SIADAP 2 AT Serviços Tributários Avaliação dos dirigentes intermédios e do pessoal de chefia tributária Procedimento de Reclamação - Linhas Orientadoras I Apreciação pela Comissão Paritária constituída junto do Director- Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira Opcional - Artigos 14º e 52 da Portaria n.º 437-B/2009, de 24.04 A intervenção da Comissão Paritária constituída junto do Sr. Director-Geral é uma fase facultativa no processo de reclamação da avaliação de desempenho, sendo um órgão com competência meramente consultiva (artigo 34º da Portaria n.º 437-B/2009, de 24.04, e artigo 59º da Lei n.º 66-B/2007, de 28.12). Como tal os seus pareceres não têm carácter vinculativo, ou seja, não têm de ser seguidos pelo órgão competente para a decisão. A submissão do processo de avaliação à apreciação da Comissão Paritária pode ser requerida pelo trabalhador no prazo de cinco dias úteis após a tomada de conhecimento da avaliação de desempenho qualitativa, em requerimento dirigido ao Director-Geral da
Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando a fundamentação necessária para tal apreciação, acompanhado se possível, de documentos que suportem essa mesma fundamentação. Quanto ao teor do pedido em si mesmo, cumpre, ter em atenção que aquela deverá ser elaborada tendo por base a pontuação obtida nos parâmetros dos objectivos e das competências em relação às quais não se concorda, bem como a descrição do padrão médio exigível referente a cada competência, devendo relativamente a cada um destes parâmetros contestar-se especificamente a nota atribuída, justificando-se a sua discordância com a alegação, se possível comprovada, de factos concretos da actividade profissional desenvolvida em 2011, que sejam susceptíveis de alterar a nota atribuída. Por exemplo, no âmbito da avaliação da pontuação atribuída no parâmetro de avaliação das competências, caso ao trabalhador tenha sido atribuída a pontuação de 3 valores - o que significa que no entendimento do Avaliador o comportamento do Avaliado consubstancia um padrão médio exigível, nos termos em que se encontra definido na ficha de avaliação deverá o avaliado contestar e alegar factos da actividade profissional por si desenvolvida, que consubstanciem um comportamento acima do comportamento médio exigível, constante da ficha de avaliação. Saliente-se ainda a este respeito que a análise comparativa entre resultados de avaliações, obtidas em diferentes anos, não é fundamento suficiente para alteração da avaliação de desempenho atribuída. Poderá, no entanto, ser útil a sua referência, em sede de reclamação, caso exista de um ano para o outro uma alteração significativa da pontuação atribuída em cada parâmetro, sem qualquer razão aparente. A alegação da diferença de pontuação atribuída poderá ter neste caso como consequência vincular o Avaliador a justificar fundamentadamente a avaliação atribuída. Deverá ainda em relação à pontuação de cada item de que discorda indicar qual a pontuação a que julga ter direito. Caso, no entanto, constate a existência de irregularidades/ilegalidades a nível do procedimento de avaliação, aconselhamos a que entre em contacto com o Sindicato, uma vez que tais situações poderão consubstanciar uma situação de anulabilidade ou nulidade da avaliação de desempenho atribuída, e como tal deverão ser devidamente analisadas pelos Serviços Jurídicos.
O pedido de apreciação pode ser entregue em mão, devendo neste caso solicitar uma cópia do mesmo devidamente assinada e datada, ou entregue através de carta registada com aviso de recepção. Em qualquer um dos casos, o pedido de apreciação tem de chegar efectivamente ao Director-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira até ao último dia do prazo, e não no dia seguinte a este, sob pena de extemporaneidade da reclamação, não sendo relevante, por exemplo no caso de envio pelos correios, a data de registo da carta nos Correios (a este respeito veja-se o artigo 77º do CPA e os Acórdãos do STA, de 02.02.2006, proferido no proc. 01108/05 e de 22.02.2005, proferido no proc. n.º 595/04). A audição da Comissão Paritária não pode, em caso algum, ser recusada. A Comissão Paritária pode solicitar ao avaliador, ao avaliado ou, sendo o caso, ao conselho coordenador da avaliação ou secção coordenadora da avaliação os elementos que julgar convenientes para o seu melhor esclarecimento, conforme se encontra previsto no n.º 4 do artigo 70º da Lei n.º 66-B/2007, de 28.12, aplicável subsidiariamente nos termos do artigo 61º do Regulamento de Avaliação. A apreciação pela Comissão Paritária deve ser feita no prazo de 5 dias úteis a contar da data da sua solicitação (este prazo é meramente indicativo), e através de relatório fundamentado com proposta final de alteração ou não da avaliação, sendo que, caso não se verifique consenso, devem ser apresentadas as propostas alternativas apresentadas e respectiva fundamentação. Note-se, no entanto, que o prazo para a emissão de parecer é meramente indicador/ordenador do procedimento, não gerando o seu incumprimento qualquer situação de anulabilidade do pedido de apreciação ou de indeferimento tácito do mesmo, tendo o Avaliado que aguardar sempre por uma resposta escrita da Comissão Paritária para poder eventualmente prosseguir para as fases seguintes do procedimento de reclamação. Junta-se uma minuta genérica de pedido de apreciação pela Comissão Paritária, que deverá adaptar considerando o seu caso concreto - Minuta 1.
Pode, em alternativa e não querendo solicitar a apreciação do processo pela Comissão Paritária, solicitar de imediato e no prazo de 10 dias úteis, a contar da data em que tomar conhecimento da avaliação de desempenho, a reapreciação do seu processo de avaliação, ao abrigo do artigo 15º da Portaria n.º 437-B/2009, de 24 de Abril (ver ponto II da presente informação). II - Reclamação - Artigo 15º da Portaria n.º 437-B/2009, de 24.04 Após tomar conhecimento da avaliação de desempenho ou da apreciação da comissão paritária, caso a tenha solicitado, pode o trabalhador, no prazo de 10 dias úteis, apresentar reclamação ao respectivo Avaliador. A Reclamação é dirigida ao Avaliador, devendo o trabalhador indicar por escrito os fundamentos que possam ser susceptíveis de alterar a avaliação atribuída. Quanto ao teor da Reclamação, cumpre, ter em atenção que aquela deverá ser elaborada tendo por base a pontuação obtida nos parâmetros dos objectivos e das competências em relação às quais não se concorda, bem como a descrição do padrão médio exigível referente a cada competência, devendo relativamente a cada um destes parâmetros contestar-se especificamente a nota atribuída, justificando-se a sua discordância com a alegação, se possível comprovada, de factos concretos da actividade profissional desenvolvida em 2011, que sejam susceptíveis de alterar a nota atribuída. Por exemplo, no âmbito da avaliação da pontuação atribuída no parâmetro de avaliação das competências, caso ao trabalhador tenha sido atribuída a pontuação de 3 valores - o que significa que no entendimento do Avaliador o comportamento do Avaliado consubstancia um padrão médio exigível, nos termos em que se encontra definido na ficha de avaliação deverá o avaliado contestar e alegar factos da actividade profissional por si desenvolvida, que consubstanciem um comportamento acima do comportamento médio exigível, constante da ficha de avaliação. Saliente-se ainda a este respeito que a análise comparativa entre resultados de avaliações, obtidas em diferentes anos, não é fundamento suficiente para alteração da avaliação de desempenho atribuída. Poderá, no entanto, ser útil a sua referência, em sede de reclamação, caso exista de um ano para o outro uma alteração significativa da
pontuação atribuída em cada parâmetro, sem qualquer razão aparente. A alegação da diferença de pontuação atribuída poderá ter neste caso como consequência vincular o Avaliador a justificar fundamentadamente a avaliação atribuída. Deverá ainda em relação à pontuação de cada item de que discorda indicar qual a pontuação a que julga ter direito. Caso, no entanto, constate a existência de irregularidades/ilegalidades a nível do procedimento de avaliação, aconselhamos a que entre em contacto com o Sindicato, uma vez que tais situações poderão consubstanciar uma situação de anulabilidade ou nulidade da avaliação de desempenho atribuída, e como tal deverão ser devidamente analisadas pelos Serviços Jurídicos. O pedido de Reclamação pode ser entregue em mão, devendo neste caso solicitar uma cópia do mesmo devidamente assinada e datada, ou entregue através de carta registada com aviso de recepção. Em qualquer um dos casos, o pedido de apreciação tem de chegar efectivamente ao Avaliador até ao último dia do prazo, e não no dia seguinte a este, sob pena de extemporaneidade da reclamação, não sendo relevante, por exemplo no caso de envio pelos correios, a data de registo da carta nos Correios (a este respeito veja-se o artigo 77º do CPA e os Acórdãos do STA, de 02.02.2006, proferido no proc. 01108/05 e de 22.02.2005, proferido no proc. n.º 595/04). A Reclamação será apreciada pelo Avaliador que deverá proferir, no prazo máximo de 15 dias úteis (prazo meramente indicativo), decisão fundamentada, isto é, clara, congruente, suficiente e que esclareça concretamente a motivação da pontuação atribuída (artigo 125º do Código do Procedimento Administrativo). A decisão do Avaliador sobre a Reclamação é obrigatoriamente precedida de parecer prévio do conselho coordenador da avaliação ou da respectiva secção coordenadora da avaliação. Este parecer é obrigatório mas não vinculativo e deve constar da decisão da reclamação. Caso constate que não foi emitido este parecer deverá contactar de imediato os Serviços Jurídicos do STI. Note-se, no entanto, que o prazo de resposta para o Avaliador dar a sua resposta é meramente indicador/ordenador do procedimento, não gerando o seu incumprimento
qualquer situação de anulabilidade da resposta do Avaliador ou de indeferimento tácito da reclamação apresentada, tendo o Avaliado que aguardar sempre por uma resposta escrita do Avaliador para poder eventualmente prosseguir para as fases seguintes do procedimento de reclamação. Junta-se uma minuta genérica de Reclamação, que deverá adaptar considerando ao seu caso concreto - Minuta 2. III Recurso Hierárquico - Artigo 16º da Portaria n.º 437-B/2009, de 24.04 Da decisão final que vier a recair sobre a Reclamação apresentada ao Avaliador, pode o trabalhador interpor recurso hierárquico, no prazo de 10 dias úteis contados do seu conhecimento, através de requerimento dirigido ao Ministro das Finanças. O recurso hierárquico pode ser entregue em mão, devendo neste caso solicitar uma cópia do mesmo devidamente assinada e datada, ou entregue através de carta registada com aviso de recepção. Em qualquer um dos casos, também aqui o recurso tem de chegar efectivamente ao Sr. Ministro até ao último dia do prazo, e não no dia seguinte a este, sob pena de extemporaneidade da reclamação, não sendo relevante, por exemplo no caso de envio pelos correios, a data de registo da carta nos Correios (a este respeito veja-se o artigo 77º do CPA e os Acórdãos do STA, de 02.02.2006, proferido no proc. 01108/05 e de 22.02.2005, proferido no proc. n.º 595/04). O recurso hierárquico, que neste caso é necessário, deve ser decidido no prazo de 30 dias, contado a partir da remessa do processo ao órgão competente para dele conhecer, sendo que decorrido este prazo sem que haja sido tomada uma decisão, considera-se o recurso tacitamente indeferido (artigo 175º do Código do Procedimento Administrativo). Assim, caso obtenha no prazo de 30 dias resposta ao recurso hierárquico dessa notificação expressa decorre um prazo para interposição de acção judicial de 3 meses.
Caso não obtenha resposta no prazo de 30 dias considera-se o recurso tacitamente indeferido, decorrendo desse indeferimento tácito um prazo de 3 meses para interposição de acção judicial desse indeferimento tácito. Junta-se uma minuta genérica de recurso hierárquico, que deverá adaptar considerando ao seu caso concreto - Minuta 3.