COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL NORMA TÉCNICA COPEL NTC

Documentos relacionados
SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO CÓDIGO TÍTULO FOLHA PADRONIZAÇÃO APROVAÇÃO ELABORAÇÃO VISTO

Ensaios em pára-raios

SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO CÓDIGO TÍTULO FOLHA

SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO CÓDIGO TÍTULO FOLHA

Aprovado: Leandro N. da Silva Equipamentos Pára-Raios de Distribuição Página 1 de 5

DISPOSITIVO PARA FIXAÇÃO DA LINHA DE VIDA - GANCHO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

NTC e 446. Reatores externos 254V para lâmpadas a vapor de sódio

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO

Nas exigências de um determinado material deve prevalecer, respectivamente, o exigido:

Cabo não seccionado que é ligado ao BMI através de cabo derivação.

SUMÁRIO. 6.1 Generalidades Desenho do Material... 5

Condutor de cobre nu

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA SISTEMA NORMATIVO CORPORATIVO ES.DT.PDN ISOLADORES TIPO ROLDANA EM PORCELANA 01

SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO CÓDIGO TÍTULO FOLHA

SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO CÓDIGO TÍTULO FOLHA

SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO CÓDIGO TÍTULO FOLHA

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO EMD CONJUNTO DE ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

MATERIAIS DE DISTRIBUIÇÃO - ESPECIFICAÇÃO

CONJUNTO DE EMENDA REENTRÁVEL E TERMINAL DE ACESSO CERTA

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Sistema Normativo Corporativo

SUMÁRIO Pág. 1. Objetivo Referências Condições gerais Geral Condições de serviço Garantia Acondicionamento 2

CNPJ: / INSC. EST.: CRITÉTRIOS CONSTRUTIVOS DO PADRÃO DE ENTRADA

NBR 7170/1983. Tijolo maciço cerâmico para alvenaria

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO CONECTOR GRAMPO DE LINHA VIVA GLV 100 E 400 AMPÉRES - CLASSE 15 kv

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA FORNECIMENTO DE TRANSFORMADOR DE POTENCIAL 13,8 3 kv / 115 V MONDALIDADE ATA DE REGISTRO DE PREÇO

SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO CÓDIGO TÍTULO FOLHA

SUMÁRIO. CÓDIGO: ETD DATA DE VIGÊNCIA: 13/02/2011 TÍTULO: Isolador Pino Polimérico VERSÃO NORMA: 2.1

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA FORNECIMENTO DE TRANSFORMADOR DE CORRENTE 15 kv 25X50/5 A MONDALIDADE ATA DE REGISTRO DE PREÇO

SUMÁRIO. 1. Objetivo Referências Definições Condições gerais 2 (2) 5. Condições específicas Inspeção 5

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA FORNECIMENTO DE TRANSFORMADOR DE CORRENTE 0,6 kv 400/5 A MONDALIDADE ATA DE REGISTRO DE PREÇO

NORMA TÉCNICA CELG D. Para-Raios para Redes Secundárias de Distribuição Especificação NTC-72

SUMÁRIO. CÓDIGO: ETD DATA DE VIGÊNCIA: 20/07/2009 TÍTULO: Parafuso Cabeça Sextavada VERSÃO NORMA: 1.0

Edição Data Alterações em relação à edição anterior. Nome dos grupos

Edição Data Alterações em relação à edição anterior. Nome dos grupos

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO COBERTURA TIPO MANTA PARA REPARO DE CONDUTORES COBERTOS CLASSE TENSÃO 15 e 35 kv

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

1. Objetivo Estabelecer os procedimentos a serem seguidos na inspeção, ensaios e manutenção em banco de capacitores e seus componentes.

3 REFERÊNCIAS 4 DISPOSIÇÕES GERAIS

CÓDIGO: ETD DATA DE VIGÊNCIA: 20/12/2016 TÍTULO: Termo de Ocorrência e Inspeção SUMÁRIO

PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES

1 Introdução 2. 2 Descrição do fornecimento 2. 3 Ensaios de tipo e/ou especiais Embalagem Garantia Inspeção 4

Conector Bimetálico para Condutor Concêntrico de Alumínio

ARRUELA DE PRESSÃO NTD

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

ESPECIFICAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO Título CORDOALHA DE AÇO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO CÓDIGO TÍTULO FOLHA

Por Eduardo Mendes de Brito, especialista de produto da área de baixa tensão da Siemens

NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD-RE- 003

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA AMPLA ETA-134/2015 R-01

Número: EMP Rev.: 0 Fl. 1/7

CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S.A. CERON PREGÃO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA ANEXO XIII DO EDITAL

e) ABNT NBR IEC Luminárias - Parte 1: Requisitos gerais e ensaios;

MANUAL DO USUÁRIO. Transdutor de Frequência. Revisão III

SCHNEIDER ELECTRIC. Especificação tipo de dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão

1. FINALIDADE. Estabelecer os requisitos a serem atendidos para o fornecimento de medidor eletrônico de energia elétrica. 2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Arame de aço de baixo teor de carbono, zincado, para gabiões

a) Portaria n 124, de 15 de março de 2011 INMETRO; b) Portaria n 483 de 07 de dezmbro de 2010 INMETRO;

CONDUTORES ISOLADOS E SEUS ACESSÓRIOS PARA REDES

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET-155/2011 R-05

Edição Data Alterações em relação à edição anterior. Nome dos grupos

Ferragem de rede aérea que se fixa numa superfície, em geral a face superior de uma cruzeta, na qual, por sua vez, é fixado um isolador de pino.

1. FINALIDADE. Estabelecer os requisitos a serem atendidos para o fornecimento de medidor eletrônico de energia elétrica para tarifa branca.

Página: 1 de 11 CINTA PARA POSTE CIRCULAR E DUPLO T NTD

ETEM 11. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE CHAVE DE AFERIÇÃO Revisão, 04 de agosto de 2011.

ESPECIFICAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO Título ZINCAGEM EM GERAL

Especificação. Relé fotelétrico e tomada para iluminação

1. Objetivo Referências Definições Condições gerais Condições específicas Inspeção Planos de amostragem 15

SUMÁRIO. CÓDIGO: ETD DATA DE VIGÊNCIA: 06/07/2010 TÍTULO: Suporte para inst. do Pararraio do Religador VERSÃO NORMA: 2.

CÓDIGO TÍTULO FOLHA MEDIDOR ELETRÔNICO DE ENERGIA ELÉTRICA COM SAÍDA RS485 PADRONIZAÇÃO APROVAÇÃO ELABORAÇÃO VISTO

Certificação de cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais de 450/750 V, sem cobertura para instalações fixas

PÁRA-RAIOS MODELO NLZ-P - 10kA. NLZ-P - 10kA.

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DISTRIBUIÇÃO

FITA DE SINALIZAÇÃO E DELIMITAÇÃO DE ÁREA COM RECOLHEDOR - Especificação Técnica

Índice. N.Documento: Categoria: Versão: Aprovado por: Data Publicação: Página: Instrução 1.1 Ronaldo Antônio Roncolatto 03/07/ de 13

PADRÃO TÉCNICO SISTEMA NORMATIVO CORPORATIVO REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA PT.DT.PDN COM CABOS BAIXA TENSÃO PRÉ-REUNIDOS

Instalações Elétricas Prediais A ENG04482

SOLUÇÕES EM QUALIDADE DE ENERGIA Soluções em média e alta tensão

SUPORTE INCLINADO PARA CHAVES NTD

AFASTADOR DE ARMAÇÃO SECUNDÁRIA NTD

ECOM EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, CONSULTORIA E MEIO AMBIENTE LTDA.

3.1 Material Aço carbono ABNT 1010 a 1045, forjado, ferro fundido maleável ou nodular.

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA ELÉTRICA RELATÓRIO DE ENSAIO

Caixa concentradora de disjuntores

PORCA QUADRADA NTD

Edição Data Alterações em relação à edição anterior. Nome dos grupos

Página: 1 de 7 PARAFUSO DE CABEÇA ABAULADA NTD

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

SAPATILHA NTD

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

ESPECIFICAÇÃO TÉCNCIA PARA FORNECIMENTO DE CHAVE DE AFERIÇÃO MONDALIDADE ATA DE REGISTRO DE PREÇO

Edição Data Alterações em relação à edição anterior. Nome dos grupos

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO. CABOS DE ALUMÍNIO MULTIPLEXADOS COLORIDOS (AUTOSSUSTENTÁVEL DE 0,6/1,0 kv)

Manual Técnico de Distribuição

1. Introdução ao Estudo de Equipamentos Elétricos Os estudos básicos visando à especificação das características dos equipamentos, realizados na

Transcrição:

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL NORMA TÉCNICA COPEL NTC MATERIAIS DE DISTRIBUIÇÃO - ESPECIFICAÇÃO PÁRA-RAIOS DE BAIXA TENSÃO NTC 811270 JANEIRO / 2009 ÓRGÃO EMISSOR: SUPERINTENDÊNCIA DE ENGENHARIA DE DISTRIBUIÇÃO NORMALIZAÇÃO DA ENGENHARIA DE DISTRIBUIÇÃO

APRESENTAÇÃO Esta Norma tem por objetivo estabelecer as condições mínimas eigíveis para o fornecimento de pára-raios de resistor não linear, sem centelhadores e a óido metálico a ser utilizado nas redes secundárias de distribuição aéreas urbanas e na área de concessão da Companhia Paranaense de Energia - COPEL. Para tanto foram consideradas as especificações, e os padrões do material em referência, definidos nas Normas Brasileiras Registradas - NBR da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, particularizando-os para as Normas Técnicas COPEL - NTC, acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes materiais na COPEL. Em caso de divergência esta Norma deve prevalecer sobre as outras de mesma finalidade editadas anteriormente. VLADEMIR SANTO DALEFFE SED Superintendência de Engenharia de Distribuição JANEIRO / 2009 SED/DNOT

1. OBJETIVO Esta NTC fia as condições mínimas eigíveis que devem ser atendidas no fornecimento de pára-raios de baia tensão com resistor não linear e sem centelhadores em série ou em paralelo destinados às Redes de Distribuição Secundária da COPEL, conforme item discriminado na Tabela 1: NTC PADRÃO CÓDIGO COPEL DESCRIÇÃO CARACTERÍSTICAS PADRONIZADAS TENSÃO NOMINAL (V) CORRENTE DE DESCARGA NO- MINAL (ka) PROTEÇÃO DO PÁRA-RAIOS 811270 811270-3 PÁRA-RAIOS DE DISTRIBUIÇÃO DE BAIXA TENSÃO 280 10 COM DESLIGADOR AUTOMATICO Tabela 1 Código para o pára-raios de baia tensão 2. NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Para fins de projeto, seleção de matéria-prima, fabricação, controle de qualidade, inspeção, utilização e acondicionamento dos pára-raios de distribuição de baia tensão a serem fornecidos, esta NTC adota as normas abaio relacionadas, bem como as normas nelas citadas: NBR 5426 NBR IEC 61643-1 NBR IEC 60529 IEC 99-4 IEC 61643-1 NTC 810100 a 819999 NTC 855 210 a 235 Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos Dispositivo de proteção contra surtos em baia tensão - Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baia tensão Requisitos de desempenho e métodos de ensaio. Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (IP) Surge Arrester Part 4 - Metal Oide Arresters without Gaps for AC Systems Surge Protective Devices Connected to Low-voltage Power Distribution System Materiais de Distribuição Montagem de Redes de Distribuição Secundária e Isolada As siglas acima se referem a: NBR - Norma Brasileira Registrada. NTC - Norma Técnica COPEL. IEC - International Electrotechnical Comission As normas mencionadas não ecluem outras reconhecidas, desde que, concomitantemente: Assegurem qualidade igual ou superior; Sejam mencionadas pelo Proponente na Proposta; Sejam aneadas à Proposta; Sejam aceitas pela COPEL. Em caso de dúvida ou omissão prevalecem: 1º Esta NTC; 2º Demais Normas Técnicas COPEL; 3º As Normas citadas no item 2 desta NTC; 4º As Normas apresentadas pelo Proponente e aprovadas pela COPEL. 3. DEFINIÇÕES Para fins nesta NTC são utilizadas as definições da IEC 61643-1 e NBR IEC 61643-1 e as seguintes definições: Pára-raios de baia tensão - PRBT Dispositivo que consiste basicamente em resistores não lineares de óido metálico sem centelhadores em série e encapsulados em invólucro polimérico destinado a limitar sobre-tensões e surtos de corrente. JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 1

Desligador Automático Dispositivo para desligar, de modo visível, um pára-raios de baia tensão defeituoso do sistema no qual está ligado, para evitar falta permanente no próprio sistema. 4. CONDIÇÕES GERAIS 4.1. Condições de Serviço Os PRBT abrangidos por esta NTC devem ser adequados para uso eterno. Devem poder operar a uma altitude de até 1000 metros, em clima tropical com temperatura ambiente de -5 C até 40 C, com média diária não superior a 35 C, umidade relativa do ar de até 100%, precipitação pluviométrica média anual de 1500 a 3000 milímetros, de acordo com as NTC de Montagem de Redes de Distribuição citadas no item 2 desta NTC. Os PRBT aqui especificados são aplicáveis a sistemas elétricos de freqüência nominal 60Hz, com as características dadas no Aneo A e devem ser fornecidos obrigatoriamente com desligadores automáticos. 4.2. Identificação dos pára-raios Cada pára-raios deve ser marcado, de forma legível e indelével no próprio invólucro no mínimo com as seguintes informações: - Nome ou marca do fabricante; - Modelo ou número de referência do fabricante; - Data de fabricação (no mínimo mês e ano); - Máima tensão de operação contínua; - Corrente de descarga nominal; - Classe de ensaios conforme IEC 61643-1; - Identificação dos terminais de linha e de terra; - Grau de proteção do invólucro; - Tipo de corrente (AC). 4.3. Acabamento Do invólucro Deve ser de material polimérico, com superfície lisa, contínua, impermeável e livre de rachaduras, bolhas ou inclusões de materiais estranhos. Dos terminais de linha e aterramento O terminal de linha deve ser adequado para coneão do pára-raios à rede de distribuição do tipo isolada através de conector perfurante. Deve ser do tipo L e ter 25 mm2 de seção circular. O terminal de aterramento deve ser fornecido com porca borboleta e arruela em aço inoidável, liga de alumínio ou cobre, estanhado. 4.4. Embalagem As informações sobre embalagem deste produto devem seguir as orientações do Guia para confecção de embalagens unitizadas disponível na Internet no seguinte endereço: www.copel.com Fornecedores/Informações 4.5. Demais condições Dimensões gerais O pára-raios deve apresentar-se, eternamente, conforme Figura 1 desta NTC, obedecendo às dimensões limites nela estabelecidas. O desenho da Figura 1 é orientativo. Pára-raios com formas e dimensões diferentes poderão ser aceitos após avaliação da COPEL. JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 2

Desligador automático Os pára-raios devem ser providos de desligador automático. Na eventual ocorrência de defeito elétrico do pára-raios, este dispositivo deve proporcionar o desligamento rápido e automático do terminal de aterramento, desativando o pára-raios e garantindo a continuidade de serviço da rede, possibilitando também a fácil visualização da unidade defeituosa porém, não deve haver desconeão do desligador do corpo do PRBT. 5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 5.1. Material Do invólucro O invólucro deve ser formado por uma estrutura de material polimérico na cor preta, de modo a prover adequada rigidez mecânica, resistência a intempéries e radiação ultravioleta, suportabilidade elétrica e estanqueidade das partes ativas internas. Não será aceito invólucro de porcelana. O fabricante deverá informar a COPEL o tipo do material polimérico utilizado na confecção do invólucro. Dos terminais de linha e aterramento O terminal de linha deve ser adequado para coneão do pára-raios à rede de distribuição do tipo isolada através de conector perfurante. Deve ser do tipo L e ter 25 mm2 de seção circular. O terminal de aterramento deve ser fornecido com porca borboleta e arruela em aço inoidável, liga de alumínio ou cobre, estanhada. 5.2. Características Elétricas Os pára-raios de baia tensão de 280 V devem atender às características elétricas dadas na Tabela 1A do Aneo A desta NTC e os requisitos de ensaios para classe II conforme classificação da IEC 61643-1. A freqüência nominal dos pára-raios objeto desta NTC é 60Hz. A máima tensão de operação contínua do pára-raios deve ser definida pelo proponente dentro da faia especificada na Tabela 2A do Aneo A desta NTC, com base nas características do sistema de distribuição da COPEL dados na Tabela 1A e nas Figuras 1A e 2A do Aneo A desta NTC. A tensão de referência e a correspondente corrente de referência devem ser definidas pelo proponente e esses valores serão os utilizados nos ensaios pertinentes. 6. ENSAIOS 6.1. Relação dos Ensaios Para a comprovação das características de projeto, material e mão-de-obra são eigidos os seguintes ensaios: a) Inspeção geral; b) Verificação dimensional; c) Identificação e marcação; d) Terminais e coneões; e) Ensaio da tensão de referência; f) Determinação da tensão residual com impulso de corrente do tipo 8/20; g) Ciclo de operação; h) Ensaio do desligador automático; i) Resistência ao trilhamento elétrico; j) Suportabilidade dielétrica; k) Ensaio para verificação do grau de proteção (IP); l) Ensaio de corrente nominal de descarga. Os ensaios relacionados neste item não invalidam a realização, por parte do Fornecedor, daqueles que julgar necessários ao controle de qualidade do seu produto. JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 3

6.2. Classificação dos ensaios Os ensaios são classificados segundo Tabela 2. Ensaio Ensaio de tipo Ensaio de recebimento Dimensional Identificação e marcação Terminais e coneões Ensaio da tensão de referência Determinação da tensão residual com impulso de corrente do tipo 8/20 Ciclo de operação Ensaio do desligador automático Suportabilidade dielétrica Ensaio para verificação do grau de proteção IP Tabela 2 Classificação dos ensaios Os ensaios de tipo devem ser realizados conforme IEC 61643-1 para pára-raios classe II em três amostras por série de ensaios. Para os ensaios de recebimento, deve ser realizada a inspeção visual para verificar as condições de acabamento do páraraios conforme critério de amostragem do item 7. 6.3. Eecução dos ensaios Os ensaios devem ser realizados conforme IEC 61643-1para pára-raios classe II. Inspeção geral Deve ser observada a situação do invólucro e dos terminais de coneão. Caso os pára-raios apresentem qualquer tipo de irregularidade tais como trincas, rachaduras, problemas nas coneões entre outros, o pára-raios será considerado reprovado. Verificação dimensional A verificação dimensional deve ser feita conforme dimensões indicadas na Figura 1. Será considerado aprovado o pára-raios que atender aos requisitos especificados. Identificação e marcação Verificar todas as marcações e identificações conforme especificado no item 4.2. Será considerado aprovado o pára-raios que atender integralmente as condições prescritas. As marcações devem se indeléveis. Terminais e coneões A montagem do PRBT será realizada conforme Figura 2. Deve ser verificado neste ensaio se o terminal de linha é adequado para coneão do pára-raios à rede de distribuição através de conector perfurante. O terminal de linha deve ser do tipo L e ter 25 mm2 de seção circular. O terminal de aterramento deve ser verificado quanto a material e quanto à camada mínima de proteção superficial que deve ser de no mínimo 8 µm para cada amostra individual e 12 µm para a média das amostras. Os pára-raios de baia tensão que atenderem a estes critérios serão considerados aprovados. JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 4

Determinação da tensão de referência A tensão de referência deve ser medida de modo a permitir a correta seleção dos corpos-de-prova a serem ensaiados em ensaios específicos, além de parâmetro comparativo para fins de avaliação de alguns ensaios. A medição deve ser efetuada, sob tensão em freqüência industrial ou em corrente contínua com valor equivalente, na temperatura ambiente de 5 C a 40 C, que deve ser registrada. O valor da corrente de referência utilizada se refere ao maior valor da crista, independentemente da polaridade. O valor da tensão de referência deve ser comparado com o declarado pelo fabricante, e as três amostras que apresentarem o menor valor de tensão de referência devem ser submetidas ao ensaio de ciclo de operação. Ensaio de tensão residual com impulso de corrente do tipo 8/20 Devem ser aplicados a cada um dos corpos-de-prova, impulsos de corrente com valores de crista de 0,1; 0,2; 0,5; 1,0; e 2.0 vezes a corrente de descarga nominal do pára-raios. Serão considerados aprovados os pára-raios que os valores máimos das tensões residuais sejam no máimo 10% maior que os valores declarados pelo fabricante e que atendam ao valor especificado na Tabela 2A do Aneo A desta norma. Ciclo de operação Os ensaios de ciclo de operação devem ser realizados em três pára-raios que não tenham sido submetidos a nenhum teste anteriormente. Os pára-raios devem ter sido submetidos previamente aos requisitos de pré-condicionamento conforme IEC 61643-1. O ensaio de pré-condicionamento e os impulsos de corrente elevada devem ser aplicados com a mesma polaridade. A corrente deve ser registrada continuamente por meio de oscilograma a cada aplicação e os registros de corrente não devem evidenciar nenhum dano aos resistores não lineares, tais como perfuração ou descarga eterna. O teste de ciclo de operação deve ser realizado com impulsos de corrente com valores de crista de 0,1; 0,25; 0,5; 0,75 e 1,0 vezes a corrente de descarga nominal do pára-raios. A tensão nominal de operação deve ser mantida por 30 minutos depois de cada impulso para provar a estabilidade térmica. Para isso a temperatura dos resistores, a componente resistiva da corrente ou a potência dissipada devem ser monitoradas durante a aplicação da tensão a freqüência industrial, e deve diminuir continuamente nos últimos 15 minutos de aplicação da tensão nominal de operação. Após a seqüência de ensaio ter sido completada deve-se medir a tensão residual sob corrente de descarga nominal, depois dos corpos-de-prova terem se resfriado até a temperatura ambiente. O pára-raios é considerado aprovado no ensaio se: a) a estabilidade térmica for comprovada; b) a variação dos valores da tensão residual, medidos antes e depois do ciclo de operação, não for superior a ± 10%; c) os componentes dos corpos-de-prova, em uma inspeção visual, não apresentarem indícios de; - descarga eterna ou perfuração nos resistores; - quebra de qualquer componente. Ensaio do desligador automático O desligador automático deve passar pelos seguintes ensaios: Ciclo de operação juntamente com o pára-raios; Suportabilidade à temperatura. O pára-raios deve ser mantido em estufa à temperatura de 80 C + 5 C por 24 horas; Estabilidade térmica. Deve ser realizado em pelo menos cinco amostras para os valores de correntes determinados na IEC 61643-1. Após a verificação da estabilidade térmica do desligador, a corrente dever ser mantida até sua atuação. Deve ser traçada a curva tempo corrente. Ensaio de suportabilidade a curto-circuito; Ensaio de falha por sobretensão temporária. O desligador que não atuar nos ensaios de ciclo de operação e suportabilidade à temperatura e comprovar claramente sua desconeão no ensaio de suportabilidade a curto-circuito será considerado aprovado. JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 5

Suportabilidade dielétrica Deve ser aplicada ao pára-raios a tensão especificada na Tabela 2A do Aneo A desta NTC. Será considerado aprovado em caso de não haver descargas disruptivas nem de contorno. Ensaio para verificação do grau de proteção (IP) Devem ser realizados os ensaios para verificação do grau de proteção IP declarado pelo fabricante conforme NBR IEC 60529. 7. INSPEÇÃO E AMOSTRAGEM Inspeção As inspeções devem ser feitas preferencialmente nas instalações do fornecedor/fabricante na presença do inspetor da COPEL, salvo acordo diferente no ato da colocação da ordem de compra. O fornecedor/fabricante deve proporcionar ao inspetor os meios necessários e suficientes para certificar-se que o material está de acordo com a presente especificação, assim como comunicar com antecedência a data em que o lote estará pronto para inspeção. Amostragem Para os ensaios de tipo, devem ser ensaiadas três amostras e serão considerados aprovados somente se todas as três amostras atenderem aos requisitos. Caso alguma amostra apresente algum problema, novo lote de três amostras deve ser organizado e todos os ensaios repetidos com as novas amostras e não deve haver reprovação de nenhuma amostra para eu seja considerado aprovado. Para os ensaios de recebimento devem ser tomadas amostras conforme norma, utilizando-se: a) Regime de inspeção: normal; b) Nível de inspeção: II; c) Plano de inspeção e amostragem dupla; d) NQA 2,5%. Conforme tabela a seguir: Quantidade de unidades que formam o lote Primeira amostra Segunda amostra Quantidade de Ac1 Re1 Quantidade de Ac2 Re2 unidades a ensaiar unidades a ensaiar De 5 a 50 5 0 1 - - - De 51 a 150 13 0 2 13 1 2 De 151 a 280 20 0 3 20 3 4 De 281 a 500 32 1 4 32 4 5 De 501 a 1200 50 2 5 50 6 7 Ac Número de peças defeituosas (ou falhas) que ainda permitem aceitar o lote. Re Número de peças defeituosas (ou falhas) que implica na rejeição do lote. Se o lote for menor do que 5 unidades, ensaiar 100% e neste caso Re=0. 8. ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO Aceitação do lote A aceitação do lote é condicionada aos requisitos de ensaio de aceitação do item 7, conforme critério de amostragem definido no item 6.2. No caso de qualquer requisito desta especificação não ter sido atendido, o fornecedor/fabricante deverá proceder à substituição para posterior reapresentação do lote, sendo que esta substituição ou reposição não deve onerar a COPEL. Garantia do fabricante JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 6

A aceitação de um lote de sacolas dentro do sistema de amostragem adotado, não isenta o fabricante da responsabilidade de substituir qualquer unidade que não estiver de acordo com a presente especificação, no período de, no mínimo, 24 meses. 9. FORNECIMENTO O fornecimento deste material a Copel fica condicionado à homologação da Ficha Técnica pela SED / DNOT. Para maiores informações consultar a Internet no seguinte endereço: www.copel.com - Normas Técnicas Figura 1 Pára-raios de baia tensão Figura 2 Montagem dos pára-raios de baia tensão JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 7

ANEXO A Características do sistema elétrico da COPEL Sistemas Mínimos Limites de tensão de operação (V) Máimo Fios Tensão Nominal (V) Contingência Normal Contingência Normal 4 220/127 89/109 201/116 229/132 233/135 2 e 3 254/127 218/109 232/116 264/132 270/135 Tabela 1A Características elétricas do sistema COPEL a) Sistema 13,8 kv - Sistema de Neutro Isolado, aterrado através de Reator ou Transformador Trifásico de Aterramento para proteção contra faltas fases-terra, sendo permitida apenas a ligação de transformadores de distribuição monofásicos entre fases e de trifásicos em triângulo. b) Sistema 34,5 kv - Sistema de Neutro Aterrado conforme configuração abaio, sendo os transformadores de distribuição monofásicos ligados entre fase e terra e os trifásicos em estrela aterrada. JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 8

TENSÃO NOMINAL 280 V MÁXIMA TENSÃO DE OPERAÇÃO CONTÍNUA 280 V TENSÃO SUPORTÁVEL A 60 HZ, EFICAZ, SOB CHUVA, DURANTE 1 MINUTO- MÍNIMO TENSÃO RESIDUAL MÁXIMA PARA IMPULSO ATMOSFÉRICO COM FORMA DE ONDA 8/20 MICRO SEGUNDOS PARA CORRENTE DE 10 KA CORRENTE DE DESCARGA NOMINAL (ONDA 8X20 µs), VALOR DE CRISTA (VALOR MÍNIMO) CORRENTE SUPORTÁVEL DE DESCARGA ALTA INTENSIDADE E CURTA DURAÇÃO, PARA O ENSAIO DE CICLO DE OPERAÇÃO, ONDA 8 / 20 µs, VALOR DE CRISTA Tabela 2A Características elétricas dos pára-raios de baia tensão 2,2 KV 1,8 KV 10 KA 20 KA JANEIRO / 2009 SED/DNOT PÁGINA 9