Folha do CJF. Informativo do Conselho da Justiça Federal. Transparência Serviço de Informações ao Cidadão já funciona no CJF p. 2

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Transcrição:

Folha do CJF Informativo do Conselho da Justiça Federal nº 28 - abril/maio 2012 Transparência Serviço de Informações ao Cidadão já funciona no CJF p. 2 Precatórios alimentícios e 1º lote dos precatórios comuns são liberados para pagamento p. 5 CEJ/CJF realiza Encontro dos Juízes das Varas Especializadas em Lavagem de Dinheiro (p. 6/7) e Workshop sobre o Sistema Penitenciário Federal (p. 8/9) Decisões do CJF Lançado o Manual da Identidade Visual da Justiça Federal p. 3

Transparência Conselho da Justiça Federal implanta Serviço de Informações ao Cidadão Foi publicada no DOU de 12/06 a Portaria CJF n. 161, que cria no CJF o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) previsto na Lei n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação). O objetivo do serviço é orientar o público quanto ao acesso à informação, cabendo-lhe receber, registrar, monitorar e responder aos pedidos de acesso à informação, que poderão ser feitos Folha do CJF Número 28 abril/maio 2012 Conselho da Justiça Federal SCES Setor de Clubes Esportivos Sul Trecho III Polo 8 Lote 9 Subsolo CEP 70200-003 Brasília DF Telefones: (061) 3022-7075/7076 e-mail: imprensa@cjf.jus.br Ministro ARI PARGENDLER Presidente Ministro FELIX FISCHER Vice-Presidente Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Corregedor-Geral da Justiça Federal, Presidente da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais e Diretor do Centro de Estudos Judiciários Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI Ministro CASTRO MEIRA Desembargador Federal MÁRIO CÉSAR RIBEIRO Desembargadora Federal MARIA HELENA CISNE Desembargador Federal NEWTON DE LUCCA Desembargadora Federal MARGA BARTH TESSLER Desembargador Federal PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA Membros efetivos Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA Ministro MASSAMI UYEDA Ministro HUMBERTO MARTINS Desembargador Federal DANIEL PAES RIBEIRO Desembargador Federal RALDÊNIO BONIFÁCIO COSTA Desembargadora Federal MARIA SALETE CAMARGO NASCIMENTO Desembargador Federal LUIZ CARLOS DE CASTRO LUGON Desembargador Federal ROGÉRIO DE MENESES FIALHO MOREIRA Membros suplentes Eva Maria Ferreira Barros Secretária-Geral Roberta Bastos Cunha Nunes FENAJ 4235/14/12/DF Assessora de Comunicação Social Adriana Dutra Coordenadora de Comunicação Impressa José Ribamar Teixeira Filho Chefe da Seção de Imprensa Raul Cabral Méra Chefe da Seção de Planejamento Visual Bianca Nascimento Isabel Carvalho Repórteres Paulo Rosemberg Edson Queiroz Fotografias Claudia Pires El-moor Projeto Gráfico Raul Cabral Méra Ramon Duarte Oliveira Diagramação e Ilustração Coordenadoria de Serviços Gráficos do Conselho da Justiça Federal Impressão por qualquer cidadão. No CJF, o SIC funcionará junto à Secretaria-Geral, sendo a Assessoria de Comunicação Social a unidade responsável pelo recebimento dos pedidos, processamento e encaminhamento das informações. O SIC já está disponível no site do CJF, no link: http://www.jf.jus.br/cjf/informacoesao-cidadao/informacoes-ao-cidadao. Os interessados em obter informações que sejam da responsabilidade do CJF podem encaminhar e-mail ao endereço sic@cjf.jus.br, correspondência ao Serviço de Informações ao Cidadão Assessoria de Comunicação Social Conselho da Justiça Federal - Setor de Clubes Esportivos Sul SCES - Trecho III - Polo 8 - Lote 9 - Brasília/DF -CEP: 70200-003, comparecer pessoalmente neste endereço ou entrar em contato pelo telefone: (0xx61) 3022-7076. A Portaria determina que o SIC deve prestar a informação de imediato ao solicitante, sempre que possível, ou direcionar o pedido à unidade competente do CJF. O pedido será respondido no prazo máximo de 20 dias, a contar da data do recebimento. Mediante justificativa expressa do titular da unidade responsável pela informação, esse prazo poderá ser prorrogado por 10 dias. No caso de indeferimento (não-atendimento) do pedido de acesso à informação, o interessado poderá interpor recurso contra a decisão que negou o pedido no prazo de 10 dias, a contar da ciência. Em maio deste ano, o presidente do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Ari Pargendler, havia criado comissão para implantar o SIC, nos moldes previstos na Lei 12.527/2011 que entrou em vigor em 16/05. A comissão, instituída pela Portaria 136/2012, do CJF, também será responsável por contribuir com o grupo formado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do qual farão parte todos os tribunais superiores e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). A proposta é discutir, em 60 dias, uma regulamentação comum a todos os órgãos, incluindo parâmetros gerais para classificação de documentos. No link Informações ao Cidadão do site do CJF é possível se informar sobre a composição do Colegiado, as atribuições do órgão, seu Regimento Interno e ainda sobre as despesas do Conselho, licitações, editais e contratos, e muito mais. Transparência Entre as principais exigências da nova lei está a adequação dos sites das instituições públicas, que deverão ser atualizados e conter ferramentas que permitam a pesquisa de forma objetiva, clara e com linguagem de fácil compreensão. Os órgãos deverão se preparar para atender ao cidadão. Continuam com acesso restrito os processos que tramitam sob segredo de justiça, dados pessoais de servidores e documentos que coloquem em risco a segurança nacional. A medida vem ao encontro da necessidade de que órgãos públicos, empresas estatais e ONGs financiadas com recursos públicos se adaptem à nova legislação. A recusa na liberação dos dados poderá acarretar aos servidores responsáveis pela divulgação penas como advertências, multas e abertura de processo por improbidade administrativa. 2

Decisões do CJF Publicada resolução que regulamenta a gestão da Identidade Institucional da JF A medida visa instituir uma identidade única para a Justiça Federal, reforçando a credibilidade e a comunicação institucional O Diário Oficial da União de 5 de junho, na Seção I, página 60, publicou a Resolução193, de 1º de junho de 2012, do Conselho da Justiça Federal (CJF), que dispõe sobre a gestão da identidade da Justiça Federal e institui o Manual da Identidade Visual da Justiça Federal. A resolução dá sequência ao decidido em sessão de 28 março de 2011, na qual foi aprovada a logomarca única da Justiça Federal. A identidade institucional única é o primeiro passo do projeto que instituirá a Política de Comunicação da Justiça Federal, coordenado pelo CJF. Com a resolução e o manual, o CJF, os cinco tribunais regionais federais e respectivas seccionais passam a ter o prazo de um ano para utilizarem a nova logomarca em todos os seus suportes institucionais, com exceção de fachadas e layouts arquitetônicos e carteiras de identidade funcional, que serão objeto de projetos próprios. A resolução tem o objetivo de fixar a logomarca única da Justiça Federal como o seu símbolo visual exclusivo, determinando que essa logomarca deverá substituir quaisquer outras que vinham sendo utilizadas pelas instituições da Justiça Federal, qualquer que seja a unidade ou o nível hierárquico. O manual instituído pela resolução servirá como referência a todas as instituições da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, para a aplicação da logomarca única em todos os suportes físicos e elementos de design gráfico de uso institucional (materiais de papelaria, impressos, crachás, sinalização interna, uniformes, inclusive os coletes dos agentes de segurança, e nas categorias de veículos considerados de serviço conforme IN 04-01/2010 do CJF). A resolução e o manual também instituem a bandeira da Justiça Federal, que passará a ser hasteada nos prédios institucionais e em solenidades e eventos, ao lado da Bandeira Nacional e da bandeira do Mercosul. A resolução estipula um prazo de seis meses para a inserção provisória da nova logomarca institucional nas testeiras (canto superior esquerdo da página) dos portais corporativos web e intranets do CJF e das instituições da Justiça Federal de primeiro e segundo graus. A aplicação definitiva da nova identidade em sites e produtos web será definida em outro projeto estratégico a ser desenvolvido no âmbito do CJF, denominado Unificação dos Portais da Justiça Federal. O projeto tem por escopo a redefinição dos portais corporativos, de modo que todos passem a ter layout e arquitetura da informação uniformizados e integrados em uma só porta de entrada, a do Portal da Justiça Federal (www.justicafederal.jus.br ou www. jf.jus.br), conforme preconiza a Resolução 45, de 17 de dezembro de 2007, do Conselho Nacional de Justiça. As instituições que passam figurar nas assinaturas da logomarca são o CJF, os TRFs e suas respectivas seções judiciárias. Além destas, poderão figurar nas assinaturas da logomarca, por seu caráter específico e relativamente autônomo em relação às instituições às quais pertencem, o Centro Cultural Justiça Federal, o Centro de Estudos Judiciários (pertencente ao CJF), as escolas da magistratura federal e, como entidade genérica, dada a sua relevância social, os Juizados Especiais Federais, observada a posição hierárquica desses órgãos em relação à instituição maior à qual pertencem. No intuito de assegurar a uniformidade, a integridade e a credibilidade da identidade única da Justiça Federal, a resolução outorga às assessorias de comunicação social (ou unidades congêneres) dos TRFs e respectivas seccionais, sob a coordenação da Assessoria de Comunicação Social do Conselho, competência para proceder à gestão da identidade institucional, que compreenderá, sem prejuízo de outras relacionadas à matéria: zelar pela correta observância do Manual da Identidade Visual no âmbito institucional; assegurar a uniformidade na utilização da identidade e da imagem institucional em todas as mídias; e assegurar a uniformidade na utilização da identidade e da imagem institucional em todos os projetos e ações institucionais, assim como sua conformidade aos preceitos do manual. De acordo com o manual, a identidade visual é apenas um dos aspectos da identidade corporativa, a qual, para que se firme como uma autêntica personalidade institucional sólida e confiante, deve incluir todos os aspectos da cultura organizacional, de sua política de atuação, de sua postura ética e valorativa e de seu relacionamento com os diversos públicos de interesse. A resolução foi aprovada pelo Colegiado do CJF, em sessão realizada em 21 de maio último, nos termos do voto-vista do corregedorgeral da Justiça Federal, ministro João Otávio de Noronha. Em seu voto, o ministro sugeriu que no texto da resolução fosse inserida menção expressa à obrigatoriedade do uso das Armas Nacionais (Brasão da República) nos papéis destinados aos atos oficiais, ofícios, convites e outras publicações de caráter oficial. 3

Decisões do CJF Acréscimo de 17% ao tempo de serviço de magistrados é indeferido O Conselho da Justiça Federal (CJF), reunido em sessão em 16 de abril, indeferiu pedido das Associações dos Juízes Federais do Rio Grande do Sul - Ajufergs, dos Juízes Federais da 1ª Região - Ajufer, e dos Juízes Federais do Brasil - Ajufe, que requeriam o reconhecimento do direito adquirido de acréscimo de 17% ao tempo de serviço, já averbado ou por averbar, que os juízes federais e os membros do Ministério Público que ingressaram na magistratura possuíam em 16 de dezembro de 1998, data da publicação da Emenda Constitucional n. 20/98. As associações pediam, ainda, a majoração nas folhas funcionais desses magistrados, inclusive observando-se, enquanto vigente, o critério do art. 3º, inc. III, da Emenda Constitucional n. 47, de 5 de julho de 2005, que admite a redução do limite de idade para a aposentadoria para cada ano de contribuição que exceder 35 anos. De acordo com a decisão do CJF, nos termos do voto do relator, ministro Teori Albino Zavascki, não há possibilidade jurídica de cumprimento dos requisitos de qualquer outra regra de inativação, que não aqueles em que a regra se insere: o próprio art. 8º da EMC 20/98 ou o art. 2º da EMC 41/03. Não há, portanto, possibilidade de contagem de tempo ponderado relativo ao tempo de serviço de magistrado exercido até 15/12/1998, na forma prevista nos arts. 8º da EMC 20/98 ou art. 2º da EMC 41/03, para fins de redução do limite mínimo de idade para aposentadoria previsto no inc. III do art. 3 da EMC 47/2005. O art. 8º da EMC n. 20/98 passou a aplicar aos magistrados e membros do Ministério Público as mesmas regras de aposentadoria do servidor público, dispondo que, no caso dos homens, esses profissionais teriam o tempo de serviço exercido até a publicação da EMC contado com o acréscimo de 17%. O art. 2º da EMC 41/03 confirmou esta regra. O inc. III do art. 3 da EMC 47/2005 estabelece que o servidor público poderá se aposentar com proventos integrais desde que, dentre outras condições, tenha a idade mínima resultante da redução de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder a 35 anos, no caso dos homens. De acordo com o voto, o incremento do percentual de 17% ao tempo de serviço anterior à EMC 20/98 somente se aplica aos magistrados que tenham implementado, concomitantemente, até 19/12/2003, todos os requisitos constantes da regra de transição do art. 8º da EMC 20/98 ou, ainda, que venham a implementar todos os requisitos, concomitantemente, da regra de transição do art. 2º da EMC 41/03. Essa regra, segundo informa a Secretaria de Recursos Humanos do CJF, somente seria aplicável aos magistrados do sexo masculino que contassem, em 15/12/1998, com tempo de contribuição a partir de 23 anos, já que tempo inferior a este seria insuficiente para aquisição da menor Edson Queiroz Sessão do CJF do dia 16 de abril aposentadoria proporcional (30/35 avos), além de já ter implementado os demais requisitos, ou seja, idade mínima de 53 anos e cinco anos de efetivo exercício no cargo. O voto assinala que os magistrados do sexo masculino que se enquadrarem nessas hipóteses poderão optar pela aposentadoria com o adicional de 17% sobre o tempo anterior à EMC n. 20/98 a qualquer tempo, desde que preenchidos os requisitos dessas regras de transição, vinculados, contudo, a todos os critérios e condições da regra escolhida. Esta tese, de acordo com o voto, é confirmada pelo Tribunal de Contas da União no Acórdão 621/2010, relatado pelo ministro Walton Alencar Rodrigues. O texto do acórdão do TCU explicita que o acréscimo no tempo de serviço de 17%, previsto no 3º do art. 8º da EC 20/1998 e no 3º do art. 2 da EC 41/2003, somente é aplicável às aposentadorias que têm por fundamento os citados art. 8º da EC 20/1998 e art. 2º da EC 41/2003, em decorrência expressa dessas emendas constitucionais, que admitiu essa contagem apenas nos casos que disciplinaram. Substituição do titular nos feriados e recessos pode fazer jus à contraprestação pecuniária Todos os servidores investidos na condição de substitutos, no efetivo desempenho das atribuições do titular, se tiverem sido formalmente escalados pela Administração para atuarem nos plantões necessários ao funcionamento dos trabalhos durante os feriados, fazem jus ao recebimento do valor correspondente à substituição. Este foi o entendimento do Colegiado do Conselho da Justiça Federal (CJF) no julgamento do processo administrativo CF-ADM-2012/00030, nos termos do voto do relator e vice-presidente do CJF, ministro Felix Fischer, em sessão realizada em 21 de maio. 4 O processo teve origem em consulta formulada pela Secretaria de Recursos Humanos do CJF sobre a possibilidade de pagamento dos valores de substituição a servidores que trabalham no período do recesso forense. De acordo com o ministro relator, o servidor substituto, pouco importa se foi designado antes ou após o início do recesso, fará jus à contraprestação pecuniária, desde que demonstrado o interesse público do serviço e mediante designação formal do substituto em razão da ausência do titular na ocasião. Da mesma forma, quando o titular estiver em gozo de compensação por ter laborado no recesso forense, o substituto faz jus aos valores correspondentes à substituição. O ministro salienta que a necessidade de funcionamento da unidade durante os períodos de feriado deve ser demonstrada e ratificada pela autoridade competente. Neste caso, se aplica o art. 38 da Lei 8.112/90, que trata do direito do servidor substituto de fazer jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia do titular, nos casos de afastamentos ou impedimentos legais deste último.

Execução Orçamentária 4,5 bilhões em precatórios alimentícios foram pagos na JF O Conselho da Justiça Federal (CJF) autorizou, em 30/04, a liberação de recursos financeiros para o pagamento dos precatórios federais de natureza alimentícia. Cerca de R$ 4,5 bilhões foram destinados aos tribunais regionais federais, responsáveis por efetuarem o depósito desses valores, de acordo com seus cronogramas, nas contas dos beneficiários junto às instituições financeiras oficiais: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Desse valor total, R$ 2,5 bilhões correspondem ao pagamento de benefícios previdenciários precatórios pagos em ações movidas contra a Previdência Social. Neste caso, 43.954 pessoas foram beneficiadas em todo o País, de um total de 39.464 processos. Já para o pagamento dos precatórios do Fundo Nacional de Assistência Social, foram liberados R$ 31 milhões, que beneficiaram 946 pessoas, de um total de 837 processos. Aproximadamente R$ 1,5 bilhão foi liberado para pagar os demais precatórios alimentícios da Administração Direta da União e R$ 399 milhões para quitar os precatórios alimentícios de outras entidades (autarquias e fundações públicas federais). 1º lote dos precatórios comuns: R$ 1,6 bilhões No final de maio, o presidente do CJF, ministro Ari Pargendler, autorizou a liberação de recursos financeiros aos TRFs no total aproximado de R$ 1,6 bilhões (R$ 1.555.289.957,95), para pagamento do primeiro lote de precatórios federais de natureza comum, que são aqueles que não se enquadram na definição de natureza alimentícia. Foram liberados para pagamento dos precatórios de responsabilidade da Administração Direta (União) o valor de R$ 1,247 bilhões e de responsabilidade da Administração Indireta (autarquias e fundações públicas federais) o valor de R$ 307,7 milhões. A previsão é que os depósitos estejam disponíveis aos beneficiários na primeira quinzena do mês de junho. Quanto ao segundo e último lote dos precatórios comuns, a autorização aos tribunais será feita pelo CJF até o final do mês de junho e a previsão é que os depósitos estejam disponíveis no mês de julho. O CJF esclarece que cabe aos tribunais regionais federais, de acordo com seus cronogramas próprios, fazer o depósito dos valores nas contas dos beneficiários junto às instituições financeiras oficiais: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Precatórios Alimentícios 2012 Valores em R$ TRF 1 861.345.871,35 TRF 2 582.867.786,51 TRF 3 1.051.680.900,72 TRF 4 1.502.158.221,46 TRF 5 500.218.166,52 TOTAL 4.498.270.946,56 Precatórios não Alimentícios 1º lote - 2012 Valores em R$ TRF 1 695.516.529,86 TRF 2 229.733.882,58 TRF 3 171.055.396,31 TRF 4 328.174.240,27 TRF 5 130.809.908,93 TOTAL 1.555.289.957,95 5

Centro de Estudos Judiciários Ministro Noronha manifesta apoio às varas especializadas em lavagem de dinheiro Encontro promovido pelo CEJ/CJF reuniu juízes dessas varas para uma avaliação dos dez anos de seu funcionamento e discussão de soluções para os problemas hoje enfrentados Na abertura do Encontro dos Juízes das Varas Especializadas em Lavagem de Dinheiro e contra o Sistema Financeiro Nacional, o ministro João Otávio de Noronha, corregedorgeral da Justiça Federal e diretor do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Conselho da Justiça Federal (CJF), promotor do evento, reiterou o compromisso do CEJ/CJF em dar apoio aos juízes que atuam nessas varas. Na ocasião, o ministro assinou portaria que incorpora de forma permanente o evento no calendário do CEJ, cuja realização será anual. Para ele, uma demonstração da importância conferida ao tema. O encontro foi realizado em Brasília (DF), em 26 e 27 de abril. Segundo o ministro, o encontro tem o objetivo de dar prosseguimento a uma estratégia de instrumentalização e capacitação dos juízes e demais envolvidos no combate a esse crime, iniciada em 2002 e amplamente respaldada na política nacional de combate ao crime internacional. Ele ressalta que a atuação do CJF como órgão central do sistema da Justiça Federal legitima-o para estabelecer diretrizes que norteiem e auxiliem no cumprimento dessa missão por parte da Justiça Federal. Neste sentido, o CJF pode integrar esforços de diversos setores, a fim de possibilitar uma melhor prestação jurisdicional em um tema tão caro à sociedade brasileira. Conforme relatou o ministro, a movimentação de dinheiro considerado sujo no sistema financeiro dos estados, ao redor do mundo, tem um volume considerável. Investigações dos EUA divulgadas em 1999 indicam que as principais instituições financeiras do Brasil não participavam conscientemente da lavagem de dinheiro, mas eram usadas para tanto. Estima-se que à época um trilhão de dólares procedentes desse crime eram movimentados ao redor do mundo, informou. A grande quantidade de recursos ilícitos no sistema financeiro e na economia nacional produz consequências desastrosas, tais como sonegação fiscal e a desmoralização da administração pública, com a corrupção de servidores, continua ele. Isto, de acordo com o ministro, contribui para reforçar no imaginário social o descrédito com o aparelho do Estado e a impunidade dos criminosos poderosos. A lavagem de dinheiro, na definição do ministro, tem como característica a introdução na economia de bens, direitos e valores oriundos de atividade ilícita que representaram, no momento de seu resultado, o aumento do patrimônio do agente. Juntamente com os crimes a ela correlatos, extrapolam regiões do País e ultrapassam as fronteiras nacionais, comprometendo atividades econômicas e minando políticas sociais. Dentre os graves crimes antecedentes da lavagem, estão os derivados do terrorismo, o contrabando de armas, o tráfico de entorpecentes e os praticados por organizações criminosas. O aumento da cooperação jurídica internacional para o combate a esses tipos de crime, segundo o ministro, é um fator positivo. O Brasil está presente nesse cenário, inte- Edson Queiroz Da esquerda para a direita: Hélia Maria de Oliveira Bettero, procuradora-geral da União, ministro Gilson Dipp, ministro João Otávio de Noronha, Jennifer Wallis, do Departamento de Justiça dos EUA e Jorge Costa, juiz federal auxiliar da Corregedoria-Geral grando os principais grupos que participam no combate a essa criminalidade, observa. Ele relata que há dez anos, por iniciativa do CJF, foram criadas varas federais específicas no processamento e julgamento de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de Lavagem de Dinheiro, e que já apresentam resultados significativos. Funcionam hoje no País 24 varas federais especializadas. Na 1ª Região da Justiça Federal, que abrange 13 estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste e o Distrito Federal, há 6 varas. Na 2ª Região, que inclui o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, há 5 varas. Na 3ª Região, que engloba São Paulo e Mato Grosso do Sul, são 6 varas. Na 4ª Região, que inclui Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, são 4 varas. E na 5ª Região, que abrange seis estados do Nordeste, são 3 varas. Balanço dos dez anos Principal idealizador da iniciativa de especializar varas federais no processamento e julgamento de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp, fez um balanço dos dez anos de funcionamento dessas varas. Para o ministro, os avanços no combate a esses crimes, decorrentes da especialização dessas varas, são visíveis, com um aumento exponencial no número de inquéritos e processos em tramitação, mas ainda falta maior apoio por parte dos tribunais regionais federais. De acordo com ele, muitas varas ainda funcionam com apenas um juiz e poucos funcionários e não possuem o aparelhamento adequado para o processamento desses crimes, considerados de alta complexidade. Além disso, muitos processos em que há condenações em primeira instância ficam parados por muito tempo nos tribunais, já que estes, com exceção do TRF da 4ª Região, não possuem turmas especializadas em matéria penal. De acordo com Gilson Dipp, as varas federais especializadas sempre foram o ponto alto das avaliações internacionais do Brasil em relação a esse tema, conduzidas pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), organismo intergovernamental que promove políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. 6

Centro de Estudos Judiciários Ministro Gilson Dipp As avaliações feitas pelo GAFI em relatório de 2000, segundo relata o ministro, elogiaram o advento da Lei 9.613/1998, que passou a tipificar o crime de lavagem de dinheiro e seus antecedentes. Já o relatório de 2005 elogiou o Brasil por ter criado as varas especializadas e desenvolvido mecanismos para recuperação de ativos ilícitos. Por outro lado, apontava como fator negativo as dificuldades ainda enfrentadas por autoridades estrangeiras para investigar os crimes praticados em território brasileiro. Já o último relatório, de 2010, criticou o Brasil por não reformar as leis penais e por não implementar acordos relativos à cooperação jurídica internacional. O ministro apresentou dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que revelam que quase metade dos acordos assinados pelo Brasil com outros países para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro jamais entrou em vigor ou não atende aos padrões técnicos internacionais. Ele aponta um avanço importante, que é a criação do Sistema Nacional de Bens Apreendidos, sediado no CJF e que atende a uma determinação da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCLLA), a qual reúne 70 órgãos do poder público brasileiro, com representantes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. No último relatório do Sistema Nacional de Bens Apreendidos, de acordo com o ministro, encontram-se cadastrados R$ 1,5 bilhão em bens. Deste montante, a Justiça Federal responde por mais de R$ 1 bilhão, o que permite a constatação de que os crimes de competência da Justiça Federal respondem por 2/3 dos bens apreendidos, observa. Os bens apreendidos em decorrência da lavagem de dinheiro na Justiça Federal, segundo ele, correspondem a 26,25% do total, cerca de R$ 276,5 milhões e, comparativamente, na Justiça Estadual, esse montante corresponde a apenas 0,09% do total. Isto demonstra que a especialização da Justiça Federal deu resultados, conclui. Apesar desse avanço, ele sublinha que a Justiça Federal ainda precisa de mecanismos para dar uma destinação adequada a esses bens apreendidos. O maior quantitativo dos bens decorrentes da lavagem de dinheiro, correspondente a 68% do total, refere-se a imóveis, difíceis de serem administrados pelo juiz. Um dado mais alarmante diz respeito à destinação desses bens, já que apenas 11,84% dos bens relativos a processos da Justiça Federal tiveram destinação até este momento. Muitos estão deteriorando ou se depreciando, revela o ministro (veja box). Ele informa que há projetos tramitando no Congresso Nacional possibilitando a alienação antecipada de bens apreendidos ou criando mecanismos para facilitar a destinação. Mas, na opinião do ministro, a alienação antecipada já pode ser aplicada pelos juízes, pela construção criativa de cada um, dentro da medida do poder cautelar e obedecida a transparência. Corregedor-Geral cria grupo de trabalho sobre administração de bens apreendidos Ser juiz de uma vara federal especializada no julgamento de crime de lavagem de dinheiro não consiste apenas no julgamento dos delitos ou crimes que são de alta complexidade e envolvem quantidades expressivas de bens e valores. Uma das maiores dificuldades apontadas pelos juízes que atuam nessas varas consiste na administração e destinação dos bens apreendidos no curso do processo, sobretudo em razão da quantidade e do valor. Preocupado com essa questão, o corregedor-geral da Justiça Federal, ministro João Otávio de Noronha, decidiu criar junto ao CJF um grupo de trabalho, composto por juízes das cinco regiões da Justiça Federal, para propor a adoção de mecanismos capazes de auxiliá-los na administração e destinação desses bens. De acordo com os juízes presentes ao Encontro dos Juízes das Varas Federais Especializadas em Lavagem de Dinheiro, a administração desses bens lhes toma muito tempo e envolve uma série de problemas. Em muitos casos, o juiz confisca provisoriamente os bens de um réu processado por lavagem de dinheiro, mas tem que administrá-los até que o processo seja concluído. Na administração de fazendas de criação de gado, por exemplo, envolve a necessidade de nomear um administrador e acompanhar a lisura dessa administração, se o gado está sendo bem alimentado, se está se reproduzindo, ou seja, se a fazenda está gerando lucros ou prejuízos. A responsabilidade pelos bens, no fim das contas, é sempre do juiz. O CJF deve criar uma estrutura de apoio à Justiça Federal para administrar esses bens, disse o ministro Noronha. Sua orientação é de que o grupo de trabalho discuta essa questão no CJF e proponha, até agosto deste ano, uma solução institucional para esse problema. Posteriormente, o ministro pretende chamar outros órgãos envolvidos Advocacia-Geral da União, Ministério Público Federal, Polícia Federal e Banco Central para colaborarem nessa iniciativa. Dentre as propostas já apresentadas durante a reunião, está a criação de um cadastro nacional de imóveis apreendidos, um cadastro nacional de empresas habilitadas a administrar bens apreendidos, e um cadastro nacional de empresas habilitadas a leiloar esses bens. O ministro anunciou ainda aos juízes a iminente adesão do CJF a um sistema de penhora on line de imóveis desenvolvido pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg). O sistema permitirá ao juiz penhorar imóveis sem sair do seu gabinete. O corregedor-geral informou também que o CEJ/CJF está finalizando a edição de um Manual de Alienação, a partir de modelo fornecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que será distribuído a todos os juízes federais. 7

Centro de Estudos Judiciários Workshops têm proporcionado avanços no SPF, afirma corregedor-geral A Seção Judiciária do Rio Grande do Norte foi a sede do III Workshop sobre o Sistema Penitenciário Federal, que reuniu autoridades para discutirem medidas de aperfeiçoamento do Sistema Penitenciário Federal A aprovação de enunciados sobre o Sistema Penitenciário Federal, que devem ganhar força normativa mediante proposta de resolução do CJF, além de outras medidas para aperfeiçoar o sistema, foram as premissas do III Workshop sobre o Sistema Penitenciário Federal. Realizado em 17 de maio na Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, em Natal, o evento, promovido pelo Centro de Estudos Judiciários do CJF, foi aberto pelo corregedorgeral da Justiça Federal e diretor do CEJ/CJF, ministro João Otávio de Noronha. O III Workshop contou com a participação dos juízes federais corregedores dos presídios federais, os diretores desses presídios e demais autoridades da Justiça Federal, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Defensoria Pública da União (DPU). O objetivo foi buscar o aprimoramento do SPF por intermédio da discussão de enunciados, recomendações, propostas de alterações legislativas e experiências que possam superar as dificuldades hoje identificadas na gestão do sistema. Este evento vem-se tornando fundamental no calendário da Corregedoria, tendo em vista os significativos avanços que proporcionou ao Sistema Penitenciário Federal, um grande desconhecido não só da população, mas também dos juízes, afirmou o ministro Noronha. Ele ressalta a importância de chamar a atenção das autoridades para o fato de que o sistema é modelar, mas sem descurar dos direitos dos presos. A intenção da Corregedoria, segundo ele, é a de assumir um papel proeminente na coordenação dos conflitos que eventualmente possam surgir entre as instituições envolvidas e na uniformização do sistema. Da esquerda para a direita: juízes federais Walter Nunes e Márcio Mafra (juiz em auxílio a Corregedoria-Geral), coordenadores do III Workshop Da esquerda para a direita: desembargador federal André Fontes, corregedor do TRF2, ministro João Otávio de Noronha e desembargador federal Rogério Fialho, vice presidente do TRF5 O objetivo do Workshop, segundo o ministro, é aperfeiçoar e divulgar os enunciados e verificar se estão sendo realmente aplicados. Para tanto, antes do evento, o grupo de trabalho que coordenou sua realização encaminhou questionários aos atores envolvidos no sistema juízes, diretores das penitenciárias, membros do Ministério Público e defensores federais com perguntas relativas à aplicação dos enunciados. Queremos que eles ganhem força normativa por intermédio de resolução do CJF, uma força normativa, na visão do ministro, construída não de forma verticalizada, mas produto do consenso. A adoção de medidas como esta, no entender do ministro, resulta de uma visão moderna do órgão correcional em seu papel de disseminar conhecimento. Tudo se encaminha para que o workshop se transforme em fórum permanente de discussão avalia. O ministro lembra que, para compreender melhor a realidade do SPF, a Corregedoria-Geral já promoveu dois workshops em parceria com o Depen. Nesses encontros foram apresentados e aprovados enunciados, recomendações e propostas de alteração legislativa, que resultaram em duas publicações patrocinadas pelo CJF. A inauguração, em 23 de junho de 2006, da primeira penitenciária federal em Catanduvas (PR), conforme relatou o corregedor-geral, trouxe a preocupação em aprofundar os estudos sobre o tema, já que esse tipo de prisão era novidade no Brasil, e a pouca experiência ocasionou muitas dúvidas. Diferentemente do que o senso comum imagina, os presídios federais não existem para acolher sentenciados oriundos da Justiça Federal. Os presídios federais atendem a uma necessidade do Estado de lidar com presos de alta periculosidade e chefes de facções criminosas. Foram concebidos para funcionar de maneira exemplar, cumprindo todos os requisitos de segurança. Funcionam com celas individuais e nunca têm lotação máxima. Nunca houve fuga ou rebelião nessas unidades, esclarece o ministro. Para que um preso, oriundo de uma penitenciária estadual, seja incluído nas penitenciárias federais, consideradas de segurança máxima, o Depen deve receber o pedido de inclusão feito pelo juiz estadual, indicar o estabelecimento prisional e encaminhar o pedido ao juiz federal corregedor desse estabelecimento, que irá verificar se o preso atende ao perfil legal. É constante ainda a transferência de presos entre um presídio federal e outro, uma espécie de rodízio destinado a neutralizar possíveis influências que o preso comece a estabelecer dentro do presídio. Novos enunciados Os enunciados aprovados nos workshops anteriores vêm servindo de bússola para os profissionais que atuam no SPF. A afirmação é do juiz federal Walter Nunes, corregedor da penitenciária federal de Mossoró (RN) e coordenador do III Workshop. As sementes lançadas pelo CJF viabilizaram a produção de vasto conhecimento a respeito da matéria, avaliou. Walter Nunes observa que no III Workshop houve o acréscimo de três linhas de ação: a criação de um banco de dados nacional sobre o SPF, a troca de conhecimentos sobre as boas práticas adotadas nas penitenciárias e a visita à peniten- 8

Centro de Estudos Judiciários ciária de Mossoró (realizada no dia 18/5), como forma de possibilitar às autoridades envolvidas com o sistema conhecerem in loco a realidade de uma penitenciária federal. Nas reuniões preparatórias do III Workshop foram conhecidos os sistemas eletrônicos desenvolvidos pela SJRN para administração da Penitenciária de Mossoró e o sistema desenvolvido pelo Depen, que contém base de dados com informações sobre os presos incluídos no SPF em todo o País. Com a ajuda do CJF, foi viabilizado o compartilhamento desses sistemas. O sistema unificado foi apresentado aos participantes do III Workshop. A ideia é que o CJF centralize esse sistema em Brasília e o disponibilize aos juízes corregedores das quatro penitenciárias federais. Este é um dos grandes frutos deste workshop, salientou Walter Nunes. Foram submetidas à apreciação dos participantes do workshop 28 propostas de enunciados, além de propostas de alteração dos enunciados já existentes e de alterações na Lei n. 11.671/2008, que trata da matéria. Isso revela uma preocupação destacada com a eficiência do sistema, afirma Nunes. Questões polêmicas Como solicitar documentos ao juízo da execução penal, como distribuir as vagas nas penitenciárias no caso de vários presos integrantes de uma mesma quadrilha e como podem ser realizadas audiências e interrogatórios por videoconferência são exemplos de questões que foram objeto de propostas de enunciados no III Workshop. Muitas dessas questões geraram polêmica entre os participantes, em especial aquelas nas quais há confronto entre os direitos dos presos e a segurança pública. Os enunciados discutidos tratavam dos procedimentos de transferência, inclusão, remoção e permanência de presos nas penitenciárias e de tratamento penitenciário, inteligência e sobre o papel da Corregedoria-Geral da Justiça Federal. Também foram discutidas propostas de recomendações relacionadas a condutas dos órgãos envolvidos. Os presídios federais de segurança máxima são preparados para receber os criminosos mais perigosos do País, mas esta missão infelizmente é cumprida apenas em parte. O contato dos presos com visitas ou as correspondências por eles encaminhadas continuam orientando a prática de crimes. Isso compromete eficiência do sistema prisional federal, lamenta Nunes. Para ele, é necessário impedir que de seu interior continuem sendo comandadas ações ilícitas. O assunto que mais dividiu opiniões foram as visitas íntimas, a que os presos têm direito a cada quinze dias. Enquanto uma corrente defende a manutenção desse direito como forma de garantir a dignidade dos presos, outra propõe a sua supressão, já que por intermédio dessas visitas, que não podem ser monitoradas, muitos criminosos continuam recebendo e passando informações destinadas à prática de crimes. Para o ministro Noronha, que se posiciona contrário à visão da pena como instrumento de vingança, essa questão deve ser tratada com cautela. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio, com maturidade, afirma. Comitiva de autoridades visita penitenciária de Mossoró Comitiva encabeçada pelo ministro João Otávio de Noronha, o juiz federal corregedor da penitenciária federal de Mossoró (RN), Walter Nunes, e o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Acelino Damasceno, visitou no dia 18/5 as dependências da penitenciária, com o objetivo de conhecer in loco a realidade do SPF. Junto com eles estavam cerca de 30 autoridades, dentre elas o ministro do Superior Tribunal de Justiça Sebastião Reis, os juízes federais corregedores das outras três penitenciárias federais, os diretores dessas unidades, desembargadores e juízes federais criminais e membros da DPU e do Depen. Consideradas unidades de segurança máxima, os estabelecimentos penais federais abrigam detentos de todo o País que necessitam ser isolados dos demais presos das penitenciárias estaduais, seja porque se tornam líderes perigosos, seja porque sua integridade física está sob ameaça, ou ainda porque representam um alto risco para a segurança da sociedade. Na visita, as autoridades conheceram o forte esquema de segurança utilizado no controle da entrada de visitantes e o sistema de monitoramento interno das dependências do presídio, com câmeras espalhadas em diversas áreas estratégicas, cujas imagens podem ser acompanhadas em tempo real pelo Depen, em Brasília. Os visitantes também conheceram as celas individuais onde são recolhidos os presos, 9 inclusive as celas para inclusão daqueles que estão em regime disciplinar diferenciado, nas quais até mesmo o banho de sol é feito na própria cela. Funcionários da penitenciária mostraram aos visitantes o funcionamento de um serviço completo de atendimento médico e odontológico. Outra atividade destinada a preservar a saúde dos presos são aulas de educação física no pátio utilizado para o banho de sol. Convênio entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Direção da penitenciária possibilita que alunos de Educação Física dessa universidade disponibilizem essas aulas aos presos. Os detentos também têm direito a aulas semanais de alfabetização ou do ensino fundamental. Outro projeto implantado com sucesso na penitenciária é o Remissão pela Leitura, pelo qual os presos podem ter os seus dias de pena reduzidos mediante a leitura de livros recomendados pela Corregedoria da penitenciária. Os presos podem ainda receber visitas de familiares, toda semana, e visitas íntimas, a cada quinze dias. Para aqueles cujos familiares residem em locais muito distantes, a penitenciária disponibiliza ainda a chamada visita virtual, por intermédio de videoconferência. O funcionamento desta unidade revela um trabalho bastante positivo no tratamento dispensado aos reclusos, afirmou o ministro Noronha, após a visita. O SPF, de acordo com ele, mostra-se eficaz, tanto no sentido de proteger a sociedade dos crimes de alta periculosidade quanto na garantia da dignidade dos presos. É necessário desmistificar o imaginário social a respeito dos presídios e mostrar que neles há um compromisso inarredável com a pauta de valores constitucionais, afirma Walter Nunes. O Sistema Penitenciário Federal nasceu para se contrapor a uma realidade existente no País de crise na segurança pública, para que se pudesse isolar os líderes de facções criminosas e auxiliar os estados no combate ao crime, observou Acelino Damasceno. Além da unidade de Mossoró, existem atualmente no País outras três penitenciárias federais em funcionamento: em Porto Velho (RO), em Campo Grande (MS) e em Catanduvas (PR). Autoridades visitam serviço médico da penitenciária

Centro de Estudos Judiciários Comitê elabora proposta para curso de formação inicial para magistrados federais O Comitê Técnico de Aperfeiçoamento e de Pesquisa, Editoração e Intercâmbio (CTAP), que funciona junto ao Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF), reuniu-se nos dias 19 e 20 de abril, na sede do CJF, quando foi elaborada a proposta de curso de formação inicial para magistrados federais. A metodologia e as diretrizes das atividades foram discutidas na reunião do grupo e, para entrar em funcionamento, o curso ainda precisa ser aprovado pelo Conselho das Escolas de Magistratura Federal (Cemaf ). A secretária do CEJ, Maria Raimunda Mendes da Veiga, expôs os principais critérios que devem pautar o curso. A formação inicial de magistrados federais deve ser fundada em métodos que privilegiem a prática, para o desenvolvimento de competências. A metodologia está fundamentada nas teorias de aprendizagem, com foco nas dimensões da competência trazidas por Thomas Durand, relacionadas ao conhecimento (o saber), à prática (o saber fazer) e às atitudes (o saber ser), em consonância com as disposições da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), pontuou. Durante o encontro, também foram definidas as ações imediatas para implantação do curso na Escola da Magistratura da 2ª Região (Emarf ), a primeira instituição a adotar o modelo proposto. O início do curso está previsto para junho deste ano. Segundo o CEJ, a Escola deve estar atenta ao andamento da atividade, realizando o acompanhamento pedagógico e a ambientação do novo juiz. Etapas do curso De acordo com a proposta elaborada pelo CTAP, o curso de formação inicial de magistrados federais deverá dispor das seguintes etapas: - Recepção dos novos juízes e visita a algumas unidades da Justiça Federal; - Estudo de temas necessários à aquisição de competências para o exercício da função; - Atividade prática jurisdicional supervisionada por um juiz orientador; - Atividade prática jurisdicional de preparação para a primeira lotação, supervisionada por um orientador. Revista Na reunião, o Comitê também avaliou o modelo proposto para a Revista do Cemaf, que será editada em formato eletrônico. A publicação servirá para divulgação de artigos, estudos de casos e demais conteúdos relacionados à produção acadêmica de professores e alunos das escolas da magistratura federal das cinco regiões. O Comitê O CTAP é formado por juízes federais representantes das escolas da magistratura das cinco regiões da Justiça Federal e é assessorado por técnicos dessas escolas. O Comitê é responsável por elaborar e encaminhar ao Cemaf a proposta do Plano Nacional de Aperfeiçoamento e Pesquisa (PNA) para cada biênio e auxiliar o CEJ e as escolas da magistratura na execução desse plano. Projeto de educação corporativa para servidores Representantes dos setores de capacitação e treinamento das seções judiciárias, dos TRF s e do CJF se reuniram nos dias 12 e 13 de abril para discutir um projeto de educação corporativa para servidores da Justiça Federal. O encontro foi promovido pelo CEJ, na sede no CJF. Na abertura, a professora doutora da Universidade de São Paulo, Marisa Pereira Éboli, falou sobre os desafios e melhores práticas para a implementação de universidades corporativas. Em seguida, os grupos iniciaram as discussões para definição dos parâmetros que deverão orientar um modelo articulado e alinhado de educação corporativa aplicável a toda a Justiça Federal. De acordo com a secretária do CEJ, Maria Raimunda Mendes da Veiga, as ideias irão orientar a produção de um plano de ação. O momento em que vivemos, com a gestão do atual diretor do CEJ, ministro João Otávio de Noronha, é de apoio institucional total de viabilização de recursos aos projetos de capacitação e treinamento, destacou Maria Raimunda. Propostas Os resultados das discussões sobre o projeto de educação corporativa foram apresentados ao final do evento, quando foram debatidas as propostas de cada grupo de trabalho. Entre as principais sugestões, está a criação de um comitê para coordenar a criação e implantação do sistema nas seções judiciárias e TRFs, a edição de uma resolução do CJF sobre o tema, a implantação de um método de avaliação de resultados e de um plano de comunicação para divulgar as etapas e atividades do programa, bem como a vinculação do projeto ao atual Programa Nacional de Capacitação dos Servidores da Justiça Federal (PNC). Da esquerda para a direita: Marisa Pereira Éboli e Maria Raimunda Mendes da Veiga 10

Centro de Estudos Judiciários Corregedor-Geral defende limites no controle judicial da Administração Pública A relação entre discricionariedade administrativa e controle judicial foi o assunto abordado pelo corregedor-geral da Justiça Federal e diretor do CEJ/CJF, ministro João Otávio de Noronha, na palestra ministrada durante painel do Seminário de Direito Administrativo: Reflexões sobre a jurisprudência do STJ um diálogo no tribunal por uma discursividade democrática. O evento foi realizado nos dias 19 e 20 de abril, no auditório do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mediante parceria entre o CEJ/CJF e o Instituto de Direito Administrativo do Distrito Federal (IDADF), com o apoio do STJ. Na ocasião, o ministro afirmou que o Poder Judiciário precisa respeitar os limites de sua atuação com relação aos processos que envolvam decisões da Administração Pública. O ato administrativo não é mais intocável, pois o mundo avançou muito no sentido da democratização e a discricionariedade é um princípio da democracia. Precisamos respeitar a estrutura e a competência de cada poder e atuar sem invadir a esfera do administrador, a fim de não vermos implantada a ditadura da toga, ponderou. Para o corregedor, a discricionariedade se controla do julgamento de caso concreto, ou seja, quando houver comprovação de abuso, intervenção ou má-fé na gestão do administrador público. A ordem jurídica constitui um sistema que há de incidir apenas em casos concretos. Temos que ter limite no Judiciário para que o controle seja exercido em conformidade com o ordenamento jurídico, ressaltou. Ao final da palestra, o ministro apresentou algumas jurisprudências que demonstram o posicionamento atual do STJ sobre o tema. O presidente do painel e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público, Marco Tulio Reis Magalhães, elogiou as colocações do cor- regedor-geral da Justiça Federal. Foi uma qualificada apresentação em defesa da qualidade da administração, pontuou. Corregedor elogia parceria Já na abertura do seminário, ao discursar para um público de operadores do Direito, o ministro João Otávio de Noronha salientou que, pela primeira vez, o CEJ/CJ se une ao IDADF para promover um seminário de extrema importância. Os temas discutidos são de interesse não só da magistratura, mas de toda a comunidade jurídica. Nós aqui pensamos em trabalhar com o Direito em evolução, e que vem evoluindo graças a debates como este, que geram artigos e posições doutrinárias muitas vezes agasalhadas pela jurisprudência de nossos tribunais, inclusive do STJ, declarou. O ministro destacou que a promoção de eventos como esse consolida o papel institucional do CEJ. O Centro de Estudos vem desempenhando a contento o seu papel de proporcionar um avanço no estudo das teses doutrinárias que possam repercutir no trabalho da magistratura brasileira, avaliou o ministro, e aproveitou para destacar os eventos promovidos pelo CEJ. No ano passado fizemos a Jornada de Direito Civil; participaremos em maio de um workshop sobre as penitenciárias federais; em novembro, teremos a Jornada de Direito Comercial, e já estamos preparando a próxima Jornada de Direito Civil para março do ano que vem, anunciou. O ministro afirmou ainda que o Centro de Estudos está sempre aberto a novas parcerias. O CEJ saiu do papel e está ocupando o seu espaço de promotor de eventos que colaborem com o ensino e o aperfeiçoamento dos magistrados, ao mesmo tempo em que abre as portas para os advogados e membros do Ministério Público, numa solidariedade cognitiva onde todos podem compartilhar o conhecimento, concluiu. Da esquerda para a direita: Flávio Pereira, Presidente do IDADF, ministro João Otávio de Noronha, Marco Túlio Magalhães, professor do IDP, Sílvio Rocha, professor da PUC-SP Comitê de Gestão Documental discute mudanças normativas Os novos representantes das cinco regiões da Justiça Federal, que integram Comitê de Gestão Documental da Justiça Federal, se reuniram pela primeira vez, nos dias 26 e 27 de março, na sede do CJF. Durante o encontro, coordenado pelo CEJ, o grupo discutiu a compatibilização da Resolução 23 do CJF com a Recomendação 37 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A primeira estabelece a consolidação normativa do Programa de Gestão Documental da Justiça Federal e a segunda recomenda aos tribunais a observância das normas de funcionamento do Programa Nacional de 11 Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário - Proname e de seus instrumentos. Na ocasião, foi realizada uma comparação entre esses dois planos, a fim de estudar as possibilidades de adequação. Para a coordenadora do evento, Rita Helena dos Anjos, a equipe precisava se reunir para tratar das demandas surgidas com a utilização do plano de classificação e tabela de temporalidade da documentação administrativa da Justiça Federal, atualizado pela última vez em 2009. Os servidores começaram a sentir dificuldades com a classificação e o Comitê é responsável pela atualização desse plano. Além disso, realizamos um breve diagnóstico da situação da gestão documental em todas as regiões, pois o plano de classificação desenvolvido pelo CNJ terá impacto sobre toda a Justiça Federal, relatou. Na reunião, os representantes também foram divididos em equipes para avaliar as principais necessidades da Justiça Federal com relação à gestão documental, estudar a compatibilização das normas do CJF com as do CNJ e comparar os planos de classificação disponíveis. Os resultados finais e conclusões deverão ser apresentados na próxima reunião do Comitê.