ESTUDO DO APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS AVÍCOLA E LÁCTEO NA BIODIGESTÃO ANAERÓBIA: ESTABILIDADE DO BIOFERTILIZANTE E BIOGÁS PRODUZIDO

Documentos relacionados
REDUÇÃO DE SÓLIDOS VOLÁTEIS E TAXA DE APLICAÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA DE ÁGUA RESIDUÁRIA DE SUINOCULTURA EM BIODIGESTOR TUBULAR DE PVC

ESTIMATIVA DA QUANTIDADE E DESTINO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS DE AVIÁRIOS PRODUZIDOS NA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ

MODELOS DE BIOCONVERSÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS INOCULADOS COM LODO DE ESGOTO SANITÁRIO

EMPREGO DO BALANÇO DE MASSA NA AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DIGESTÃO ANAERÓBIA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Tecnologias de Tratamento de Dejetos. Dr. Airton Kunz

REDUÇÃO DE SÓLIDOS EM BIODIGESTORES ABASTECIDOS COM DEJETOS DE AVES ALIMENTADAS COM MILHO EM DIFERENTES GRANULOMETRIAS

PRODUCAO DE BIOGAS UTILIZANDO CAMA DE FRANGOS DE CORTE

REDUÇÃO DE SOLIDOS DE DEJETOS DE POEDEIRAS EM BIODIGESTORES OPERADOS COM DIFERENTES TEMPO DE RETENÇÃO HIDRÁULICA

PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS A PARTIR DA PROCESSAMENTO DA MANDIOCA

APLICAÇÃO DO CONCEITO DE BIORREFINARIA A ESTAÇÕES DE TRATAMENTO BIOLÓGICO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS

INFLUÊNCIA DOS NUTRIENTES: CARBOIDRATOS, LIPÍDEOS E PROTEINAS NA PRODUÇÃO DE METANO

USO DE SORO DE QUEIJO NA FORMULAÇÃO DE DOCE DE LEITE PASTOSO EM SUBSTITUIÇÃO AO LEITE

Curso: Energias Renováveis Processos de biodigestão

AVALIAÇÃO DA BIODIGESTÃO ANAERÓBIA DA MISTURA DE RESÍDUOS AVÍCOLAS E LÁCTEOS

PRODUÇÃO DE LODO EM UM REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE E MANTA DE LODO. Oliva Barijan Francisco Paulo, Roberto Feijó de Figueiredo*

ANÁLISE ESTATÍSTICA E CURVA DE SUPERFÍCIE DOS RENDIMENTOS DA EXTRAÇÃO POR SOLVENTE DO ÓLEO DE PINHÃO MANSO

PRODUÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DE BIOMASSA MICROALGAL

ANÁLISE ESTATÍSTICA E CURVA DE SUPERFÍCIE DOS RENDIMENTOS DA EXTRAÇÃO POR SOLVENTE DO ÓLEO DE PINHÃO MANSO

Tratamento alternativo do corpo hídrico do Ribeirão Vai e Vem no município de Ipameri GO contaminado por efluente doméstico.

AVALIAÇÃO DO TEMPO DE COZIMENTO DA MASSA DE QUEIJO SOBRE A UMIDADE DE QUEIJO PRATO DURANTE A MATURAÇÃO

ESTUDO DA CRISTALIZAÇÃO DA LACTOSE A PARTIR DA ADIÇÃO DE ETANOL RESUMO

II-243 CARACTERIZAÇÃO DE LODOS DE FOSSA SÉPTICA ATRAVÉS DE ENSAIOS DE BIOESTABILIDADE

ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO COAGULANTE TANINO NA REMOÇÃO DA COR, TURBIDEZ e DQO DO EFLUENTE TEXTIL DE UMA LAVANDERIA INDUSTRIAL.

Geração de biogás e biofertilizante através da digestão anaeróbica da mistura de soro de leite, produtos lácteos e dejetos avícolas

Resumo Expandido. Título da Pesquisa: UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA FRIGORÍFICA NA FERTILIZAÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS DO GÊNERO BRACHIÁRIA

UTILIZAÇÃO DA SEMENTE DO MELÃO COMO CATALISADOR NA REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO DO ÁCIDO OLÉICO

Avaliação do Potencial e da Capacidade de Desnitrificação em Sistema Pós-D de Tratamento de Esgoto

ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO COAGULANTE POLICLORETO DE ALUMÍNIO (PAC) NA REMOÇÃO DA COR, TURBIDEZ E DQO DE EFLUENTE DE LAVANDERIA TEXTIL.

Palavras-chave: suinocultura, dejetos, impacto ambiental, eficiência, potencial poluidor.

XX Encontro Anual de Iniciação Científica EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG

DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA UTILIZANDO UM SISTEMA DE DEPOSIÇÃO DE SEMENTES POR FITA.

Planejamento de Misturas

TRATAMENTO ANAERÓBIO DE EFLUENTE DE FECULARIA EM REATOR HORIZONTAL DE UMA FASE. PALAVRAS-CHAVE: biogás, biodigestor, manipueira, poluição

OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE GOMA XANTANA À PARTIR DE SORO DE LEITE

INFLUÊNCIA DO ph NO TRATAMENTO DE LIXIVIADO DE ATERRO SANITÁRIO POR PROCESSO DE STRIPPING DE AMÔNIA.

USO DE DELINEAMENTO EXPERIMENTAL PARA A ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE ADSORÇÃO COM BASE NA PRODUÇÃO E ENSAIO DE ADSORÇÃO DO CARVÃO ATIVADO

GERAÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DA CO-DIGESTÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS MUNICIPAIS COM DEJETO SUÍNO

Compostagem de resíduos orgânicos: avaliação de resíduos disponíveis no amapá. Organic Composting: assessment of the available waste in Amapá state

USO DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS NA GERAÇÃO DE BIOGÁS PARA FINS DE APROVEITAMENTO ENERGÉTICO

Remediação ambiental por digestão anaeróbia. AUTORA: ROBERTA MOTA PANIZIO

Plano de aula. ZOOTECNIA I (Suínos) 01/04/2016. Resíduos de origem animal. Produção Animal vs Impacto Ambiental. Dejetos. Problemas.

Produtividade de Matéria Seca de Capim Brachiaria brizantha cv. Marandu, com residual de 8 Toneladas de Cama Aviária e Diferentes Doses de Nitrogênio.

I PRODUÇÃO DE BIOFERTILIZANTE A PARTIR DE EFLUENTE DOMÉSTICO

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

Caracterização físico-química de efluente de indústria de laticínios tratado por sistema de lagoas de estabilização

EFICIÊNCIA NA ADERÊNCIA DOS ORGANISMOS DECOMPOSITORES, EMPREGANDO-SE DIFERENTES MEIOS SUPORTES PLÁSTICOS PARA REMOÇÃO DOS POLUENTES

Uso da cama de Peru na substituição parcial ou total da adubação química na cultura da soja¹

PROPORÇÃO DE INÓCULO PARA BIODIGESTÃO ANAERÓBIA DE VINHAÇA - ADEQUAÇÃO DE ph. INOCULUM RATIO FOR VINASSE ANAEROBIC BIODIGESTION ph SUITABILITY

ESTUDO DA EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA DA VARIEDADE BORDÔ POR PRENSAGEM

Biodigestores. Fontes alternativas de energia - Biodigestores 1

II-321 BIOSSISTEMAS INTEGRADOS NO TRATAMENTO DE DEJETOS DE SUÍNOS: OTIMIZAÇÃO DA ETAPA DE BIOMETANIZAÇÃO

Recuperação de fósforo de efluentes através da precipitação de estruvita MAP

Temas de Dissertação. Programa de Pós-graduação em Engenharia Química da Universidade Federal Fluminense. Lisiane Veiga Mattos

A Digestão Anaeróbia em ETAR / Conceitos. Leonor Amaral

Biodigestão Anaeróbia de Resíduos Animais

UTILIZAÇÃO DE UM DELINEAMENTO COMPOSTO CENTRAL ROTACIONAL PARA AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE POLPAS DE AÇAÍ PASTEURIZADAS

Produtividade de Matéria Seca de Capim Brachiaria brizantha cv. Marandu, com residual de 4 Toneladas de Cama Aviária e Diferentes Doses de Nitrogênio.

ISSN: Palavras-chaves: biomassas, energia elétrica, biodigestor anaeróbios.

Planejamento da pesquisa científica: incerteza e estatística. Edilson Batista de Oliveira Embrapa Florestas

15 a 17 junho de 2016 Porto Alegre, RS

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

DETERMINAÇÃO DE EQUAÇÕES DE REGRESSÃO OBTIDAS EM TERMÔMETROS DE GLOBO NEGRO PADRÃO E PLÁSTICO VERÃO E INVERNO

Corretivos Adubos e Adubações. Prof. ELOIR MISSIO

1. INTRODUÇÃO 2. MATERIAL E MÉTODOS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA CARLA CRISTINA ALMEIDA LOURES

DISPOSIÇÃO DE CHORUME DE ATERRO SANITÁRIO EM SOLO AGRÍCOLA

VIABILIDADE TÉCNICA DA REGENERAÇÃO DE COAGULANTE POR VIA ÁCIDA A PARTIR DO LODO DA ETA DE UMA INDÚSTRIA DE CORANTES

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MATERIAL HÚMICO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA

UTILIZAÇÃO DA COMPOSTAGEM PARA O TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE MADEIRA E APARAS DE GRAMA

BIODIGESTÃO DE LODO DE ESGOTO UTILIZANDO SISTEMA RAS (REATORES ANAERÓBIOS SEQÜENCIAIS) COM RECIRCULAÇÃO DE EFLUENTE: PARTIDA E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOGÁS E GERAÇÃO DE METANO A PARTIR DE LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES E GLICERINA RESIDUAL

Determinação da umidade de solo argiloso pelo método do forno de micro-ondas

PRODUÇÃO E ACLIMATAÇÃO DE INÓCULO PARA ENSAIO PME

Questão 1: Questão 2: Defina tratamentos, fator, nível, parcela, subparcela, coeficiente de variação e interação entre fatores.

Modelo de gestão ambiental para a suinocultura. Rodrigo S. Nicoloso Eng. Agrônomo, Dr. Núcleo Temático de Meio Ambiente Embrapa Suínos e Aves

Performance Assessment of a UASB Reactor of an Industrial Wastewater Treatment Plant

GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE RESÍDUOS DE ANIMAIS

UFSM/Engenharia Química 5. USC/Dept. Chemical Engineering/School of Engineering

SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

USO DE PLANEJAMENTO COMPOSTO CENTRAL NA AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS TEMPERAURA E CONCENTRAÇÃO DE SOLVENTES NO ESTUDO DA SOLUBILIDADE DA UREIA

ISSN do Livro de Resumos:

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E CRÉDITOS DE CARBONO PARA O ESTADO DE SÃO PAULO

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1Comprimento de onda do corante Telon Violet

No mundo, o Grupo Kirin produz bebidas alcóolicas, não alcóolicas, funcionais, produtos farmacêuticos e bioquímicos.

USO DE CALDO DE CANA-DE-AÇÚCAR NA BIODIGESTÃO ANAERÓBIA DE DEJETOS DE VACAS EM LACTAÇÃO PARA AUMENTO DA PRODUÇÃO DE BIOGÁS BIODIGESTORES BATELADA

EFEITO DA TEMPERATURA DE GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA NA ADSORÇÃO DE CORANTE REATIVO

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES OPERACIONAIS NA EFICIÊNCIA DO RECOBRIMENTO DE UREIA EM LEITO DE JORRO

OBTENÇÃO DE ÁCIDO FOSFÓRICO DE ALTA PUREZA A PARTIR DE CALCINADO DE OSSOS BOVINOS

EFEITO DO RESÍDUO EXAURIDO DO CULTIVO DE COGUMELOS SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Eucalyptus dunnii

REATORES UASB MESOFÍLICOS EM SÉRIE PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS UTILIZANDO VINHAÇA COM TORTA DE FILTRO

MONITORAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO BENFICA COM VISTAS À SUA PRESERVAÇÃO

Qualidade do soro de leite integral na alimentação de suínos em fase de creche.

DETERMINAÇÃO DE PROPRIEDADES DO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURAS, COM E SEM FILTRAÇÃO, EM DIFERENTES TEMPERATURAS

II-173 A FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO COMO ORIGEM DA POLUIÇÃO DOS CORPOS RECEPTORES: UM ESTUDO DE CASO.

III APLICAÇÃO DO BALANÇO DE MASSA NO PROCESSO DE BIOESTABILIZAÇÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CHORUME DE ATERRO NÃO É ESGOTO PRECISA DE TRATAMENTO ADEQUADO

BIOMETRIA DO COQUEIRO ANÃO SUMETIDO À UTILIZAÇÃO DE BIOFERTILIZANTE LÍQUIDO COM E SEM COBERTURA DO SOLO

Palavras-chave: Dióxido de carbono. Micro-organismo. Manejo. Atmosfera.

PRODUÇÃO DE METANO A PARTIR DE MANIPUEIRA E LODO DE ETE

Transcrição:

ESTUDO DO APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS AVÍCOLA E LÁCTEO NA BIODIGESTÃO ANAERÓBIA: ESTABILIDADE DO BIOFERTILIZANTE E BIOGÁS PRODUZIDO Raquel Dalla Costa da Rocha raqueldcr@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Programa de Pós Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos Via do Conhecimento, Km 01 85503-390 Pato Branco Paraná Jorge Eraldo Parzianello parzianello@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Departamento de Química Simone Beux simonebeux@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Departamento de Química Resumo: Processo de biodigestão anaeróbia é uma tecnologia frequentemente aplicada para os tratamentos de resíduos orgânicos, gerando dois produtos de grande potencial, o biogás e o biofertilizante. O biogás é muito eficiente para a energia renovável e o biofertilizante é rico em nutrientes essenciais para a agricultura. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a razão SV/ST no biofertilizante e o volume do biogás produzido a partir do processo de biodigestão anaeróbia de resíduos avícolas e lácteos. Para isso, um planejamento fatorial 2 2 foi realizado, em que foram avaliadas as variáveis: cama de aviário (CA) (5 a 15%) e soro de leite (SL) (15 a 35%). A variável resposta SV/ST para alguns ensaios apresentou valores de 0,50 a 0,66, demonstrando uma estabilidade no biofertilizante e a produção total de biogás foi na faixa de 1.100 a 3.400 cm 3. Pelos resultados avaliados pela análise de variância (intervalo de confiança de 95%) pode-se observar que houve influência significativa entre as variáveis independentes. Os intervalos ótimos para o sistema estudado são CA de 10% e SL de 35%. Com isso, observa-se a possibilidade de sustentabilidade em propriedade rural, produzindo um biofertilizante estável e uma fonte de energia para uso em aquecimento. Palavras-chave: Planejamento experimental, Cama de aviário, Soro de leite, Adubação orgânica, Energia

STUDY OF UTILIZATION OF POULTRY AND DAIRY WASTES IN ANAEROBIC BIODIGESTION: BIOFERTILIZER STABILITY AND BIOGAS PRODUCED Abstract: Process of anaerobic biodigestion is a technology often applied for organic waste treatment, generating two high potential products, biogas and biofertilizer. Biogas is very efficient for renewable energy and biofertilizer is rich in essential nutrients for agriculture. This study aimed to evaluate the ratio VS/TS in biofertilizer and biogas volume produced from the anaerobic biodigestion process of poultry and dairy waste. For this, a 22 factorial design was conducted, in which the variables were evaluated: poultry litter (PL) (5 to 15%) and cheese whey (CW) (15 to 35%). The VS/TS response variable for some assays has values from 0.50 to 0.66, showing a stability of biofertilizer and total biogas production was in the range 1,100-3,400 cm 3. The results evaluated by analysis of variance (95% confidence interval) can be seen that there was significant influence between the independent variables. The optimum ranges for the studied system is PL and 10% CW 35%. Thus, there is the possibility of sustainability in a farm producing a stable biofertilizer and a power source for use in heating. Keywords: Experimental design, Poultry litter, Cheese Whey, Organic Fertilizing, Energy 1. INTRODUÇÃO No Brasil, principalmente na Região Sul, a agropecuária vem desempenhando um papel de grande importância no cenário econômico, em especial a atividade avícola e a cadeia de leite. A Região contribuiu com 46% na produção nacional de leite em 2015 (EMBRAPA, 2015) e em 2014 a produção de frangos para abate foi de 63,5% (ABPA, 2015). Os sistemas de produção precisam suprir a crescente demanda por produtos de origem animal, e isso apresenta uma importante questão ambiental, a grande geração de resíduos. Grande parte da produção de leite é industrializada na própria região por uma variedade de pequenos e médios laticínios tendo como principal produto o queijo. A produção de queijo gera um volume elevado de soro, a produção de 1 Kg de queijo resulta aproximadamente em 9 litros de soro (ABREU, 1999). A atividade avícola também produz resíduo, além de produzir frangos para consumo, há a geração da cama de aviário, um composto orgânico constituído da excreta (fezes e urina) e de material usado como substrato para receber e absorver a umidade da excreta (maravalha, serragem, palhas de cereais, entre outros) (PALHARES, 2004). Esses resíduos apresentam elevada concentração de matéria orgânica, o que os torna interessantes para tratamentos biológicos como a biodigestão anaeróbia. A transformação destes resíduos em produtos de maior valor agregado constitui uma alternativa concreta para a renda das propriedades, como o fornecimento de combustível no meio rural por meio do biogás e o adubo por meio do biofertilizante. Considerando que a região Sul apresenta uma representação intensa nas atividades avícolas e de produção de leite, este trabalho se objetivou em desenvolver o estudo da viabilidade do processo de biodigestão anaeróbia no tratamento da mistura dos resíduos, cama de aviário e soro de queijo avaliando a quantidade de biogás gerado e a estabilidade do biofertilizante.

2. METODOLOGIA 2.1. Coleta dos resíduos avícola e lácteo As amostras de cama de aviário (maravalha) foram coletadas em uma granja localizada no município de São Jorge d Oeste PR, proveniente do sexto lote de frango. E o soro utilizado foi coletado da elaboração de queijo mussarela de um laticínio em Bom Sucesso do Sul - PR. Ambas as amostras foram mantidas sob refrigeração (4 o C) por 24 horas até sua utilização. 2.2. Análises Físico-químicas As análises físico-químicas avaliadas dos resíduos, das combinações e dos biofertilizantes produzidos foram realizadas conforme metodologias propostas por American Health Association Methods (2005) para ph, sólidos totais (ST) e voláteis (SV), acidez volátil (AV) e alcalinidade (AL). O volume de biogás foi realizado a partir do deslocamento de líquido, por meio de um gasômetro. A correção do biogás foi em função da correção da umidade e temperatura de acordo com a equação 1. V (CNTP) = (273/273 + T).[(P.V.F)/760] (1) Em que, T = temperatura ambiente, P = Pressão Local de Pato Branco/PR (959,92 hpa), V = Volume da solução deslocado (ml) e F = Fator de correção de umidade a temperatura de medição de gás, conforme equação 2 (FERNANDES JUNIOR, 1995). F = 1,0568 0,0034.X (2) Onde, X = temperatura ambiente. Os parâmetros de caracterização foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade para comparação das combinações estudadas. 2.3. Planejamento experimental Para avaliação da influência das variáveis independentes (% de cama de aviário e % soro de leite) nas variáveis dependentes SV/ST e volume de biogás produzido, foi empregado um planejamento experimental fatorial completo 2 2 com repetições no ponto central totalizando 7 ensaios (Tabela 1) em duplicata. Para totalizar 100% nos reatores, foi utilizada água destilada para avolumar (volume útil de 1000 ml) o sistema. Tabela 1 - Níveis das variáveis independentes para o planejamento fatorial 2 2 para o estudo do processo de digestão anaeróbia dos resíduos avícolas e lácteos Variáveis Símbolo Nível -1,00 0 1,00 Cama de Aviário (%) CA 5 10 15 Soro de Leite (%) SL 15 25 35

Os ensaios (Figura 1) foram realizados em reatores anaeróbios confeccionados em garrafas PET com capacidade de 2000 ml. Para realizar a medida de biogás formado, foram utilizados gasômetros em frascos plásticos. Os reatores foram alimentados em regime batelada com tempo de retenção (25 dias) e temperatura ambiente (média 29 o C). Figura 1 Ensaios da digestão anaeróbia dos resíduos avícola e lácteo. Análise de variância (ANOVA) foi utilizada para avaliar a qualidade e o ajuste dos modelos matemáticos gerados. Os resultados experimentais foram avaliados e as superfícies foram geradas por meio de Metodologia de Superfície de Resposta. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Caracterização dos resíduos e combinações As caracterizações dos resíduos de cama de aviário e de soro de leite (Tabela 2) apresentaram altos valores das médias dos parâmetros ambientais que causam contaminações no ambiente, sendo terrestre ou aquático, quando descartados sem tratamento prévio. Desta forma, o controle ambiental deve abranger alternativas que contribuam para a redução esse impacto. Segundo Costa (2008), os despejos líquidos na indústria láctea, muitas vezes, se caracterizam por grande variedade de poluentes e por altas vazões diárias (m 3. d -1 ). Em muitos laticínios, principalmente de pequeno porte, o soro é descartado junto com os demais efluentes, sendo considerado um forte agravante devido ao seu elevado potencial poluidor. O soro é aproximadamente cem vezes mais poluente que o esgoto doméstico (SILVA, 2011). Já os rejeitos de cama aviária atualmente são jogados direto no solo e não são integralmente aproveitados. Normalmente, a cama é retirada a cada dois lotes de criação e uma ave alojada produz em média 1,5 kg do composto orgânico (IAPAR, 2010). Conforme Oliveira e Biazoto (2013), a disposição de cama de frango se não tratada adequadamente provoca a contaminação do solo.

Tabela 2 Resultados da caracterização físico-químicas dos substratos (cama de aviário - CA e soro de leite - SL) e das combinações dos resíduos Parâmetros ph SV/ST AV/AL Substrato CA 8,80ª 0,93ª 3,58ª SL 4,50 b 0,79 b,c 232,14 b 5CA15SL 6,00 c 0,81 b,d 0,07 c 5CA35SL 6,00 c 0,82 b,d 0,06 c 15CA15SL 6,00 c 0,76 b,c 0,03 c 15CA35SL 6,20 c 0,84 d 0,14 c 10CA25SL 6,30 c 0,73 c 0,03 c Os resíduos apresentaram variações nos valores de ph, diferentemente aos valores relacionados entre as misturas. O ph da cama de aviário (8,80) apresenta-se próximos a valores encontrados nas caracterizações (8,04) em estudos de Oliveira et al. (2003) e nos estudos de Abreu et al. (2011) com ph na faixa de 7,84 e 9,60. Em relação ao soro de leite, o ph (4,5) está abaixo do valor esperado para soros provenientes do processo de produção de mussarela. Segundo Pintado et al. (2001), o soro que provém da fabricação de queijo tipo mussarela é denominado soro doce e apresenta valores na faixa de 5,3 a 6,6. Essa acidificação da amostra pode estar vinculada ao período (24 horas) entre a coleta e a caracterização da amostra. Para as combinações, as quais serão avaliadas no processo, apresentaram ph ótimos de crescimento para as bactérias (6,5 e 7,5), conforme avaliação de Campos et al. (2006). Na razão de sólidos voláteis e totais é possível observar uma similaridade nos valores entre alguns resultados. A cama aviária não se assemelhou com os demais, conforme a aplicação do teste de Tukey. As misturas 5CA15SL, 5CA35SL, 15CA15SL foram similares entre si e ao soro de leite, as misturas 15CA15SL e 10CA25SL possui semelhante com o soro de leite. O mesmo se observou entre 5CA15SL, 5CA35SL e a combinação 15CA35SL. Observa-se que a maioria dos sólidos presentes é volátil, indicando um material de fácil assimilação biológica. O valor de SV/ST para o soro de leite (0,79) entre os valores obtidos nos estudos de Rico et al. (2015) (0,86) e Kavacik e Topaloglu (2010) (0,71). Estudos sobre cama de aviário apresentaram valores distintos do encontrado (0,93), razão 0,81 nos estudos Arikan, et al. (2016) e 0,84 de Rajagopal e Massé (2016) e Miah et al. (2016). A razão acidez volátil e a alcalinidade total é considerado um parâmetro importante para o processo de biodigestão anaeróbia, pois para maior eficiência, essa relação deverá ser em torno de 0,5, favorecendo o equilíbrio dinâmico no sistema (LEITE et al., 2004). Aplicando o teste de Tukey, os valores de AV/AL foram semelhantes somente entre si nas combinações. Há uma tendência ácida na caracterização dos dois resíduos, possivelmente relacionado ao processo de acidificação do uso em vários lotes no caso da cama de aviário. E no soro de leite, o mesmo possui ácido lático na sua composição (ANTUNES, 2003).

3.2. Avaliação do processo de biodigestão anaeróbia A Tabela 3 apresenta as combinações de tratamento e as variáveis respostas razão SV/ST e volume total de biogás produzido. Tabela 3 Média dos Resultados dos ensaios submetidos ao processo de biodigestão. BIOGÁS Ensaio CA SL SV/ST (cm 3 ) 1-1,00-1,00 0,56 2400 2-1,00 1,00 0,50 1700 3 1,00-1,00 0,66 1100 4 1,00 1,00 0,84 3400 5 0,00 0,00 0,62 2600 6 0,00 0,00 0,61 2200 7 0,00 0,00 0,64 2400 Na Tabela 4 observam-se os valores dos efeitos estimados, coeficientes de regressão, as interações com parâmetros significativos e não significativos, além do erro associado aos efeitos e aos coeficientes, bem como o nível de significância atribuído a cada parâmetro para a variável resposta SV/ST. Na análise das estimativas dos efeitos foram considerados os fatores significativos para o intervalo de confiança de 95% (p<0,05). Tabela 4 Efeitos, coeficientes de regressão e interações para a variável SV/ST. Fatores Efeitos Erros efeitos t calc p-valor Coeficientes Erro coeficientes Média* 0,63 0,01 94,45 0,00* 0,63 0,01 CA* 0,22 0,02 12,41 0,00* 0,11 0,01 SL* 0,06 0,02 3,38 0,04* 0,03 0,01 CA x SL* 0,12 0,02 6,77 0,01* 0,06 0,01 * Fatores estatisticamente significativos (p<0,05). Observa-se que todas as variáveis independentes e a combinação entre elas foram significativa (p<0,05). A Tabela 5 apresenta a análise de variância com valores resumidos para a variável resposta SV/ST. Tabela 5 Análise de variância para a variável SV/ST. Fonte de Variação SQ GL QM F calc Regressão 0,066 3 0,066 211,26 Resíduo 0,001 3 0,001 Total 0,067 6 R² - 0,986; F tab, 0,05;3,3 = 29,57; SQ: Soma dos Quadrados; GL: Grau de Liberdade; QM: Quadrado Médio Com análise de variância no intervalo de confiança de 95% (p<0,05) pode-se notar que a eficiência na resposta média foi de aproximadamente 98,60%. A significância entre as médias é ainda comprovada pelo valor de F calc, que neste caso foi superior ao valor tabelado, evidenciando a diferença significativa entre as médias.

A Equação 1 expressa a equação numérica matemática entre a variável cama de aviário (CA) e soro de leite (SL) para a variável resposta SV/ST. A Figura 2 apresenta os gráficos de superfície de resposta e curvas de contorno da Equação 1, para as variáveis citadas. SV/ST = 0,63 + 0,11.CA + 0,03.SL 0,06.CA.SL (1) (a) (b) Figura 2 Superfície de resposta (a) e curva de contorno (b) para a variável resposta SV/ST em função das porcentagens de cama de aviário (CA) e de soro de leite (SL). Na análise da Figura 2, observa-se a variável cama de aviário (CA) em interação com o soro de leite (SL), nota-se que em porcentagem de cama de aviário acima do ponto central a razão SV/ST é aumentada. Para o soro de leite, não se pode destacar uma faixa considerada ideal, ou seja, em todos os intervalos estudados ocorreu alteração significativa na variável resposta. Para essa razão, as melhores condições são para os experimentos que tiveram valores abaixo de 0,7, pois podem ser considerados fertilizantes tratados para fins de uso agrícola, conforme a legislação brasileira (BRASIL, 2006). Quanto menor a quantidade de sólidos voláteis presentes na amostra, maior a estabilidade do biofertilizante. Porém não pode ser muito baixo a relação SV/ST, pois essa matéria orgânica auxilia a fixação de nutrientes no solo. Na Tabela 6, podem-se observar os valores dos efeitos estimados, coeficientes de regressão, as interações com parâmetros significativos e não significativos, além do erro associado aos efeitos e aos coeficientes, bem como o nível de significância atribuído a cada parâmetro para a variável biogás produzido. Na análise das estimativas dos efeitos foram considerados os fatores significativos para o intervalo de confiança de 95% (p<0,05). Tabela 6 Efeitos, coeficiente de regressão e interações para a variável Biogás produzido. Fatores Efeitos Erros efeitos t calc p-valor Coeficientes Erro coeficientes Média* 2328,57 120,37 19,34 0,00* 2328,57 120,37 CA 200,00 318,48 0,63 0,57 100,00 159,24 SL 800,00 318,48 2,51 0,08 400,00 159,24 CA x SL* 1500,00 318,48 4,71 0,02* 750,00 159,24 * Fatores estatisticamente significativos (p<0,05).

Observa-se que somente a interação das variáveis, cama de aviário e soro de leite mostrou-se significativa sobre a variável resposta, com p<0,05. A Tabela 7 apresenta a análise de variância com valores resumidos para a variável resposta biogás produzido. Tabela 71 Análise de variância para a variável Biogás produzido. Fonte de Variação SQ GL QM F calc Regressão 2250000 1 2250000 22,18 Resíduo 984286 5 781429 Total 3234286 6 R² - 0,9059; F tab, 0,05,1,5 = 5764; SQ: Soma dos Quadrados; GL: Grau de Liberdade; QM: Quadrado Médio Para o intervalo de confiança de 95% (p<0,05), pode-se considerar satisfatório os resultados desta análise, pois se observa uma variação em torno da média sendo explicada de aproximadamente 90,59%. Além disso, o valor de F calc foi menor que seu respectivo valor tabelado, sendo assim, não há significância evidenciada entre as médias. A Equação 2 representa a expressão numérica matemática entre a cama de aviário (CA) e o soro de leite (SL) para a variável resposta biogás produzido. A Figura 3 apresenta os gráficos de superfície de resposta e curvas e contorno em relação a expressão matemática citadas. Biogás (cm 3 ) = 2328,57 + 100,00.CA + 400,00.SL + 750,00.CA.SL (2) (a) (b) Figura 5 Superfície de resposta (a) e curva de contorno (b) para a variável resposta Biogás produzido em função da cama de aviário (CA) e soro de leite (SL). Observa-se que a quantidade de biogás produzido foi maior em ensaios com 35% de soro de leite e 15% de cama aviária. Sendo a média dos valores produzidos próximos aos valores encontrados por Carlini et al. (2015). Essa produção de biogás está diretamente ligada a quantidade de sólidos voláteis no sistema. Segundo Kolesárová et al. (2011), fontes de energia renováveis e biocombustível, como o biogás, vem cada vez mais sendo estudados para substituir os combustíveis fósseis. Dessa forma, o biogás produzido a partir da biodigestão anaeróbia dos resíduos lácteo e avícola, além de possibilitar a amenização da crise energética, pode trazer lucratividade aos proprietários rurais.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pelos parâmetros estudados, a cama de aviário é o que mais influência no processo, tendo esta, o valor mais significativo em 10%, se aliado com a maior porcentagem de soro de leite (35%), obtém-se um biofertilizante estabilizado (SV/ST < 0,7) e um volume de biogás acima de 2500 cm 3. Assim sendo, o processo de biodigestão anaeróbia utilizando esses resíduos pode ser implementado em propriedades rurais, aproveitando a forma energética e orgânica dos resíduos, reduzindo a custos e desenvolvendo sustentabilidade. Agradecimentos À Fundação Araucária (Convênio n.º 488/2010) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR, Câmpus Pato Branco pelo apoio. REFERÊNCIAS ABPA. Associação Brasileira de Proteína Animal. Relatório Anual de atividade 2014, 2015. ABREU, L. R. de. Tecnologia de Leite e Derivados. Lavras: UFLA/FAEPE, 1999. 215p. ABREU, V. M. N.; ABREU, P. G. de; COLDEBELLA, A.; CONCEIÇÃO, V. da; CHINI, A. Metodologia de determinação do ph e da temperatura da cama de aviário em tempo real. In: Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola, 40, Cuiabá. Anais... Cuiabá, Sbea, 2011. p. 1-4. ANTUNES, A. J. Funcionalidade de proteínas do soro de leite bovino. Barueri: Manole, 2003. 135 p. APHA (AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION). Standard Methods for the Examinations for Water and Wastewater. Washington: 21 th Centennial Edition, 2005. 1368 p. ARIKAN, O. A.; MULBRY, W.; RICE, C. The effect of composting on the persistence of four ionophores in dairy manure and poultry litter. Waste Management, v. 54, p. 110-117, 2016. BRASIL, CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente. 2011. Resolução nº 375 de 29 de agosto de 2006: Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. CAMPOS, A. T. de; FERREIRA, W. A.; PACCOLA A. A.; LUCAS JÚNIOR, J. de; ULBANERE, R. C.; CARDOSO, R. M.; CAMPOS, A. T. Tratamento biológico aeróbio e reciclagem de dejetos de bovinos em sistema intensivo de produção de leite. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 26, n. 2, p. 426-438, 2002. CARLINI, M.; CASTELLUCCI, S.; MONETI, M. Biogas production from poultry manure and cheese whey wastewater under mesophilic conditions in batch reactor. Energy Procedia, v. 82, p. 811-818, 2015. COSTA, A. M. G. Desempenho de filtro anaeróbio no tratamento de efluente formulado com diferentes concentrações de soro de queijo. Viçosa, 76 p., 2008. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de Viçosa. EMBRAPA. Panorama do Leite. Boletim eletrônico mensal. v. 7, n. 75, 2015.

FERNANDES JUNIOR, A. Digestão anaerobia de manipueira com separação de fases: cinética da fase acidogênica. Botucatu, 139p., 1995. Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista. IAPAR, Instituto Agronômico do Paraná. Referencia Modular: Frango de Corte. 2010. Disponível em: <http://www.iapar.br.> Acesso em: 04 jun.2016. KAVACIK, B.; TOPALOGLU, B. Biogas production from co-digestion of a mixture of cheese whey and dairy manure. Biomass and Bioenergy, v. 34, p. 1321-1329, 2010. KOLESÁVORÁ, N.; HUTNAN, M.; BODÍK, I.; SPALKOVÁ, V. Utilization of biodiesel byproducts for biogas production. Journal of Biomedicine and Biotechnology, v. 2011, Article ID 126798, 15 p., 2011. LEITE, V. D.; LOPES, W. S.; SOUSA, J. T.; PRASAD, S. Tratamento anaeróbico de resíduos orgânicos com baixa concentração de sólidos. Engenharia Sanitária e ambiental. Rio de janeiro, v. 9, n. 4, p. 280-284, 2004. MIAH, M. R.; RAHMAN, A. K. M. L.; AKANDA, M. R.; PULAK, A.; ROUF, M. A. Production of biogas from poultry litter mixed with the co-substrate cow dung. Journal of Taibah University for Science, Madinah, v. 10, p. 497-504, 2016. OLIVEIRA, E. da S.; BIAZOTO, C. D. dos S.Avaliação dos impactos ambientais causados pelos aviários no município de Assis Chateaubriand, no oeste do estado do Paraná, Brasil. Revista Verde, Mossoró, v. 8, n. 2, p24-30, 2013. OLIVEIRA, M. C. de; ALMEIDA, C. V.; ANDRADE, D. O.; RODRIGUES, S. M. M. Teor de matéria seca, ph e amônia volatilizada da cama de frango tratada ou não com diferentes aditivos. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 32, n. 4, p. 951-954, 2003. PALHARES, J. C. P. Uso da cama de frango na produção de biogás. Circular Técnica. Concórdia, n. 41, 2004. PINTADO M. E.; MACEDO A.C.; MALCATA F. X. Technology, chemistry and microbiology of whey cheese. Food Science and Technology International, v. 7, p. 105-116, 2001. RAJAGOPAL, R.; MASSÉ, D. I. Start-up of dry anaerobic digestion system for processing solid poultry litter using adapted liquid inoculum. Process Safety and Environmental Protection, v. 102, p. 495-502, 2016. RICO, C.; MUNÕZ, N.; RICO, J. L. Anaerobic co-digestion of cheese whey and the screened liquid fraction of dairy manure in a single continuously stirred tank reactor process: Limits in co-substrate ratios and organic loading rate. Bioresource Technology, v. 189, p. 327-333, 2015. SILVA, D. J. da. Resíduos na Indústria de Laticínios. Série Sistema de Gestão Ambiental. 21 p. 2001.