PARECER FUNDAMENTADO DE UM PARLAMENTO NACIONAL SOBRE A SUBSIDIARIEDADE

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Transcrição:

Parlamento Europeu 2014-2019 Comissão dos Assuntos Jurídicos 4.11.2015 PARECER FUNDAMENTADO DE UM PARLAMENTO NACIONAL SOBRE A SUBSIDIARIEDADE Assunto: Parecer fundamentado do Senado checo sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que cria um mecanismo de recolocação em situações de crise e altera o Regulamento (UE) n.º 604/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, que estabelece os critérios e mecanismos de determinação do Estado-Membro responsável pela análise de um pedido de proteção internacional apresentado num dos Estados-Membros por um nacional de um país terceiro ou por um apátrida (COM(2015)0450 C8-0269/2015 2015/0208(COD)) Nos termos do artigo 6.º do Protocolo n.º 2 relativo à aplicação dos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade, qualquer parlamento nacional pode, no prazo de oito semanas a contar da data de envio de um projeto de ato legislativo, dirigir aos presidentes do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão um parecer fundamentado em que exponha as razões pelas quais considera que o projeto em questão não obedece ao princípio da subsidiariedade. O Senado checo procedeu ao envio do parecer fundamentado em anexo sobre a proposta de regulamento em epígrafe. Segundo o Regimento do Parlamento Europeu, a comissão competente em matéria de observância do princípio da subsidiariedade é a Comissão dos Assuntos Jurídicos. NP\1077163.doc PE571.440v01-00 Unida na diversidade

ANEXO A 011481 27.10.2015 O SENADO DO PARLAMENTO DA REPÚBLICA CHECA 10.ª LEGISLATURA 251.ª RESOLUÇÃO DO SENADO apresentada na 13.ª sessão, realizada em 22 de outubro de 2015 sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que cria um mecanismo de recolocação em situações de crise e altera o Regulamento (UE) n.º 604/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, que estabelece os critérios e mecanismos de determinação do Estado-Membro responsável pela análise de um pedido de proteção internacional apresentado num dos Estados-Membros por um nacional de um país terceiro ou por um apátrida (Documento do Senado n.º N 033/10) O Senado: I. 1. Tomou conhecimento do regulamento proposto e não vê motivos para alterar o seu parecer desfavorável sobre a criação obrigatória de mecanismos de recolocação provisórios ou permanentes nos Estados-Membros e para as pessoas em causa; 2. Concorda com o parecer do governo, solicita ao governo que atue, tanto no Conselho como no Conselho Europeu, contra a aprovação do regulamento proposto e convida o governo a prosseguir, com base na solidariedade, a sua participação nas medidas da UE que contribuam realmente para a resolução da crise em especial, apoiando todas as medidas que levem ao reforço do controlo das fronteiras externas da UE, que tornem operacionais os centros de receção (hotspots) o mais depressa possível, que instituam uma cooperação com países terceiros que funcione bem e que prestem ajuda humanitária eficaz nas regiões afetadas e exorta o governo a participar intensamente nestas medidas; 3. Conclui que o regulamento proposto não respeita o princípio da subsidiariedade, tal como definido no artigo 5.º, n.º 3 do Tratado da União Europeia, porque viola o princípio da atribuição cujo cumprimento é uma pré-condição necessária para que qualquer ação da UE respeite o princípio da subsidiariedade e porque não permite à União realizar PE571.440v01-00 2/5 NP\1077163.doc

os objetivos da ação proposta melhor do que as possibilidades existentes de ação dos Estados-Membros; 4. Aprova em conformidade com o artigo 6.º do Protocolo relativo à aplicação dos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade anexo aos Tratados, um parecer fundamentado relativo à incompatibilidade do regulamento proposto com o princípio da subsidiariedade, pelas razões enumeradas na parte II da presente resolução; II. 1. Considera que a União Europeia não tem competências para instituir - com base no artigo 78.º, n.º 2, alínea c) do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE) ou em qualquer outra disposição dos tratados - um mecanismo de recolocação permanente a ser ativado pela Comissão, pelo que a aprovação de tal mecanismo iria contrariar o princípio da atribuição com base nos seguintes motivos: - a base jurídica para reagir a situações de emergência na política de asilo não é o artigo 78.º, n.º 2, alínea c) do TFUE mas sim o artigo 78.º, n.º 3 do TFUE - que determina que no caso de um ou mais Estados-Membros serem confrontados com uma situação de emergência, caracterizada por um súbito fluxo de nacionais de países terceiros, o Conselho ( ) pode adotar medidas provisórias a favor desse ou desses Estados-Membros; - o referido artigo 78.º, n.º 3 do TFUE baseia-se no pressuposto de que a reação adequada a uma situação de emergência através de medidas provisórias tem de ser objeto dum acordo dos Estados-Membros segundo as respetivas possibilidades e a gravidade da situação dado que isso afeta significativamente as funções essenciais do Estado, a lei e a ordem e a segurança nacional e o referido artigo não permite delegar esses poderes à Comissão; - a proposta de ser a própria Comissão a decidir acerca da recolocação, em qualquer ocasião futura, nega o poder do Conselho nos termos do artigo 78.º, n.º 3 do TFUE e portanto não respeita o disposto neste tratado; se a base jurídica da recolocação provisória exigir decisões individuais do Conselho, isto não pode, em termos gerais, ser delegado à Comissão; 2. Está convicto ainda de que o regulamento proposto não possui um verdadeiro valor acrescentado em comparação com as possibilidades existentes de ação dos Estados-Membros, nem leva à realização dos objetivos declarados, pelo que não é cumprido o requisito de a União atuar apenas se os objetivos da ação proposta não puderem ser alcançados de forma suficiente pelos Estados-Membros mas puderem ser melhor alcançados a nível da União, pelos seguintes motivos: - o próprio procedimento de recolocação irá causar despesas administrativas consideráveis, a recolocação deve ser efetuada num prazo máximo de dois anos e para isso será necessário executar uma série de ações preliminares com as pessoas objeto de recolocação; consequentemente não se pode presumir ao contrário do que pensa a Comissão que esta forma de distribuição dos requerentes de proteção internacional pelos Estados-Membros poderá acelerar o processo de concessão de proteção internacional; portanto, a proposta não contribui para a realização dos NP\1077163.doc 3/5 PE571.440v01-00

objetivos do artigo 78.º do TFUE; - o objetivo declarado da Comissão de assegurar a aplicação correta do sistema de Dublim em tempos de crise é, em si mesmo, contrariado pelo regulamento proposto porque introduz uma derrogação às normas do sistema de Dublim; ao fazê-lo, o regulamento proposto também reduz a pressão exercida sobre todos os Estados-Membros para instituírem e manterem um sistema de asilo eficaz que respeite a dignidade humana; - o objetivo de enfrentar as situações de crise num espírito de justiça e solidariedade é perseguido pelo artigo 78.º, n.º 3 do TFUE, que confere ao Conselho uma margem de manobra suficiente para optar por uma solução com forma e âmbito adequados; 3. Está convicto de que até terem sido aplicadas e avaliadas as medidas de recolocação provisórias em benefício da Itália e da Grécia, ponderar de alguma forma a criação dum mecanismo permanente é prematuro porque, no caso duma crise noutro Estado-Membro, o Conselho pode aprovar novamente uma decisão nos termos do artigo 78.º, n.º 3 do TFUE; simultaneamente, comprova-se que tinham fundamento as preocupações manifestadas pelo Senado na sua 161.ª resolução, aprovada na 9.ª reunião realizada em 18 de junho de 2015, sobre a proposta de decisão do Conselho que institui medidas provisórias no domínio da proteção internacional em benefício da Itália e da Grécia, no sentido de que tendo em conta os aspetos jurídicos e humanitários questionáveis da forma de recolocação proposta seria muito difícil aplicar na prática essas disposições naqueles Estados-Membros que não seriam o destino natural dos requerentes de proteção internacional; 4. Salienta que, em conformidade com o princípio da subsidiariedade, é imperativo que a recolocação e reinstalação dos requerentes de proteção internacional seja objeto duma decisão política de cada Estado-Membro, dado que é este último que será responsável pela continuação da permanência dessas pessoas no respetivo território, tanto no que respeita à prestação de assistência médica e de outro tipo como no que respeita à sua integração social, económica e cultural e à manutenção da segurança pública; é imperativo que as autoridades dum Estado-Membro também assumam a responsabilidade política pelo eventual fracasso nesta tarefa e que os cidadãos dum Estado-Membro possam conseguir uma alteração da política governamental, o que seria impossível no caso de ser criado um mecanismo permanente a ativar pela Comissão; 5. Chama a atenção novamente para certos aspetos jurídicos e humanitários questionáveis das medidas de recolocação que não contemplam o consentimento das pessoas objeto de recolocação num Estado-Membro específico e que não abordam o problema do movimento secundário das pessoas recolocadas depois de lhes ser concedida proteção internacional; na opinião do Senado, não é possível impedir este movimento a menos que sejam impostas restrições significativas às pessoas recolocadas, o que seria problemático também no que respeita à legislação da UE que regula a proteção internacional e a livre circulação de pessoas; PE571.440v01-00 4/5 NP\1077163.doc

III. 6. Considera que as pessoas recolocadas involuntariamente não terão motivação para se integrarem na sociedade do país de recolocação e tentarão deslocar-se para aqueles Estados-Membros que seriam o seu destino pretendido e destaca que isto não pode ser evitado a longo prazo; portanto, os riscos de segurança associados à sua permanência aumentam consideravelmente; 7. Está convicto de que é imperativo assegurar, num espírito de solidariedade, um acesso rápido e em condições de dignidade humana ao procedimento de concessão de proteção internacional, especialmente apoiando em termos financeiros, materiais, técnicos e pessoais os sistemas de asilo dos Estados-Membros que se debatem com o maior afluxo de migrantes e reforçando o controlo das fronteiras externas da UE; o Senado apoia as atividades do governo que visam prestar essa assistência; 1. Solicita ao governo que informe o Senado sobre o modo como esta posição foi tida em conta e sobre a futura evolução das negociações; 2. Autoriza o Presidente do Senado a transmitir este parecer fundamentado aos Presidentes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e do Conselho da UE. Milan Štěch assinatura manuscrita Presidente do Senado Emilie Třísková assinatura manuscrita Verificadora do Senado NP\1077163.doc 5/5 PE571.440v01-00