Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP)

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Brasília - DF, quarta-feira, 20 de agosto de 2014 página 26 MINISTÉRIO DA FAZENDA

Habilitação e Representação

Transcrição:

Mercadores Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP) Coletânea (Versão Histórica) Versão 2.00 - Maio de 2010 Atualizada até: nstrução Normativa SRF nº 605, de 4 de janeiro de 2006 Paulo Werneck mercadores.blogspot.com www.mercadores.com.br

EXPLCAÇÃO Este trabalho destina-se a tornar mais fácil o conhecimento e o cumprimento da legislação. A versão "normas vigentes" apresenta as normas (ou partes delas) em vigor, quando da publicação da coletânea, referentes ao assunto em tela. A versão "histórica" apresenta as normas que foram consideradas como estando em vigor pela nstrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000, e posteriores, em vigor ou não, anotadas quanto a revogações e alterações. Poderão ainda ser apresentadas normas mais antigas. Na primeira página o número da versão e mês de publicação, bem como pelo indicativo de qual a última norma considerada, presente no campo "Atualizada até:", indicam até quando a coletânea está atualizada. Adicionalmente, na página em que as coletâneas são armazenadas, www.mercadores.com.br, indica, na página principal, qual a última norma considerada pelo atualizador, ou seja, baixando-se qualquer coletânea, para saber se está completa ou não, basta consultar qual a última norma considerada, pela informação da página, e em seguida consultar a página da Receita Federal, www.receita.fazenda.gov.br, Legislação, e verificar se alguma norma das publicadas após a indicada no sítio Mercadores refere-se ao assunto em questão. nfelizmente a atualização sistemática só está sendo feita com relação às instruções normativas; as normas de outras hierarquias poderão estar revogadas ou desatualizadas! Os textos foram obtidos principalmente em sítios oficiais na nternet, tais como os da Receita Federal, Presidência da República e Senado Federal, sem cotejo com o Diário Oficial da União. Esta consolidação é fruto do trabalho do autor, não podendo ser considerado, em hipótese alguma, posição oficial da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Críticas, sugestões e demais contribuições poderão ser encaminhadas para o endereço eletrônico "mercadores @ ymail.com". É autorizada a reprodução sem finalidade comercial, desde que citada a fonte. 2

SUMÁRO NSTRUÇÕES NORMATVAS...4 nstrução Normativa SRF nº 605, de 4 de janeiro de 2006...4 Dispõe sobre o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP).... 4 3

NSTRUÇÕES NORMATVAS nstrução Normativa SRF nº 605, de 4 de janeiro de 2006 Art. 1º Art. 2º Art. 3º Art. 4º Publicada em 6 de janeiro de 2006. Dispõe sobre o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP). O SECRETÁRO DA RECETA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso do artigo 230 do Regimento nterno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e considerando o disposto na Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, artigos 12 a 16, e no Decreto nº 5.649, de 29 de dezembro de 2005, artigo 14, resolve: Do Âmbito de Aplicação Esta nstrução Normativa estabelece procedimentos para habilitação ao Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP). Dos Benefícios do RECAP O RECAP suspende a exigência: da Contribuição para PS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFNS) incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de bens, quando adquiridos por pessoa jurídica beneficiária desse regime para incorporação ao seu ativo imobilizado; e da Contribuição para PS/PASEP-mportação e da COFNS- mportação incidentes sobre bens importados diretamente por pessoa jurídica beneficiária desse regime para incorporação ao seu ativo imobilizado. Da Habilitação ao RECAP DA OBRGATOREDADE DA HABLTAÇÃO Somente a pessoa jurídica previamente habilitada pela Secretaria da Receita Federal (SRF) é beneficiária do RECAP. DAS PESSOAS JURÍDCAS QUE PODEM REQUERER A HABLTAÇÃO A habilitação de que trata o artigo 3º somente pode ser requerida por: pessoa jurídica preponderantemente exportadora de que trata o artigo 5º; pessoa jurídica que assumir o compromisso de exportação de que trata o artigo 6º; ou estaleiro naval brasileiro, na forma do artigo 7º. Par. único Não poderá se habilitar ao RECAP a pessoa jurídica: 4

Art. 5º Art. 6º Art. 7º Art. 8º que tenha suas receitas, no todo ou em parte, submetidas ao regime de incidência cumulativa da Contribuição para o PS/PASEP e da COFNS; optante pelo Sistema ntegrado de Pagamento de mpostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples); ou que esteja irregular em relação aos tributos e contribuições administrados pela SRF. Considera-se preponderantemente exportadora, para efeito de habilitação ao RECAP, a pessoa jurídica cuja receita bruta decorrente de exportação, para o exterior, no ano-calendário imediatamente anterior ao do requerimento de adesão ao regime, houver sido igual ou superior a 80% (oitenta por cento) de sua receita bruta total de venda de bens e serviços no período, e que assuma compromisso de manter esse percentual de exportação durante dois anos-calendário. A pessoa jurídica em início de atividade ou que não tenha atingido, no anocalendário imediatamente anterior ao do requerimento de adesão ao regime, o percentual de receita de exportação exigido no artigo 5º pode se habilitar ao RECAP desde que assuma compromisso de auferir, durante o período de 3 (três) anos-calendário, receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua receita bruta total de venda de bens e serviços. O estaleiro naval brasileiro pode se habilitar ao RECAP independentemente de possuir receita bruta de exportação para o exterior ou de efetuar compromisso de exportação. DO REQUERMENTO DA HABLTAÇÃO A habilitação ao RECAP deve ser requerida por meio do formulário constante do Anexo, a ser apresentado à Delegacia da Receita Federal (DRF) ou à Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária (DERAT) com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica, acompanhado de: V declaração de empresário ou ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedade empresária e, no caso de sociedade por ações, os documentos que atestem o mandato de seus administradores; indicação do titular da empresa ou relação dos sócios, pessoas físicas, bem assim dos diretores, gerentes, administradores e procuradores, com indicação do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e respectivos endereços; relação das pessoas jurídicas sócias, com indicação do número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), bem assim de seus respectivos sócios, pessoas físicas, diretores, gerentes, administradores e procuradores, com indicação do número de inscrição no CPF e respectivos endereços; Termo de Compromisso de que tratam os Anexos ou, conforme o caso; e 5

V RECAP documentos comprobatórios da regularidade fiscal da pessoa jurídica requerente em relação aos tributos e contribuições administrados pela SRF. 1º A pessoa jurídica preponderantemente exportadora, de que trata o artigo 5º, deverá instruir o requerimento com documentos comprobatórios desta condição. 2º Não se aplicam ao estaleiro naval brasileiro, de que trata o artigo 7º, a exigência do inciso V. Art. 9º Art. 10 DOS PROCEDMENTOS PARA A HABLTAÇÃO Para a concessão da habilitação, a DRF ou DERAT deve: V V V verificar a correta instrução do pedido, relativamente à documentação de que trata o artigo 8º; preparar o processo e, se for o caso, saneá-lo quanto à instrução; proceder ao exame do pedido; determinar a realização de diligências julgadas necessárias para verificar a veracidade e exatidão das informações constantes do pedido; deliberar sobre o pleito e proferir decisão; e dar ciência ao interessado da decisão exarada. A habilitação será concedida por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE) emitido pelo Delegado da DRF ou da DERAT e publicado no Diário Oficial da União. 1º O ADE referido no caput será emitido para o número do CNPJ do estabelecimento matriz e aplica-se a todos estabelecimentos da pessoa jurídica requerente. 2º Na hipótese de indeferimento do pedido de habilitação ao regime, cabe, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da ciência ao interessado, a apresentação de recurso, em instância única, à Superintendência Regional da Receita Federal (SRRF). 3º O recurso de que trata o 2º deve ser protocolizado junto à DRF ou à DERAT com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica que, após o devido saneamento, o encaminhará à respectiva SRRF. 4º Proferida a decisão do recurso de que trata o 2º, o processo será encaminhado à DRF ou à DERAT de origem para as providências cabíveis e ciência ao interessado. 5º A relação das pessoas jurídicas habilitadas a operar o regime de suspensão deverá ser disponibilizada na página da SRF na nternet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>. Art. 11 Da Apuração do Percentual de Exportação O percentual de exportação para o exterior, para efeitos do RECAP, será apurado considerando-se a média obtida, a partir do ano-calendário subseqüente ao início de utilização dos bens adquiridos no âmbito desse regime, durante o período de: 6

RECAP 2 (dois) anos-calendário, no caso do artigo 5º; e 3 (três) anos-calendário, no caso do artigo 6º. 1º Para efeito do cálculo do percentual de que trata o caput, na apuração do valor da receita bruta total de venda de bens e serviços: devem ser consideradas as receitas de todos os estabelecimentos da pessoa jurídica; e deve-se excluir o valor dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda. 2º O prazo de início de utilização a que se refere o caput não poderá ser superior a 3 (três) anos, contado a partir da aquisição do bem. Art. 12 Do Cancelamento da Habilitação O cancelamento da habilitação ocorrerá: a pedido; ou de ofício, na hipótese em que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer, ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para habilitação ao regime. 1º O pedido de cancelamento da habilitação, no caso do inciso do caput, deverá ser formalizado na DRF ou na DERAT com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica. 2º O cancelamento da habilitação será formalizado por meio de ADE emitido pelo Delegado da DRF ou da DERAT e publicado no Diário Oficial da União. 3º No caso de cancelamento de ofício, na forma do inciso do caput, caberá, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da ciência ao interessado, a apresentação de recurso em instância única, com efeito suspensivo, à SRRF, observado o disposto no artigo 16. 4º O recurso de que trata o 3º deve ser protocolizado junto à DRF ou à DERAT com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica que, após o devido saneamento, o encaminhará à respectiva SRRF. 5º Proferida a decisão do recurso de que trata o 3º, o processo será encaminhado à DRF ou à DERAT de origem para as providências cabíveis e ciência ao interessado. 6º A pessoa jurídica que tiver a habilitação cancelada: Art. 13 somente poderá solicitar nova habilitação após o prazo de 2 (dois) anos, contado da data de publicação do ADE de cancelamento, no caso do inciso do caput; e não poderá utilizar-se dos benefícios de que trata esta nstrução Normativa. Da Aplicação do RECAP Aplica-se o benefício de suspensão da exigência das contribuições, na forma do RECAP, nas importações ou nas aquisições no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em Decreto. 7

1º No caso de aquisição de bens no mercado interno com o benefício do RECAP: a pessoa jurídica habilitada ao regime, adquirente dos produtos de que trata o caput deste artigo, deve declarar ao vendedor, de forma expressa e sob as penas da lei, que atende a todos os requisitos estabelecidos, bem assim indicar o número do ADE que lhe concedeu a habilitação; e a pessoa jurídica vendedora deve fazer constar, na nota fiscal de venda, a expressão "Venda efetuada com suspensão da exigência da Contribuição para o PS/PASEP e da COFNS", com especificação do dispositivo legal correspondente, bem assim o número do ADE a que se refere o artigo 10. 2º O prazo para fruição do beneficio de suspensão da exigibilidade das contribuições de que trata o artigo 2º extingue-se após decorridos 3 (três) anos contados da data da habilitação ao RECAP. Art. 14 Art. 15 Art. 16 A suspensão da exigência das contribuições na forma do RECAP converte-se em alíquota zero após: cumprido o compromisso de exportação de que trata o artigo 5º, observadas as disposições do inciso do caput do artigo 11; cumprido o compromisso de exportação de que trata o artigo 6º, observadas as disposições do inciso do caput do artigo 11; e transcorrido o prazo de 18 (dezoito) meses, contado da data da aquisição, no caso dos estaleiros navais brasileiros. Das Disposições Gerais A importação ou a aquisição no mercado interno de bens de capital com o benefício do RECAP não gera, para o adquirente, direito ao desconto de créditos apurados na forma do artigo 3º da Lei nº 10.637, 30 de dezembro de 2002, do artigo 3º da Lei nº 10.833, 29 de dezembro de 2003, e do artigo 15 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004. A pessoa jurídica beneficiária do RECAP fica obrigada a recolher juros e multa, de mora ou de ofício, contados a partir da data da aquisição de bens com o benefício do RECAP, referentes às contribuições não pagas em decorrência da suspensão, nas hipóteses de: V não incorporar o bem adquirido ao seu ativo imobilizado; não cumprir os compromissos de exportação de que tratam os artigos 5º ou 6º, conforme o caso, observadas as disposições do artigo 11; ter cancelada sua habilitação, na forma do artigo 12; ou revender o bem adquirido antes da conversão das alíquotas a zero, na forma do artigo 14. 1º Os acréscimos legais e a penalidade de que trata o caput serão exigidos da pessoa jurídica beneficiária do RECAP na condição de: contribuinte, em relação à Contribuição para o PS/PASEP- mportação e à COFNS-mportação; ou 8

RECAP responsável, em relação à Contribuição para o PS/PASEP e à COFNS. 2º Os juros e multa, de mora ou de ofício, de que trata este artigo serão exigidos: isoladamente, na hipótese do inciso do caput; ou juntamente com as contribuições não pagas, nas hipóteses dos incisos, e V do caput. 3º Na hipótese do inciso do caput, a multa, de mora ou de ofício, será aplicada sobre o valor das contribuições não recolhidas, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo de exportações estabelecido e o efetivamente alcançado. 4º O valor pago a título de acréscimos legais e de penalidade de que trata o caput não gera, para a pessoa jurídica beneficiária do RECAP, direito ao desconto de créditos apurados na forma do artigo 3º da Lei nº 10.637, de 2002, do artigo 3º da Lei nº 10.833, de 2003, e do artigo 15 da Lei nº 10.865, de 2004. Art. 17 Art. 18 A suspensão da exigência da Contribuição para o PS/PASEP e da COFNS incidentes sobre a venda de bens de capital para pessoa jurídica habilitada no RECAP não impede a manutenção e a utilização dos créditos pela pessoa jurídica vendedora, no caso desta ser tributada pelo regime de incidência não-cumulativa das contribuições. Das Disposições Finais Esta nstrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. JORGE ANTÔNO DEHER RACHD ANEXO ANEXO ANEXO 9