Figura 1 - O computador



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Transcrição:

Organização e arquitectura dum computador

Índice Índice... 2 1. Introdução... 3 2. Representação da informação no computador... 4 3. Funcionamento básico dum computador... 5 4. Estrutura do processador... 6 5. Níveis de abstracção num computador... 7 6. Tradutores ou conversores de níveis... 8 6.1. Assemblers... 8 6.2. Compiladores... 8 7. Estrutura interna dum computador... 9 Índice de figuras... 11 Índice remissivo... 12

Introdução 1. Introdução Figura 1 - O computador O estudo da organização e arquitectura dum computador começa por uma reflexão sobre o que é um computador. No contexto desta disciplina, e sob a perspectiva dum engenheiro, iremos considerar um computador como um sistema 1 (máquina) que tem como finalidade processar informação. Então, a primeira questão que se coloca de imediato é a seguinte: o que é informação e como é que essa informação se encontra representada dentro de um computador? A representação da informação num computador faz a introdução ao funcionamento dum computador. O modo como funciona um computador - e respectivo metodologia de programação - pode ser encarado sob diversas perspectivas, ou níveis de abstracção: desde o nível de programação em linguagem máquina em binário, ao nível de programação em "linguagens de alto nível 2 " (ver 1.1 e 1.2). Esta introdução será mais detalhada no Cap. III quando se fizer referência aos mecanismos para a execução de programas. 1 Sistema informático 2 Pascal, C e Java entre outras Página 3 de 12

2. Representação da informação no computador Representação da informação no computador Os símbolos do "alfabeto" os seres humanos usam as letras do alfabeto, os algarismos e outros símbolos (sinais de pontuação, operadores aritméticos,...); os computadores usam 2 níveis de sinal eléctrico, o que corresponde a um alfabeto com apenas 2 símbolos, também designados por dígitos binários, ou, binary digit, bit. As "palavras" com informação, no computador, são usadas essencialmente para: representar as palavras e o "alfabeto" das linguagens naturais (ocidentais); representar de modo compacto os comandos para o computador funcionar - as instruções; representar de modo eficiente as variáveis numéricas, nomeadamente os inteiros e reais; codificar outras formas de representação audiovisual de informação. Página 4 de 12

Funcionamento básico dum computador 3. Funcionamento básico dum computador Execução de sequência de comandos; por razões de eficiência esses comandos deverão estar já armazenados na memória rápida do computador, no formato codificado associado ao processador que o vai executar e usando o "alfabeto" do computador: a linguagem máquina. Figura 2 - O chip Execução da linguagem máquina; passos que um processador faz sempre: Ir buscar uma instrução à memória e actualizar o apontador para a próxima instrução Descodificar a informação nela contida Executar a operação especificada Página 5 de 12

Estrutura do processador 4. Estrutura do processador sendo: Os principais blocos que constituem um processador podem ser identificados como Conjunto de registos para armazenar temporariamente a informação que vem da memória ou os valores de variáveis (da aplicação ou de gestão do sistema) Unidades funcionais (aritméticas, lógicas, de vírgula flutuante,...) para operar sobre as variáveis Unidade de controlo, que emite a sequência de sinais adequados ao funcionamento do processador e para actuação noutros componentes do computador A unidade de controlo é também designada na literatura anglo-saxónica por control path, enquanto que o bloco que processa directamente a informação - e que é constituído pelos registos e unidades funcionais - é normalmente designado por data path. Página 6 de 12

Níveis de abstracção num computador 5. Níveis de abstracção num computador Na utilização de um computador é possível identificar vários níveis de abstracção, sendo os mais relevantes, no ãmbito desta disciplina: Nível da linguagem máquina (em binário): instruções e variáveis totalmente codificadas em binário, sendo a codificação das instruções sempre associada a um dado processador; a sua utilização é pouco adequada para seres humanos; Nível da linguagem assembly (tradução literal do inglês: "de montagem"): equivalente ao nível anterior, mas em vez da notação puramente binária, a linguagem usa mnemónicas para especificar as operações pretendidas, bem como os valores ou localizações dos operandos; embora este nível seja melhor manuseado por seres humanos, ele ainda é inteiramente dependente do conjunto de instruções dum dado processador, isto é, não é portátil entre processadores de famílias diferentes, e as estruturas que manipula, quer de controlo, quer de dados, são de muito baixo nível; Nível das linguagens HLL (High Level Languages, como o Java, C, Pascal, FORTRAN,...): linguagens mais poderosas e mais próximas dos seres humanos, que permitem a construção de programas para execução eficiente em qualquer processador Página 7 de 12

Tradutores ou conversores de níveis 6. Tradutores ou conversores de níveis Dado que o processador apenas "entende" os comandos em linguagem máquina, é necessário converter os programas escritos em linguagens dos níveis de abstracção superiores para níveis mais baixos, até eventualmente se chegar à linguagem máquina. Estes tradutores ou conversores de níveis são normalmente designados por: 6.1. Assemblers programas que traduzem os textos escritos em assembly language para linguagem máquina, onde cada comando compreendido pelo processador se encontra codificado em binário de acordo com um formato definido pelo fabricante do processador; 6.2. Compiladores programas que traduzem os programas escritos em HLL para um nível de abstracção inferior; a maioria dos compiladores existentes incluem já os dois passos da tradução para linguagem máquina, isto é, traduzem de HLL directamente para linguagem máquina binária, sem necessitarem de um assembler. Existe ainda outro mecanismo que permitem executar programas escritos em HLL sem usar a compilação: a interpretação. Com um interpretador, as instruções de HLL são analisadas uma a uma, e o interpretador para cada instrução em HLL, gera o código correspondente em linguagem máquina e executa de imediato esse código, sem o guardar. Não há propriamente uma tradução de um programa noutro, mas sim a análise dum programa seguida de geração e execução do código máquina associado. Posteriormente se verá ainda que poderão existir outros níveis de abstracção num computador. Página 8 de 12

Estrutura interna dum computador 7. Estrutura interna dum computador Os principais blocos funcionais que se podem encontrar num computador podem ser agrupados em apenas 3: a entidade que processa a informação, a entidade que armazena a informação que está a ser processada, e as unidades que estabelecem a ligação deste par de entidades (processador-memória) com o exterior. Mais concretamente, os blocos são: Processador(es), incluindo uma ou mais Unidades Centrais de Processamento CPU (já referida anteriormente), e eventualmente processadores auxiliares ou co-processadores para execução de funções matemáticas, gráficas, de comunicações,... Memória principal, onde é armazenada toda a informação que o CPU vai necessitar de manusear; encontra-se organizada em células que podem ser directa e individualmente endereçadas pelo CPU (ou por outro componente que também possa aceder directamente à memória); cada célula tem normalmente 8 bits de dimensão (todos os processadores disponíveis comercialmente lidam com esta dimensão de célula); a dimensão máxima de memória física que um computador pode ter está normalmente associada à largura n do barramento de endereços (2^n) Dispositivos de Entrada/Saída (I/O) e respectivos controladores, incluindo: dispositivos que fazem interface com o ser humano: monitor, teclado, rato, impressora, colunas de som,... dispositivos que armazenam grandes quantidades de informação, também designados por memória secundária: disco, banda magnética, CD-ROM,... dispositivos de interface para comunicação com outros equipamentos: interfaces video, placas de rede local, modems, interface RDIS,... dispositivos internos auxiliares, como um temporizador, um controlador de interrupções, um controlador de acessos directos à memória (DMA),... Página 9 de 12

Estrutura interna dum computador Figura 3 - O bus Indispensável ainda num computador é o sistema de interligação dos diversos componentes nele presentes, que genericamente se designa por barramento (bus); este barramento é constituído por um elevado número de ligações físicas, podendo estar agrupados de forma hierárquica. As principais categorias de barramentos são normalmente designadas por: Barramento de dados, que têm por função transportar a informação (códigos dos programas e dados) entre os blocos funcionais dum computador; quanto maior a sua "largura", maior o número de bits que é possível transportar em simultâneo; Barramento de endereços, que têm por função transportar a identificação/localização ("endereço") dos sítios onde se pretende ler ou escrever dados (por ex., o endereço de uma célula de memória ou de um registo de estado de um controlador); Barramento de controlo, que agrupa todo o conjunto de sinais eléctricos de controlo do sistema, necessários ao bom funcionamento do computador como um todo (por ex., sinais para indicar que a informação que circula no barramento de dados é para ser escrita e não lida da célula de memória cuja localização segue no barramento de endereços). Página 10 de 12

Índice de figuras Figura 1 - O computador... 3 Figura 2 - O chip... 5 Figura 3 - O bus... 10 Página 11 de 12

Índice remissivo computador... 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 processador... 2, 5, 6, 7, 8, 9 Página 12 de 12