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ANO XXV - 2014 3ª SEMANA DE MAIO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 20/2014 IPI ISENÇÃO DE IPI E IOF PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA GENERALIDADES... Pág. 401 ICMS DF/GO/TO CONSERTO - PROCEDIMENTOS FISCAIS... Pág. 403 LEGISLAÇÃO DF PORTARIA Nº 36, de 12.05.2014 (DODF de 13.05.2014) - Icms Iss - Regras Para Habilitação De Pessoas Jurídicas... Pág. 404 ICMS - GO AMOSTRA GRÁTIS ASPECTOS FISCAIS... Pág. 405

IPI ISENÇÃO DE IPI E IOF PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA Generalidades Sumário 1. Introdução 2. Isenção de IPI 3. Isenção de IOF 4. Legitimidade 5. Documentação necessária 1.INTRODUÇÃO A presente matéria visa informar ao consulente informações gerais acerca da acerca da isenção de IPI e IOF para Pessoas Portadoras de Deficiência Física, Visual, Mental severa ou profunda e Autistas, bem como o procedimento para obtenção desse benefício fiscal. 2. ISENÇÃO DE IPI As pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa, profunda, ou autistas, ainda que menores de 18 (dezoito) anos, poderão adquirir, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, com isenção do IPI, automóvel de passageiros ou veículo de uso misto, de fabricação nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi). O direito à aquisição com o benefício da isenção poderá ser exercido apenas uma vez a cada dois anos, sem limite do número de aquisições, observada a vigência da Lei n º 8.989, de 1995 atualmente prorrogada pela da Lei 11.941/2009, art. 77, até 31.12.2014. Em qualquer hipótese, o prazo de 2 (dois) anos acima citado: deverá ser obedecido para uma nova aquisição de veículo com isenção do IPI; e terá como termo inicial a data de emissão da Nota Fiscal da aquisição anterior com isenção do IPI. Considera-se adquirente do veículo com isenção do IPI a pessoa portadora de deficiência ou o autista que deverá praticar todos os atos necessários à fruição do benefício, diretamente ou por intermédio de seu representante legal. A isenção do IPI não se aplica às operações de arrendamento mercantil (leasing). 3. ISENÇÃO DE IOF São isentas do IOF as operações financeiras para aquisição de automóveis de passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de potência bruta para pessoas portadoras de deficiência física, atestada pelo Departamento de Trânsito do Estado onde residirem em caráter permanente, cujo laudo de perícia médica especifique; a) o tipo de defeito físico e a total incapacidade do requerente para dirigir automóveis convencionais; b) a habilitação do requerente para dirigir veículo com adaptações especiais, descritas no referido laudo; A Isenção do IOF poderá ser utilizada uma única vez. 4. LEGITIMIDADE Quanto a legitimidade para pleitear a isenção objeto desde trabalho, devem ser observadas as regras a seguir apresentadas: 1) Pessoa portadora de deficiência física e visual deverá observar: - no caso de deficiência física, o disposto no art. 1º da Lei nº 8.989, de 1995, com a redação dada pela Lei nº 10.690, de 2003, e no Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, com suas alterações posteriores; e IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS DF/GO/TO MAIO - 20/2014 401

-no caso de deficiência visual, o disposto no 2º do art. 1º da Lei nº 8.989 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8989.htm, de 1995, com a redação dada pela Lei nº 10.690, de 2003. 2) A pessoa portadora de deficiência mental severa ou profunda, ou a condição de autista deverá ter sua condição atestada conforme critérios e requisitos definidos pela Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2, de 2003.Considerase adquirente do veículo com isenção do IPI a pessoa portadora de deficiência ou o autista que deverá praticar todos os atos necessários ao gozo do benefício, diretamente ou por intermédio de seu representante legal. 5. DOCUMENTAÇÃONECESSÁRIA Para habilitar-se à fruição da isenção, a pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda ou o autista deverá apresentar, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, requerimento conforme modelo constante do Anexo I da IN RFB nº 988/2009, acompanhado dos documentos a seguir relacionados, à unidade RFB de sua jurisdição, dirigido ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat): 1 Laudo de Avaliação, na forma dos Anexos IX, X ou XI da IN RFB 988/2009, emitido por prestador de: a) serviço público de saúde; ou b) serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde (isus). Poderá ser considerado, para fins de comprovação da deficiência, laudo de avaliação obtido: no Departamento de Trânsito (Detran) ou em suas clínicas credenciadas, desde que contenha todas as informações constantes dos Anexos IX, X ou XI da IN RFB 988/2009; e por intermédio de Serviço Social Autônomo, sem fins lucrativos, criado por lei, fiscalizado por órgão dos Poderes Executivo ou Legislativo da União, observados os modelos de laudo constantes dos Anexos IX, X ou XI da IN RFB 988/2009. 2 Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial da pessoa portadora de deficiência ou do autista, apresentada diretamente ou por intermédio de seu representante legal, na forma do Anexo II da IN RFB 988/2009, disponibilidade esta compatível com o valor do veículo a ser adquirido; 3 cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do beneficiário da isenção, caso seja ele o condutor do veículo; 4 Caso a pessoa portadora de deficiência ou o autista, beneficiário da isenção, não seja o condutor do veículo, por qualquer motivo, o veículo deverá ser dirigido por condutor autorizado pelo requerente, conforme identificação constante do Anexo VIII da IN RFB 988/2009, podendo ser indicados até 3 (três) condutores autorizados, sendo permitida a substituição destes, desde que o beneficiário da isenção, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, informe esse fato à autoridade responsável pela análise do pedido de isenção, apresentando, na oportunidade, novo Anexo VIII com a indicação de outro(s) condutor(es) autorizado(s) em substituição àquele (s). Neste caso deve ser apresentada cópia da CNH de todos os condutores autorizados. Ressalta-se que a indicação de condutor(es) não impede que a pessoa portadora de deficiência conduza o veículo, desde que esteja apto para tanto, observada a legislação específica. 5 declaração na forma dos Anexos XII ou XIII da IN RFB 988/2009, se for o caso; e 6 documento que comprove a representação legal, se for o caso. 7 - Declaração de Regularidade de Situação do Contribuinte Individual (DRS-CI), fornecida exclusivamente pelo INSS. Acesso direto ao serviço no site do MPS - Ministério da Previdência Social. Caso não consiga obter sua declaração pela internet, procure uma unidade de atendimento da Previdência Social. Caso o interessado não seja contribuinte, ou seja, isento da contribuição previdenciária, deverá apresentar declaração, formulário, sob as penas da lei, atestando esta condição. Na matéria a ser publicada no Boletim apresentaremos de forma específica dos procedimentos a serem adotados pelos beneficiários da isenção dos impostos. Fundamentos Legais: os citados no texto. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS DF/GO/TO MAIO - 20/2014 402

ICMS DF/GO/TO Sumário: CONSERTO Procedimentos Fiscais 1. Introdução 2. Caracterização da Operação Conserto Junto ao RICMS/SP 3. Não Incidência 4. Notas Fiscais 4.1 Remessa Para Conserto 4.2 Retorno de Remessa Para Conserto 4.3 Cobrança dos Serviços 1. INTRODUÇÃO A presente matéria visa apresentar o tratamento fiscal aplicado às operações fiscais envolvendo bens destinados a conserto, promovidas por estabelecimento contribuinte de ICMS. 2. CARACTERIZAÇÃO DA OPERAÇÃO CONSERTO SEGUNDO A LEGISLAÇÃO ICMS A operação denominada conserto pode ser caracterizada pela saída de máquinas, equipamentos, ferramentas ou objetos de uso do contribuinte, bem como de suas partes e peças, com destino a outro estabelecimento que prestará o efetivo serviço de conserto junto ao bem remetido para esse fim. Ainda, condição para caracterização da operação é que os bens remetidos para conserto retornem ao estabelecimento de origem. Outro ponto relevante é que somente haverá operação de conserto tal qual descrita na legislação pertinente ao ICMS caso o bem seja ativo fixo ou bem de uso e consumo do contribuinte. Destarte, caso se trate de mercadoria, estaremos diante de operação de industrialização por encomenda. 3. NÃO INCIDÊNCIA DO ICMS E SUJEIÇÃO DA OPERAÇÃO AO ISS As operações internas e interestaduais que destinem bens à conserto estão fora do campo de incidência do ICMS. Junto a lei complementar 116/2003, precisamente no item 14.01 de sua lista de serviços verificamos que os serviços relativos a bens de terceiro, inclusive conserto, estão sob a incidência do ISS. Nota: Entretanto, salientamos que as peças e partes aplicadas aos serviços, por força do próprio item 14.01, estão sujeitas ao ICMS. 4. NOTAS FISCAIS. ESPECIFICIDADES. A seguir serão abordadas as especificidades relacionadas à Nota Fiscal emitida para acompanhar mercadoria destinada a conserto. 4.1. REMESSA PARA CONSERTO Para documentar o trânsito dos bens destinados à conserto o contribuinte deverá emitir Nota Fiscal para esse fim contendo as seguintes informações: NATUREZA DA OPERAÇÃO:Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo CFOP : 5.915 (Operações Internas). 6.915(Operações Interestaduais). CST:041 CSOSN: 400 Fundamento Legal: "Não incidência nos termos do artigo XXX do RICMS/XX. 4.2 RETORNO DE REMESSA PARA CONSERTO IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS DF/GO/TO MAIO - 20/2014 403

Para documentar o trânsito dos bens devolvidos em retorno de remessas à conserto o contribuinte deverá emitir Nota Fiscal para esse fim contendo as seguintes informações: NATUREZA DA OPERAÇÃO: Retorno de mercadoria ou bem recebido para conserto ou reparo. CFOP 5.916 (Operações Internas). 6.916(Operações Interestaduais). CST:041 CSOSN: 400 FUNDAMENTO LEGAL: "Não incidência nos termos do artigo XXX do RICMS/XX. 4.1.3 COBRANÇA DOS SERVIÇOS Como acima mencionado, o serviço aplicado à efetivação do conserto tem incidência do ISS. Assim, além da nota emitida para fins de documentação do transito dos bens deverá ser emitida nota fiscal de serviços (ISS) para sua cobrança. Outrossim, em caso do prestador de serviço ser emissor de nota fiscal conjugada, a cobrança junto ao campo destinado à operações de prestação de serviço tributada pelo ISS e deverá ser efetuada junto ao CFOP 5933/6.933 Fundamentos Legais: Os citados no texto LEGISLAÇÃO DF ICMS ISS REGRAS PARA HABILITAÇÃO DE PESSOAS JURÍDICAS PORTARIA Nº 36, de 12.05.2014 (DODF de 13.05.2014) Institui as regras para habilitação de pessoas jurídicas contribuintes de ICMS ou ISS para a concessão de incentivo fiscal nos termos da Lei 5.021 de 22 de janeiro de 2013 e Decreto 35.325 de 11 de abril de 2014. O SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art. 105, V, da Lei Orgânica do Distrito Federal, CONSIDERANDO a necessidade de instituir as regras de habilitação das empresas ou entidades interessadas em apoiar projetos culturais na Secretaria de Estado de Cultura, nos termos do Art. 3º da Lei nº 5.021, de 22 de janeiro de 2013 e do Decreto 35.325, de 11 de abril de 2014, RESOLVE: Art. 1º Estabelecer os requisitos para habilitação de pessoas jurídicas contribuintes de ICMS ou ISS como incentivadoras culturais de projetos culturais apoiados segundo os preceitos legais previstos na Lei nº 5.021/2013 e Decreto nº 35.325/2014. Art. 2º A pessoa jurídica descrita no artigo anterior, interessada em apoiar a realização de projetos culturais, deverá se habilitar como incentivadora cultural, apresentando à Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, as seguintes documentações: ficha de habilitação de pessoas jurídicas preenchida, conforme modelo disponibilizado no sítio eletrônico da Secretaria de Estado de Cultura; cópia do contrato social ou estatuto da pessoa jurídica contribuinte de ICMS ou ISS; comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; comprovante de inscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal - CF/DF; certidão negativa de débitos ou positiva com efeitos de negativa junto à Fazenda Pública Federal certidão negativa de débitos ou positiva com efeitos de negativa junto à Fazenda Pública do Distrito Federal; certidão de regularidade perante o Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS; certidão de regularidade junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS; certidão negativa de débitos trabalhistas; declaração de que não emprega trabalhadores nas situações descritas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição da República; declaração de que cumpre os requisitos da Lei nº 5.021, de 22 de janeiro de 2013 e do Decreto nº 35.325/14; declaração de capacidade de financiamento, indicando montante disponível para o exercício a partir dos totais dos saldos devedores do ICMS e ISS recolhidos no exercício anterior, observado o limite de abatimento previsto no art. 12 do Decreto nº 35.325/14. 1º A ficha de habilitação e as declarações exigidas no Art. 29 do Decreto nº 35.325, de 11 de abril de 2014 ficarão disponíveis no sítio eletrônico da Secretaria de Estado de Cultura. 2º A ficha de habilitação deve ser assinada pelo representante legal da pessoa jurídica ou por quem detenha poderes para tanto, de acordo com o respectivo ato constitutivo. 3º Toda a documentação deve ser protocolada na Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, no Edifício Sede, sito à SDN Via N-2 - Anexo do Teatro Nacional Claudio Santoro, CEP 70.070-200, Brasília - DF. Art. 3º Compete a Secretaria de Estado de Cultura, por meio da Subsecretaria de Relação Institucional, responsável pela execução da Lei nº 5.021, de 22 de janeiro de 2013, a análise da documentação e sua devida habilitação. 1º A análise da documentação será realizada em um prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar do protocolo. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS DF/GO/TO MAIO - 20/2014 404

2º Após análise dos documentos elencados no artigo anterior, estando a documentação regular, será deferido o pedido de habilitação da pessoa jurídica como incentivadora cultural. 3º Caso a pessoa jurídica interessada não preencha os requisitos necessários para sua habilitação, a Subsecretaria de Relação Institucional irá notificá-la para regularizar. Art. 5º É de responsabilidade da incentivadora manter a regularidade de sua habilitação, apresentando as certidões e documentos a cada exercício fiscal, independentemente de solicitação. Art. 6º Somente as empresas habilitadas na forma prevista no 2º do art. 29 do Decreto nº 35.325/14 e as previsões desta Portaria estarão aptas a incentivar projetos culturais mediante isenção fiscal. Art. 7º A Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal manterá em seu sítio a lista de empresas habilitadas a incentivar projetos culturais. Hamilton Pereira da Silva ICMS - GO Sumário 1. Introdução 2. Isenção 3. Condições para usufruir do benefício fiscal 4. Nota fiscal 5. Estorno de crédito 1. INTRODUÇÃO AMOSTRA GRÁTIS ASPECTOS FISCAIS Analisaremos nesta oportunidade, tendo como fundamento o Regulamento do ICMS do Estado de Goiás, os aspectos fiscais relacionados à distribuição de amostra grátis, beneficiada com a isenção do imposto. 2. ISENÇÃO Estão isentas do ICMS - a saída, a título de distribuição gratuita, de amostra de produto de diminuto ou nenhum valor comercial, desde que em embalagem ou quantidade estritamente necessária para dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade. 3. CONDIÇÕES PARA USUFRUIR DO BENEFÍCIO FISCAL A isenção prevista no item anterior está condicionada ao cumprimento das seguintes exigências: a) considera-se amostra gratuita a que satisfizer as seguintes exigências: Indicação, bem visível, dos dizeres impressos: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA; Apresentação em quantidade não excedente de 20% (vinte por cento) do conteúdo ou do número de unidades da menor embalagem de apresentação comercial do mesmo produto, para venda ao consumidor; b) tratando-se de amostra gratuita de medicamento devem ser observadas normas editadas pelo órgão federal competente; 4. NOTA FISCAL A nota fiscal que acobertar a operação de amostra grátis deverá conter, além dos requisitos normais exigidos, a seguinte expressão: ISENTO DO ICMS, conforme art. 6º, XXVII Anexo IX do Decreto nº 4.852/97 5. ESTORNO DE CRÉDITO A legislação estadual não assegura a manutenção de crédito nas saídas de mercadorias a título de amostra grátis. Assim, os créditos relativos a entradas deverão ser estornados no próprio período em que ocorrer a operação com o benefício fiscal citado. Fundamento Legal: Citado no Texto. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS DF/GO/TO MAIO - 20/2014 405