PARASITOS NA ÁREA RECREATIVA INFANTIL DO PARQUE VACA BRAVA, GOIÂNIA-GO*

Documentos relacionados
PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA

PESQUISA DE LARVAS E OVOS DE ANCILOSTOMÍDEOS EM LOCAIS PÚBLICOS DE SERINGUEIRAS, RONDÔNIA.

PREVALÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS EM GATOS DOMÉSTICOS JOVENS COM DIARREIA PREVALENCE OF INTESTINAL PARASITES IN YOUNG DOMESTIC CATS WITH DIARRHEA

AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL POR PARASITAS EM UM ESPAÇO PÚBLICO DE LAZER DO MUNICÍPIO DE NOVO ITACOLOMI, PARANÁ, BRASIL

PREVENÇÃO DE ENTEROPARASITOS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS NA CRECHE FABIANO LUCENA DA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB.

OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM ALUNOS DE DUAS ESCOLAS NO DISTRITO DE ITAIACOCA EM PONTA GROSSA - PARANÁ

RESUMO. Palavras- chave: ABSTRACT. Keywords:

Ocorrência de parasitos com potencial zoonótico em áreas de feiras públicas da cidade de Manaus, AM

Ocorrência de parasitos com potencial zoonótico em áreas de feiras públicas da cidade de Manaus, AM

As parasitoses intestinais são doenças cujos agentes CONTAMINAÇÂO DO SOLO POR PARASITAS E OCORRÊNCIA DE DOENÇAS INTESTINAIS

Ocorrência de parasitos zoonóticos em fezes de cães provenientes de uma entrequadra da asa norte de Brasília, DF

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

Metodologias de Diagnóstico em Parasitologia

ANAIS 37ºANCLIVEPA p.0167

Palavras-chave: Areia. Centros de educação infantil. Zoonoses. Ancylostoma.

ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS EM NOTAS DE DINHEIRO (PAPEL MOEDA) EM CIRCULAÇÃO NA BAIXADA SANTISTA

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE PLANTAS MEDICINAIS DE HORTAS COMUNITÁRIAS DE PALMAS-TO, BRASIL

FREQUÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS NO CREI SANTA CLARA (CASTELO BRANCO) NA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB.

PESQUISA DE ENDOPARASITAS EM CÃES DE COMPANHIA NA REGIÃO DE ÁGUAS CLARAS-DF

Uériton Dias de Oliveira 1 Simone Jurema Ruggeri Chiuchetta 2

AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL POR PARASITAS POTÊNCIAIS CAUSADORES DE ZOONOSES EM ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER EM APUCARANA, PARANÁ, BRASIL

Contaminação por fezes caninas das praças públicas de Cuiabá, Mato Grosso

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

PREVALÊNCIA DE PARASITISMO EM CÃES DOMICILIADOS NUM BAIRRO DE SANTA MARIA - RS

FREQUENCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE CINCO INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO DE PONTA GROSSA PR DURANTE OS ANOS DE 2014 A 2016

PREVENÇÃO DE ENTEROPARASITOS EM CRIANÇAS E MANIPULADORES DE ALIMENTOS EM CRECHES DA CIDADE DE JOÃO PESSOA - PB - PROBEX 2012

ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM AREIA DE PRAIA NO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE SP BRASIL RESUMO

( 02 ) Teórica ( 02 ) Prática

OCORRÊNCIA DE PARASITAS ZOONÓTICOS EM PRAÇAS DA CIDADE DE QUIRINÓPOLIS-GO

Avaliação da contaminação por parasitas zoonóticos em praças públicas da cidade de Muriaé (MG)

FREQUÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE PONTA GROSSA PR NO ANO DE 2017

PREVALÊNCIA DE PARASITAS GASTROINTESTINAIS EM AMOSTRAS DE FEZES CANINAS ANALISADAS NA REGIÃO DA BAIXADA SANTISTA SP

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM PACIENTES ATENDIDOS EM LABORATÓRIOS DE PALMAS (TOCANTINS)

Parasitologia clínica Curso: Ciências Biológicas Modalidade Médica. Professora Rose

PREVALÊNCIA DE ENTEROPARSITAS EM CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS DE IDADE DE UMA CRECHE DO MUNICÍPIO DE TAUBATÉ - SP.

Avaliação da ocorrência de formas parasitárias no solo de praças públicas do município de Esteio (RS)

PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM HORTALIÇAS NA CIDADE DE SANTOS SP BRASIL

ENTEROPARASITOS DE CÃES ERRANTES DA ZONA URBANA DOS MUNICÍPIOS DE ÁGUA DOCE, IRANI, JOAÇABA, PONTE SERRADA E TREZE TÍLIAS, SANTA CATARINA, BRASIL

FREQUÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE PONTA GROSSA PR

Palavras-chave: parasitos, gatos, ocorrência Keywords: parasites, cats, occurrence

INVESTIGAÇÃO DE ENTEROPARASITOSES EM PRÉ- ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ


Estudo da incidência de parasitas intestinais em verduras comercializadas em feira livre e supermercado de Londrina


Fabrício Andrade Martins Esteves * Alana Vitória Morais Santana ** Jamilly Nogueira Pinto Freire ** Lívia Regina Silva Andrade **

PLANO DE CURSO 3 PERÍODO ANO:

CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA COORDENADORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

ISSN Contaminação do solo de áreas de recreação...

Roteiro para aula prática de Técnicas Parasitológicas. Ingestão de ovos de helmintos ou cistos de protozoários

Relações Parasitas e Hospedeiros. Aula 03 Profº Ricardo Dalla Zanna

PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOS EM ESCOLARES DA REGIÃO DE PONTA GROSSA PARANÁ,

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA Tel (62) FAX

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE BAURU/SP E POTENCIAL DE TRANSMISSÃO

Pesquisa de parasitas em gramados de vias públicas de Maringá, Paraná

muitos proprietários desconhecem a Introdução necessidade da vermifugação no controle Os animais de companhia, sistemático das endoparasitoses, ou

CONTAMINAÇÃO DO SOLO DE PRAÇAS DE CONJUNTOS HABITACIONAIS POR HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS EM PELOTAS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA CÓDIGO DISCIPLINA REQUISITOS BIO 405 PARASITOLOGIA HUMANA --

PLANO DE ENSINO I IDENTIFICAÇÃO CURSO: NUTRIÇÃO MODALIDADE: - DISCIPLINA: PARASITOLOGIA ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA DEPARTAMENTO: PARASITOLOGIA

OCORRÊNCIA DE PARASITAS EM PRAÇAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA, PARANÁ, BRASIL

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM, SC *

PREVALÊNCIA DE ENDOPARASITOSE EM CÃES DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE FORMIGA, MINAS GERAIS RESUMO

COLETA E COLETA CONSERVAÇÃO E DAS FEZES CONSERVAÇÃO DAS FEZES

OCORRÊNCIA DE HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS EM IDOSOS

Prevalência de helmintos em areias de praças públicas do município de São Mateus, Espírito Santo, Brasil.

COMPORTAMENTO E PERCEPÇÃO DE PROPRIETÁRIOS DE ANIMAIS DE COMPANHIA EM RELAÇÃO AO DESTINO DAS FEZES DE SEUS ANIMAIS EM CONCÓRDIA - SC

RESUMOS COM RESULTADOS ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)

Curso de Farmácia EMENTA DE DISCIPLINA

OCORRÊNCIA DE ANCYLOSTOMA SPP. EM CÃES NA ROTINA DO LABORATÓRIO DE ENFERMIDADES PARASITÁRIAS DOS ANIMAIS DA FMVZ, UNESP, CÂMPUS DE BOTUCATU

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA Tel (62) FAX

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE ABRIGAMENTO

Curso de Farmácia EMENTA DE DISCIPLINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS PLANO DE ENSINO SEMESTRE 2016/2

Contaminação enteroparasitária em cédulas de dinheiro provenientes das cantinas de um Centro de Educação Superior em Belo Horizonte Minas Gerais.

Curso de Farmácia EMENTA DE DISCIPLINA

Ocorrência de parasites intestinais em escolares da Escola Estadual de l. Grau Dom Abel, em Goiânia

PREVALÊNCIA DE GIARDIA LAMBLIA NA CIDADE DE BURITAMA ESTADO DE SÃO PAULO

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PARASITOSE INTESTINAL EM INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS NA REGIÃO CENTRAL DE MOGI GUAÇU

LEVANTAMENTO DA CONTAMINAÇÃO DE ENTEROPARASITAS NA ALFACE (LACTUCA SATIVA) VENDIDAS NA CIDADE DE IJUI/RS 1

COMISSÃO ORGANIZADORA

CONTAMINAÇÃO DO SOLO POR OVOS DE ANCYLOSTOMA SPP. EM PRAÇAS PÚBLICAS, NA CIDADE DE SANTA MARIA, RS, BRASIL1

*Endereço: Av. Joaquim Nabuco Nº Bairro: Centro. Cidade: Manaus, AM. CEP:

Contaminação Ambiental por enteroparasitas presentes em fezes de cães em uma região do Pantanal

PALAVRAS-CHAVE Enteroparasitos. Exames coproparasitológicos. Educação em saúde.

do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino da Universidade Federal de Pernambuco, UFPE.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CÃMPUS JATAÍ PLANO DE ENSINO

PALAVRAS-CHAVE Enteroparasitoses. Prevalência. Trabalho Extensionista. Saúde.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

INCIDÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS NO DISTRITO DE BIZARRA BOM JARDIM PE; EDUCAÇÃO PREVENTIVA A PARTIR DO ENSINO DE CIÊNCIAS

PARASITAS HUMANOS E DE OUTROS ANIMAIS ENCONTRADOS EM ALFACES LACTUCA SATIVA COMERCIALIZADAS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL 1

PREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE TRÊS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM TERESINA-PIAUÍ

PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM CRIANÇAS DE CRECHES DA PERIFERIA DO MUNICÍPIO DE SÃO MATEUS ES

ENTEROPARASITOSES COMO FATOR DE INTERFERÊNCIA NEGATIVA NOS PROCESSOS EDUCATIVOS DE ESCOLAS DA ZONA URBANA DE SANTANA DO IPANEMA, AL.

Enteroparasitas em alfaces (Lactuca sativa) comercializadas na cidade de Guarapuava (PR)

TÍTULO: OCORRÊNCIA DE PARASITAS INTESTINAIS EM CÃES ZONA SUL DE SÃO PAULO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Levantamento de dados parasitológicos... SEGOVIA, D. B.; SOUZA, M. A. A. de

OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM COLORÍFICO COMERCIALIZADO EM VITÓRIA DA CONQUISTA BAHIA*

DE ENTEROBIOSE EM AMBIENTES ESCOLARES E O PERFIL MORFOLÓGICO E MOLECULAR DO PARASITO

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE ALFACES (Lactuca sativa) VARIEDADE LISA COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE MANHUAÇU-MG

COMPARAÇÃO ENTRE TÉCNICAS COPROPARASITOLÓGICAS NO DIAGNÓSTICO DE OVOS DE HELMINTOS E OOCISTOS DE PROTOZOÁRIOS EM CÃES

Transcrição:

PARASITOS NA ÁREA RECREATIVA INFANTIL DO PARQUE VACA BRAVA, GOIÂNIA-GO* CYNTHIA LEÃO BALDINI, LAYS KAROLINA SOARES DA CRUZ, SUSY RICARDO LEMES, MARTHA ARAUJO ALENCAR BRANDÃO VALE, MAIRA BARBERI, JULIO CEZAR RUBIN DE RUBIN, PAULO ROBERTO DE MELO-REIS Resumo: com o objetivo de identificar a presença de ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários na área de recreação infantil do parque Vaca Brava em Goiânia, foram coletadas 30 amostras de areia em diferentes pontos. O método parasitológico de Hoffman foi utilizado para análises. Identificamos os seguintes parasitos: Ascaris sp., Dipylidium caninum, Entamoeba histolytica, Strongyloides stercoralis, Taenia sp. e Toxocara sp Palavras-chave: Zoonose. Saúde Pública. Área de recreação. A s práticas de lazer têm como elemento básico suprir as necessidades de equilíbrio nas relações sociais em ambientes densamente povoados (PEREIRA, 1998). A alternativa para proporcionar qualidade de vida às pessoas e ao ambiente construído depende da existência de espaços de lazer, tais como, praças, parques, lagos e outros, destinados ao encontro, convívio e descanso da população (ORTH, CUNHA 2000). De acordo com a Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Goiânia passou de seis parques implantados em 2005 para 24 em 2010, o que garantiu o título de capital brasileira com melhor qualidade de vida. Segundo recomendações da ONU (2011) as cidades deveriam ter pelo menos 12m² de área verde por habitante. Um levantamento realizado em 2010 pela AMMA mostra que Goiânia conta com 94m² de áreas verdes por habitante. Localizado nos setores Bueno e Jardim América, o Parque Municipal Sulivan Silvestre (Vaca Brava) com 79.760,00m², é uma área de proteção permanente do Córrego Vaca Brava. Em sua infra-estrutura conta com uma estação de ginástica, pista de caminhada, lago, parque infantil com piso de areia, 575

576 mirante e áreas de convivência social, sendo de livre acesso à população e considerado uma das principais atrações turísticas da cidade, onde as pessoas podem desfrutar de estar em contato direto com a natureza (CAU, 2013). De acordo com Santarém et al. (2004), o solo de praças e parques públicos é via de transmissão para algumas zoonoses. A contaminação parasitária de áreas de lazer como praias e praças constitui um problema de saúde pública, tendo em vista, que esses ambientes estão constantemente expostos a fontes de infecção por estarem sempre abertos e descobertos, à disposição de gatos, cachorros, aves e outros animais veiculadores de parasitos (RODRIGUES et al., 2004). No Brasil, as enteroparasitoses constituem um sério problema de saúde pública devido ao difícil acesso ao saneamento básico, à educação, e boas condições nutricionais pela população mais carente, já que a transmissão desses agentes está diretamente relacionada com as condições de vida e de higiene da população (COUTO et al., 2007). Essas doenças podem causar sérios prejuízos à saúde humana devido à ação espoliativa, tóxica, mecânica, traumática, irritativa enzimática e até mesmo anóxia devido à ação de certas formas parasitárias (NEVES et al., 2005). Inúmeros trabalhos têm evidenciado o alto grau de contaminação de pessoas das mais variadas idades, principalmente as crianças, por enteroparasitos (LAGAGGIO et al., 2002) (RODRIGUES et al., 2004). Além da infecção por helmintos a contaminação por protozoários está entre os mais frequentes agravos do mundo (RODRIGUES et al., 2004). Os principais acometidos são crianças de um a cinco anos de idade, que comumente apresentam hábitos geofágicos e de higiene precários (GURGEL et al., 2005). Sendo o público infantil grande alvo dessas doenças, também, por sua simplicidade, curiosidade, pouco discernimento e propensão à exploração do mundo com as mãos e boca (REY, 1991). Algumas patologias causadas por parasitos possuem uma importante relação com o solo, expondo os seres humanos ao risco de contraí-las (ARAÚJO et al., 1999). As parasitoses intestinais são doenças cujos agentes etiológicos são helmintos ou protozoários, os quais, em pelo menos uma das fases do ciclo evolutivo, localizam- -se fora do aparelho digestivo do homem no meio ambiente podendo provocar diversas alterações patológicas (FERREIRA et al., 2004). Este trabalho objetivou investigar a ocorrência de ovos e larvas de parasitos com potencial patogênico na área de recreação infantil com pisos de areia do Parque Municipal Sulivan Silvestre no município de Goiânia, Goiás. METODOLOGIA Local de Coleta A coleta de areia foi realizada na Cidade de Goiânia, estado de Goiás, no Parque Municipal Sulivan Silvestre (Vaca Brava) localizado nas avenidas T-3, T-5, T-10, T-15 e Rua T-66, nos setores Bueno e Jardim América mediante as coordenadas: 16 42 34 S 49 16 15 W, ocupando uma área de 77.760,00 m², após a prévia autorização do órgão competente, Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), em abril de 2011.

A amostragem foi feita dentro da área de recreação infantil de piso de areia medindo 10m 2, sendo estes divididos em 30 parcelas iguais. Coleta e Preparo das Amostras De cada uma das 30 parcelas foram coletadas aproximadamente 100g de areia superficial com o auxílio de um coletor estéril. As amostras, já nos coletores, foram imediatamente rotuladas e mantidas em caixa térmicas refrigeradas, e em seguida levados para o laboratório para preparo e posterior análise. O método de Hoffman et al. (1934) foi escolhido por ser específico tanto para estruturas leves, quanto para estruturas pesadas, mostrando-se mais apto a captar uma variedade maior de parasitos. Essa metodologia consiste em colocar a amostra, aproximadamente 30g, em gaze dobrada oito vezes, a qual foi colocada sobre uma peneira, que por sua vez foi colocada sobre cálice de sedimentação, e sobre esta foi despejada água destilada a temperatura ambiente. As amostras ficaram sedimentando durante 2 horas, para, a partir de então, serem analisadas. Análise das Amostras A partir do sedimento obtido por esta técnica de sedimentação, foram montadas quatro lâminas de cada amostra para visualização em microscópio. Em que, uma gota de cada amostra foi colocada em lâmina, corada com lugol, recoberta com lamínula e analisada em objetivas de 10X e 40X de microscópio óptico com câmera fotográfica acoplada para obtenção de imagens. As amostras foram analisadas no Laboratório de Estudos Experimentais e Biotecnologia, do Mestrado de Ciências Ambientais e Saúde da Pontifícia Universidade Católica de Goiás em abril de 2011 e identificadas tendo como referência os atlas de Coles (1980) e Blagburn, Dryden (2000). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os parasitos foram identificados em 18 das trinta amostras coletadas (60%). Os parasitos que ocorreram nas amostras positivas foram: Ancilostomídeos, Ascaris sp., Dipylidium caninum, Entamoeba histolytica, Strongyloides stercoralis, Ancilostomídeos, Ascaris sp., Taenia sp. e Toxocara sp. (Tabela 1). Verifica-se que houve presença de um variado número de formas parasitárias. Além disso houve pouca variação na frequência e tipo de estruturas enteroparasitárias. A positividade das amostras, dentro da área analisada do parque, apresentou uma distribuição aleatória nas parcelas. 577

Tabela 1: Helmintos e Protozoários presentes nas amostras da área de recreação infantil do Parque Vaca Brava, Goiânia, Goiás Cistos Larvas Ovos Entamoeba histolytica Strongyloides stercoralis Ancilostomídeos Ascaris sp. Dipylidium caninum Taenia sp. Toxocara canis Toxocara cati 578 Os parasitos intestinais possuem distribuição mundial e, no Brasil, assumem problemas de saúde pública por seus elevados coeficientes de prevalência e pelas implicações clínicas e sociais que proporcionam (COUTO et al., 2007). A literatura e demais pesquisas e estudos brasileiros demonstram entre os parasitos mais frequentemente isolados no solo: ancilostomídeos, Ascaris sp., Strongyloides sp., Taenia sp., Toxocara sp. e Trichuris sp. (NUNES, 1991; GONZÁLEZ et al., 2004; GUIMARÃES et al., 2005; OLIVEIRA et al., 2007; ANDREIS et al., 2008). Os resultados obtidos no presente trabalho demonstram que a areia da área de recreação infantil do Parque Vaca Brava apresentou-se como um potencial meio de contaminação de parasitos, tendo em vista o variado número de formas parasitárias encontradas. Comparando os resultados obtidos no trabalho com demais estudos e literaturas de mesma abordagem realizada no Brasil, observa-se a pouca variação na frequência e tipo de estruturas enteroparasitárias, o que pode ser explicado em parte pelo tipo de amostra (areia), pelo clima e umidade típicos de clima tropical e pela metodologia empregada. A positividade das amostras não teve relação significativa com sua localização dentro da área investigada do parque (p=0,3), constituindo um arranjo aleatório nas parcelas, possivelmente pelo livre tráfego de animais em todo o território do parque, inclusive da área de recreação infantil. Inúmeros trabalhos têm sido realizados na tentativa de capturar formas parasitóides em areias de parques, praças públicas e praias, e todas tem apresentado positividade em seus resultados (SCAINI et al., 2003; GONZÁLEZ et al., 2004; CARVALHO et al., 2005; OLIVEIRA et al., 2007), o que evidencia que a contaminação dos solos de áreas públicas pode estar contribuindo na formação do quadro geral de doenças parasitárias no Brasil. O livre acesso da população a essas áreas, embora necessário, pode constituir fator determinante desta realidade, pois implica no não isolamento dessas áreas, permitindo assim o acesso de animais como cães, gatos e aves (FERREIRA et al., 2003). O fato de ter sido coletada areia superficial, pode significar que existe um abastecimento constante desse substrato por novas cargas de parasitos durante o tráfego de animais na área de estudo, pois a exposição desses parasitos, seus ovos e cistos à fatores abióticos podem levar a uma severa diminuição ou à ausência dos mesmos nessas áreas. A permanência de pessoas portando e manuseando alimentos e água dentro da área de recreação, também pode ser determinante para a sobrevivência dessas formas parasitóides. O manuseio de brinquedos e outros objetos nesses locais, pincipalmente

na área de estudos deste trabalho, que é destinada ao lazer de crianças, e o mau hábito de não lavar as mãos antes de levá-las a boca e tocar alimentos é fundamental para contaminação por esses patógenos. As enteroparasitoses são consideradas doenças relacionadas às condições sociais do indivíduo, a sua inserção em ambiente insalubre e ao seu estado nutricional (SANTOS et al., 2004), dado que contrasta com os obtidos neste trabalho, uma vez que a área de estudo está situada em setores considerados nobres da cidade. Além de ser frequentada pela população característica dessa região, recebe visitas turísticas de pessoas que não são necessariamente consideradas como grupo de risco pela literatura, e, no entanto estão sujeitas à contaminação através desse ambiente, como demais seres humanos. Torna-se necessário, diante dos fatos expostos, a tomada de medidas que solucionem ou amenizem a exposição da população ao risco de se contaminar com esses parasitos. Medidas simples parecem ser eficazes, como: a conscientização da população; ações de educação ambiental;, a implantação de estruturas que permitam a higienização após a visita ao parque; e, o controle da qualidade frequente dessa areia desde sua extração até a sua exposição ao contato com a população e em diferentes períodos/estações do ano. CONCLUSÃO Conclui-se nesse estudo que a areia da área de recreação infantil apresentou-se poliparasitada. Quanto ao isolamento parasitário, corroboram com a literatura e demonstram que apesar de as estruturas reprodutivas dos parasitos possuírem um tempo determinado de viabilidade no meio ambiente, sua presença na área de recreação infantil revela potencialidade de transmissão ao homem e, portanto, problemas públicos em nível de saúde. Desta forma, é necessária a aplicação de medidas profiláticas coletivas por parte da população e das autoridades. O fácil acesso de animais ao local é, possivelmente, um dos principais fatores de veiculação de estruturas reprodutivas e, portanto, da positividade de isolamento parasitário na área analisada, uma medida a ser tomada seria a delimitação física das áreas de recreação o que inviabilizaria a entrada de animais. Sugere-se também a implantação de uma unidade de lavatório simples (como uma pia) próxima ao local, para lavagem das mãos após a saída do parque, ou antes, de possíveis refeições e a implementação de processos de educação ambiental nas escolas e em meios de comunicação que permitam a conscientização da população sobre a corresponsabilidade pelo bem estar próprio e do ambiente. PARASITES IN CHILD RECREATIONAL AREA IN THE VACA BRAVA PARK, GOIÂNIA-GO Abstract: with the aim of identifying the presence of eggs and larvae of helminth and protozoan cysts in children s play area of Vaca Brava Park in Goiania, were collected 30 sand samples at different points. The parasitological method of Hoffman was used for analysis. We identified the following parasites: Ascaris sp., Dipylidium caninum, Entamoeba histolytica, Strongyloides stercoralis, Taenia sp. and Toxocara sp. 579

Keywords: Zoonoses, Public Health; Recreation Area. Referências 580 AMMA Agência Municipal do Meio Ambiente. Disponível em: www.goiania. go.gov.br/html/amma. Acessado em: 08 jun. 2011. ANDREIS, A.; SCHUH, G. M.; TAVARES, R. G. Contaminação do solo por parasitas e ocorrência de doenças intestinais. Estudos, v. 35, n. 11/12, p. 1169-1177, 2008. ARAÚJO, F. R.; RODRIGUES, R. G.; CAVALHAES, J.; SMIYOSHI, M. I.; SAL- GADO, F. P.; SILVA, M. A.; PEREIRA, M. L. Contaminação de praças públicas de Campo Grande, Mato grosso do Sul, Brasil, por ovos de Toxocara e Ancylostoma em fezes de cães. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 32, p. 581-583, 1999. BLAGBURN, B. L.; DRYDEN, M.W. Pfizer Atlas of Veterinary Clinical Parasitology. U. S.A.: The Gloyd Group Inc., p. 27-28, 2000. CARVALHO, S. M. S.; GONÇALVES, F. A.; FILHO, P. C. C.; GUIMARÃES, A. P. S. G.; SOUZA, Y. B.; VIANNA, L. C. Adaptação do método de Rugai e colaboradores para análise de parasitas do solo. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 38, n. 3, p. 270-271, 2005. Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás CAU/GO. Relatório 7 Parque Vaca Brava. 2013. COUTO, W. F.; PEREIRA, R. V.; FIGUEIREDO, B. C. P.; SILVA, A. C.; GRAMIG- NA, L. L.; SANA, D. E. M.; GOMES, R. S.; ANDRADE, G. F.; BRANT, J. F. A. C.; BREGUEZ, G. S.; SILVA, M. A. R.; BARBEITOS, P. O.; JUNIOR, L. C. P.; REIS, L. E. S.; JAYME, M. F.; CAMARGO, R. S.; FRANCO, M. N.; AMARAL, M. S.; NICOLATO, R. L. C.; CARNEIRO, C. M.; REIS, A. B. Relação entre parâmetros ambientais, econômicos e socioculturais na identificação de regiões de risco para ocorrência de parasitoses intestinais em uma área rural de ouro preto, MG. In: XV SEMA- NA CIENTÍFICA FARMACÊUTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, Anais Eletrônicos, Goiânia: 2007. COLES, E. H. Veterinary clinical pathology. 3.ed. Hardcorver, 1980. SILVA, C, G.; DOS SANTOS, H, A. Ocorrência de parasitoses intestinais da área de abrangência do Centro de Saúde Cícero Idelfonso da Regional Oeste da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 1, n. 1, 2001. GONZÁLEZ, A. P. S.; GONÇALVES, F. A.; CARZOLA, I. M.; CARVALHO, S. M. S. Contamination of soil by helmints of medical importance in south beach (Milionários) Ilhéus, BA. Revista Newslab, p. 146-154, 2004. GURGEL, R. Q.; SILVA, A. M.; OLIVEIRA, R. C. V. Creche: ambiente expositor ou protetor nas infecções por parasitas intestinais em Aracaju, SE. Revista Brasileira de Medicina Tropical, v. 38, p. 267-269, 2005. HOFFMAN, W. A.; PONS, J. A.; JANER, J. L. The sedimentation concentration method in Schistosomiasis mansoni. Journal fo public Health, v. 9, p. 281-298, 1934. FERREIRA, J. R.; VOLPATO, F.; CARRICONDO, F. M.; MARTINICHEN, J. C.; LENARTOVICZ, V. Diagnóstico e prevenção de parasitoses no reassentamento São Francisco, em Cascavel PR. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 36, n. 3, p. 145-146, 2004.

FERREIRA, U. M.; FORONDA, S. A.; SCHUMAKER, T. Fundamentos Biológicos da Parasitologia humana. São Paulo: Manole, 2003. GUIMARÃES A. M.; ALVES E. G. L.; REZENDE G. F.; RODRIGUES M. C. Ovos de Toxocara sp. e larvas de Ancylostoma sp. em praça pública de Lavras, MG. Revista de Saúde Pública, v. 39, n. 2, p. 293-295, 2005. LAGAGGIO, V. R. A.; FLORES, M. L.; SEGABINAZI, S. D. Avaliação Parasitológica da Alface (Lactuca sativa) Consumida in natura no Restaurante da Universidade Federal de Santa Maria, RS. Revista Higiene Alimentar, v. 16, n. 97, p. 62-65, 2002. NEVES, D. P.; MELO, A. L.; LINARDI, P. M.; VITOR, R. W. A. Parasitologia humana. 11 a Ed. São Paulo. Ed. Atheneu, p. 7-15, 2005. NUNES, C. M. Avaliação da influência da textura do solo na recuperação de ovos de Toxocara canis (Werner, 1782), através do método de centrífugo flutuação. Tese (Mestrado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, 1991. OLIVEIRA, C. B.; SILVA, A. S. S.; MONTEIRO, S. C. Ocorrência de parasitas em solos de praças infantis nas creches municipais de Santa Maria RS, Brasil. Revista da FZVA Uruguaiana, v. 14, n. 1, p. 174-179, 2007. ONU Organização das Nações Unidas (2011) Disponível em: http://www.onu-brasil. org.br/. Acesso em: 08 jun. 2011. ORTH, D. M; CUNHA, R. D. C. Praças e áreas de lazer como ambiente construído influenciando na qualidade de vida urbana. ENTAC Salvador, v.1, p. 474-475, 2000. PEREIRA, S.C. A prática do lazer em Blumenau: execução ou apropriação do espaço. Dynamis, v. 6, n. 23, p. 227-245, 1998. REY, L. Parasitologia - parasitos e doenças parasitárias do homem nas Américas e na África. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. RODRIGUES, M. M.; ARAÚJO, A.; MACHADO, D.; FONSECA, R. A. F.; JÚNIOR, R. A. M. A. Importância das Condições de Higiene em Áreas de Recreação Infantil. In: ANAIS DO 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA BELO HORIZONTE 12 a 15 de setembro, 2004. SANTARÉM, V. A.; GIUFFRIDA, R.; ZANIN. G. A. Larva Migrans cutânea: ocorrência de casos humanos e identificação de larvas de Ancylostoma sp. em parque público do município de Taciba, São Paulo. Revista Brasileira de Medicina Tropical, v. 37, p.179-181, 2004. SANTOS, R. C. V.; HOERLLE, J. L.; AQUINO, A. R. C.; CARLI, G. A. Prevalência de enteroparasitoses em pacientes ambulatoriais do Hospital Divina Providência de Porto Alegre, RS. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 36, n. 4, p. 241-243, 2004. SCAINI, C. J.; TOLEDO, R. N.; LOVATEL, R.; DIONELLO, M. A.; GATTI, F. A., SUSIN, L.; SIGNORINI, V.R.M. Contaminação ambiental por ovos e larvas de helmintos em fezes de cães na área central do Balneário Cassino, Rio Grande do Sul. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 36, p. 617-619, 2003. 581

* Recebido em: 14.06.2014. Aprovado em: 30.08.2015. CYNTHIA LEÃO BALDINI Mestre em Ciências Ambientais e Saúde, Pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: cy_baldini@hotmail.com LAYS KAROLINA SOARES DA CRUZ Mestre em Ciências Ambientais e Saúde, Pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Pontifícia Universidade Católica de Goiás. SUSY RICARDO LEMES Mestre em Genética; Área IV; Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 1ª Avenida, 1069 - Setor Leste Universitário, CEP 74605-020, Goiânia - GO, Brasil. E-mail: susy_nzr@hotmail.com MARTHA ARAUJO ALENCAR BRANDÃO VALE Biomédica Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, Pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Pontifícia Universidade Católica de Goiás. 582 MAIRA BARBERI Docente do Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, Laboratório de Estudos Experimentais e Biotecnológicos - LEB, Área V, Campus I, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Rua 232, no. 128, 3 andar, sala 6, CEP 74605-140, Goiânia-Go, Brasil. E-mail: barberimaira@gmail.com JULIO CEZAR RUBIN DE RUBIN Docente do Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, Laboratório de Estudos Experimentais e Biotecnológicos - LEB, Área V, Campus I, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Rua 232, no. 128, 3 andar, sala 6, CEP 74605-140, Goiânia-Go, Brasil. E-mail: rubin@pucgoias.edu.br PAULO ROBERTO DE MELO-REIS Departamento de Biomedicina e Farmácia; Área V; Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 1ª Avenida, 1069 - Setor Leste Universitário, CEP 74605-020, Goiânia - GO, Brasil. Professor Doutor do Mestrado em Genética e do Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde; Área V; Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Rua 232, 128, Setor Leste Universitário, CEP 74.605-140, Goiânia GO, Brasil. E-mail: melo_reis@yahoo.com.br