DN COPAM n.º 217/2017

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Transcrição:

Principais mudanças nas regras de classificação de empreendimentos para definição da modalidade de licenciamento ambiental. DN COPAM n.º 217/2017 Fevereiro de 2018

2 CONTEXTO LEGAL E REGULAMENTAR 2

3 1.1. CONTEXTO LEGAL E REGULAMENTAR A Deliberação Normativa COPAM nº 217/2017 ( DN 217/2017 ) se insere no contexto de reforma de todo o Sistema Estadual do Meio Ambiente ( SISEMA/MG ), regulado pela Lei Estadual nº 21.972/2016. Estas reformas instituíram mudanças tanto do ponto de vista organizacional da Secretaria Estadual do Meio Ambiente ( SEMAD/MG ) e do próprio Conselho Estadual de Política Ambiental ( COPAM ), quanto nos processos de suas competências, sobretudo o licenciamento ambiental. A DN 217/2017 substitui a Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004 ( DN nº 74/2004 ) e suas alterações, que estabelecia critérios de classificação de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente segundo o porte e potencial poluidor. O processo de revisão da DN 74/2004, que vinha desde 2009, foi intensificado a partir de janeiro de 2017. Dentre os seus objetivos, destacam-se a busca pela: diminuição da morosidade e aumento da eficiência dos processos de licenciamento ambiental; definição das modalidades de licenciamento aplicáveis conforme o porte, o potencial poluidor e a localização dos empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; melhorias na gestão ambiental das atividades. 3

4 1.2. CONTEXTO LEGAL E REGULAMENTAR DECRETO ESTADUAL Nº 47.042 Regulamentou a Lei estadual nº 21.972 no tocante à organização administrativa da SEMAD/MG. DECRETO ESTADUAL Nº 47.134. Alterou o Decreto n.º 47.042 para, dentre outros aspectos, criar o Núcleo de Projetos de Geração de Energia, da Superintendência de Projetos Prioritários, órgão da Subsecretaria de Regularização Ambiental. 21/01/16 24/01/17 14/12/17 24/01/16 24/01/17 LEI ESTADUAL Nº 21.972. Alterou a organização administrativa da SEMAD/MG e previu as novas modalidades de licenciamento ambiental no Estado: Trifásico (LAT - LP e LI e LO); Concomitante (LAC - LP/LI/LO; LP/LI e LO; LP e LI/LO); Simplificado (LAS - fase única). DECRETO ESTADUAL Nº 47.137. Alterou o Decreto estadual nº 44.844/08 para prever, conforme o porte e potencial poluidor, os empreendimentos e atividades sujeitas ao LAC: LP/LI/LO: a) pequeno porte e grande potencial; b) médio porte e médio potencial; c) grande porte e pequeno potencial. LP/LI e LO: a) médio porte e grande potencial; b) grande porte e médio potencial; c) grande porte e grande potencial. Publicada a DN COPAM nº 217/2017, revogando a DN COPAM nº 74/2014. LP e LI/LO: quando a instalação implicar operação (p. ex.: parcelamento do solo). 4

5 DN COPAM Nº 217/2017 Licenciamento Ambiental PRINCIPAIS MUDANÇAS 5

6 2.1. INCLUSÃO DO CRITÉRIO LOCACIONAL Art. 6º As modalidades de licenciamento serão estabelecidas conforme Tabela 3 do Anexo Único desta Deliberação Normativa, por meio da qual são conjugadas a classe e os critérios locacionais de enquadramento, ressalvadas as renovações. DN 217/2017 1º Os critérios locacionais de enquadramento referem-se à relevância e à sensibilidade dos componentes ambientais que os caracterizam, sendo-lhes atribuídos pesos 01 (um) ou 02 (dois), conforme Tabela 4 do Anexo Único desta Deliberação Normativa. 2º O peso 0 (zero) será atribuído à atividade ou empreendimento que não se enquadrar em nenhum dos critérios locacionais previstos na Tabela 4 do Anexo Único desta Deliberação Normativa. 3º Na ocorrência de interferência da atividade ou empreendimento em mais de um critério locacional, deverá ser considerado aquele de maior peso. [...] Mudança: Com a DN 217/2017 o porte e o potencial poluidor do empreendimento, per si, não mais serão suficientes para a definição da modalidade de licenciamento aplicável. 6

7 2.2. SUJEIÇÃO DE TODAS AS CLASSES AO LICENCIAMENTO DN 74/2004 DN 217/2017 Art. 1º - Os empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente sujeitas ao licenciamento ambiental no nível estadual são aqueles enquadrados nas classes 3, 4, 5 e 6, conforme a lista constante no Anexo Único desta Deliberação Normativa, cujo potencial poluidor/degradador geral é obtido após a conjugação dos potenciais impactos nos meios físico, biótico e antrópico, ressalvado o disposto na Deliberação Normativa CERH n.º 07, de 04 de novembro de 2002. [...] Art. 2 - Os empreendimentos e atividades listados no Anexo Único desta Deliberação Normativa, enquadrados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF, pelo órgão ambiental estadual competente, mediante cadastro iniciado pelo requerente junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SUPRAM competente, acompanhado de Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendimento e de Anotação de Responsabilidade Técnica ou equivalente do profissional responsável. Art. 2º Estão sujeitos ao licenciamento ambiental no âmbito estadual as atividades e empreendimentos listados conforme critérios de potencial poluidor/degradador, porte e de localização, cujo enquadramento seja definido nas classes 1 a 6. Mudança: Com a DN 217/2017, todas as classes estão sujeitas ao licenciamento ambiental. As classes 1 e 2, antes dispensadas do licenciamento e submetidas à Autorização Ambiental de Funcionamento ( AAF ), serão agora submetidas ao Licenciamento Ambiental Simplificado ( LAS ). A diferença entre os dois ritos recai, primordialmente, nas informações e nos documentos a serem apresentados pelo empreendedor para formalizar seu processo de licenciamento. 7

8 2.3. MODALIDADES DE LICENCIAMENTO DN 74/2004 DN 217/2017 Art. 1º [...] 1º - As Licenças Prévia e de Instalação dos empreendimentos enquadrados nas classes 3 e 4 poderão ser solicitadas e, a critério do órgão ambiental, expedidas concomitantemente. 2º - As Licenças de Instalação e de Operação dos empreendimentos agrossilvipostoris [sic] enquadrados nas classes 3 e 4 poderão ser solicitadas e, a critério do órgão ambiental, expedidas concomitantemente, quando a instalação implicar a operação. Art. 2 - Os empreendimentos e atividades listados no Anexo Único desta Deliberação Normativa, enquadrados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF, pelo órgão ambiental estadual competente, mediante cadastro iniciado pelo requerente junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SUPRAM competente, acompanhado de Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendimento e de Anotação de Responsabilidade Técnica ou equivalente do profissional responsável. Art. 8º Constituem modalidades de licenciamento ambiental: I Licenciamento Ambiental Trifásico LAT: licenciamento no qual a Licença Prévia LP, a Licença de Instalação LI e a Licença de Operação LO da atividade ou do empreendimento são concedidas em etapas sucessivas; II Licenciamento Ambiental Concomitante LAC: licenciamento no qual serão analisadas as mesmas etapas previstas no LAT, com a expedição concomitantemente de duas ou mais licenças; III Licenciamento Ambiental Simplificado: licenciamento realizado em uma única etapa, mediante o cadastro de informações relativas à atividade ou ao empreendimento junto ao órgão ambiental competente, ou pela apresentação do Relatório Ambiental Simplificado RAS, contendo a descrição da atividade ou do empreendimento e as respectivas medidas de controle ambiental. 1º Na modalidade de LAC a licença será emitida conforme os seguintes procedimentos: I análise, em uma única fase, das etapas de LP, LI e LO da atividade ou do empreendimento, denominada LAC1; II análise, em uma única fase, das etapas de LP e LI do empreendimento, com análise posterior da LO; ou, análise da LP com posterior análise concomitante das etapas de LI e LO do empreendimento, denominada LAC2. 8

9 2.3. MODALIDADES DE LICENCIAMENTO (CONTINUAÇÃO) Mudanças: A DN 74/2004, implicitamente, admitia as seguintes modalidades de licenciamento: Trifásica; Concomitante, para situações específicas; e AAF. A DN 217/2017 torna explícito as modalidades admitidas: Licenciamento Ambiental Trifásico ( LAT ): modalidade de licenciamento na qual a LP, LI e LO são emitidas separadamente e de forma sucessiva; Licenciamento Ambiental Concomitante ( LAC ): modalidade de licenciamento onde serão analisadas as mesmas etapas previstas no LAT, com a expedição concomitante de duas ou mais licenças. No caso da análise, em uma única fase, das etapas de LP, LI e LO, denomina-se LAC1. No caso da análise, em uma única fase, das etapas de LP e LI do empreendimento, com análise posterior da LO; ou, análise da LP com posterior análise concomitante das etapas de LI e LO do empreendimento, denomina-se LAC2; LAS: licenciamento realizado em uma única etapa, mediante o cadastro de informações relativas à atividade ou ao empreendimento junto ao órgão ambiental competente, ou pela apresentação do Relatório Ambiental Simplificado ( RAS ). 9

10 2.4. NOVA CLASSIFICAÇÃO DOS PORTES E O POTENCIAL POLUIDOR DN COPAM 74/2004 DN COPAM 217/2017 Mudanças: A DN 217/2017 ora diminui, ora aumenta as classes definidas segundo a matriz de porte e potencial poluidor: Porte pequeno e potencial poluidor médio. DN 74: Classe 1 (AAF) x DN 217: Classe 2; Porte pequeno e potencial poluidor grande. DN 74: Classe 3 (LP/LI) x DN 217: Classe 4; Porte médio e potencial poluidor pequeno. DN 74: Classe 2 (AAF) x DN 217: Classe 1; Porte grande e potencial poluidor pequeno. DN 74: Classe 4 (LP/LI) x DN 217: Classe 1; Porte grande e potencial poluidor médio. DN 74: Classe 5 x DN 217: Classe 4. 10

11 2.5. AMPLIAÇÃO DA DISCRICIONARIEDADE DO ÓRGÃO AMBIENTAL DN COPAM 217/2017 Art. 8º [...] 5º O órgão ambiental competente, quando o critério técnico assim o exigir, poderá, justificadamente, determinar que o licenciamento se proceda em quaisquer de suas modalidades, independentemente do enquadramento inicial da atividade ou do empreendimento, observada necessidade de apresentação dos estudos ambientais especificamente exigidos e respeitado o contraditório. 6º Para os empreendimentos já licenciados, exceto os casos previstos no parágrafo único do art. 11, as ampliações serão enquadradas de acordo com as características de porte e potencial poluidor/degradador de tais ampliações e poderão se regularizar por LAC1, a critério do órgão ambiental. Art. 11º [...] Parágrafo único Para os empreendimentos detentores de Licença Ambiental Simplificado LAS, as ampliações serão enquadradas de acordo com as características de tais ampliações e das atividades já existentes, cumulativamente, e a licença a ser emitida englobará todas as atividades exercidas. Mudança: Com a DN COPAM nº 217/2017, o órgão ambiental competente (SEMAD ou COPAM) poderá, discricionariamente, desde que apresentada justificativa, exigir que o licenciamento de determinada atividade se proceda em quaisquer das modalidades (trifásica, concomitante ou simplificada), independentemente de seu enquadramento inicial. Poderá também o órgão ambiental, a seu critério, determinar a regularização da ampliação de empreendimento por LAC1 (LP/LI/LO). 11

12 2.6. AMPLIAÇÃO DAS HIPÓTESES DE DISPENSA DA RENOVAÇÃO DE LO DN COPAM 217/2017 Art. 12 Ficam dispensadas do processo de renovação de licença de operação nas Listagens do Anexo Único desta Deliberação Normativa: as seguintes atividades constantes I - E-01 Infraestrutura de transporte; II - E-02-03-8 Linhas de transmissão de energia elétrica; III - E-03-01-8 Barragem de saneamento ou perenização; IV - E-05-01-1 Barragens ou bacias de amortecimento de cheias; V - E-05-02-9 Diques de contenção de cheias de corpo d água; VI - E-03-02-6 Canalização e/ou retificação de curso d água; VII - E-04 Parcelamento do solo; VIII - E-05-04-5 Transposição de águas entre bacias; IX - E-03-05-0 Interceptores, emissários, elevatórias e reversão de esgoto; X - E-05-06-0 Parques cemitérios; XI - G-05 Infraestrutura de irrigação. Parágrafo único A dispensa de renovação de licença não exime o empreendedor quanto à manutenção das obrigações de controle ambiental do empreendimento, durante sua operação. Mudança: A DN COPAM nº 217/2017 amplia as hipóteses de dispensa do processo de renovação de licença ambiental, antes restritas aos empreendimentos/atividades de loteamentos do solo urbano para fins exclusiva ou predominantemente residenciais e distritos industriais, tal qual dispõe o art. 7º, 4º da Deliberação Normativa COPAM nº 17/1996. Há, portanto, a flexibilização da regularização ambiental nos casos elencados, mantendo-se a obrigação de manutenção das obrigações de controle ambiental. 12

13 2.7. ALGUMAS ATIVIDADES ALTERADAS QUANTO AO PORTE, POTENCIAL POLUIDOR E CLASSIFICAÇÃO PARA FINS DE LICENCIAMENTO Além de alterações de ordem geral promovidas pela DN 217/2017, aplicáveis a todos os empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental, houve também alteração da classificação de várias atividades específicas quanto ao porte e potencial poluidor. Tais alterações impactarão, juntamente com os critérios locacionais introduzidos, mudanças no enquadramento de cada uma dessas atividades às novas modalidades de licenciamento, além de refletirem sobre os tipos de estudos ambientais que os empreendedores estarão sujeitos. Dentre as atividades modificadas, destacam-se: Atividades minerárias: (i) a atividade de lavra a céu aberto ou subterrânea em áreas cársticas com ou sem tratamento, p. ex., foi excluída da listagem de atividades passíveis de licenciamento; (ii) a atividade de lavra de minério de ferro a céu aberto passou a ser considerada com potencial poluidor/degradador médio independentemente do tratamento utilizado. Atividades de infraestrutura: (i) a recapacitação e repotencialização de Pequenas Centrais Hidrelétricas ( PCHs ) poderão ser licenciadas na modalidade LAS/RAS, desde que atendidas determinadas condições, de forma a assegurar a não incidência de novos impactos ambientais em relação àqueles já consolidados; (ii) Centrais Geradoras Hidrelétricas ( CGHs ) passaram a ter classificação própria na listagem de atividades passíveis de licenciamento. 13

14 DN COPAM Nº 217/2017 Licenciamento Ambiental APLICABILIDADE DA NORMA 14

15 3.1. APLICABILIDADE SOBRE PROCESSOS DE LICENCIAMENTO EM ANDAMENTO DN COPAM 217/2017 Art. 38 As alterações do porte e do potencial poluidor/degradador promovidas por esta Deliberação Normativa implicam na incidência das normas pertinentes à nova classificação, desde que: I quanto ao licenciamento ambiental, inclusive o corretivo e a renovação, a licença não tenha sido concedida ou renovada; II quanto à AAF, a autorização não tenha sido concedida; III - o empreendedor não requeira, no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da entrada em vigor desta norma, a continuidade do processo na modalidade já orientada ou formalizada. 1º Para os empreendimentos licenciados até a entrada em vigor desta Deliberação Normativa, as normas pertinentes à nova classificação incidirão quando da renovação das licenças. 2º As orientações para formalização de processo de regularização ambiental emitidas antes da entrada em vigor desta Deliberação Normativa e referentes a empreendimentos cuja classe de enquadramento tenha sido alterada deverão ser reemitidos com as orientações pertinentes à nova classificação. Efeitos: a interpretação sistemática do art. 38 deve ser a seguinte: Fica a critério do empreendedor cujo processo de licença/autorização ainda esteja em andamento a sujeição ao efeito imediato da nova norma (inciso I e II), desde que respeitado o prazo para apresentação do requerimento do inciso III (requerimento de licença expectativa de direito que poderá se tornar direito adquirido). As licenças que já tenham sido emitidas se submeterão à nova norma quando de sua renovação perante o órgão ambiental (licença emitida direito adquirido/ato jurídico perfeito). 15

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