IMAN: Informação de Mercado Aguirre Newman

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IMAN: Informação de Mercado Aguirre Newman

MARKET UPDATE ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 6,4% 1,7% 6,4% 1,2% 7,6% 2,2%

PÁGINA 05 PÁGINA 07 PÁGINA 09 PÁGINA 11 ÍNDICE

ESTUDO DE MERCADO DE LISBOA Primavera Enquadramento Económico. 2. Mercado de Escritórios. 3. Mercado Industrial. 4. Retalho - Comércio de Rua

Lisboa & Porto. Relatório do Mercado de Escritórios 2º trimestre 2019

Sonae Sierra regista um aumento do Resultado Líquido de 101%

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado. Ulysses. Relatório de Gestão Exercício de (Ainda) Longe de Ítaca / (Still) Far from Ithaca

CONSTRUÇÃO MENOS NEGATIVA ACALENTA OTIMISMO DOS EMPRESÁRIOS

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 1º trimestre 2014

Conjuntura da Construção n.º 76 junho / 2014 CONSTRUÇÃO CAI 6% NO 1.º TRIMESTRE COM PERSPETIVAS MAIS FAVORÁVEIS PARA O 2.

Caderno de Economia e Negócios AHRESP

Sonae Sierra registou um Resultado Directo de 55,8 milhões nos primeiros nove meses de 2009, um crescimento de 18% face ao ano anterior

Hotelaria com decréscimo nas dormidas e estabilização nos proveitos

RESULTADOS SONAE SIERRA 1ºTRIMESTRE 2013

Conjuntura da Construção n.º 27. Crise na Habitação arrasta Sector da Construção

Hotelaria com resultados positivos nas dormidas e negativos nos proveitos

SÍNTESE DE CONJUNTURA ABRIL 2015

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Conjuntura da Construção n.º 28. Investimento Privado mantém-se em quebra

Sonae Sierra regista um Resultado Líquido de 142 milhões em 2015

INVESTIMENTO EM CONSTRUÇÃO CAI PARA MÍNIMO HISTÓRICO

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Investimento em Construção regista quebras menos acentuadas

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

Conjuntura da Construção n.º 30. Com maior volume de obras públicas em carteira, Empresários mostram-se menos pessimistas

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

Resultado Líquido atribuível a Accionistas da Empresa Mãe de - 94,2 milhões

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

Sonae Sierra regista um Resultado Líquido de 14,9 milhões

Actividade dos Transportes Janeiro a Setembro de 2005

Empresários mais confiantes no futuro da Construção

'DWD 7HPD $FRQWHFLPHQWR

No 1º semestre de 2004 Sonae Imobiliária lucra 32,2 milhões

Actividade dos Transportes Janeiro a Junho de 2005

Quanto ao valor do emprego total na cidade, estima-se que fosse em 2000 de

Análise de Conjuntura

GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa.

Construção sem obras, sem encomendas e sem crédito

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Confiança em alta mas atividade ainda não acompanha otimismo dos empresários

Desemprego da Construção em máximo histórico

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Conjuntura da Construção n.º 52. Perspectivas muito negativas para o Sector da Construção

SÍNTESE DE CONJUNTURA Outubro 2015

SÍNTESE DE CONJUNTURA

stock e nova oferta em LIsboa

Sonae Sierra registou um Resultado Directo de 17,5 milhões no primeiro trimestre

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 3º trimestre 2013

Sonae Sierra regista Resultado Líquido de 181 milhões em 2016

Hotelaria mantém evolução positiva nas dormidas mas negativa nos proveitos

Sonae Sierra registou Resultado Directo de 50,5 milhões no final do terceiro trimestre

SÍNTESE DE CONJUNTURA

OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA ANÁLISES DESTA EDIÇÃO DADOS DE FEVEREIRO 2014 EVOLUÇÃO DOS MERCADOS INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES POR REGIÃO

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Conjuntura da Construção n.º 32. Apesar do dinamismo observado nas Obras Públicas, Dados do INE confirmam crise grave na Construção

Actividade Turística Outubro de 2010

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Caderno de Economia e Negócios AHRESP

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Primeiro Semestre de 2010 com quebras expressivas na Produção da Construção

movimentos aéreos movimentos marítimos dormidas hóspedes estada média taxas ocupação proveitos médios balança turística

DESEMPREGO DA CONSTRUÇÃO CONTINUA A AUMENTAR

Estatísticas do Turismo 2001

DESTAQUE ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO ELEMENTOS AUXILIARES PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

MOVIMENTO DE PASSAGEIROS NOS AEROPORTOS AUMENTA NOS PRIMEIROS NOVE MESES DE 2007

MARKETBEAT MERCADO IMOBILIÁRIO PORTUGUÊS OUTONO 2009

Sonae Sierra regista um resultado líquido de 59,8 milhões nos primeiros nove meses de 2014

Sonae Sierra regista 9% de crescimento no resultado líquido do primeiro semestre

Quebra de 9,4% na produção da Construção em 2011

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 1º Semestre de 2007

COMUNICADO. - Informação Privilegiada - DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE 2012 (NÃO AUDITADOS)

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

AHP TOURISM MONITORS DEZEMBRO DE REFLETE ABRANDAMENTO DA TAXA DE OCUPAÇÃO COM ASSIMETRIAS NOS VÁRIOS DESTINOS

Resultados Consolidados 1º Trimestre de 2013 (Não auditados)

RESULTADOS SONAE SIERRA 1º SEMESTRE 2013

Conjuntura da Construção n.º 29. Contas Nacionais Trimestrais revelam quebra de 15% do investimento em Construção no 1º trimestre de 2009

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Dormidas de campistas com tendências distintas entre e 2005 e 2009

Sonae Sierra regista um Resultado Líquido de 15,9 milhões no primeiro trimestre de 2017

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

Introdução Performance do mercado fortemente marcada pela conjuntura económico-financeira com restrições e abrandamento da actividade

Produção da Construção em queda pelo 12.º ano consecutivo

Conjuntura da Construção n.º 33. Apesar de surgirem alguns sinais positivos, Crise na Construção está longe de ser ultrapassada

Hotelaria com resultados positivos

tal como o número de escalas de navios de cruzeiro, nos primeiros quatro meses do ano. 25 melhores destinos da TripAdvisor e em artigos

No primeiro trimestre de 2004 Proveitos directos da Sonae Imobiliária cresceram 12,4%

1. Movimento de Passageiros no Aeroporto de Faro 1.1. Movimento total de passageiros 1.2. Movimento de passageiros por país de origem

Conjuntura da Construção n.º 31. Apesar do aumento na produção da Engenharia Civil Sector da Construção mantém-se em recessão

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Abrandamento na tendência decrescente da atividade de construção

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Obras concluídas e licenciamento decrescem mais do que em 2005

Em Junho, o indicador de sentimento económico aumentou +1.8 pontos na União Europeia e na Área Euro.

Collection Chiado / Lumiar / Capital / Miraflores / Countryside / Master Minas Gerais, Brasil. www. siimgroup. pt. infosiimgroup

SÍNTESE DE CONJUNTURA

VISION ESCRITÓRIOS FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO

Dormidas crescem 2,9% em 2010, com destaque para os mercados italiano, espanhol e holandês

Transcrição:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 IMAN: Informação de Mercado Aguirre Newman 2009 IMAN: Informação de Mercado Aguirre Newman The World of Property - 1-11Pag. 1 1

Breve Enquadramento de Mercado No 1.º semestre do ano em curso, a economia mundial continuou a registar uma fraca actividade, no entanto os indicadores mais recentes apontam para um abrandamento menos acentuado, mas ainda não indicativos de uma recuperação. Em resultado da quebra acentuada das exportações e do investimento, verificou-se um decréscimo do PIB da União Europeia na primeira metade do ano em curso (-4,7% no 1.º trimestre de 2009 face ao período homologo do ano anterior). No entanto, no 2º trimestre registou-se uma melhoria dos indicadores de sentimento económico e de confiança (61,5 no 1.º trimestre de 2009 e 67,7 no 2.º trimestre de 2009. Portugal O 1.º semestre de 2009 caracterizou-se por uma evolução negativa da actividade económica. Esta evolução resultou de uma queda da procura interna, com destaque para a significativa diminuição ocorrida no investimento, nas exportações e nas importações. De acordo com a estimativa rápida do EUROSTAT, o PIB reduziu-se em 3,7% no 2º trimestre face ao período homólogo (-3,9%, no trimestre anterior). A taxa de desemprego no 2.º trimestre de 2009 fixou-se nos 9,1% acima dos 7,3% registados em igual período de 2008. A redução do índice geral de preços no consumidor nos primeiros seis meses do ano ficou a dever-se essencialmente à queda dos preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e dos transportes. 10,00% Taxa de Desemprego e Inflação Portugal (1.º T 2007 a 2.ºT 2009) 8,00% 6,00% 8,40% 7,90% 7,90% 7,80% 7,60% 7,30% 7,70% 7,80% 8,90% 9,10% 4,00% 2,00% 2,30% 2,50% 2,10% 2,70% 3,10% 3,40% 3,10% 0,80% 0,00% -2,00% -4,00% Fonte: INE 1º T 2007 2º T 2007 3º T 2007 4º T 2007 1º T 2008 2º T 2008 3º T 2008 4º T 2008 1º T 2009 2ºT 2009-1,60% Taxa de Desemprego - 2-22Pag. 2 2 Taxa de Inflação A transmissão dos recentes desenvolvimentos económicos e financeiros internacionais à economia nacional afectaram a prestação desta em 2008 e continuam a influenciar as projecções para o triénio 2009-0,40%

2011, nomeadamente no que concerne ás exportações e às decisões de consumo e investimento por parte dos agentes económicos nacionais. Portugal - Previsões 2009 / 2010 / 2011 Taxas de crescimento real (%) 2009 p 2010 p 2011 p PIB -3,5-0,6 1,3 Consumo Privado -1,8-0,6 1,0 Consumo Público 1 0,7-0,1 Investimento -14,3-3,8 1,7 Exportações -17,7-0,9 3,1 Importações -17,1-1,2 1,7 Inflação (IHPC) -0,5 1,3 2,0 Desemprego (% da população activa) 9,6 11,2 7,7 Fonte: Banco de Portugal Ainda assim, no 2.º trimestre do ano em curso a confiança dos consumidores registou um movimento de subida, reflectindo sobretudo uma melhoria das perspectivas para a evolução da situação financeira das famílias e da economia nacional. Escritórios A absorção de escritórios no primeiro semestre do ano de 2009 evidencia uma assinalável quebra tanto a nível dos m² colocados como no número e áreas médias das transacções, reflectindo o clima económico que se vive actualmente em todos os sectores. Oferta Nos primeiros dois trimestres do ano em curso foram concluídos 5 edifícios de escritórios na Zona Emergente, Zona Secundária, Parque das Nações e Corredor Oeste, com uma oferta nova de 59.245 m 2. Edifícios de Escritórios concluídos no 1º Semestre 2009 Empreendimento Zona Área [m²] Conclusão Cais Office 5 4.000 2ºT 2009 Edifício Panoramic 5 9.000 2ºT 2009 Edifício Berry 6 2.245 2ºT 2009 Edifício Agência Marítima 4 15.000 2ºT 2009 Torres Colombo (Torre Oriente) 3 29.000 2ºT 2009 TOTAL - 59.245 Para o período 2009 (3.º e 4.º trimestres) a 2011 está prevista a conclusão de mais 19 edifícios de escritórios, elevando a oferta em 175.250 m 2. Para 2009 (3.º e 4.º trimestres) prevêem-se 63.500 m 2, para 2010 prevêem-se 52.700 m 2 e para 2011 prevêem-se 59.050 m 2. Dos imóveis previstos, destacamse os 17.000 m 2 do Edifício Amoreiras Jardim na zona 2, os 15.000 m 2 do Edifício Báltico na zona 5 e os 29.000 m 2 das Torres Colombo (Torre Ocidente) na zona 3. - 3-33Pag. 3 3

Oferta Futura por Empreendimento de Escritórios para 2009/2010/2011 Empreendimento Zona Área Data de [m²] Conclusão Beloura Studio Office 6 5.000 2009 República, Paço do Saldanha 2 6.100 2009 Edifício BIG 4 5.000 2009 Edifício Luís Malheiro (LMSA) 5 6.000 2009 Lagoas Park - Novo Edíficio I 6 7.000 2009 Edifício Atlantis 5 8.000 2009 Edifício Imocom 5 6.500 2009 Lagoas Park - Novo Edíficio II 6 13.000 2009 República, 18 2 6.900 2009 Natura Towers 7 10.000 2010 Miraflores Premium 6 8.200 2010 Explorer 5 4.000 2010 Espace 5 10.000 2010 Edifício Bloom 3 5.500 2010 Edifício Báltico 5 15.000 2010 Torre Oeiras 6 6.450 2011 Torres Colombo (Torre Ocidente) 3 29.000 2011 República, 25 2 6.600 2011 Amoreiras Jardim 2 17.000 2011 TOTAL 175.250 As zonas do Parque das Nações e Corredor Oeste são as que registam o maior número de novos empreendimentos de escritórios, em virtude de serem ainda zonas em franca expansão. As zonas mais centrais, apesar de estarem mais consolidadas, apresentam ainda alguma oferta futura, nomeadamente a CBD. Oferta Futura por Zona de Escritórios para 2009/10/11 4. Zona Secundária 3% 3. Zona Emergente 20% 5. Parque das Nações 28% 2. CBD 21% Total: 175.250 m² - 4-44Pag. 4 4 Outros 43% 6. Corredor Oeste 23% 7. Zona 7 6%

Procura A área contratada no 1.º semestre de 2009 (38.323 m 2 ) sofreu uma quebra de cerca de 63% face à registada em igual período do ano transacto (menos 65.543 m 2 ), tendo sido reportados menos 35 registos de transacções de arrendamento do que no período de Janeiro a Junho 2008 (162). A superfície média contratada por transacção passou de 641 m 2 (1.º semestre 2008) para 302 m 2 (1.º semestre 2009). 1ºS 2008 1ºS 2009 Zona Área Área Média Área Área Média [m²] Transacções [m²] [m²] Transacções [m²] 1. Prime CBD 16.000 30 533 4.927 20 246 2. CBD 13.382 31 432 7.320 24 305 3. Zona Emergente 21.105 10 2111 5.550 19 292 4. Zona Secundária 11.013 12 918 3.521 9 391 5. Parque das Nações 16.699 14 1193 2.468 10 247 6. Corredor Oeste 24.414 61 400 12.123 41 296 7. Zona 7 1.252 4 313 2.414 4 604 TOTAL 103.865 162 641 38.323 127 302 O maior número de transacções (41) foi registado no Corredor Oeste (Zona 6), revelando-se uma das zonas mais dinâmicas com aproximadamente 32% da área transaccionada. No total registaram-se 127 operações. A área contratada no 1.º semestre 2009 versus 1.º semestre 2008 aumentou na Zona 7, ao passo que as restantes Zonas registaram menor área contratada. Área Contratada 1ºS 2008 1ºS 2009 Transacções % Transacções % > 5.000 m² 4 2% 0 0% 3.001 a 5.000 m² 4 2% 0 0% 1.501 a 3.000 m² 7 4% 3 2% 801 a 1.500 m² 11 7% 9 7% 301 a 800 m² 33 20% 22 17% < 300 m² 103 64% 93 73% TOTAL 162 100% 127 100% Relativamente à absorção por intervalo de área contratada, apenas 12 das transacções registaram uma superfície superior a 800 m 2 e 93 das transacções registaram uma superfície inferior a 300 m 2. - 5-55Pag. 5 5

Área Contratada por Sector Actividade (%) 100% 80% 60% 40% 22% 24% 10% 8% 17% 3% 20% 5% 21% 20% 16% 18% 34% 0% 1S 2008 1S 2009 Outros Serviços TMT's & Utilities Serviços Empresas Consultores e Advogados Serviços Financeiros Outros Como protagonistas da procura, refira-se que o sector Serviços Financeiros foi um dos principais responsáveis pela quebra do registo verificado entre o 1º semestre do ano em curso e igual período do ano transacto. Este sector que no 1.º semestre de 2008 foi responsável por 24% da área contratada (25.210 m 2 ), mostrou-se praticamente inactivo no 1.º semestre de 2009. O sector Outros Serviços foi responsável por 34% da superfície contratada no 1º Semestre 2009. Uma referência ainda para o sector TMT s & Utilities que registou 21% da superfície contratada no mesmo período. Preços Durante o 2º trimestre de 2009, as rendas médias sofreram um decréscimo generalizado face a 2008. A excepção foi a Zona Secundária e o Parque das Nações. No que concerne às rendas prime, o cenário verificado foi idêntico. Estes decréscimos são justificados pela actual conjuntura através de uma maior pressão por parte dos inquilinos na renegociação das rendas. Relativamente às duas zonas principais de negócios, Prime CBD e CBD, registaram uma variação negativa nas rendas prime e rendas médias praticadas, atingindo o valor de respectivamente 18,00 /m 2 e 16,50 /m 2 no 2º trimestre do ano em curso. 2ºT 2008 2ºT 2009 Zona Renda Prime Renda Média Renda Prime Renda Média 1. Prime CBD 21,50 19,40 18,00 16,21 2. CBD 17,00 14,49 16,52 14,66 3. Zona Emergente 13,66 13,63 15,75 11,24 4. Zona Secundária 17,00 14,16 11,00 16,58 5. Parque das Nações 16,50 15,96 18,61 16,83 6. Corredor Oeste 15,90 12,52 14,00 10,90-6 -66Pag. 6 6

Industrial A diminuição nos volumes de absorção, o fraco dinamismo no lançamento de novos projectos e o decréscimo dos volumes investidos, são alguns dos efeitos potenciados pela actual crise nacional e internacional. Procura A primeira metade do ano foi marcada por uma maior cautela na tomada de novas áreas, o que se traduziu num menor número de operações. O grau de exigência por parte dos ocupantes aumentou e o processo de tomada de decisão tornou-se mais longo. Para isto contribuiu a retracção do consumo e de sectores como o automóvel, têxtil, farmacêutico e distribuição, enquanto principais clientes dos operadores logísticos. As zonas mais procuradas no 1.º semestre de 2009 foram a Zona 1 (Alverca Azambuja) e a Zona 5 (Sintra Cascais). Oferta A tendência de estagnação que se vive no sector traduz-se igualmente no lançamento de novos projectos, obrigando os promotores a repensar as suas estratégias, nomeadamente construir apenas quando existe a garantia de ocupação (e.g. projectos na Azambuja para a SONAE antiga fábrica da GM com 118.000 m 2 e para o Grupo FCC Log Place Azambuja com 75.000 m 2 ). Neste contexto, destaca-se pela positiva o programa governamental Plano Portugal Logístico composto por 11 Plataformas Logísticas complementadas com 2 Centros de Carga Aérea (Lisboa e Porto), o qual se encontra em curso com a construção do Atlantic Hub no Poceirão e do Abertis Logistics Park em Castanheira do Ribatejo. - 7-77Pag. 7 7

Preços A pouca oferta de espaços industriais e logísticos resultou na primeira metade do ano em curso em alguma pressão sobre as rendas praticadas, nomeadamente nas zonas prime, as quais poderão variar entre os 3,50 /m 2 /mês e os 6,00 /m 2 /mês. Na sua generalidade as rendas asking price mantiveram-se constantes, existindo no entanto maior flexibilidade negocial por parte dos proprietários, traduzindo-se em descontos de 10% a 20% nos valores praticados. Retalho Comércio de Rua No início deste ano verificou-se um abrandamento do comércio de rua devido ao actual clima de recessão generalizada. No entanto, é de referir que a crescente saturação de outros formatos como os centros comerciais e a necessidade de os retalhistas encontrarem outras soluções tinha vindo a imprimir uma dinâmica maior ao comércio de rua. Oferta O ressurgir do comércio de rua tem vindo a ter alguma expressão no centro histórico da cidade, nomeadamente no Chiado na Rua Garrett, sua principal artéria comercial. A Avenida 24 de Julho (Santos) é outro eixo comercial onde esse ressurgimento é visível com os espaços comerciais a serem ocupados por lojas de Decoração e Gourmet, entre outras. As zonas de escritórios da cidade são geradoras de importantes fluxos, o que desperta igualmente o interesse dos operadores no Parque das Nações (Avenida D. João II) e Avenida da República, entre o Saldanha e Campo Pequeno. É no entanto uma realidade o aumento da oferta, por via de espaços comerciais que ficaram desocupados. Este aumento é de pouca expressão nos eixos Prime. - 8-88Pag. 8 8

Procura O primeiro semestre registou uma diminuição da procura em consequência do enquadramento económico actual. É evidente uma maior retracção dos retalhistas no que concerne à sua expansão. Por outro lado, ocorreram algumas desistências / adiamentos de marcas internacionais em entrar no mercado nacional. Neste período, Portugal sentiu ainda o impacto da quebra das vendas na indústria de luxo, nomeadamente através do encerramento da loja Cartier no Chiado. Também a Hugo Boss manteve as lojas mas encerrou os showroom s e operações em Portugal. As marcas que não pertencem a grandes grupos estão com dificuldades acrescidas mas até as insígnias que têm uma boa base financeira começam a ter dificuldades. Relativamente a novas aberturas, destaca-se a ida da Fornarina para o Chiado (Rua Garret 48). Disponibilidade Na primeira metade do ano verificou-se um aumento de espaços de comércio disponíveis, por força da saída de algumas marcas do nosso país e pela colocação de fracções novas no mercado. Preços Relativamente às rendas praticadas nas transacções de espaços comercias de rua, os proprietários mostram-se mais receptivos a negociar. Ainda assim, alguns proprietários continuam a defender a actualidade dos valores praticados junto da procura, aceitando revê-los já numa fase tardia da negociação. Como resultado, verificou-se uma ligeira redução no valor das rendas praticadas. Retalho Centros Comerciais O mercado de Centros Comerciais abrandou neste início de ano. O facto do território nacional se encontrar praticamente todo coberto por este tipo de superfícies, reduzindo a sua área de influência, aliado ainda ao facto de Portugal apresentar uma ABL / 1000 habitantes (aprox. 233 m 2 ABL / 1.000 habitantes) em 2008 superior à média europeia (aprox. 195 m 2 ABL / 1.000 habitantes, para a média dos 27 países) e a países como França, Itália e Alemanha, indiciam uma saturação deste mercado. Para além destes factos, fruto do actual clima económico, constituem uma realidade a diminuição do poder de compra das famílias e a acrescida dificuldade na obtenção de crédito. Como resultado, os operadores procuram, por um lado, colocar uma tónica inovadora e/ou diferenciadora nos projectos comerciais e por outro, adiar ou adaptar os projectos em pipeline. Ainda assim, destacam-se nestes primeiros meses do ano a abertura de Portimão Retail Center em Março com uma ABL de 11.966 m 2, a abertura de Ria Shopping Olhão em Abril com uma ABL de 14.260 m 2 e a abertura do Dolce Vita Tejo em Maio com uma ABL de 122.000 m 2. Em termos de oferta futura, espera-se algum abrandamento em resultado da incerteza quanto a alguns projectos, mas o volume de ABL com data de abertura prevista para 2009 / 2010 / 2011 é significativo. - 9-99Pag. 9 9

Os quadros seguintes mostram as superfícies que estão previstas inaugurar no triénio 2009/2010/2011: Centro Comercial Localização Centros Comerciais a Inaugurar em 2009/10/11 ABL [m 2 ] Tipo Investimento [M ] Promotor Abertura ao Púlico Centro Comercial Calheta Ponta Delgada 6.000 Pequeno 12 ASTA Atlantida 2009 Vivaci Maia Maia 19.255 Pequeno 45,5 FDO 2009 Braga Parque - 3º fase Braga 30.836 Grande - Urbanminho 2009 Espaço Guimarães Guimarães 40.200 Grande 140 Multi Development / Bouygues Imobiliária 2009 Guimarães Plaza Guimarães 36.080 Médio 70 San Frontieres Portugal 2009 Dolce Vita Braga Braga 65.000 Grande 137 Chamartin Imobiliaria 2010 Espaço Braga Braga 48.700 Grande - Bouygues Imobiliária 2010 Centro Bordalo Caldas da Rainha 24.000 Médio 56 Sonae Sierra 2010 Fórum Sintra Sintra 55.900 Grande - Multi Development 2010 LeiriaShopping Leiria 43.200 Grande 75 Sonae Sierra 2010 Maia Jardim Maia 31.000 Médio 82 Sonae Sierra 2010 Aqua Portimão Portimão 35.500 Médio 106 Bouygues Imobiliária 2011 GO Shopping Paredes Paredes 34.309 Médio - Guedol Engenharia 2011 Fórum Alverca Alverca 69.000 Grande - Multi Development 2011 Fórum Setúbal Setúbal 43.500 Grande - Multi Development 2011 Guarda Shopping Center Guarda 26.525 Médio 67,5 TCN Portugal / Ocean Capital (IBRD) 2011 Galaxy Shopping V.N. Barquinha 24.952 Médio - Galparque 2011 633.957 Retail Park Localização ABL [m 2 ] Tipo Investimento [M ] Promotor Abertura ao Púlico Lisboa retail Center Lisboa 22.935 Grande - Bouygues Imobiliária 2010 Setúbal Retail Park Setúbal 20.300 Grande 23 Sonae Sierra / Miller Developments 2010 Barreiro Retail Planet Barreiro 35.000 Grande 50 Milligan Urban Developers / Eiffage Immobilier Portugal 2010 Pinhal Novo Retail Park Pinhal Novo 22.216 Grande 31,5 TCN Portugal / Ocean Capital (IBRD) 2010 Lagos Retail Park Lagos 18.640 Grande 28,4 TCN Portugal / Ocean Capital (IBRD) 2011 Seixal retail Park Seixal 20.956 Grande 33,4 TCN Portugal / Ocean Capital (IBRD) 2011 140.047 Fonte: Aguirre Newman Retail Parks a Inaugurar em 2010/11 Investimento Durante o 1º semestre do ano em curso foram investidos em Portugal um total de 143 milhões, traduzido em mais de 20 transacções, na sua totalidade de origem nacional. Este valor contrasta com o montante de 282 milhões investido em Portugal no 1º semestre de 2008, representando um decréscimo de cerca de 49%. Dos negócios realizados destaca-se a aquisição do Hotel Lapa Palace (5* e 109 quartos) pela Olissippo Hotels. Na primeira metade do ano, o nosso país seguiu a tendência europeia, ao registar um menor número de negócios, os quais envolveram simultaneamente valores mais reduzidos (de acordo com a publicação Property EU, o investimento imobiliário realizado na Europa em 2008 caiu para 138 BN, representando uma queda de 52% face a 2007). Factores como a restrição ao financiamento bancário, a escassez de liquidez da maior parte dos fundos de investimento nacionais e internacionais e o desajustamento de preços à realidade actual, são factores que justificaram e continuarão a justificar a performance do mercado de investimento em 2009. Os imóveis com maior atractividade são os activos prime, bem localizados, e com bons inquilinos, suportados por contratos de arrendamento seguros. Relativamente ao Índice Imobiliário Anual Português Imométrica / IPD, que mede a performance do investimento imobiliário detido directamente para o período compreendido entre duas avaliações de - 10-1010Pag. 10 10

mercado, em 2008 foi de 2,6% (12,2% em 2007) primeiro valor abaixo de dois dígitos desde a criação do índice em 2000. Este valor é composto por duas variáveis: Retorno das Rendas que se posicionou nos 6,1%, valor idêntico ao alcançado em 2007 Valorização do Capital caiu pela primeira vez para terreno negativo, -3,3%, fruto da subida das yields Índice Imobiliário Anual Português Imométrica / IPD 2008 Retorno das Rendas (%) Valorização do Capital (%) Retorno Total (%) Retalho 6,1-5,1 0,8 Escritórios 5,8-1 4,7 Industrial 6,5-1,5 4,9 Outros 6,2-0,8 5,4 Índice IPD 6,1-3,3 2,6 Fonte: IPD Os sectores Escritórios e Industrial obtiveram as melhores performances em 2008, com 4,7% e 4,9% respectivamente. Por oposição, o sector Retalho com melhor performance de mercado nos últimos 8 anos, alcançou em 2008 o pior retorno total com 0,8%. Hotéis O ano de 2008 e a primeira metade do ano em curso caracterizaram-se por uma desaceleração da actividade turística. Ainda assim, a actividade turística tem vindo ao longo dos últimos anos a atingir ritmos de crescimento nominal mais elevados, no que concerne às dormidas nos estabelecimentos hoteleiros e aos proveitos gerados. Em 2008 o aumento da oferta em Lisboa correspondeu a abertura de 4 novos hotéis, o que trouxe ao mercado 797 novos quartos. Para o período 2009 a 2011, está prevista a abertura de mais 59 unidades, totalizando uma oferta adicional de 7.264 quartos. Conforme se pode constatar no quadro seguinte, os resultados da actividade turística no 1º semestre de 2009 foram fortemente negativos para a generalidade dos indicadores, em consequência dos efeitos acumulados da conjuntura económica actual. De ressaltar, no entanto, que o período de feriados corrido em Junho e a conjuntura económica desfavorável contribuíram para o aumento da procura dos destinos nacionais, resultando num bom desempenho do mercado interno. Evolução do RevPar Cidade de Lisboa (1S 2008-1S 2009) Hotel 1S 2008 1S 2009 TO RevPAR (Eur) TO RevPAR (Eur) 3* 76,1% 41,55 65,5% 33,94 4* 69,7% 52,36 60,6% 41,48 5* 53,7% 82,42 39,8% 53,89 Fonte: Associação de Turismo de Lisboa /Aguirre Newman - 11-1111Pag. 11 11

O Preço Médio por Quarto Disponível (RevPar) para a Cidade de Lisboa registou no 1º semestre de 2009 valores inferiores aos atingidos em igual período de 2008 (-18,3% nos hotéis de 3*, -20,8% nos hotéis de 4* e -34,6% nos hotéis de 5*), em resultado do abrandamento da actividade turística. No período de Janeiro a Junho de 2009, os não residentes originaram 10,5 milhões de dormidas equivalendo a um decréscimo homólogo de 13,4%, enquanto os residentes contribuíram com 5,5 milhões de dormidas, valor que representa um acréscimo de 1,5% em relação ao 1º semestre de 2008. Relativamente ao tráfego comercial, durante os meses de Janeiro a Junho de 2009 o Aeroporto de Lisboa registou 63.552 voos (-7,1% que em igual período de 2008), correspondendo a 6.070.776 passageiros (- 5,0% que em igual período de 2008). Para mais informações, contacte o : João Madeira de Andrade Paula Sequeira Email: joao.andrade@aguirrenewman.com Email: paula.sequeira@aguirrenewman.com Tel.: Directo: +351 21 313 90 04 Tel.: Directo: +351 21 033 00 22-12 -1212Pag. 12 12