SINCOR-SP 2017 AGOSTO 2017 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

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Balanço 2016 Perspectivas PIB e Performance do Agronegócio

meses Maio 1,23 2,82 5,41 0,79 2,88 5,58 Jun. 0,96 3,81 5,84 0,74 3,64 6,06 Jul. 0,45 4,27 6,03 0,53 4,19 6,

PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos

meses Maio 1,23 2,82 5,41 0,79 2,88 5,58 Jun. 0,96 3,81 5,84 0,74 3,64 6,06 Jul. 0,45 4,27 6,03 0,53 4,19 6,

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9 Ver em especial o site:

1T17. Teleconferência dos Resultados 09/05/2017. BB Seguridade Participações S.A. Relações com Investidores

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Transcrição:

AGOSTO 2017 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

Sumário Palavra do presidente... 5 Objetivo... 7 1. Carta de Conjuntura... 8 2. Estatísticas dos Corretores de SP... 9 3. Análise macroeconômica... 12 4. Análise do setor de seguros... 17 4.1. Receita de seguros 4.2. Receita de seguros por tipo... 19 4.3. Receita de resseguro local e capitalização... 20 4.4. Receita do segmento de saúde suplementar... 22 4.5. Reservas... 23 4.6. Rentabilidade do setor... 24 5. Previsões... 26

V

Mensagem do Presidente Já podemos afirmar que iniciamos a retomada do crescimento da economia Vínhamos otimistas com o fim do período de crise e a retomada do crescimento, mas ainda não havia resultados concretos. Com a Carta de Conjuntura do Sincor-SP de Agosto, não há dúvidas: os números de 2017 estão melhores, seja para a economia brasileira como um todo, seja para setores isolados, como o de seguros. Em relação à economia, já estavam acontecendo quedas nas taxas de inflação e nas taxas de juros, refletindo no aumento da confiança e crescimento em diversos segmentos empresariais, como a indústria automobilística. Agora, mesmo o desemprego, que tem sido o grande problema econômico e social no país, já mostra sinais de estabilidade e até de leve queda. Era o que faltava para sairmos de vez do período difícil. Nos seguros, o painel também é muito favorável. Mesmo com a queda expressiva da receita do DPVAT nesse ano, em função de decisão governamental tomada no fim de 2016, o setor de seguros já cresce a quase 10%, o que irá proporcionar ganho real, superando com folgas as taxas de inflação de 2017. Ainda são necessários diversos ajustes e reformas no País para a continuidade dessa positividade no médio e longo prazo, mas virão impulsionado por este novo cenário promissor e de otimismo. Forte abraço e boa leitura! Alexandre Camillo Presidente do Sincor-SP

v

Objetivo O objetivo desta Carta de Conjuntura do Setor de Seguros é ser uma avaliação mensal da quantidade de corretores e das diversas subdivisões de seus setores relacionados (resseguro, capitalização etc.). Além disso, aborda a correlação do setor de seguros com aspectos macroeconômicos do País e com outros segmentos da economia. Mensalmente, diversos tópicos desse setor são avaliados, com uma análise das suas tendências e projeções. Nesse sentido, o estudo está dividido em cinco capítulos: Inicialmente, a Carta de Conjuntura, com um resumo e as conclusões principais; No segundo capítulo, temos números dos corretores de seguros no Estado de São Paulo, em suas diversas subdivisões; Em seguida, a análise da situação macroeconômica do País, com a divulgação de seus principais valores e expectativas; Na quarta parte, avaliação de diversos aspectos do setor de seguros, com a separação por ramos; Por fim, as projeções para 2017.

Números de 2017 estão melhores Não há dúvida, os números de 2017 estão bem melhores, tanto em termos da economia como um todo, com em dados específicos do setor de seguros. Os exemplos são inúmeros, mas, por simplificação, podemos nos concentrar em apenas dois: Em termos macroeconômicos, já estávamos tendo queda nas taxas de inflação e nas taxas de juros, aumento da confiança em diversos segmentos empresariais e crescimento em inúmeros setores, como a indústria automobilística. A novidade agora é que mesmo o desemprego no País, um grande problema econômico e social, já mostra sinais de estabilidade. Ou, em melhor hipótese, em leve queda. Na área de seguros, o cenário também está melhor. Descontando o seguro DPVAT que, nesse ano, teve uma queda de receita expressiva, em função de decisão governamental tomada no final do ano passado, o setor de seguros já cresce a quase 10%, o que irá proporcionar ganho real, superando com folgas as taxas de inflação de 2017. Apesar de todos esses pontos favoráveis, não podemos esquecer a necessidade de reformas no País, condição básica para a continuidade desse cenário no médio e longo prazo. Mas, de qualquer maneira, hoje há mais otimismo na economia, quando comparado ao retrato de 2016. 8

jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 Mil 2. Estatísticas dos Corretores de SP Apresentamos, a seguir, informações sobre os corretores de seguros do Estado de São Paulo, segundo dados do Sincor-SP. Quantidade de Corretores de Seguros - Estado de São Paulo 43,0 42,0 41,0 40,0 39,0 38,0 37,0 36,0 35,0 Meses Tipos de Corretores - Ramos - Agosto/2017 Vida, Saúde e Previdência 20% Todos os Ramos 80% 9

Tipos de Corretores - Localização - Agosto/2017 Interior 52% Capital 48% Tipos de Corretores - Origem de Capital - Agosto/2017 Pessoa Jurídica 37% Pessoa Física 63% 10

Na tabela 1, uma comparação dos números nos últimos 12 meses. TABELA 1 QUANTIDADE DE CORRETORES DE SEGUROS (MIL) 12 MESES SÃO PAULO Quantidade (mil) ago/16 ago/17 Var. % Todos os Ramos 31,8 33,7 6% Vida, Saúde e Previdência 7,9 8,6 9% Total 39,7 42,2 6% Quantidade (mil) ago/16 ago/17 Var. % Capital 19,2 20,4 6% Interior 20,5 21,8 6% Total 39,7 42,2 6% Quantidade (mil) ago/16 ago/17 Var. % Pessoa Física 24,9 26,5 6% Pessoa Jurídica 14,8 15,7 6% Total 39,7 42,2 6% Anualmente, a evolução da quantidade de corretores tem sido praticamente constante. Ao final de 2014, eram 36 mil; ao final de 2015, 38 mil; ao final de 2016, o total de corretores de seguros no Estado de São Paulo foi de 40,3 mil. Em média, temos dois mil novas empresas corretoras ou corretores, com uma taxa de crescimento, aproximadamente de 5% a 6% ao ano. Esse comportamento crescente se justifica pelo maior interesse profissional da sociedade por tal segmento, o da distribuição de seguros. Ou seja, um sinal de vitalidade do setor. Ressaltamos que, como em 2017 está havendo o recadastramento dessa categoria junto a Susep, essa tendência quase exata poderá ser alterada. Atualmente, 63% são corretores pessoas físicas e 37% corretoras pessoas jurídicas. Dos corretores existentes no Estado, 80% se especializam em todos os ramos; e 20% em vida, previdência ou saúde. Outra característica importante é que, na cidade de São Paulo, estão localizadas 48% das corretoras existentes em todo o Estado. Essas proporções também têm se mantido ao longo do tempo. 11

3. Análise macroeconômica Apresentamos abaixo o comportamento de algumas variáveis macroeconômicas relevantes para o setor de seguros. Inicialmente, na tabela 2, uma avaliação histórica dos dados e, na tabela 3, um comparativo dos números com os valores do ano passado, para o mesmo período. TABELA 2 INDICADORES RELEVANTES PARA O SETOR DE SEGUROS MENSAL Indicadores abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 IGP-M -1,10% -0,93% -0,67% -0,72% 0,10% Dólar de Venda, Final do Mês (R$) 3,1732 3,2364 3,3128 3,1183 3,1475 Veículos Produção (mil) 189,5 250,9 212,3 225,5 260,3 Veículos Licenciados (mil) 156,9 195,6 195,0 184,8 216,5 Índice de Confiança do Comércio (ICEC) 102,3 103,1 102,0 101,5 103,1 Índice de Confiança da Indústria (ICI) 91,2 92,4 90,0 90,8 92,3 Taxa de desemprego (SEADE/RMSP) 18,6% 18,8% 18,6% 18,3% n.d. Fontes: ANFAVEA, RENAVAN, FGV, CNI, CNC, IPEADATA, SEADE TABELA 3 INDICADORES RELEVANTES PARA O SETOR DE SEGUROS COMPARATIVO VALORES ATÉ AGOSTO Indicadores 2016 2017 Var. % IGP-M 6,26% -2,57% -141% Dólar de Venda, Final do Mês (R$) 3,2293 3,1475-3% Veículos Produção (mil) 1.394,2 1.749,1 25% Veículos Licenciados (mil) 1.348,8 1.420,8 5% Índice de Confiança do Consumidor (ICEC) 90,0 103,1 15% Índice de Confiança da Indústria (ICI) 86,1 92,3 7% Taxa de desemprego (SEADE/RMSP)* 17,4% 18,3% 5% *Até julho Fontes: ANFAVEA, RENAVAN, FGV, CNI, CNC, IPEADATA, SEADE 12

A tabela 4 apresenta a evolução média de algumas previsões do setor, segundo estatísticas condensadas mensalmente pelo Banco Central entre todas as instituições financeiras. Na tabela 5, temos a comparação das previsões dos indicadores para o final de 2017, com previsões feitas há, exatamente, 12 meses. TABELA 4 PREVISÕES MÉDIAS AO FINAL DE CADA MÊS MENSAL Indicadores abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 IPCA em 2017 4,03% 3,95% 3,46% 3,40% 3,45% Dólar em final de 2017 (R$) 3,23 3,25 3,35 3,30 3,23 Var. PIB em 2017 (%) 0,46% 0,49% 0,39% 0,34% 0,39% Fonte: Boletim Focus, Bacen TABELA 5 PREVISÕES MÉDIAS COMPARATIVO FINAL DE AGOSTO Indicadores 2016 2017 Var. % IPCA em 2017 5,14% 3,45% -33% Dólar em final de 2017 (R$) 3,45 3,23-6% Var. PIB em 2017 (%) 1,23% 0,39% -68% Fonte: Boletim Focus, Bacen 13

ICEC ICI A seguir, gráficos selecionados com o comportamento de algumas dessas variáveis. Evolução do índice de confiança da indústria (ICI); Evolução do índice de confiança do comércio (ICEC); Cotação do dólar ao final de cada mês; Evolução das previsões médias (câmbio e PIB) para 2017; Evolução das previsões médias inflação em 2017; Taxa de juros Selic (valores anualizados); Taxa de desemprego (SEADE/RMSP). Índice de Confiança da Indústria (ICI) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17 Meses Índice de Confiança do Comércio (ICEC) 140 130 120 110 100 90 80 70 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17 Meses 14

IPCA (%) Dólar (R$) Crescimento PIB (%) jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 R$ Dólar Venda - Final do Mês (R$) 4,4 3,9 3,4 2,9 2,4 1,9 Meses Previsões Médias do Mercado para 2017 - Fonte: Bacen 4,6 4,4 4,2 4,0 3,8 3,6 3,4 3,2 1,4% 1,2% 1,0% 0,8% 0,6% 0,4% 0,2% Dólar final 2017 Crescimento PIB 2017 3,0 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 0,0% Meses Previsões Médias - Inflação em 2017 - Fonte: Bacen 6,5% 6,0% 5,5% 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 Meses nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 15

(%) % ao ano Evolução da Taxa Selic Média (% ao ano) 15% 14% 13% 12% 11% 10% 9% 8% 7% 6% jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 Meses Taxa de desemprego (SEADE/RMSP) (%) 20% 18% 16% 14% 12% 10% 8% jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 Meses Em 2015 e 2016, os números econômicos do País não foram bons, e esse fato já foi bastante citado. Agora, finalmente, já estamos registrando melhora em diversos indicadores. A queda nas taxas de inflação, as previsões atuais já sinalizam um IPCA abaixo de 3,5% para 2017. Esse número tem caído de forma sistemática e constante ao longo dos meses. Em um efeito estritamente correlacionado, isso levou a uma queda na taxa de juros. A confiança de diversos setores indústria e comércio, por exemplo também cresceu nos últimos meses. Em dados parciais de 2017, a produção e o licenciamento de veículos no País já crescem, respectivamente, a taxas de 25% e 5% ao ano. Mesmo o desemprego, já mostra sinais de estabilidade. Em relação às taxas de previsão de crescimento econômico, também sinalizam avanço positivo. Apesar de todos os pontos favoráveis, não podemos esquecer a necessidade de reformas no País, condição básica para a continuidade desse cenário em médio e longo prazo. Mas, de qualquer maneira, hoje há mais otimismo na economia, quando comparado ao retrato de 2016. 16

4. Análise do setor de seguros 4.1. Receita de seguros Observaremos agora a análise do comportamento de algumas variáveis do setor de seguros. Inicialmente, a evolução da receita. TABELA 6 FATURAMENTO DO SETOR MENSAL VALORES EM R$ BILHÕES Valores mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 Receita de Seguros (1) 8,865 7,785 8,842 9,146 8,937 Receita VGBL + Previdência 10,792 8,553 9,658 9,115 9,545 Receita Total de Seguros (sem Saúde) 19,657 16,338 18,500 18,261 18,482 (1) Sem saúde TABELA 7 - FATURAMENTO DO SETOR ATÉ JULHO VALORES EM R$ BILHÕES Valores 2016 2017 Var. % Receita de Seguros (1) 55,8 59,4 6% Receita VGBL + Previdência 62,4 65,6 5% Receita Total de Seguros (sem Saúde) 118,2 125,0 6% (1) Sem saúde Nos ramos típicos de seguros (por exemplo, automóvel, pessoas, residencial, empresarial etc.), mas ainda sem considerar as operações de saúde suplementar, a variação acumulada foi de mais 6% em valores até julho de 2017, contra valores até julho de 2016. Esse valor está fortemente influenciado pela queda da receita do seguro DPVAT nesse exercício. Caso esse ramo fosse excluído, a variação acumulada subiria para 9%. Ou seja, somente o comportamento do DPVAT em 2017 resulta em uma perda de dois a três pontos percentuais. Já nos produtos do tipo VGBL, um produto com características mais financeiras, de acumulação, a evolução continua favorável quando avaliado o comportamento dos últimos anos. Em 2017, a tendência continuou positiva, mas não nas mesmas dimensões anteriores. 17

dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 R$ bilhões A seguir, o gráfico que ilustra a situação do faturamento acumulado móvel 12 meses, dos ramos Seguros e VGBL+Previdência. Nesse caso, uma maior taxa de crescimento desse último. Faturamento Acumulado Móvel 12 meses 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 Seguros VGBL + Previdência 80 Meses 18

4.2. Receita de seguros por tipo Segregamos a análise do faturamento do setor de seguros em duas opções: pessoas¹ e ramos elementares². TABELA 8 FATURAMENTO DO SETOR MENSAL VALORES EM R$ BILHÕES Valores mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 Receita de Pessoas 2,916 2,650 2,975 2,965 2,904 Receita de RE 5,949 5,135 5,867 6,181 6,033 Receita de Seguros 8,865 7,785 8,842 9,146 8,937 TABELA 9 FATURAMENTO DO SETOR ATÉ JULHO VALORES EM R$ BILHÕES COM DPVAT Valores 2016 2017 Var. % Receita de Pessoas 17,5 19,5 11% Receita de RE 38,3 39,9 4% Receita de Seguros 55,8 59,4 6% Nesse ano, os valores de ramos elementares estão influenciados pela queda do seguro DPVAT. Na tabela 10, esse ramo está expurgado do cálculo. TABELA 10 FATURAMENTO DO SETOR ATÉ JULHO VALORES EM R$ BILHÕES SEM DPVAT Valores 2016 2017 Var. % Receita de Pessoas 17,5 19,5 11% Receita de RE (sem DPVAT) 35,1 37,8 7% Receita de Seguros (sem DPVAT) 52,7 57,3 9% Na análise total do segmento de seguros, a variação em 2017 até agora está em 6% (com DPVAT) e 9% sem levar em conta esse ramo no cálculo. Em 2017, em dados acumulados até julho, o ramo de pessoas cresceu 11%, um destaque até agora nesse exercício. 1 Conforme já mencionado, sem o montante da receita do VGBL. ² Estão inclusos, por exemplo, os ramos automóvel, residencial, empresarial etc. 19

4.3. Receita de resseguro local e capitalização Escolhemos dois outros segmentos importantes ligados ao setor de seguros: os mercados de resseguro local e de capitalização. TABELA 11 FATURAMENTO DE OUTROS SETORES MENSAL VALORES EM R$ BILHÕES Receita mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 Resseguro Local 0,548 0,578 0,727 0,758 n.d. Capitalização 1,777 1,475 1,625 1,834 1,756 TABELA 12 FATURAMENTO DE OUTROS SETORES ATÉ JULHO VALORES EM R$ BILHÕES Valores 2016 2017 Var. % Receita de Resseguro Local* 3,5 3,9 11% Receita de Capitalização 11,8 11,5-3% *Até junho Nós últimos dois anos, a evolução do segmento de capitalização teve uma taxa de crescimento baixa. Ressalte-se que esse foi um fenômeno análogo ao ocorrido em outros ativos populares da economia (caderneta de poupança, por exemplo, com mais saques do que depósitos). Até agora, nos primeiros meses de 2017, o cenário permanece. Por outro lado, nos últimos anos, o mercado de resseguro teve um comportamento bem mais favorável, com taxas positivas, superando inclusive a inflação, quando se faz uma análise de valores acumulados. No início de 2017, essa tendência continua. 20

R$ bilhões dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 R$ bilhões A seguir, gráficos com os faturamentos acumulados móveis 12 meses dessas duas contas, quando é possível avaliar e comparar a diferença de comportamentos desses mercados. Receita de Capitalização (R$ bi) - Acumulado Móvel 12 meses 21,8 21,6 21,4 21,2 21,0 20,8 20,6 20,4 20,2 20,0 Meses Receita de Resseguro (R$ bi) - Acumulado Móvel 12 meses 7,6 7,4 7,2 7,0 6,8 6,6 6,4 6,2 6,0 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 Meses out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 21

R$ bilhões 4.4. Receita do segmento de saúde suplementar A seguir, apresentamos a receita acumulada móvel (Prêmios Ganhos) 12 meses de todo o segmento de saúde suplementar, com dados atualizados até o 1º semestre de 2017. O faturamento médio do ramo é de R$ 40 a 45 bilhões ao trimestre. Nesse caso, existe certa defasagem na divulgação das informações desse mercado específico (informações da ANS), quando comparadas ao setor de seguros (informações da SUSEP). 21 20 Prêmios Ganhos - Acumulado Móvel 12 meses - Saúde Suplementar 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 1T/2013 2T/2013 3T/2013 4T/2013 1T/2014 2T/2014 3T/2014 4T/2014 1T/2015 2T/2015 3T/2015 4T/2015 1T/2016 2T/2016 3T/2016 4T/2016 1T/2017 Trimestres Em termos de crescimento, a evolução desse ramo tem constante. Nos últimos anos, houve uma variação média de crescimento de 10 a 15% ao ano, com influência da inflação médica, em geral, acima da inflação média da economia. 22

R$ bilhões 4.5. Reservas A avaliação da evolução do saldo de reservas do setor de seguros considera também o segmento de capitalização. TABELA 13 RESERVAS MENSAL VALORES EM R$ BILHÕES Valores mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 Seguro 786 793 801 810 822 Capitalização 29 29 29 28 29 Total das Reservas 815 822 830 838 851 Abaixo, gráfico com a evolução das reservas. O comportamento favorável nos últimos meses se deve, sobretudo, à evolução do VGBL. Evolução das Reservas das Seguradoras (sem saúde) 900 850 800 750 700 650 600 550 500 450 400 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 Meses Observa-se que o grau de correlação linear dessa variável é alto ao longo do tempo. Analisando a evolução dos números, ao final de 2014 o saldo era de R$ 550 bilhões, com variação de 17% em relação ao ano anterior. Já em 2015, o valor foi de R$ 650 bilhões, uma variação de 18% em relação ao ano anterior. Em 2016, o patamar ultrapassou R$ 780 bilhões, com variação de 20% no exercício. Até julho desse ano, o valor chega a quase R$ 850 bilhões. 23

4.6. Rentabilidade do setor As tabelas abaixo mostram a evolução do setor nos últimos anos, de 2013 a 2016, em termos de lucro líquido e patrimônio líquido. TABELA 14 VALORES ACUMULADOS ATÉ DEZEMBRO R$ BILHÕES Lucro Líquido 2013 2014 Variação Seguradoras 15,7 17,7 13% Resseguro 0,3 0,7 154% Capitalização 1,4 1,9 36% Total 17,3 20,2 17% Patrimônio Líquido 2013 2014 Variação Seguradoras 72,0 75,6 5% Resseguro 5,0 5,9 20% Capitalização 5,1 4,0-21% Total 82,1 85,5 4% TABELA 15 VALORES ACUMULADOS ATÉ DEZEMBRO R$ BILHÕES Lucro Líquido 2014 2015 Variação Seguradoras 17,7 19,7 11% Resseguro 0,7 0,9 38% Capitalização 1,9 1,6-13% Total 20,2 22,3 10% Patrimônio Líquido 2014 2015 Variação Seguradoras 75,6 71,6-5% Resseguro 5,9 6,4 8% Capitalização 4,0 3,5-13% Total 85,5 81,5-5% TABELA 16 VALORES ACUMULADOS ATÉ DEZEMBRO R$ BILHÕES Lucro Líquido 2015 2016 Variação Seguradoras 19,7 17,5-11% Resseguro 0,9 1,1 20% Capitalização 1,7 1,8 5% Total 22,3 20,4-8% Patrimônio Líquido 2015 2016 Variação Seguradoras 71,6 81,2 13% Resseguro 6,4 7,0 9% Capitalização 3,5 3,6 1% Total 81,5 91,7 12% 24

Observa-se de 2013 a 2015, o lucro conseguiu evoluir de forma favorável, em trajetória crescente, apesar da situação da economia. Porém, na análise de 2016, a rentabilidade sofreu de forma mais intensa. Em termos nominais, a tendência de crescimento positivo de anos anteriores caiu. Por exemplo, de 2015 para 2016, o montante acumulado de lucro líquido baixou 8%, de R$ 22,3 bilhões para R$ 20,4 bilhões. TABELA 17 VALORES ACUMULADOS ATÉ JUNHO R$ BILHÕES Lucro Líquido 2016 2017 Variação Seguradoras 10,3 9,6-6% Resseguro* 0,5 0,6 15% Capitalização 1,1 0,9-15% Total 11,9 11,2-6% Patrimônio Líquido 2016 2017 Variação Seguradoras 80,8 87,3 8% Resseguro* 6,5 6,8 5% Capitalização 3,7 4,4 20% Total 91,0 98,6 8% *Até julho Em dados até julho de 2017, quando comparados ao mesmo período de 2016, a trajetória continua negativa, conforme ocorrido em 2015. Com o aumento da receita projetado para 2017, essa tendência provavelmente vai diminuir de intensidade nos próximos meses. 25

5. Previsões O comportamento da economia tem influência direta no mercado de seguros³. Assim, a hipótese é de que o segmento perde pela queda do PIB, ocorrido nos últimos anos. Assim, temos na tabela abaixo as seguintes projeções para 2017. TABELA 18 ESTIMATIVAS PARA 2017 VALORES EM R$ BILHÕES Var. Var. Receita 2014 2015 2016 2017e Var. 14/15 15/16 16/17 Seguros 90,7 95,1 97,3 105 5% 2% 8% Saúde Suplementar 130,4 148,2 165,6 184 14% 12% 11% Seguros e Saúde Supl. 221,1 243,3 260,3 289 10% 7% 11% VGBL+Prev 83,3 99,4 117,0 132 19% 18% 13% Total do Segmento 304,4 342,7 377,3 421 13% 10% 12% Capitalização 21,9 21,5 21,0 21-2% -2% 2% Resseguro Local 5,2 6,5 7,2 8 25% 10% 10% Total dos setores 331,5 370,7 401,3 450 12% 8% 12% Var. Var. Reservas em dez 2014 2015 2016 2017e Var. 14/15 15/16 16/17 Total 550 650 782 915 18% 20% 15% De 2013 para 2014, o setor de seguros cresceu 10%; de 2014 para 2015, 5%; de 2015 para 2016, 2%. Para 2017, a projeção atual é melhor, de mais 8%. Considerando o DPVAT, se tirar esse ramo, o valor ainda seria maior. Quando considerado os produtos das operadoras de saúde, a estimativa cresce para 11% nesse ano. Já os produtos VGBL deve ter um comportamento levemente inferior, mas ainda positivo e superando a inflação. Nos últimos anos, as reservas têm tido a mesma taxa de variação de anos anteriores. Ou seja, no mínimo, de 15% a 20% ao ano, estimado para 2017. ³ Detalhes sobre o crescimento da participação do seguro na economia: http://www.ratingdeseguros.com.br/pdfs/92_curva_s_em_seguros_06-01-2012.pdf 26

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