindo para o seu aprimoramento.

Parágrafo único As competências descritas nos incisos I a VII deste artigo, são próprias do docente orientador quando a orientação do residente for por ele exercida. Art. 22 - A função de preceptor caracteriza-se por supervisão direta das atividades práticas realizadas pelos residentes nos serviços de saúde onde se desenvolve o Programa, exercida por profissional vinculado à Instituição formadora ou executora, com formação mínima de especialista. 1º- O preceptor deverá, necessariamente, ser da mesma área profissional do residente sob sua supervisão, estando presente no cenário de prática. 2º- A supervisão de preceptor de mesma área profissional, mencionada no parágrafo anterior, não se aplica a Programas, áreas de concentração ou estágios voltados às atividades que podem ser desempenhadas por quaisquer profissionais da saúde habilitados na área de atuação específica, como por exemplo: gestão, saúde do trabalhador, vigilância epidemiológica, ambiental ou sanitária, entre outras. Art. 23 - Ao preceptor compete: I. exercer a função de supervisor do(s) residente(s) no desempenho das atividades práticas vivenciadas no cotidiano da atenção e gestão em saúde; II. supervisionar e acompanhar, com suporte do(s) tutor(es) o desenvolvimento do plano de atividades teórico-práticas e práticas do residente, devendo observar as diretrizes do projeto pedagógico; III. elaborar, com suporte do(s) tutor(es) e demais preceptores da área de concentração, as escalas de plantões e de férias, acompanhando sua execução; IV. facilitar a integração do(s) residente(s) com a equipe de saúde, usuários (indivíduos, família e grupos), residentes de outros programas, bem como com estudantes dos diferentes níveis de formação profissional na saúde que atuam no campo de prática; V. participar, junto com o(s) residente(s) e demais profissionais envolvidos no programa, das atividades de pesquisa e dos projetos de intervenção voltados à produção de conhecimento e de tecnologias que integrem ensino e serviço da saúde, e VI. identificar dificuldades e problemas de qualificação do(s) residente(s) relacionadas ao desenvolvimento de atividades práticas de modo a proporcionar a aquisição das competências previstas no projeto pedagógico do programa, encaminhando-as ao(s) tutor(es) quando se fizer necessário; VII. participar da elaboração de relatórios periódicos desenvolvidos pelo(s) residente(s) sob sua supervisão; VIII. proceder, em conjunto com tutor(es), a formalização do processo avaliativo do residente, e IX. participar da avaliação da implementação do projeto pedagógico do programa, contribuindo para o seu aprimoramento. Parágrafo único As competências descritas nos incisos I a IX deste artigo, são próprias dos docentes orientadores quando a orientação for por ele exercida.

CAPÍTULO VII Do Corpo Discente Art. 24 - O profissional de saúde que ingressar em Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde - UNESP receberá a enominação de residente, e terá como atribuições: I. conhecer o projeto pedagógico do programa para o qual ingressou, atuando de acordo com as suas diretrizes orientadoras; II. empenhar-se como articulador participativo na criação e implementação de alternativas estratégicas inovadoras no campo da atenção e gestão em saúde; III. dedicar-se exclusivamente ao programa, cumprindo a carga horária de sessenta horas semanais; IV. conduzir-se com comportamento ético perante a comunidade e usuários envolvidos no exercício de suas funções, bem como perante o corpo docente, corpo discente e técnicoadministrativo das instituições que desenvolvem o programa; V. comparecer com pontualidade e assiduidade às atividades da residência; VI. articular-se com os representantes residentes na COREMU da instituição; VII. integrar-se às diversas áreas profissionais no respectivo campo, bem como com alunos do ensino da educação profissional, graduação e pós-graduação na área da saúde; VIII. quando aplicável, integrar-se à equipe dos serviços de saúde e à comunidade nos cenários de prática; IX. zelar pelo patrimônio institucional; X. participar de comissões ou reuniões sempre que for solicitado, e XI. manter-se atualizado sobre a regulamentação relacionada à Residência Multiprofissional e em Área Profissional de Saúde; Art. 25 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. CAPÍTULO VIII Das Disposições Transitórias Art. 1º- Os Programas de residência pré-existente na UNESP e que se caracterizem como Programa de Residência Multiprofissional em Saúde e de Programa em Área de Profissional de Saúde, conforme constante no presente Regimento, deverão apresentar o Regulamento e o projeto político pedagógico a serem avaliados pela COREMU UNESP antes do seu encaminhamento para apreciação da Câmara Central de Pós- Graduação da UNESP e demais órgãos competentes, nos termos da legislação em vigor. Art. 2º - Casos omissos serão resolvidos pela COREMUUNESP e/ou pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UNESP. (Processo 3718/50/1/2006- RUNESP)