VI-088- EDUCAÇÃO AMBIENTAL; LUDICIDADE COMO CHAVE PARA O PROCESSO DE SENSIBILIZAÇÃO

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Transcrição:

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina VI-088- EDUCAÇÃO AMBIENTAL; LUDICIDADE COMO CHAVE PARA O PROCESSO DE SENSIBILIZAÇÃO Tayse de Souto Silva (1) Graduanda do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas/UEPB Anne Karine de Assunção Graduanda do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas/UEPB Monica Maria Pereira da Silva Bióloga pela UEPB; Especialista em Educação Ambiental/UEPB; Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo PRODEMA/UFPB/UEPB; professora da UEPB/CCBS/DFB-NEEA Endereço: Rua. Martins Júnior, 154. Liberdade. Campina Grande/PB. CEP. 58.105.490. Fone: (83) 321 8621. Email: monicaea@terra.com.br RESUMO Em decorrência da evolução da civilização, o planeta Terra, hoje, encontra-se marcado pelas ações irracionais do ser humano, obrigando-nos a repensar nossas atitudes em relação ao meio ambiente e reconhecer a Educação Ambiental como elemento capaz de redefinir esse modelo de desenvolvimento e de educação de modo a garantir a sustentabilidade ambiental. Neste âmbito, faz-se necessário uma mudança nos métodos de ensino tradicionais, ressaltando uma metodologia inovadora, com estratégias de sensibilização através da ludicidade, de modo a facilitar a aprendizagem e a compreensão do indivíduo sobre o mundo e sobre si mesmo. Por isso, este trabalho teve por objetivo promover Educação Ambiental de forma contínua e permanente, utilizando a ludicidade como chave

para a sensibilização, a fim de que a comunidade escolar adquirisse ações de cidadania capazes de interferir na realidade para transformá-la. Esta pesquisa correspondeu a uma pesquisa participante realizada no período de junho a dezembro de 2002, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Advogado Otávio Amorim, localizada no conjunto Álvaro Gaudêncio, popularmente conhecido como Malvinas, no município de Campina Grande/PB, com as turmas de 2 ciclo (3ª séries) nos turnos manhã e tarde, constituindo a amostragem de 16% em relação ao total de educandos matriculados. O 2 ciclo foi escolhido visando a continuidade da pesquisa no ano seguinte, uma vez que a Educação Ambiental deve ser trabalhada de forma permanente e contínua. Os instrumentos utilizados para coleta de dados permitiram o processo simultâneo de sensibilização: observação participante, entrevista semi-estruturada, matriz de problemas/soluções/ações, dinâmicas, oficinas, teatro, pinturas, desenhos, poesia, músicas, colagens e brincadeiras. De acordo com os dados coletados, verificamos que os instrumentos utilizados proporcionaram o início do processo de sensibilização e promoveram a realização da Educação Ambiental de forma prazerosa, saindo do tradicionalismo e procurando a construção de conhecimentos. Desta forma, a ludicidade e criatividade empregada na metodologia facilitaram a aprendizagem e sensibilização, permitindo a realização da Educação Ambiental de forma contínua e permanente, com o tema Meio Ambiente sendo o gerador do demais temas, além de despertar o interesse dos educandos para as questões ambientais. A partir das estratégias aplicadas foi possível desenvolver junto aos educandos a escrita, linguagem, coordenação motora, arte, cultura, política, saúde, dentre outros aspectos, ressaltando que Educação Ambiental não deve ser disciplina, mas permear todas as disciplinas e conteúdos do currículo escolar, o que requer a inserção da dimensão ambiental na formação inicial e continuada dos educadores e educadoras, cumprindo o que determina a Política Nacional de Educação Ambiental, Lei 97895/99: Educação Ambiental deve fazer parte do currículo dos vários níveis de ensino, inclusive do Ensino Superior. Portanto, Educação Ambiental propõe novos paradigmas e valores éticos, que são conseguidos através de uma revolução da metodologia de ensino que, por sua vez deve ser realizada com base na ludicidade e criatividade através de estratégias inovadoras, que envolvam o educando no processo de ensino-aprendizagem, valorizando suas potencialidades. PALAVRAS-CHAVE: Ludicidade, Educação Ambiental e Sensibilização INTRODUÇÃO A vida resulta da interação entre os fatores vivos e não vivos. Esta interação ocorre de forma complexa e não linear, de modo que não há nenhum elemento mais importante do que outro. Todavia, a espécie Homo sapiens desde a sua existência detém um paradigma de superioridade, acreditando ser superior aos demais elementos do meio ambiente, em decorrência explora os recursos naturais como se fossem sempre disponíveis. Esta concepção de superioridade desencadeou vários problemas ambientais, os quais exigem tomada de decisão, no sentido de motivar mudanças de percepção e de atitudes frente aos demais elementos. Haja vista que a espécie Homo sapiens é a única que pode intervir e mudar o quadro vigente.

No início, porém a relação do ser humano com o meio ambiente consistia apenas numa questão de sobrevivência, com o passar do tempo, ultrapassou os limites da necessidade, uma vez que o ser humano passou a querer cada vez mais o que a natureza tinha para oferecer. Logo, esse desejo aliado à urbanização, ao crescimento populacional, à industrialização e evolução da civilização, transformou a natureza num objeto de dominação e exploração, onde é crescente a atividade de tornar os recursos disponíveis em recursos consumíveis. Segundo Silva e Leite (2002) à medida que há o avanço tecnológico, o ser humano vai se desvinculando da natureza e do próprio ser humano, em conseqüência aumenta a degradação social e ambiental. É tanto que o planeta Terra, hoje, está marcado pelas ações irracionais do ser humano, pois temos agido de forma inconseqüente, estimulados pela visão distorcida de que os recursos são inesgotáveis e na tentativa de atender às necessidades "desnecessárias" que a sociedade capitalista nos impõe, fazendo, desta forma, com que a natureza nos responda de forma violenta, até, como mecanismo de defesa aos enormes danos que vem sofrendo e que comprometem a nossa vida no planeta. Até porque tudo que é feito à Terra, recai sobre os filhos da Terra. De acordo com Buscaglia (2000) vivemos numa cultura onde uma pessoa não é valorizada pelo que é, e sim pelo que tem. Isso faz aumentar ainda mais a ganância do ser humano pela posse dos recursos naturais. Desta forma, "a problemática ambiental nos obriga a pensar em nossa história e cultura, assim como na nossa formação social, econômica e política" (REIGOTA, 1998), e reconhecer Educação Ambiental como elemento capaz de redefinir esse modelo de desenvolvimento e de educação de modo a garantir a sustentabilidade, não só dos recursos naturais, como também dos seus cidadãos, pois na visão de Genuíno, Silva e Leôncio (2001), "a Educação Ambiental é um caminho eficaz para que ocorra uma transformação no comportamento do ser humano em relação ao meio ambiente, pois ampliam o conhecimento possibilitando a compreensão crítica e complexa dos sistemas ambientais, suas inter-relações, como também o surgimento de possíveis soluções". À medida que mudamos nossas atitudes em relação ao meio ambiente, exercemos nosso papel de cidadãos conscientes e participativos e estamos melhorando nossa qualidade de vida. E para que isso ocorra é necessário recorrermos a educação, no sentido de que tenhamos uma mudança na metodologia de ensino para que se tenha uma educação voltada para transformação da sociedade, já que "a educação deve ser praticada procurando produzir e não transmitir conhecimento" (REIGOTA, 1998), no sentido de que se promova a cidadania. A necessidade de mudança na metodologia de ensino encontra na ludicidade e na criatividade, a chave para a promoção da Educação Ambiental, pois o desenvolvimento de estratégias educativas baseadas no aspecto lúdico, ou seja, através de jogos, brincadeiras e dinâmicas facilita a aprendizagem, o desenvolvimento sócio-cultural, e ainda, facilita a sensibilização e conseqüente construção do conhecimento, fazendo com que a consciência ecológica seja despertada com prazer. Por isso, este trabalho teve por objetivo promover Educação Ambiental de forma contínua e permanente, utilizando a ludicidade como chave para a sensibilização, a fim de que a

comunidade escolar adquirisse ações de cidadania capazes de interferir na realidade para transformá-la. METODOLOGIA De acordo com Haguete (1997), Thiollent (1998) e Pedrini (1997) o presente trabalho trata de uma pesquisa participante. Na visão de Thiollent (1998) na pesquisa participante, os pesquisadores estabelecem relações comunicativas com pessoas ou grupos da situação investigada com intuito de serem melhor aceitos, enquanto desempenham um papel ativo no equacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e na avaliação das ações desencadeadas. A pesquisa foi realizada no período de junho a dezembro de 2002, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Advogado Otávio Amorim, localizada no conjunto Álvaro Gaudêncio, popularmente conhecido como Malvinas, no município de Campina Grande/PB, com as turmas de 2 ciclo (3ª séries) nos turnos manhã e tarde que correspondeu a uma amostra significativa de 16% em relação ao total de alunos matriculados e possibilita a continuidade da pesquisa no ano seguinte, uma vez que a Educação Ambiental deve ser trabalhada de forma permanente e contínua. A estrutura física da escola, em estudo é constituída de dez salas de aula, cantina, sala de vídeo, secretaria, banheiros, sala de professores e ampla área de recreação. Os recursos didáticos disponíveis são: televisão, vídeo, rádio, caixa de som, microfone e livros. O quadro de profissionais que compõe a escola é formado por 25 educadores, 14 no turno da manhã e 11 no turno da tarde. Os dados foram coletados utilizando-se estratégias cuja finalidade era observar e ampliar a percepção ambiental, assim como, a visão dos educandos sobre as questões ambientais e ainda promover o processo de sensibilização. As estratégias utilizadas para a coleta de dados estão expostas no Quadro 01. QUADRO 01: Estratégia utilizadas para coleta de dados ESTRATÉGIAS DADOS COLETADOS Questionário, observação participante, entrevista semi-estruturada, matriz cromática e dinâmica do sol. Levantamentos dos problemas ambientais que envolvem a escola

Teatro, pinturas, desenhos, poesia, música, dinâmicas, brincadeiras, jogos e oficinas Sensibilização Estes instrumentos usados permitiram a ação simultânea da pesquisa e da sensibilização, com o objetivo de desenvolver atitudes e comportamentos capazes de transformar a realidade dos educandos, conforme propõe Silva (2002a; 2002b). Os dados foram analisados sob o ângulo quantitativo e qualitativo, ou seja, na medida que são coletados, os dados são quantificados, analisados qualitativamente, apresentados à comunidade escolar e serviram de base para o desenvolvimento de estratégias de sensibilização. A análise baseia-se na proposta do MEDICC - Modelo Dinâmico de Construção e Reconstrução do Conhecimento que sugere um modelo baseado na pesquisa ensinoaprendizagem-ação-transformação, onde o ensino promove a aprendizagem, que por sua vez conduz à transformação. (SILVA, 2000). De acordo com o MEDICC o processo educativo para o meio ambiente é realizado de forma dinâmica, criativa, incentivando a participação e o desenvolvimento da afetividade entre o grupo envolvido. RESULTADOS E DISCUSSÃO As estratégias utilizadas nos primeiros encontros foram: dinâmica do sol, matrizes, observações e entrevista semi-estruturada que tiveram como objetivo fazer um levantamento dos principais problemas ambientais que envolvem a escola e entorno, permitindo um diagnóstico pré-liminar da visão dos educandos no que diz respeito ao meio ambiente. A dinâmica do sol consiste na montagem de um sol pintado em sua metade de preto e na outra de amarelo onde são entregues aos educandos dois raios, um de cor preta e o outro e cor amarela. Os raios pretos representam os problemas ambientais e os amarelos representam as soluções para aquele problema apontado. Em seguida pede-se que cada educando, por vez, vá montando os raios ao redor do sol e dizendo o problema e a solução para o problema que escolheu (SILVA, 2002a). Esta dinâmica possibilitou um mutirão de idéias sobre os problemas ambientais que os educandos julgam mais relevantes num contexto global. Os problemas mais citados estão expostos no Quadro 02. QUADRO 02: Principais problemas globais e as respectivas soluções apontadas pelos educandos PROBLEMAS SOLUÇÕES

Queimadas "Evitar queimadas" Violência "Felicidade, justiça, amor, paz" Lixo "manter limpo", "não jogar lixo no chão" Desmatamento "Cuidados" Desemprego "Educação" Doenças "mais saúde", prevenção, remédios Vícios (bebida e drogas) Vida, amor, respeito Poluição "Não poluir" Falta de educação "Mais educação" Extinção dos animais "Não matar, não maltratar" Podemos observar que a inclusão de problemas sociais denota que as crianças detêm uma visão de meio ambiente mais ampla, observando, não apenas o meio ambiente natural, mas também, seus aspectos sociais, culturais e econômicos, uma vez que esta escola já havia sido interferida por trabalhos anteriores.

Alguns problemas globais que os educandos citaram coincidem com aqueles vinculados pela mídia, o que demonstra a influência que esta exerce sobre a sociedade. A televisão, principalmente, constitui um dos meios de comunicação em massa mais eficazes, transmitindo as informações com uma velocidade incrível. Este, inclusive é um meio bastante prático que poderia ser utilizado para um eficaz combate aos problemas ambientais. Porém, quando abordadas pela mídia, as questões ambientais estão restritas a campanhas e datas comemorativas, ou então, se referem à desastres que já aconteceram, quando na verdade poderiam ter sido evitados, ou fatos que, infelizmente, já estamos nos acostumando a ouvir e ver ou até mesmo presenciar no nosso dia-a-dia. Questões como o desemprego e a violência apontados pelos educandos são diariamente abordados pela mídia e são problemas que os educandos vivenciam, na maioria das famílias ou no próprio cotidiano. Estes, como outros, são problemas sócio-ambientais gravíssimos muito bem apontados pelos educandos. Posteriormente ao diagnóstico dos problemas ambientais que os educandos julgaram mais relevantes num contexto mundial, trabalhamos a percepção dos mesmos a cerca dos problemas ambientais locais, ou seja, escola, rua, bairro.os resultados obtidos através da matriz de problemas ambientais referentes à escola e entorno estão expostos no Quadro 03. QUADRO 03: Principais problemas ambientais apontados pelos educandos com relação a escola e entorno. ESCOLA % ENTORNO % Sujeira 26% Lixo 30% Lixo 20% Violência 2

Violência 14% Esgoto 1 Falta de educação 8% Sujeira 10% Bebedouros quebrados 6% Poluição 7% Bagunça 2% Mosquito 2% Esgoto 2% Buracos 2% Descuido Desmatamento

Mosquito Acidentes Preconceito Falta d água Outros 19% Mato na fiação Cano estourado Outros 12% Com base nos dados apresentados no Quadro 03, constatamos que os problemas mais citados, tanto com relação à rua quanto ao entorno foram: lixo, violência, sujeira, falta de educação e poluição, os quais serviram de base para a realização dos encontros de sensibilização, permitindo discussões, momentos de reflexão e expressão de opiniões.

No encontro seguinte abordamos o tema transversal "Saúde". Para a realização deste encontro utilizamos como instrumento a produção de uma colagem com revistas. Pedimos que os educandos, individualmente procurassem figuras que respondessem a seguinte pergunta: "o que precisamos para viver num ambiente saudável?" Dentre as figuras selecionadas pelos educandos as que se repetiram com maior freqüência relacionam-se à lazer, alimentação, esporte, saúde, transporte, moradia, trabalho, família, descanso, higiene e à natureza, esta sendo representada limpa. Percebemos que as crianças possuem um conceito de saúde bastante amplo, pois se referiram não só o bem estar físico, mas ao bem estar social quando selecionaram as gravuras mencionadas. Em outro encontro trabalhamos com o tema "resíduos sólidos", uma vez que este foi o problema mais citado na escola e no entorno. Desenvolvemos um teatro de fantoches, onde dois personagens dialogavam sobre a problemática do lixo, as conseqüências do seu acúmulo indevido para a saúde e meio ambiente como um todo, e também, soluções como a reciclagem e coleta seletiva. No decorrer da história os personagens explicavam alguns conceitos básicos e evidenciavam a importância de um tratamento adequado para o lixo, incentivando a prática de atitudes de higiene e comportamento. Num segundo momento organizamo-nos em círculo no meio da sala e, sentados ao chão, começamos a velha brincadeira do telefone sem fio, onde foi pedido às crianças que elaborassem frases sobre o que mais tinha lhes chamado a atenção ou sobre o que julgavam mais importante na história. Todas essas frases iam sendo discutidas entre os alunos na medida em que a última criança recebia a mensagem. Durante as discussões as crianças lembravam dos conceitos falados pelos bonecos compreendendo o significado e a importância da coleta seletiva e reciclagem, bem como, reconheciam que as atitudes deveriam partir deles próprios para a garantia de sua escola e casa limpas. No mesmo período a escola promoveu um mutirão da limpeza onde educandos, educadores e funcionários realizaram uma faxina coletiva. Além disso, foi realizada uma passeata no entorno da escola, a qual envolveu a participação de diretores, coordenadores, educadores, funcionários e educandos. Antecedendo a passeata pelas ruas, foi realizada uma concentração no pátio da escola, onde algumas séries, inclusive as terceiras séries apresentaram peças mostrando o impacto que os resíduos sólidos causam ao meio ambiente, bem como a necessidade e importância de se ter um ambiente saudável e limpo. Com o objetivo de motivá-los para a passeata, levamos tintas coloridas e pintamos os rostos das crianças com símbolos da natureza, como sol, lua, folhas e alguns animais que representavam alguns elementos de um ambiente que precisam de cuidados. Após esse período, os educadores organizaram as crianças por séries e saímos pelas ruas próximas à escola, com cartazes, faixas e panfletos produzidos pelos educandos, acompanhados de um carro de som que tocava músicas relacionadas ao meio ambiente. Na medida em que caminhavam pelas ruas, os panfletos eram distribuídos pelas crianças com o objetivo de sensibilizar a população para um adequado tratamento para os resíduos sólidos domésticos, pois como já foi diagnosticado anteriormente, observamos a presença de resíduos sólidos domésticos em terrenos baldios e canais que trazem sérios problemas à comunidade.

No encontro posterior a este evento, trabalhamos o tema violência. Este tema teve um significado muito amplo para os educandos. A violência abordada por eles dizia respeito não só a violência física, mas a violência social, do desrespeito, da ignorância, da exclusão social e da falta de amor e compreensão no convívio social. Construímos uma amarelinha desenhada no chão da sala e enumerada de 1 a 10. Na lousa haviam 10 cartões enumerados, onde cada cartão possuía uma palavra-chave no verso. Dentre as palavras-chave cinco representavam aspectos negativos, geradores ou frutos da violência e cinco representavam os aspectos positivos e essenciais ao combate à violência. As palavras se dispunham na lousa alternadamente. As palavras de aspecto negativo eram: crianças abandonadas, vícios, armas, desunião e brigas e as de aspecto positivo eram: educação, respeito, amor, vida e compreensão. O educando que se propusesse a participar jogaria a pedra em uma das casas enumeradas e pulava a amarelinha normalmente. Terminada esta etapa, o educando desvirava o cartão que correspondia ao número da casa que escolhera e tecia comentários sobre o tema com a turma. Desviradas todas as palavras foi pedido que os educandos relacionassem os problemas as suas devidas soluções. Essa dinâmica permitiu uma abordagem sobre problemas sociais bastante atuais e polêmicos muito comentados pela mídia, os quais são exemplos desencadeadores e/ou frutos da violência física e social e conseqüentemente, responsáveis pela sociedade violenta em que vivemos. Na medida em que os educandos expressaram suas opiniões e provocaram uma discussão sobre os temas levantados iam construindo e reconstruindo seus conhecimentos e ao mesmo tempo iam sendo sensibilizados sobre a importância de se adquirir uma postura menos agressiva, afim de que atingir uma convivência tranqüila. Reconheceram a importância de um relacionamento mais afetivo com seus colegas, educadores, familiares e sociedade como um todo. Vale salientar que durante as discussões os educandos associaram os problemas de convivência familiar, como brigas, falta de amor, alcoolismo a problemas sociais como crianças abandonadas e drogas. Observamos, a percepção dos educandos de que problemas isolados podem gerar problemas maiores que, por sua vez, servem de indicadores para desenvolvimento e avaliação da administração de um país ou nação. Em seguida, foi trabalhada a música "Tempo de ser Feliz" interpretada por Jamily, que retratava a necessidade de um Brasil igual e justo para todos, bem como a necessidade de amor e Deus no coração dos seres humanos para um futuro melhor e sem tantas desigualdades sociais e violência. Aproveitando o ano de eleições, exploramos o tema política, já que este faz parte do tema gerador Meio Ambiente e constitui um dos elementos indispensáveis para a construção da cidadania e conseqüente mudança de atitudes. Realizamos, para este encontro, uma dinâmica intitulada "dinâmica dos sonhos" com o objetivo de despertar os sonhos que os educandos possuem em relação as suas vidas e aos seus futuros. Os sonhos eram escritos num pedaço de papel e simbolizavam os votos que eram depositados na "urna da esperança". Num segundo momento pedimos que os educandos redigissem uma carta endereçada ao Sr presidente da república pedindo que os seus sonhos fossem realizados e porquê deveriam ser atendidos. Este encontro teve o objetivo de despertar a auto estima e sentimentos de perseverança e determinação na busca de seus objetivos, bem como, a

valorização dos sonhos que são particulares e inerentes a cada ser humano e que constituem direitos que devem ser assistidos e possibilitados pelo Estado, através de uma educação de qualidade, de uma assistência médica igualitária, direito a lazer, moradia e segurança, além de um meio ambiente saudável e justo para todos. Além disso, estimulou o desenvolvimento da criatividade e poder de argumentação na elaboração das cartas, estes como recursos indispensáveis ao uso da linguagem. Algumas das frases mais citadas pelos educandos estão elencadas a seguir: "Paz no Brasil". "Um Brasil Melhor". "União na família". "Ser feliz". "Ter futuro". "União na família". "Evitar violência". "Melhorar o Brasil". "Brasil unido". "Pai e mão não brigarem". "Passar um natal feliz e cheio de alegria". "Paz e felicidade na família". "Ser um jogador de futebol". "Ser um baterista". "Ser professor". "Que os bandidos não maltratem as pessoas". Trabalhamos para este encontro a música "Nunca deixe de Sonhar" do grupo Rouge. Observamos que a maioria dos educandos não se referira a sonhos apenas materiais, preocupando-se com questões como o futuro profissional, do Brasil, e seu bem estar físico e social. Estes resultados comprovam uma percepção ampla que os educandos possuem com relação à qualidade de vida.

As músicas, brincadeiras e dinâmicas ajudaram a sensibilização e promoveram a realização da Educação Ambiental de forma prazerosa, saindo do tradicionalismo e procurando a construção de conhecimentos. Desta forma, a ludicidade e criatividade empregada na metodologia facilitaram a aprendizagem e sensibilização, permitindo a realização da Educação Ambiental de forma contínua e permanente, com o tema Meio Ambiente sendo o gerador do demais temas, além de despertar o interesse dos educandos para as questões ambientais, bem como mudanças de atitudes e ações em relação ao meio ambiente. De acordo com Silva (2002b)," o processo educativo voltado para o meio ambiente realizado de maneira criativa, construtiva, dinâmica e prazerosa, possibilita pesquisa, ensino, aprendizagem, ação e transformação tendo como alicerce a sensibilização a partir da realidade dos atores." A partir das estratégias aplicadas foi possível desenvolver junto aos educandos a escrita, linguagem, coordenação motora, arte, cultura, política, saúde, dentre outros aspectos, ressaltando que Educação Ambiental não deve ser disciplina, mas permear todas as disciplinas e conteúdos do currículo escolar, o que requer a inserção da dimensão ambiental na formação inicial e continuada dos educadores. CONSIDERAÇÕES FINAIS Num contexto geral, percebemos que as políticas educacionais se fecham num paradigma que mascara quase que totalmente o princípio transformador da educação. Vivenciamos uma educação subordinada ao sistema capitalista e que pouco contribui para a formação de cidadãos críticos, pois trata-se de uma educação que tem como proposta metodológica apenas a transmissão de informações. Praticada desta forma a educação não propicia a homens e mulheres a capacidade de conduzir suas próprias vidas, impondo limites que impedem o indivíduo de acompanhar a própria evolução histórica, social e cultural da civilização e que, conseqüentemente, torna-o impossibilitado de contribuir criticamente para o desenvolvimento da sociedade e para a manutenção de um planeta equilibrado e justo para todos. Neste sentido, a Educação Ambiental propõe novos paradigmas e valores éticos, que são conseguidos através de uma revolução da metodologia de ensino que, por sua vez deve ser realizada com base na ludicidade e criatividade através de estratégias inovadoras, que envolvam o educando no processo de ensino-aprendizagem valorizando suas potencialidades. O processo de sensibilização através de atividades lúdicas e criativas permite a realização do processo ensino-aprendizagem de forma mais prazerosa e eficaz, fato observado através da realização deste trabalho. A metodologia empregada permitiu que a Educação Ambiental fosse realizada de forma a desenvolver novas ações de informação e orientação sobre a problemática ambiental, ampliando o conhecimento dos educandos, envolvendo a escola nos principais problemas ambientais, tornando-a instrumento sensibilizador e formador de futuros cidadãos e

estimulando novas atitudes em relação ao meio ambiente em que vivem na busca de uma melhoria na qualidade de vida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUSCAGLIA, Leo F. Amor; tradução: André Feijó Barroso, 21ª ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000. GENUINO, Alcicleide Porto Genuíno, SILVA, Monica Maria Pereira da e LEÔNCIO, Iara Amorim. Trabalhando Saúde em Educação Ambiental. In Anais do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2001 REIGOTA, Marcos. Meio Ambiente e representação social. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 1998; SILVA, Monica Maria Pereira da. Estratégias em Educação Ambiental. 2000. Dissertação. (Mestrado em desenvolvimento e Meio Ambiente/ PRODEMA). UFPB/ UEPB. Campina Grande. SILVA, Mônica Maria Pereira da. Instrumentos de Pesquisas em Educação Ambiental. In Anais: VI Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Espírito Santo, 2002; SILVA, Monica Maria Pereira da. Meio ambiente na visão de educadores do sertão paraibano. In IV Simpósio de Etnobiologia e Etnoecologia. Recife, 2002 SILVA, Mônica Maria Pereira da. e LEITE, Valderi Duarte. Diagnóstico Ambiental realizado segundo a percepção de educadores do ensino fundamental de duas escolas de ensino fundamental da rede pública municipal de Campina Grande- PB. Anais eletrônico- Cd rom do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. João Pessoa, 2002;