RESOLUÇÃO UNESP Nº 83, DE 24 DE OUTUBRO DE 2016.
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- João Gabriel Gama Camilo
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1 RESOLUÇÃO UNESP Nº 83, DE 24 DE OUTUBRO DE Institui a Política de Idiomas da Unesp. O VICE-REITOR NO EXERCÍCIO DA REITORIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO", no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo inciso IX do Artigo 24 do Regimento Geral, nos termos do Despacho nº 139/2016-CCEU/SG, em sessão de 14/09/2016, e nos termos do Despacho nº 276/2016-CEPE/SG, em sessão de 11/10/2016, baixa a seguinte RESOLUÇÃO: CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares Artigo 1º Esta resolução define as diretrizes e objetivos da Política de Idiomas da Unesp, dispõe sobre os seus valores, sua estrutura de governança e competências no âmbito da Universidade. CAPÍTULO II Das Diretrizes, Objetivos e Valores da Política de Idiomas da Unesp Artigo 2º Fica instituída a Política de Idiomas da Unesp, com o objetivo geral de definir uma política institucional de idiomas para a Unesp que atenda aos pressupostos da internacionalização do ensino, da pesquisa e da extensão, valorizando as relações interculturais e a inclusão social, tomando como referência a formação integral, o respeito à diversidade e à solidariedade. Artigo 3º A Política de Idiomas da Unesp tem como base as seguintes diretrizes: I - multiplicidade de canais de comunicação, com a diversificação dos cenários de aprendizagem a partir das vivências acadêmicas, culturais e do cotidiano das pessoas, de forma presencial ou virtual em todas as suas variações; II - diversidade linguística e cultural, com a valorização de todos os processos formais ou informais que contribuam para a aprendizagem de idiomas e a interação com outras culturas; III - metodologias ativas e inovadoras, com a priorização de metodologias que promovam a autonomia do aprendiz, a comunicação real e valorizem e incentivem as iniciativas de comunicação interculturais;
2 IV - ensino contextualizado na realidade do aluno, com o atendimento aos pressupostos de qualidade do ensino, a partir do contexto do aluno, de seu nível de conhecimento, especificidades contextuais e necessidades; V - desenvolvimento integral do aluno, com a formação do aprendiz no âmbito cognitivo, social, cultural e ecológico, por meio do ensino e aprendizagem de outras línguas; VI - democratização do acesso à aprendizagem de idiomas, com a promoção do acesso igualitário à aprendizagem de idiomas a todos os alunos da Unesp; VII - participação social, com o envolvimento da comunidade interna e externa ao campus no planejamento e condução do programa, num processo participativo que segue os pressupostos da Extensão universitária; VIII - cooperação e mobilidade internacional, com a valorização de processos de formação compartilhados envolvendo a cooperação internacional para o intercâmbio de docentes, discentes e servidores técnico-administrativos; IX - parceria com as escolas públicas de educação básica, com o incentivo às interações com escolas públicas, seja em ações desenvolvidas in loco ou abrindo a possibilidade de participação desses alunos nas ações desenvolvidas nos campus; X - ensino da língua portuguesa para estrangeiros, com o estímulo ao ensino de língua portuguesa ao estrangeiro, como forma de valorização desse patrimônio e da cultura dos países de língua portuguesa; XI - parceria com o setor público e privado, com o reconhecimento do ensino de línguas entre as atividades fins da universidade, a fim de ampliar as oportunidades de aprendizagem a partir da captação de recursos junto ao poder público e a iniciativa privada; XII - formação de professores de línguas estrangeiras e português para estrangeiros, com a ampliação dos espaços formativos para a melhoria da relação teoria e prática nos cursos de Letras da Unesp. Artigo 4º Constituem objetivos específicos da Política de Idiomas: I - definir valores, princípios e estrutura para governar as ações referentes ao ensino e aprendizagem de idiomas, alinhadas às políticas públicas vigentes; II - sistematizar a oferta de oportunidades de aprendizagem de idiomas e de vivências interculturais nas atividades de internacionalização voltadas ao ensino, pesquisa e extensão da Unesp;
3 III - criar ambiente plurilinguístico e multicultural entre a comunidade unespiana e internacional; IV - estabelecer as competências das instâncias e setores da universidade no cumprimento da Política que ora se define; V - incentivar, promover e valorizar a cooperação com o setor público e privado como estratégia de sustentabilidade das ações desta política; VI - favorecer a sistematização das ações de ensino e aprendizagem de idiomas promovendo a interação entre a comunidade interna e externa, assim como a formação de professores de línguas estrangeiras. Artigo 5º Constituem valores impressos na Política de Idiomas: I - equidade, aplicada às unidades da Unesp e às características particulares de suas comunidades internas e externas distribuídas em todo o estado de São Paulo; II - inclusão, com o ensino e a aprendizagem de idiomas entendidos como ação afirmativa ao ampliar as oportunidades de inserção social da comunidade interna e externa da Unesp; III - cooperação, através dos processos esperados tanto nas práticas pedagógicas adotadas, quanto na interação com as instituições e o poder público desde a esfera local até a internacional; IV - respeito à diversidade de saberes, culturas, crenças, gêneros e outras diferenças; V - integração, refletida nas ações regionalizadas e de intercâmbios internacionais; VI - solidariedade como valor impresso em todas as interações sociais do processo; VII - autonomia, como fruto do processo pedagógico. CAPÍTULO III Da Estrutura de Governança da Política de Idiomas da Unesp Artigo 6º A Política de Idiomas terá a seguinte estrutura de governança, de acordo com seus respectivos objetivos: I - Comitê Central de Idiomas, designado por portaria do Reitor, é um órgão assessor e consultivo para todas as ações relacionadas ao ensino e aprendizagem de línguas na Unesp vinculado à
4 Vice-Reitoria. É composto por representantes da Pró-Reitoria de Graduação, da Pró-Reitoria de Pesquisa, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, da Pró-Reitoria de Extensão e dos coordenadores dos comitês regionais. Tem por objetivo fomentar, coordenar, democratizar e buscar apoio para organizar ações relacionadas ao ensino e à aprendizagem de idiomas, formação de professores de línguas estrangeiras e português para estrangeiros e outras atividades que contribuam para a operacionalização da Política de Idiomas da Unesp; II - Comitês Regionais de Línguas, designados por portaria do Reitor, representam estruturas descentralizadas do Comitê Central, que funcionam como pontos de apoio regional para um número definido de Unidades. A composição desses comitês se faz a partir das Unidades Universitárias que têm cursos de Letras; III - Comitês Locais de Internacionalização, subordinados aos vice-diretores ou vicecoordenadores da unidade ou Campus Experimental, atuam na ordenação dos assuntos relativos à internacionalização da Unesp, ligados ao CSURI. É a partir dos Comitês Locais de Internacionalização que as ações relativas à Política de Idiomas serão disseminadas e incentivadas em todas as Unidades da Unesp; IV - Centros Locais de Línguas, que correspondem a centros de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras destinados às demandas das comunidades interna e externa à Unesp. Estão vinculados à PROEX, sob a gestão da vice-diretoria das Unidades, dispondo de regulamentação própria. Os Centros Locais de Línguas representam a principal estrutura do Subprograma de Extensão Universitária Integrador dos Centros de Línguas da Unesp ; V - projetos e atividades, que são ações de caráter transitório, dependentes da captação de recurso externo, ou de qualquer outra iniciativa no âmbito da Unesp, os quais poderão ser desenvolvidos no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão, preferencialmente de forma articulada entre essas três dimensões; VI - ações transversais no ensino de Graduação, Pós-Graduação e Pesquisa, que representam ações afirmativas da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) e Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPE) de incentivo e valorização da comunicação em diferentes idiomas, incluindo o português como língua estrangeira, por meio de estratégias curriculares e outras voltadas à internacionalização da Unesp; VII - atividades interculturais, vinculadas ao Subprograma de Extensão Universitária Integrador dos Centros de Línguas da Unesp, portanto, à PROEX. Essas atividades contam com apoio do Comitê de Artes e Cultura (CAC Central) e da Rede Viva Melhor. Tem por objetivo fomentar as vivências interculturais em todas as unidades da Unesp, a partir da integração, na e da comunidade da Unesp, de estrangeiros que estão na Unesp e unespianos recém-chegados do exterior. CAPÍTULO IV Das Competências
5 Artigo 7º - Esta é uma política de gestão compartilhada entre Pró-Reitorias e AREX, cujo conjunto de ações deverá ser planejado no âmbito de cada uma dessas instâncias. A instância de articulação dessa política é representada pelo Comitê Central de Idiomas. Artigo 8º As instâncias integrantes da Política de Idiomas da Unesp terão as seguintes atribuições: I - à AREX compete: a) promover a cooperação interinstitucional e a mobilidade acadêmica; b) realizar prospecção de parceiros nacionais e internacionais para convênios e termos de cooperação visando o ensino de línguas; c) prestar assessoria aos processos de convênios internacionais e nacionais; d) acompanhar e apoiar Programas/Projetos de ensino de línguas vinculados a convênios e termos de cooperação com instituições ou agências de fomento. II - à PROEX compete: a) elaborar, lançar e monitorar a execução dos editais de projetos de extensão associados aos Centros de Línguas; b) apoiar e monitorar as atividades de gestão operacional e acadêmica dos Centros de Línguas; c) fomentar atividades artísticas culturais voltadas à comunicação em língua estrangeira em todas as unidades da Unesp; d) promover ações de acolhimento ao estudante estrangeiro na Unesp, bem como de valorização das experiências obtidas por alunos da Unesp em suas vivências no exterior. III - à PROGRAD compete: a) incentivar atividades que envolvam línguas estrangeiras como componentes dos currículos de Graduação; b) proporcionar oportunidades de vivências em língua estrangeira ao aluno de Graduação, no campus e no exterior.
6 IV - à PROPG compete: a) apoiar atividades que proporcionem o plurilinguismo de professores, alunos e servidores técnicos administrativos da Unesp no país e no exterior; b) apoiar iniciativas que promovam um ambiente multicultural no âmbito da Pós-Graduação. V - à PROPE compete: a) fomentar a cooperação para pesquisas bilaterais e multilaterais; b) promover a integração das unidades da Unesp, agregando grupos emergentes aos grupos com maior experiência internacional; c) incentivar a aprendizagem de idiomas aos docentes/pesquisadores da Unesp; d) apoiar a interlocução entre pessoal com competência em idiomas com docentes pesquisadores da Unesp, com vistas a ampliar a produção intelectual acadêmica e contribuir para o impacto da internacionalização da Unesp; e) apoiar o treinamento de docentes/pesquisadores e alunos de Iniciação Científica para redação de textos científicos em línguas estrangeiras. VI - às Unidades Universitárias compete: a) avaliar o contexto local e propor suas próprias políticas de idiomas a partir das diretrizes da Política da Unesp. Artigo 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. (Proc. nº vol.2-runesp) Pub. DOE nº 201, de 25/10/2016, p. 51 FIM DO DOCUMENTO
7 Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo
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