PLANO DE INTERVENÇÃO NA FRENTE DE MAR DO ALVOR ARH ALGARVE / CÂMARA MUNICIPAL DE PORTIMÃO / IPTM -PORTIMÃO- ESTRUTURA GERAL DEZ. 2008
ÍNDICE PEÇAS ESCRITAS FICHA TÉCNICA 02 0. INTRODUÇÃO.03 1. ACESSIBILIDADES.05 2. ARQUITECTURA PAISAGISTA / ENGENHARIA BIOFÍSICA.06 3. ESTACIONAMENTOS.07 4. EQUIPAMENTOS 08 5. SISTEMATIZAÇÃO POR ZONA DOS DIFERENTES PROJECTOS DE INTERVENÇÃO 09 6. MAPA SÍNTESE.15 PEÇAS GRÁFICAS PLANO DE INTERVENÇÃO NA FRENTE DE MAR DO ALVOR PORTIMÃO (escala 1/5000) 01 PLANO DE INTERVENÇÃO NA FRENTE DE MAR DO ALVOR PORTIMÃO (escala 1/2000) 02 1
FICHA TÉCNICA ESTUDO PLANO DE INTERVENÇÃO NA FRENTE DE MAR DO ALVOR Portimão Estrutura Geral - ENTIDADE CONTRATANTE ARH ALGARVE _ Administração da Região Hidrográfica do Algarve, I.P. CÂMARA MUNICIPAL DE PORTIMÃO IPTM _ Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P. COORDENAÇÃO GERAL ARQS. ARQUITECTOS, LDA EQUIPA DE_ PROJECTO ARQS. Bernardo M. Ratton Daupiás Alves Carlos L. F. Lemonde de Macedo ARQUITECTOS, LDA Doca de Santo Amaro, Armazém 7 1º andar 1350-353 Lisboa Tel. 213 970 262 Fax. 213 965 178 e-mail: arqs@arqs.pt Álvaro Manso, Jorge Cancela BIODESIGN ARQUITECTOS PAISAGISTAS Tel. 214 428 337 e-mail: mpaisagista@net.novisnet.pt biodesign@biodesign.pt Fausto Hidalgo do Nascimento Arquitecto Paisagista. Engenheiro Agrónomo Apartado 58 8006-51 Estoi Tel. 289 991 299 Fax. 289 997 692 e-mail: faustonascimento@sapo.pt faustonaslandsc@telepac.pt fhngroup@gmail.com 2
ESTRUTURA GERAL 0. INTRODUÇÃO Refere-se o presente estudo ao desenvolvimento projectual do documento intitulado Plano de Intervenção na Frente de Mar do Alvor Portimão, elaborado pela CCDR Algarve e Câmara Municipal de Portimão, que estabelece um programa base zonificado e um conjunto de intenções programáticas a implementar no território correspondente à área de intervenção conforme definida (ver planta anexa). A área de intervenção encontra-se abrangida pelo Plano Director Municipal de Portimão e pelo POOC Burgau-Vilamoura, pretendendo-se a sua requalificação considerando como principais objectivos: - Aumento da mobilidade e circulação dos utentes em toda a frente de mar, possibilitando a dispersão da ocupação e a fruição do litoral ; - Reabilitação e recuperação de habitats naturais (sistema dunar e bancos de sapal da Ria de Alvor) e instalação de percursos de natureza direccionados para acções de educação e sensibilização ambiental, bem como para actividades ligadas ao eco-turismo e desportos náuticos não motorizados ; - Requalificação de infra-estruturas de acesso e condicionamento. Foi utilizado como suporte cartográfico do estudo o levantamento fornecido pela Câmara Municipal de Portimão (Abril de 2007, referência: DATUM 73), dado ser o único a integrar toda a área de intervenção e como tal garantir métrica e altimetricamente as relações entre as diferentes zonas a intervir. A A B C D E F 3
A A ESTRUTURA GERAL PROPOSTA define um modelo de organização do referido território, permitindo o enquadramento e integração de um conjunto diversificado de intervenções (com diferentes agentes) a concretizar em específicos projectos de execução. Dada a sua extensão, aliada a questões operativas de diversa ordem, a área de intervenção é dividida em seis zonas (A, B, C, D, E e F). Pela diferente caracterização das intervenções, estas são sistematizadas segundo quatro tipologias de projecto: ACESSIBILIDADES, ARQUITECTURA PAISAGISTA/ENGENHARIA BIOFÍSICA, ESTACIONAMENTOS e EQUIPAMENTOS. B A natureza do lugar e sua inerente sensibilidade (praia, dunas primárias, dunas secundárias, etc.) conduziu à definição de um conjunto de referências conceptuais como suporte de orientação das intervenções. C D - A utilização de uma matriz recticular de geometria variável (paralelismos e perpendicularidades à linha de costa) - A horizontalidade como dimensão primária estruturante - A conservação de uma máxima permeabilidade na ocupação do solo - Um quadro primário de materiais naturais (a pedra regional, a madeira) E F 4
1. ACESSIBILIDADES A estrutura de circulação na frente de mar é constituída por um sistema de passadiços (principais e secundários), passadiços de circulação viária condicionada de acesso à praia, o estradão, e vias de circulação viária condicionada. O sistema de passadiços desenvolve-se segundo uma geometria de linhas onduladas (paralelismos e perpendicularidades com a linha de costa) assegurando para além da acessibilidade necessária aos diferentes lugares, sistematizar ao longo dos seus percursos um conjunto variado de relações face à morfologia local e em consequência ao usufruto por parte dos seus utentes de um conjunto variado de relações com a geografia e a paisagem (mar, ria, sapal, proximidades, afastamentos, enquadramentos). Os passadiços, por questões de economia e sistematização, são definidos a partir de uma estrutura modelar com um módulo base de 4,50m de comprimento e perfil transversal variável entre os 3,90m, 3,00m e 2,10m. O seu perfil longitudinal desenvolve-se segundo suaves pendentes (máximo de 5%), permitindo na sua totalidade um percurso acessível, fácil e cómodo. Em situações pontuais é utilizada a pendente de 6% e 8% em conformidade com as especificações do Decreto-Lei 163/2006. Exceptuam-se os passadiços viários de acesso à praia que não são considerados percursos acessíveis. Em relação com os passadiços são incorporadas pequenas estruturas que registam pontos singulares do território e que simultaneamente proporcionam espaços ensombrados de pausa e/ou encontro (zona A). A estrutura de passadiços pedonais é complementada pelo estradão, reabilitado como eixo principal de circulação pedonal na zona natural (A) e por vias de acesso viário condicionado que decorrem da necessidade de emergências, limpeza, policiamento das praias, abastecimento dos apoios de praia e recolha de lixo (zonas A, B e F). 5
2. ARQUITECTURA PAISAGISTA / ENGENHARIA BIOFÍSICA O conjunto de acções de reabilitação e recuperação de habitats naturais encontra-se sistematizado em projectos de acordo com os diferentes temas em presença. RECUPERAÇÃO/CONSOLIDAÇÃO/PROTECÇÃO DUNAR. Considerando longitudinalmente a frente de mar e englobando todas as zonas (exceptua-se o extremo nascente com a presença da falésia). RECUPERAÇÃO/INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA. Considerando as áreas adjacentes às formações dunares e as áreas de enquadramento. RECUPERAÇÃO DO SAPAL (zona A). Considerando a revitalização do sistema hídrico. RECUPERAÇÃO DA ÁREA DOS DRAGADOS (zona A). Considerando a remoção dos depósitos existentes e posterior reabilitação dunar (desenvolvimento em projecto conduzido pela ARH Algarve). ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DA PRAIA (zona C parcial, D e F). Considerando a alimentação do areal da praia nascente (desenvolvimento em projecto conduzido pela ARH Algarve). 6
3. ESTACIONAMENTOS Em relação próxima com a rede de acessibilidades (predominantemente pedonal) é definido um conjunto articulado de parques de estacionamento automóvel. PARQUE DE ESTACIONAMENTO (zona B). Com capacidade para 960 viaturas e 7 autocarros, altera e amplia o parque existente. Pela sua localização e extensão, permite o apoio, não só à praia e ao complexo desportivo, como também à vila de Alvor. PARQUE DE ESTACIONAMENTO DE AUTOCARAVANAS (zona B). Localizado a poente do complexo desportivo, com capacidade para 18 viaturas, e contendo serviços de apoio. PARQUE DE ESTACIONAMENTO (zona C). Localizado junto à rotunda a criar no sistema viário principal, com capacidade para 500 viaturas, permitindo o reforço de acessibilidade à área central e nascente da praia do Alvor. PARQUE DE ESTACIONAMENTO (zona F). Localizado na área nascente, com capacidade para 360 viaturas, vocacionado para o apoio à praia do Alvor nascente. PARQUE DE ESTACIONAMENTO (parcialmente na zona E). Localizado parcialmente fora da área de intervenção, correspondendo à integração do parque existente (Torralta), com a área de parqueamento da Escola de Windsurf, com a capacidade de 160 lugares. 7
4. EQUIPAMENTOS Um conjunto diversificado de equipamentos complementam a afectação do território, distribuindo-se pelas diferentes zonas da área de intervenção. APOIOS DE PRAIA. Considera-se a manutenção das unidades existentes e é prevista a localização de um possível novo apoio de praia (zona C, a programar pela ARH Algarve). ESTRUTURA DE APOIO A DESPORTOS NÁUTICOS NÃO MOTORIZADOS E ESCOLA DE WINDSURF. Localizados na zona A e zona E, destinados a consolidar e reforçar, de um modo organizado, a vocação já existente para estas actividades (incluindo provas de âmbito nacional e internacional). COMPLEXO DESPORTIVO DO ALVOR (zona B). Considerando a reestruturação do existente com vista à criação de uma unidade funcional qualificada e delimitada como um todo, constituída por piscina coberta, polidesportivo descoberto, campos de ténis, squash, campo principal de jogos, campo de treinos e futebol infantil. PARQUE TEMÁTICO (zona C). Correspondente a uma estrutura de usufruto público a programar, com o mar, o litoral e o sistema lagunar do Alvor como referências temáticas. UNIDADE HOTELEIRA (zona C). Considerando a requalificação da estrutura em tosco existente e sua área envolvente. CAMPO DE GOLFE (zona F). Permitindo compatibilizar a requalificação paisagista da encosta com uma utilização desportiva. BACIA DE RETENÇÃO (zona F). Pela necessidade de controle da drenagem das águas pluviais. 8
5. SISTEMATIZAÇÃO POR ZONA DOS DIFERENTES PROJECTOS DE INTERVENÇÃO ZONA A PASSADIÇO PRINCIPAL - PA A 1.1 PASSADIÇOS PASSADIÇOS SECUNDÁRIOS - p(1-8)a * ESTRUTURAS DE APOIO AOS PASSADIÇOS - e(1-4)a A 1. ACESSIBILIDADES A 1.2 VIAS ESTRADÃO - ve VIA DE ACESSO VIÁRIO CONDICIONADO - v1a * A 2.1 RECUPERAÇÃO/CONSOLIDAÇÃO/PROTECÇÃO DUNAR A 2. ARQª PAISAGÍSTICA/ ENGª BIOFÍSICA A 2.2 RECUPERAÇÃO/INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA * A 2.3 RECUPERAÇÃO DO SAPAL A 2.4 RECUPERAÇÃO DA ÁREA DE DRAGADOS (processo autónomo ARH) A 4. EQUIPAMENTOS A 4.1 ESTRUTURA DE APOIO A DESPORTOS NÁUTICOS NÃO MOTORIZADOS - DN * * - Por razões operativas, o p6a, a v1a, o enquadramento paisagístico no complexo desportivo e a estrutura de apoio a desportos náuticos não motorizados são incluídos na zona B. 9
ZONA B PASSADIÇO PRINCIPAL - PB B 1.1 PASSADIÇOS PASSADIÇOS SECUNDÁRIOS - p1b e p6a * PASSADIÇO VIÁRIO DE ACESSO À PRAIA - pv1b B 1. ACESSIBILIDADES B 1.2 VIAS VIA DE ACESSO VIÁRIO CONDICIONADO - v1a * B 2.1 RECUPERAÇÃO/CONSOLIDAÇÃO/PROTECÇÃO DUNAR B 2. ARQª PAISAGÍSTICA/ ENGª BIOFÍSICA B 2.2 RECUPERAÇÃO/INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA * B 3. ESTACIONAMENTO B 3.1 PARQUE DE ESTACIONAMENTO - EB B 3.2 PARQUE DE ESTACIONAMENTO DE AUTOCARAVANAS - Ea B 4. EQUIPAMENTOS A 4.1 ESTRUTURA DE APOIO A DESPORTOS NÁUTICOS NÃO MOTORIZADOS - DN * B 4.2 COMPLEXO DESPORTIVO - CD (processo autónomo) * - Por razões operativas, o p6a, a v1a, o enquadramento paisagístico no complexo desportivo e a estrutura de apoio a desportos náuticos não motorizados são incluídos nesta zona. 10
ZONA C C 1.ACESSIBILIDADES C 1.1 PASSADIÇOS PASSADIÇO PRINCIPAL - PC PASSADIÇOS SECUNDÁRIOS - p(1-2)c C 2.1 RECUPERAÇÃO/CONSOLIDAÇÃO/PROTECÇÃO DUNAR C 2.ARQª PAISAGISTICA/ ENGª BIOFÍSICA C 2.2 RECUPERAÇÃO/INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA C 2.5 ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DA PRAIA (processo autónomo ARH) C 3.ESTACIONAMENTO C 3.1 PARQUE DE ESTACIONAMENTO - EC C 4.EQUIPAMENTOS C 4.1 APOIO DE PRAIA A CRIAR - a* (processo autónomo) C 4.2 PARQUE TEMÁTICO - PT (processo autónomo) C 4.3 UNIDADE HOTELEIRA - H (processo autónomo) 11
ZONA D D 1. ACESSIBILIDADES PASSADIÇO PRINCIPAL - PD D 1.1 PASSADIÇOS PASSADIÇOS SECUNDÁRIOS - p(1-2)d D 2.1 RECUPERAÇÃO/CONSOLIDAÇÃO/PROTECÇÃO DUNAR D 2. ARQª PAISAGÍSTICA/ ENGª BIOFÍSICA D 2.5 ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DA PRAIA (processo autónomo ARH) 12
ZONA E E 1. ACESSIBILIDADES E 1.1 PASSADIÇOS PASSADIÇO PRINCIPAL - PE PASSADIÇOS SECUNDÁRIOS - p1e E 2. ARQª PAISAGÍSTICA/ ENGª BIOFÍSICA E 2.1 RECUPERAÇÃO/CONSOLIDAÇÃO/PROTECÇÃO DUNAR E 2.2 RECUPERAÇÃO/INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA E 3. ESTACIONAMENTO E 3.1 PARQUE DE ESTACIONAMENTO EM ASSOCIAÇÃO COM PARQUEAMENTO ADJACENTE - ED/E (processo autónomo) E 4. EQUIPAMENTOS E 4.1 ESCOLA DE WINDSURF - DW (processo autónomo) 13
ZONA F F 1. ACESSIBILIDADES F 1.1 PASSADIÇOS PASSADIÇO PRINCIPAL - PF PASSADIÇO SECUNDÁRIO - p1f PASSADIÇO VIÁRIO DE ACESSO À PRAIA - pv1f F 1.2 VIAS VIAS DE ACESSO VIÁRIO CONDICIONADO - v(1-2)f * F 2.1 RECUPERAÇÃO/CONSOLIDAÇÃO/PROTECÇÃO DUNAR F 2. ARQª PAISAGÍSTICA/ ENGª BIOFÍSICA F 2.2 RECUPERAÇÃO/INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA F 2.5 ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DA PRAIA (processo autónomo ARH) F 3. ESTACIONAMENTO F 3.1 PARQUE DE ESTACIONAMENTO - EF F 4.1 BACIA DE RETENÇÃO - br F 4. EQUIPAMENTOS F 4.2 EQUIPAMENTO DESPORTIVO A CÉU ABERTO - CAMPO DE GOLFE - g * - v2f maioritariamente fora da área de intervenção (processo autónomo) 14
PLANO DE INTERVENÇÃO NA FRENTE DE MAR DO ALVOR PORTIMÃO MAPA SÍNTESE ZONA A ZONA B ZONA C ZONA D ZONA E ZONA F 1. ACESSIBILIDADES PASSADIÇOS PA. p(1-5)a, p(7-8)a, e(1-4)a VIAS ve v1a PB, p1b e p6a, pv1b PC, p(1-2)c PD, p(1-2)d PE, p1e PF, p1f, pv1f v(1-2)f (v2f-processo autónomo) RECUPERAÇÃO / CONSOLIDAÇÃO / PROTECÇÃO DUNAR * * * * * 2. ARQUITECTURA PAISAGÍSTICA/ENGª BIOFÍSICA RECUPERAÇÃO / INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA * * * RECUPERAÇÃO DO SAPAL * RECUPERAÇÃO DA ÁREA DOS DRAGADOS ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DA PRAIA * (processo autónomo ARH) * (processo autónomo ARH) * (processo autónomo ARH) * (processo autónomo ARH) 3. ESTACIONAMENTOS PARQUE DE ESTACIONAMENTO EB EC PARQUE DE ESTACIONAMENTO DE AUTOCARAVANAS Ea ED/E (processo autónomo) EF ESTRUTURA DE APOIO A DESPORTOS NÁUTICOS NÃO MOTORIZADOS COMPLEXO DESPORTIVO DN CD (processo autónomo) 4. EQUIPAMENTOS APOIO DE PRAIA A CRIAR PARQUE TEMÁTICO UNIDADE HOTELEIRA a* (processo autónomo) PT (processo autónomo) H (processo autónomo) ESCOLA DE WINDSURF DW (processo autónomo) BACIA DE RETENÇÃO br CAMPO DE GOLFE g 15