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Transcrição:

Avançar juntos na luta GESTÃO: 2014 / 2017 25 a 15.11.2016 ANO XXXI - Nº 249 CAMPANHA NACIONAL 2016 VALEU RESISTIR Campanha foi lançada em agosto com forte mobilização nas agências A LUTA NOS GARANTIU A maior greve nacional desde 2004 8% de reajuste + R$ 3,5 mil de abono em 2016 Reajuste pela Inflação + 1% de ganho real em 2017 15% no vale-alimentação e 13ª cesta (ganho real de 5,38%) 10% no vale-refeição e auxílio creche/babá (ganho real de 0,38%) Licença Paternidade de 20 dias Questões específicas na Caixa, BB e BNB Greve reagiu às pressões e às agressões cometidas contra os bancários, como no BB Centenário Foi difícil, mas encaramos. Mesmo com a conjuntura desfavorável, a intransigência ferrenha dos bancos e a forte pressão para ferir de morte a organização e a mobilização dos bancários, a Campanha Nacional 2016 chegou ao fim com um saldo positivo, em que prevaleceu o que há de mais importante: a força da nossa luta. A vitória dessa Campanha não se mede só por números, mas pela capacidade que demonstramos com nossa unidade e resistência. Foram 31 dias de greve (a maior e mais forte desde 2004), dez rodadas de negociação, enfrentamento constante aos interditos, revide contra as ameaças, e rejei- ção contínua à diversas propostas rebaixadas. Tentaram nos acuar, mas soubemos dar a resposta. O Acordo, diante das circunstâncias desfavoráveis, não avançou tanto quanto queríamos, nem teve o volume de conquistas que arrancamos nos últimos 12 anos, mas foi o acordo possível na atual conjuntura, e que só avançou devido a nossa brava persistência. O Sindicato agradece a cada bancário que esteve na frente da luta, engajando-se com garra, determinação e perseverança. Esta edição do Expediente Bancário registra em fotos e textos momentos do nosso histórico movimento. CONFIRA TAMBÉM AS PROPOSTAS DOS BANCOS

Foi no peito e na raça! Os bancários de Alagoas voltaram a dar uma grande demonstração de força e unidade na Campanha Nacional deste ano, contribuindo de forma decisiva para a coesão e a fortificação do movimento no âmbito nacional. A adesão espontânea à greve, a participação nos piquetes e o trabalho de convencimento entre os colegas foram fundamentais para suplantar as dificuldades impostas pelos banqueiros e construir uma das maiores greves já realizadas pela categoria. Esse espírito de coletividade e de luta é que tem nos tornado um dos mais organizados e combativos ramos da classe trabalhadora. Greve no Banco Safra Greve no Bradesco - Rua do Sol Em que pese a grande pressão dos bancos sobre os bancários da rede privada, eles também souberam dar sua contribuição na Campanha e na Greve, contando para isto com o apoio do Sindicato e de vários colegas dos bancos públicos. Não adiantou a pressão dos banqueiros nem as tentativas de interdito proibitório (um deles derrubado pelo Jurídico do Seec-AL), porque a greve se consolidou no Bradesco, Itaú e Santander, entre outros. Bancários da rede privada aprovaram em assembleia proposta final da Fenaban Greve no Santander - Rua do Sol Greve no Itaú - Tabuleiro Greve no Santander Select - Ponta Verde Greve no Santander - Farol Greve no Santander - Rua do Sol Greve no Itaú - Fernandes Lima A categoria como um todo está de parabéns pelo empenho, e fez jus ao mote da Campanha deste ano: 'Só a luta te garante'. Em todo o país cerca de 280 mil trabalhadores do setor cruzaram os braços e mais de 13 mil agências e 36 centros administrativos foram paralisados, o que corresponde a 56% de adesão. Em Alagoas a paralisação atingiu 80% das unidades no interior e 100% na capital. Foi traçando estratégias, discutindo o fortalecimento da greve nas redes sociais e fazendo o 'boca-a-boca' com os colegas que os bancários de todo o Estado atingiram o objetivo: robustecer e consolidar o movimento. O resultado é que os banqueiros, sentindo o alto índice de adesão ao movimento e a pressão crescente dos trabalhadores, não conseguiram levar adiante seu plano de implodir a organização e o movimento reivindicatório dos bancários, tendo de ceder em relação à proposta inicial (6%). Ao final, fechamos um acordo que, mesmo não repondo integralmente a inflação de 2016, arrancou um contrato de dois anos, que garante aumento real para 2017, independente das turbulências da economia.

PRINCIPAIS PROPOSTAS DA FENABAN Reajuste de 8% e abono de R$ 3.500,00 em 2016. Reposição da inflação + 1% de aumento real em 2017 para salários e verbas Reajuste de 15% no vale-alimentação Reajuste de 10% no vale-refeição e no auxílio/creche/babá PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.183,53 limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88 PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07. PLR 2017 - Mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e dos limites pela inflação + 1% de aumento real. Greve no Bradesco Jaraguá Bancários de Alagoas decretaram greve, por unanimidade, no dia 1º de setrembro Greve no Bradesco Serraria Greve no Bradesco Farol Greve no Itaú - Rua do Sol Greve no Bradesco Centro recebeu a visita do diretor da CONTRAF/CUT, Carlos Souza.

Corretivo na direção da Caixa O engajamento dos bancários da Caixa na greve, somada a forte adesão do restante da categoria, mostrou para os banqueiros e a diretoria da empresa que os trabalhadores possuem capacidade de superação. Em Alagoas a adesão dos empregados foi de 100%, repetindo o alto índice de articulação e mobilização das greves anteriores. Bancários da Caixa participaram ativamente da Campanha, em todos os momentos Embora a proposta global da empresa para as reivindicações específicas não tenha sido como desejávamos, a luta coletiva conseguiu arrancar, além do abono total das horas de greve, a vigência bianual do acordo aditivo, bem como os índices de reajuste negociados com a Fenaban. Para 2017 já estão garantidos a reposição integral da inflação pelo INPC, mais 1% de aumento real. Vale lembrar que conquistas de campanhas anteriores, ameaçadas no início das negociações deste ano, foram mantidas pelo acordo atual, e que a luta dos empregados não chegou ao fim. A batalha continua por nenhum direito a menos, mais contratações, melhores condições de trabalho e pela Caixa 100% pública. Viva a organização e a coragem dos companheiros da Caixa, que souberam com unidade e mobilização dobrar a intransigência da diretoria, demonstrada com grande arrogância no início da campanha. Veja abaixo as principais propostas da empresa. Bradesco Tabuleiro Greve na Caixa Penhor Greve na Caixa Filial Greve na Caixa Tabuleiro PRINCIPAIS PROPOSTAS NA CAIXA PLR adicional da Caixa - 4% do lucro líquido, distribuído igualmente para todos os empregados PLR Parcela Complementar - Mínimo de uma remuneração Base a todos os Empregados Grupo de Trabalho para tratar do tema Saúde do Trabalhador Grupo de Trabalho para discutir critérios de descomissionamentos Greve na Caixa Rosa da Fonseca Sistemática de promoção em 2018, referente a 2017, dos empregados ativos em 31/12/2017. A Promoção possibilitará a obtenção de até duas referências salariais (deltas) no cargo efetivo Greve na Caixa Filial 1.600 bolsas de incentivo à elevação da escolaridade, sendo até 300 para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas Dois descansos diários de meia hora, ou descanso único de uma hora, para as empregadas que estiverem amamentando Renovação da cláusula referente a distribuição do vale cultura Inscrição de dependente indireto no Saúde Caixa, mediante pagamento de mensalidade adicional de R$ 110,00 para cada um Greve na Caixa Serraria Greve na Caixa Catedral

Unidade contra violência no BB Os funcionários do BB também deram uma contribuição significativa na greve deste ano, assim como sempre fizeram. Com uma adesão total ao movimento e ajudando a fechar outros bancos, questionaram ainda os elevados lucros do setor e se opuseram à postura desrespeitosa dos banqueiros, que tentaram a todo custo enfraquecer o movimento reivindicatório e impor perdas ao conjunto dos trabalhadores. Greve no BB - Ponta Verde Comissão de convencimento com diretores do Sindicato e colegas da base reforçou a greve Adesão dos funcionários à greve, com engajamento nas atividades, fortaleceu o movimento no BB A proposta específica apresentada pelo banco aos seus funcionários não atendeu a expectativa, mas trouxe respostas para algumas demandas. Ela contempla, entre outros itens, abono dos dias parados, ampliação de ausências legais, avanços na ascensão profissional, manutenção da mesa única e modelo de PLR para dois anos. Mobilização da Campanha no prédio central do BB PRINCIPAIS PROPOSTAS DO BB Manutenção do programa de PLR atual, composto pelo módulo Fenaban e módulo BB, incluindo parcela variável e 4% do lucro líquido distribuídos de forma linear. Parabéns aos companheiros da base, dirigentes sindicais e delegados do BB, que levaram energia à greve e mostraram não ter medo, repudiando a pressão imposta pelos gestores. O gesto dos colegas, inclusive de quem enfrentou violência física, como aconteceu na Agência Centenário, foi essencial para manter a categoria unida e fortalecida. Greve no BB - Rua do Livramento A ampliação do número de vagas de nomeação no módulo avançado para cargos da gerência média também está entre as principais reivindicações que serão atendidas. Confira no quadro ao lado um resumo das principais propostas. Parcela variável do Módulo BB na PLR dos funcionários cedidos à APABB. Reajuste para R$ 200 mil da indenização por morte ou invalidez decorrente de assalto. Será alterado o critério de 66,6% para 70% no módulo Avançado e de 33,3% para 30% no módulo Básico, possibilitando a promoção, a partir de janeiro de 2017, de até 795 funcionários que exercem, por exemplo, as funções de Gerente de Relacionamento e Gerente de Serviços em Unidades de Negócio e Gerente de Módulo em Unidades de Apoio. Será ampliada a inclusão das mulheres nas funções gerenciais. A verba QVT será retomada a partir da assinatura do ACT. Será mantida a verba 226 Ajuste no Plano de Funções - na folha de pagamento dos funcionários em caso de reestruturações. Greve no BB Centenário teve protesto, porque banco atendeu a cliente e ele agrediu funcionário

Exemplo de coragem no BNB Como já era de se esperar, os funcionários do Banco do Nordeste deram mais uma vez uma forte demonstração de coragem e altivez na greve nacional deste ano, ao paralisarem todas as agências da capital e do interior. O movimento começou forte e seguiu no mesmo ritmo durante os 31 dias de paralisação, engrossando o caldo da greve e encorajando os demais colegas a fortalecerem a mobilização. Com essa atitude os funcionários demonstraram unidade, organização e disposição de luta, o que traduz a insatisfação com a realidade pela qual passam em termos salariais e de relações e condições de trabalho, principalmente nas agências. Após greve intensa no BNB, funcionários foram à assembleia aprovar acordo proposto pelo banco O movimento contou também com adesão do jurídico do banco, que mostrou valentia ao lutar por reivindicações do segmento, além das reivindicações da categoria e dos demais funcionários. O acordo aditivo, já assinado com a diretoria do BNB, fortalece o papel da mesa permanente, pois teremos mais tempo para nos aprofundar em temas importantes para os funcionários, como a revisão do PCR. É de se destacar, ainda, a anistia integral dos dias de greve, que foi uma importante conquista. E a luta dos benebeanos não vai parar por aí. Ela continua em defesa do papel social do banco e por mais valorização para o funcionalismo. Confira abaixo as principais propostas do BNB. PRINCIPAIS PROPOSTAS DO BNB PLR 2016 - Limitada a 25% do valor destinado à distribuição dos dividendos do exercício Módulo Fenaban Distribuição de até 9% do lucro líquido sem limitador da parcela individual, calculado proporcionalmente ao valor total a ser distribuído. Regra básica: 90% do salário bruto mais parcela fixa. Parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente. Módulo metas sociais Distribuir 3% do lucro líquido linearmente, pelo atendimento das metas do Pronaf e de inclusão bancária. Assinatura de Acordo Aditivo de Ponto Eletrônico, conforme proposta já negociada em mesa Programa de recomposição de dívidas, com prazo para pagamen-to com carência de 3 meses. Ajuste nas Promoções por Merecimento e Tempo de Serviço Ajuste no Ciclo de Promoções 2016 com retorno da vigência para 01/01/2016. Serão promovidos 1.234 empregados Eleição do Conselheiro Representante dos Funcionários (CA-REF), até 20 de dezembro de 2016 Greve no BNB - Centro Greve no BNB - União dos Palmares Greve no BNB - Viçosa Greve no BNB - Arapiraca

A força que veio do interior Bradesco Arapiraca Bradesco Arapiraca Os bancários do interior deram seu recado aos banqueiros, mostrando toda sua força e engajamento durante a greve. Os colegas fortaleceram o movimento não apenas aderindo à paralisação, mas assumindo, de forma voluntária, tarefas importantes da mobilização, como fazer piquetes, convencer os colegas e colar adesivos e cartazes nas portas das agências. O Sindicato parabeniza todos os bravos companheiros que se empenharam e mostraram sua resistência, lembrando que a luta faz parte do cotidiano bancário e que juntos nos tornamos mais fortes. BB Viçosa A diretoria do Seec-AL aproveita este espaço para convocar os companheiros a se engajar também nas lutas gerais que virão neste e no próximo ano. Caixa Palmeira dos Índios BB Arapiraca Caixa Viçosa Caixa Arapiraca Caixa Arapiraca (3) BNB Arapiraca Caixa Arapiraca BNB Arapiraca Caixa Arapiraca Caixa Marechal Deodoro BB Campo Alegre

GESTÃO: 2014 / 2017 8 Bancários invertem lógica do massacre de trabalhadores por governos neoliberais Por Emir Sader * Todo governo neoliberal, logo no seu começo, buscou acirrar o enfrentamento com o movimento sindical para demonstrar como a correlação de forças havia mudado, na perspectiva de dar uma lição de como seriam tratados os trabalhadores no novo governo. Na Itália, o governo de direita conseguiu, pela primeira vez, quebrar e derrotar uma greve na Fiat, a maior indústria e concentração de trabalhadores do país, antes de poder se consolidar e impor seu programa neoliberal. Na Inglaterra, Margareth Thatcher quebrou e derrotou uma greve dos trabalhadores do carvão, como prova da sua força para implementar o modelo neoliberal. Nos EUA foi uma greve dos controladores aéreos, duramente enfrentada e derrotada pelo governo de Ronald Reagan, que abriu o período neoliberal e lhe permitiu se consolidar como governo de direita. No Brasil, a primeira grande greve que buscou enfrentar o Plano Real de Fernando Henrique Cardoso foi dos trabalhadores petroleiros e o governo tomou o movimento como uma prova da sua força. Tratou não apenas de derrotá-lo, mas de desmoralizá-lo e de quebrar o sindicato, com altíssimas multas. Um ministro daquele governo que hoje faz parte da esquerda chegou a declarar que ia enfrentar os grevistas como faz na sua terra, dando umas porradas, depois eles vêm negociar. Foram sempre movimentos simbólicos que os governos neoliberais tentaram usar como escarmento, como punição para todos os trabalhadores e seus sindicatos. Foram momentos de virada na correlação de forças e na luta de classes, que apontaram para um período de defensiva e de quebra de direitos fundamentais dos trabalhadores. O governo golpista de Michel Temer nunca escondeu seus objetivos de atacar a direitos fundamentais dos trabalhadores, seja na jornada de trabalho, seja nos salários e no nível de emprego. A própria Consolidação Geral do Trabalho (CLT) é questionada, quando se tenta impor o acordado sobre o legislado. A própria nomeação de um personagem sinistro como ministro do trabalho, o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), confirma a decisão do governo golpista de aprofundar as condições de exploração da força de trabalho como um dos seus maiores objetivos. Baseiam-se na falsidade absoluta de que a recessão econômica é resultado do preço supostamente alto para a contratação da força de trabalho, o que seria combatido retirando direitos dos trabalhadores, um artifício que soaria como incentivo aos investimentos. Mentira que foi denunciada já nos governos Collor e FHC, quando a maior parte dos trabalhadores deixou de ter carteira assinada, mas nem assim aumentaram os investimentos dos empresários. A mais longa greve geral dos bancários apontava para um primeiro grande enfrentamento entre o capital e o trabalho no país depois da instalação do governo golpista. A própria resistência dos banqueiros os que mais ganham no Brasil de hoje fazia prever sua vontade de ir para um enfrentamento em que acreditavam que poderiam impor uma grande derrota às organizações dos bancários. Para isso contavam com o governo golpista. Mas a greve demonstrou uma força e uma extensão que surpreendeu aos banqueiros, que tiveram de ir revendo suas ofertas, retomando as negociações, ao contrário da sua disposição inicial. Até que o movimento, depois de se tornar a mais longa greve da categoria, conseguiu obter condições melhores, com a recuperação em 2017 do que não se obtém este ano, com outras conquistas mais, incluído o pagamento dos dias parados. Aquilo que o governo golpista e suas políticas neoliberais pretendia que fosse uma derrota, um escarmento e um aviso para todos os trabalhadores, tornou-se seu oposto. Os bancários, seus dirigentes e suas organizações, conseguiram dobrar o braço dos banqueiros e sair vitoriosos da primeira grande greve no governo golpista. Serve como lição de como, com grande mobilização, capacidade de negociação e combatividade, se podem manter os direitos dos trabalhadores e seguir na luta, mesmo nas difíceis condições atuais. * Emir Sader é sociólogo e cientista político. Mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo. TAXA ASSISTENCIAL Oposição vai até 1º de novembro Concluída a Campanha Nacional deste ano, quando o Sindicato e os bancários se desdobraram para enfrentar a arrogância e a intransigência dos banqueiros, conquistando avanços importantes na Convenção Coletiva de Trabalho e nos acordos específicos, chegou a hora de fortalecer ainda mais a nossa entidade de classe, repondo com a Taxa Assistencial despesas que foram realizadas na Campanha e nos 31 dias da greve. Essa contribuição, além de revitalizar o caixa, dará mais fôlego financeiro ao Sindicato para encaminhar as próximas lutas. Avançar juntos na luta Descontada nacionalmente pelos bancários para as suas entidades representativas, a Taxa Assistencial tem valores diferentes conforme o Estado. Em Alagoas ela é de 1% do vencimento bruto. O prazo para se opor ao desconto começou no dia 18/10/2016 e vai até 1º/11/2016. A oposição ao desconto deve ser comunicada ao Sindicato por escrito, através de carta individual entregue na entidade. Para os bancários do interior a comunicação pode ser feita por email (bancariosal@ban cariosal.com.br), também de forma individualizada e assinada. VALEU A LUTA!!! Informativo do Sindicato dos Bancários e Financiários de Alagoas. Rua Barão de Atalaia, 50, Centro, CEP 57.020-510, Maceió - Alagoas. www.bancariosal.com.br / E-mail: bancariosal@bancariosal.com.br / Fone: PABX 82 2121-9200 e Fax: 82 2121-9220. Deptº Jurídico: 82 2121.9212. Deptº de Comunicação: Diretor Juan Gonzalez, fones: 82 2121.9215 e 2121.9216. Sub-sede de Arapiraca: Rua Monsenhor Macedo, nº 89, Centro - CEP 57.300-370. Fone/Fax: 3522-1564. Reportagem, Redação, Edição e Diagramação: Thaise Aureliano ( MTE 57175 - AL) e Carlos Roberto Pereira Leite (MTE 350-AL). Tiragem: 3.000 exemplares.