AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL



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Transcrição:

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL RESOLUÇÃO NORMATIVA N o, DE DE DE 2014 Altera a Resolução Normativa nº 334, de 21 de outubro de 2008, em relação aos controles prévio e a posteriori dos atos e negócios jurídicos, entre as concessionárias, permissionárias e autorizadas e suas partes relacionadas que versem sobre compartilhamento de recursos humanos e de infraestrutura. O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL, no uso das suas atribuições regimentais, de acordo com a deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no inciso XIII do art. 3º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, na Resolução Normativa nº 334, de 21 de outubro de 2008, bem como a implementação de sua revisão ora em curso no âmbito do Processo nº 48500.005277/2010-02, resolve: Art. 1º Alterar a Subseção IV Do Compartilhamento de Infra-Estrutura e Outros Itens da Seção II Dos Critérios Específicos do Capítulo III Dos Critérios da Resolução Normativa nº 334, de 21 de outubro de 2008, que passa a vigorar com a seguinte redação: Subseção IV Do Compartilhamento de Recursos Humanos e Infraestrutura Art. 24. Os contratos de compartilhamento de infraestrutura administrativa e de recursos humanos deverão observar o princípio da individualidade de cada delegação de serviço público de energia elétrica, tanto sob a ótica econômica e financeira quanto sob a administrativa e operacional. Art. 25. Em observância ao princípio da individualidade econômica e financeira das delegatárias de serviço público, o compartilhamento envolvendo geradoras com tarifa regulada, transmissoras ou distribuidoras de energia elétrica deverá observar os seguintes comandos: I o compartilhamento somente poderá compreender geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica, além de sociedades holdings não operacionais que as controlem; II as despesas serão rateadas pelo critério regulatório de rateio, nos seguintes termos:

% A G ou T = (1 ( DPS H AIB de G ou T )). ( DPS T (AIB G + AIB T + (3 AIB DGP )+ (6 AIB DPP ) ) (1) % A DGP = (1 ( DPS H 3 AIB DGP )). ( DPS T (AIB G + AIB T + (3 AIB DGP )+ (6 AIB DPP ) ) (2) % A DPP = (1 ( DPS H 6 AIB DPP )). ( DPS T (AIB G + AIB T + (3 AIB DGP )+ (6 AIB DPP ) ) (3) onde: % A G ou T : percentual de alocação de despesas do agente para os segmentos de geração ou transmissão; % A DGP : percentual de alocação de despesas do agente de Grande Porte para o segmento de distribuição, compreendido pelo mesmo critério da metodologia tarifária; % A DPP : percentual de alocação de despesas do agente de Pequeno Porte para o segmento de distribuição, compreendido pelo mesmo critério da metodologia tarifária; DPS T : Despesa total de pessoal e serviços de terceiros de todos participantes do contrato de compartilhamento, conforme demonstrações contábeis societárias do último exercício; DPS H : Despesa total de pessoal e serviços de terceiros da holding, conforme demonstrações contábeis societárias do último exercício; AIB DGP : Ativo Imobilizado Bruto das Distribuidoras de Grande Porte participantes do compartilhamento, conforme demonstrações contábeis regulatórias; AIB DPP : Ativo Imobilizado Bruto das Distribuidoras de Pequeno Porte participantes do compartilhamento, conforme demonstrações contábeis regulatórias; AIB T : Ativo Imobilizado Bruto das Transmissoras participantes do compartilhamento, apurado com base nas demonstrações contábeis regulatórias; e AIB G : Ativo Imobilizado Bruto das Geradoras participantes do compartilhamento, apurado com base nas demonstrações contábeis regulatórias, ou, se inexistirem, nas demonstrações contábeis societárias (soma do imobilizado, intangível e financeiro da concessão). a) se a aplicação do critério regulatório de rateio resultar em acréscimo de despesas às participantes do segmento de distribuição em relação às atualmente reconhecidas, a ANEEL condicionará sua anuência ao ajuste do fator do segmento de distribuição de modo a assegurar a reversão de parte dos ganhos do compartilhamento à modicidade tarifária; b) se a aplicação do critério regulatório de rateio resultar, em um caso excepcional, em significativa e comprovada distorção na fruição dos participantes, a SFF poderá reconhecer seu ajuste, apenas no que for estritamente necessário, de modo a preservar a sua aplicação na maior extensão possível;

c) o contrato deve prever o rateio da totalidade dos custos do bem ou profissional compartilhado, ordinários ou extraordinários, compreendendo, mas não se limitando, aos trabalhistas, tributários e previdenciários; e d) a infraestrutura administrativa relacionada aos recursos humanos compartilhados deve seguir o mesmo critério de rateio aplicado a eles. III - a cota de cada distribuidora no rateio não poderá ultrapassar o limite correspondente a 20% (vinte por cento) do montante de despesa da sua rubrica Pessoal, registrada no Balancete Mensal Padronizado BMP referente ao mês de dezembro do ano anterior ao do pedido de anuência. Parágrafo único. A participação da holding no compartilhamento, nos termos do inciso I, deve estar limitada às suas atividades intrínsecas. Art. 26. Em observância ao princípio da individualidade administrativa e operacional das delegatárias de distribuição de energia elétrica, estas deverão observar os seguintes comandos: I ressalvadas as exceções previstas pelos 1º e 2º, cada concessionária de distribuição deverá apresentar, no mínimo, a seguinte estrutura de governança: a) Conselho de Administração composto por no mínimo 5 (cinco) membros, sendo 20% (vinte por cento) deles independentes e o mandato máximo de dois anos; b) Diretor Presidente, em dedicação exclusiva, incumbido dos seguintes deveres perante a ANEEL: 1. prestar contas sobre o desempenho global da concessão, bem como sobre a parcela autônoma dos processos compartilhados com o Grupo; 2. emitir opinião anual, nas demonstrações contábeis regulatórias, sobre a conformidade do compartilhamento vigente em relação à anuência da ANEEL; e 3. emitir opinião prévia a qualquer proposta de distribuição de proventos, avaliando sua adequação em relação ao desempenho da distribuidora. c) Diretor Técnico, em dedicação exclusiva, incumbido dos seguintes deveres perante a ANEEL: 1. prestar contas quanto ao desempenho técnico-operacional da concessão, bem como sobre a individualização dos processos operacionais; 2. enviar tempestivamente e adequadamente informações técnicas, incluindo as relacionadas à continuidade do serviço e às perdas comerciais; e 3. emitir opinião prévia a qualquer proposta de distribuição de proventos, avaliando sua adequação em relação ao desempenho da distribuidora.

d) Diretor Financeiro, em dedicação exclusiva, incumbido dos seguintes deveres perante a ANEEL: 1. prestar contas sobre contabilização e solidez econômica e financeira, bem como sobre a parcela autônoma dos processos compartilhados com o Grupo: 2. enviar, tempestivamente, e em aderência ao Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, o BMP, o Relatório de Informações Trimestrais RIT, a Prestação Anual de Contas PAC e o Relatório de Controle Patrimonial RCP; e 3. emitir opinião prévia a qualquer proposta de distribuição de proventos, avaliando sua adequação em relação ao desempenho da distribuidora. e) Conselho Fiscal permanente, incumbido dos seguintes deveres perante a ANEEL: 1. fiscalizar, por qualquer dos seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais, estatutários e regulatórios; 2. opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a serem submetidas à assembleia-geral, relativas a modificação do capital social, emissão de debêntures ou bônus de subscrição, planos de investimento, orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, fusão ou cisão; 3. analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e as demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela distribuidora; 4. opinar sobre as demonstrações financeiras regulatórias do exercício social; e 5. opinar sobre o desempenho dos controles internos da empresa. II ressalvada a exceção prevista pelo 1º, a individualidade dos processos operacionais e administrativos da distribuidora deve, no mínimo, compreender: a) autonomia integral do processo de operações; b) autonomia integral do processo de engenharia; c) autonomia integral do processo de ouvidoria; d) parcela autônoma do processo de suprimentos; e) parcela autônoma do processo contábil; f) parcela autônoma do processo comercial; g) parcela autônoma do processo financeiro; e h) parcela autônoma do processo de auditoria.

III o vínculo trabalhista dos empregados situados na estrutura compartilhada e o direito de uso dos sistemas e softwares devem estar distribuídos equilibradamente entre os participantes, assegurando às distribuidoras uma estrutura individualizada por processo compartilhado, em patamar compatível com o seu porte; e IV - os contratos devem prever cláusula de saída que, em caso de intervenção administrativa, faculte ao interventor a possibilidade de manter o compartilhamento, por prazo não inferior a 1 (um) ano, ou rescindi-lo mediante notificação prévia, sem pagamento de qualquer indenização. 1º A exigência prevista pela alínea a do inciso I não se aplica às distribuidoras de pequeno porte. 2º É facultado às distribuidoras do um mesmo grupo localizadas em uma mesma Unidade Federativa e às distribuidoras de pequeno porte localizadas em Unidade Federativa contígua à de outra distribuidora do grupo satisfazerem conjuntamente as condições previstas pelas alíneas b, c e d do inciso I e pelo inciso II. 3º Para fins específicos dos 1º e 2º, são consideradas distribuidoras de pequeno porte aquelas com mercado menor ou igual a 1 (um) terawatt-hora e cuja área de concessão não abranja parcela predominante de uma Unidade Federativa. 4º Para fins da alínea a do inciso I, Conselheiro Independente caracteriza-se por (i) não ter qualquer vínculo com a Companhia, exceto participação de capital; (ii) não ser Acionista Controlador, cônjuge ou parente até segundo grau daquele, ou não ser ou não ter sido, nos últimos 3 (três) anos, vinculado a sociedade ou entidade relacionada ao Acionista Controlador (pessoas vinculadas a instituições públicas de ensino e/ou pesquisa estão excluídas desta restrição); (iii) não ter sido, nos últimos 3 (três) anos, empregado ou diretor da Companhia, do Acionista Controlador ou de sociedade controlada pela Companhia; (iv) não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto, de serviços e/ou produtos da Companhia, em magnitude que implique perda de independência; (v) não ser funcionário ou administrador de sociedade ou entidade que esteja oferecendo ou demandando serviços e/ou produtos à Companhia, em magnitude que implique perda de independência; (vi) não ser cônjuge ou parente até segundo grau de algum administrador da Companhia; e (vii) não receber outra remuneração da Companhia além daquela relativa ao cargo de conselheiro e de eventuais proventos oriundos de participação no capital. 5º Para fins específicos do inciso I, entende-se em dedicação exclusiva o Diretor que não mantenha vínculo empregatício, estatutário ou contratual com qualquer outra pessoa jurídica. 6º Os processos parcialmente compartilháveis elencados no inciso II deverão possuir uma parcela autônoma que propicie certo grau de autossuficiência a cada distribuidora.

7º Caso necessário à individualidade mínima das concessões de distribuição, a ANEEL poderá, no curso do processo de anuência prévia, demandar a autonomia integral ou uma parcela autônoma de processos além daqueles elencados no inciso II. Art. 27 - A. O compartilhamento de instalações regulado por meio das Resoluções Conjuntas ANEEL/ANATEL/ANP nº 001 e nº 002, de 24 de novembro de 1999 e 27 de março de 2001, e da Resolução nº 581, de 29 de outubro de 2002, deve seguir as regras estabelecidas nos citados atos normativos e normas supervenientes. Art. 27 - B. O requerimento inicial de que trata o art. 6º deverá conter, adicionalmente, os seguintes documentos e informações: I - relatório detalhado das despesas, abordando, ao menos, os custos totais, a forma de mensuração, a fruição dos recursos utilizados por cada participante, o critério de rateio e, no caso do compartilhamento regido pelo art. 25, a apresentação de CD contendo a memória de cálculo da fórmula do inciso II, em formato editável, bem como a indicação clara da origem dos valores utilizados; II relatório sobre a administração, apresentando a composição atual da Diretoria, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal de cada participante do contrato, destacando, nas distribuidoras, os Diretores e Conselheiros que detêm vínculo empregatício, estatutário ou contratual com outras pessoas jurídicas, agrupando, se for o caso, as empresas nos termos da exceção prevista pelo 1º do art. 26; III relatório sobre os processos, apresentando detalhadamente cada processo que se pretende realizar compartilhamento nas distribuidoras, descrevendo a parcela que será compartilhada e a parcela que restará autônoma na distribuidora, e qual dirigente ficará responsável por esta, agrupando, se for o caso, as empresas nos termos da exceção prevista pelo 1º do art. 26, além de declarar expressamente os processos para quais não haverá nenhum título de compartilhamento; IV - relatório de vínculos jurídicos, apresentando o quantitativo de profissionais lotados em cada empresa por processo compartilhado, bem como as licenças e softwares de propriedade de cada empresa, fundamentando, para cada distribuidora, as razões pela quais os quantitativos estão adequados, incluindo o fornecimento de tabela cuja minuta consta da seção da SFF no sítio eletrônico da ANEEL; V - relatório acerca dos fundamentos legais da transação, especialmente quanto à legislação tributária e, se aplicável, à trabalhista e à previdenciária; VI declaração, para cada empresa participante, do presidente e de cada dirigente responsável por um processo compartilhado, no âmbito de sua competência, quanto à veracidade das informações apresentadas no requerimento de anuência prévia; e VII - para os contratos de compartilhamento de infraestrutura, descrição detalhada das instalações cujo compartilhamento é pretendido, bem como listagem que demonstre a distribuição individualizada dos direitos relacionados aos sistemas e softwares por cada empresa.

Art. 27 - C. O compartilhamento de recursos humanos decorre da gestão da empresa, de modo que eventuais despesas adicionais decorrentes dele, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias, não servirão como fundamento para pedido de reposicionamento tarifário. Art. 27 - D. O compartilhamento de recursos humanos deve ser registrado em um dossiê com informações comprobatórias da implementação do contrato nos limites anuídos pela ANEEL, inclusive com documentos comprobatórios dos valores efetivamente pagos aos colaboradores compartilhados, para fiscalização a posteriori. Art. 27 - E. O prazo dos contratos de compartilhamento de recursos humanos envolvendo delegatários de serviço público será limitado a 48 (quarenta e oito) meses. Parágrafo único. O prazo previsto pelo caput poderá ser prorrogado, até igual período, mediante requerimento da interessada, a critério da ANEEL, que poderá, inclusive, condicionar sua prorrogação à aceitação de novas regras da matéria ou mesmo indeferi-la nos termos de norma superveniente. Art. 2º A Resolução Normativa nº 334, de 2008, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo: Art. 16 A. Os contratos de prestação de serviços administrativos devem observar, no que for cabível, as previsões constantes do inciso II do art. 25, do inciso IV do art. 26 e do art. 27 - B. Art. 3º Os contratos de compartilhamento envolvendo gastos administrativos, anuídos em caráter excepcional em razão da segregação de atividades estabelecida pela Lei nº 10.848, de 2004, admitidos pela Resolução Normativa nº 489, de 22 de maio de 2012, serão admitidos por mais 90 (noventa) dias a contar da entrada em vigor desta Norma. 1º Em havendo protocolo de novo pedido de compartilhamento nos termos desta Resolução e no prazo previsto pelo caput, a anuência ao contrato vigente fica prorrogada até a deliberação da ANEEL. 2º O ato decisório da ANEEL poderá prorrogar a anuência de que trata o 1º por até 180 (cento e oitenta) dias adicionais para implementação das mudanças na estrutura dos agentes envolvidos. Art. 4º Ficam revogadas as Resoluções Normativas nº 423, de 14 de dezembro de 2010, e nº 489, de 22 de maio de 2012. Art. 5º A presente norma será avaliada depois de decorridos 3 (três) anos de sua publicação. Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. ROMEU DONIZETE RUFINO