MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO

Documentos relacionados
MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO

Política de Precificação de Ativos

REAG ADMINISTRADORA DE RECURSOS LTDA. MANUAL DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS

MANUAL DE MARCAÇÃO A MARCADO

GRADUAL MULTIESTRATÉGIA FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO (Administrado pela Gradual C.C.T.V.M. S/A)

SOCOPA SOCIEDADE CORRETORA PAULISTA S/A.

MANUAL DE APREÇAMENTO

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO - MaM

Política de Marcação a Mercado

Manual de Marcação a Mercado

Manual de Marcação a Mercado

MAM Manual de Marcação a Mercado

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO SOCOPA SOCIEDADE CORRETORA PAULISTA S/A INÍCIO DE VALIDADE: JULHO DE 2010 VERSÃO 5

Uma Corretora que tenha firmado um Contrato de Agente Autorizado com a Administradora.

ITAÚ UPJ ESPECIAL CURTO PRAZO FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ /

ITAÚ PERSONNALITÉ PRIX REFERENCIADO DI FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ /

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ E MARCAÇÃO A MERCADO - MaM

Safra Plus DI - Fundo de Aplicação em Quotas de Fundos de Investimento Financeiro (Administrado pelo Banco Safra S.A.) Demonstrações financeiras em

ITAÚ CAMBIAL FUNDO DE APLICAÇÃO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ /

Instrumentos Financeiros Derivativos

ITAÚ PRÊMIO RENDA FIXA 90 FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ /

MANUAL DE PRECIFICAÇÃO DE TITULOS E VALORES MOBILIARIOS

Produtos e Serviços Financeiros

MAM Manual de Marcação a Mercado

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

POLÍTICA DE RISCO DE LIQUIDEZ DOS FUNDOS E CARTEIRAS GERIDOS PELO SICREDI

Alfa I - Fundo Mútuo de Privatização - FGTS Vale do Rio Doce CNPJ nº /

Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez de Fundos de Investimento da Sparta Administradora de Recursos Ltda.

Safra Fundo de Investimento em Ações Vale do Rio Doce (Administrado pelo Banco Safra S.A.) Demonstrações Financeiras em 31 de março de 2004 e em 30

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO

Safra Classic DI - Fundo de Investimento Financeiro (Administrado pelo Banco Safra S.A.) Demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2004 e

Itaucard Financeira S.A. Crédito, Financiamento e Investimento Administrador

Safra Fundo de Investimento em Ações da Petrobrás (Administrado pelo Banco Safra S.A.) Demonstrações Financeiras em 31 de março de 2004 e em 30 de

Guia para Prestação de Informações

GERAL FATO FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ Nº / (Administrado pela Corretora Geral de Valores e Câmbio Ltda.

Alfa III - Fundo Mútuo de Privatização - FGTS Vale do Rio Doce CNPJ nº /

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO (PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS)

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO

Lâmina de Informações Essenciais do. Título Fundo de Investimento Multimercado Longo Prazo (Título FIM-LP) CNPJ/MF:

MANUAL DE LIQUIDEZ FUNDOS DE INVESTIMENTO. Brainvest Consultoria Financeira LTDA

MANUAL DE MARCAÇÃO À MERCADO

Antes de investir, compare o fundo com outros da mesma classificação.

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SPINELLI DIVIDENDOS FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ / JANEIRO/2017

Safra Corporate DI - Fundo de Investimento Financeiro (Administrado pelo Banco Safra S.A.) Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2004 e de

Manual de Marcação a Mercado 4º Versão

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER FIC FI SELECT RF / Informações referentes a Maio de 2016

Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores em R$, exceto o valor unitário das cotas)

Restrições de Investimento: Não aplicável.

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO

GRT-01 Data da publicação: abr/2017 (v.4)

Durante a distribuição, o administrador adquiriu ações da Vale do Rio Doce ON no montante do patrimônio líquido do FUNDO.

Banco Itaú S.A. Administrador

DOCUMENTO DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS ( DIE ) CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS ("COE") Cupom com CAC. Descrição do Produto

Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez

Demonstração da Composição e Diversificação das Aplicações em 31 de maio de 2007.

Política de Investimentos PGA

Durante a Distribuição, o administrador adquiriu Ações da Petrobrás ON no montante do patrimônio líquido do fundo. Banco Itaú S.A.

Demonstrações financeiras em 31 de março de 2014 e 30 de setembro de 2013

Sumitomo Mitsui Master Plus Fundo de Investimento Referenciado DI Crédito Privado Longo Prazo CNPJ nº /

Alfa VII - Fundo Mútuo de Privatização - FGTS Petrobras CNPJ nº /

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO EM ASSEMBLÉIAS POLÍTICA DE VOTO DTVM

ITAÚ VALE DO RIO DOCE AÇÕES FUNDO DE INVESTIMENTO (CNPJ : / ) (Administrado pelo Banco Itaucard S.A.) (CNPJ :

Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez

Safra Fundo Mútuo de Privatização - FGTS Vale do Rio Doce C.N.P.J. nº /

Alfa I - Fundo Mútuo de Privatização - FGTS Petrobras CNPJ nº /

REGULAMENTO PERFIL DE INVESTIMENTOS CARGILLPREV

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ

Sumitomo Mitsui Tasc Fundo de Investimento Referenciado DI CNPJ nº /

ANEXO II. Da Instrução CVM Nº 404, de 13 de fevereiro de Rendimento pelo IGP-M + Juros

Manual de Marcação a Mercado

Alfa VIII - Fundo Mútuo de Privatização - FGTS Petrobras CNPJ nº /

Manual de Marcação a Mercado. Turim 21 Investimentos Ltda.

CFO Política de Voto

Manual de Marcação a Mercado Identificação, Mensuração e Gerenciamento

Antes de investir, compare o fundo com outros da mesma classificação.

HG Allocation Strategy II Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento em Ações (Administrado pela Hedging-Griffo Corretora de Valores

MANUAL DE CONTROLE DO RISCO DE LIQUIDEZ

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO

Manual de Marcação a Mercado 1. ATUALIZAÇÃO DO MANUAL INTRODUÇÃO ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Provedor de Dados...

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER FI CRM RENDA FIXA / Informações referentes a Agosto de 2017

Restrições de Investimento:.

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO

Antes de investir, compare o fundo com outros da mesma classificação.

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER PRÉ RENDA FIXA LONGO PRAZO / Informações referentes a Maio de 2017

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER RENDA FIXA / Informações referentes a Junho de 2017

Consulta Pública de Lâmina de Fundo

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER ABSOLUTO TOP RENDA FIXA / Informações referentes a Dezembro de 2016

NOVA SECURITIZAÇÃO S.A. EXERCÍCIO DE 2016

Política de Gestão de Riscos Financeiros. 11 de Abril de 2013

SF2 Investimentos. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez

Data da Elaboração: 10/11/2009. Vigência a partir de: 01/03/2017. Elaborado por: Certificação ANBIMA

Lâmina de informações essenciais sobre o Fundo SUMITOMO MITSUI FIC DE FIM BTG PACTUAL HIGH YIELD CNPJ: /

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ. Agosto / versão 3

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER FIC FI SELECT RENDA FIXA REFERENCIADO DI / Informações referentes a Agosto de 2017

Antes de investir, compare o fundo com outros da mesma classificação.

Transcrição:

MANUAL DE MARCAÇÃO A MERCADO Gradual Corretora de Câmbio,Títulos e Valores Mobiliários S.A. Área de Fundos de Investimentos Início da Vigência: 01 de setembro 2016 Versão 7

ÍNDICE 1. Introdução... 4 2. Descrição do processo de marcação a mercado... 6 2.1 Coleta de dados de mercado... 6 2.2 Validação dos dados de mercado coletados... 7 2.3 Aplicação e Validação dos dados de mercado coletados às carteiras... 7 2.4 Supervisão dinâmica da metodologia... 7 2.5 Estrutura Organizacional... 8 2.6 Tipos de Cotas de Fundos de Investimentos... 9 3. Metodologia de Marcação... 9 4. Critérios de apreçamento... 12 4.1 Títulos Públicos Federais... 12 4.1.1 LTN Letra do Tesouro Nacional... 12 4.1.2 Letras Financeiras do Tesouro LFT... 12 4.1.3 Notas do Tesouro Nacional Série C NTN-C... 13 4.1.4 Notas do Tesouro Nacional Série B NTN-B... 13 4.1.5 Notas do Tesouro Nacional Série F NTN-F... 14 4.2 Operações Compromissadas... 15 4.2.1 Operações compromissadas de até 2 (dois) dias úteis... 15 4.2.2 Operações compromissadas com mais de 2 (dois) dias úteis... 16 4.3 Renda Variável... 16 4.3.1 Ações... 16 4.3.2 BDR - Brazilian Depositary Receipts... 16 4.3.3 Direitos de Subscrição... 17 4.3.4 Recibos de Subscrição... 17 4.3.5 Operações de empréstimos de ativos financeiros... 17 4.4 Cotas de Fundos de Investimentos... 18 4.5 Títulos Privados... 18 4.5.1 Debêntures - Pós-Fixados em CDI/Selic... 18 4.5.2 Certificado de Depósito Bancário - CDB... 20 4.5.2.1 Prefixado... 20 4.5.2.2 Pós-Fixado... 20 4.5.3 Demais títulos privados de emissão não financeira... 21 4.5.3.1 Fonte Principal... 22 4.5.3.2 Fonte secundária... 22 4.5.3.3 Método alternativo... 22 4.6 Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios... 23 4.7 Derivativos... 23 4.7.1 Opções... 23 4.7.2 Contratos Futuros... 23 4.7.3 Contratos a Termo de Ação... 24 5. Métodos Alternativos de Precificação de Ativos... 24 5.1 Ativos financeiros negociados no exterior... 24 5.1.1 ADR - American Depositary Receipt... 25 5.1.2 Ativos denominados em Moedas Estrangeiras... 25 2

5.2 Interpolação de Taxas... 25 5.3 Extrapolação pela Taxa a Termo de LTN (a partir de 1/9/2000)... 26 3

1. Introdução O objetivo deste manual é apresentar as metodologias de apreçamento aplicadas para os ativos financeiros que compõem a carteira dos fundos de investimentos controladas pela Gradual CCTVM S/A, sendo seu conteúdo revisado pela Área de Controladoria de Clubes e de Fundos de Investimentos Setor de Precificação, com periodicidade mínima anual A Marcação a Mercado consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos Fundos de Investimento, pelos preços negociados no mercado em casos de ativos líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado, tendo como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos Fundos de Investimentos, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as oscilações de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estarão refletidas nas cotas, melhorando assim a comparabilidade entre suas performances 1. De acordo com as diretrizes de Marcação a Mercado, a ANBIMA recomenda as Instituições participantes à utilização dos seguintes princípios: Abrangência: todos os ativos devem ser marcados a mercado, exceto para aqueles que compõem os Fundos Exclusivos 2 ; Frequência: a marcação a mercado deve ter como frequência mínima a periodicidade de divulgação das cotas; Comprometimento: a instituição deve estar comprometida em garantir que os preços dos ativos reflitam os preços de mercado, e na impossibilidade de observação destes, 1 Artigo 12 1 e 2 do Código de Auto-Regulação da Anbid para os Fundos de Investimento. 2 Fundo destinado exclusivamente a um investidor ou grupo determinado de investidores, que tenham entre si vínculo familiar, societário ou pertençam a um mesmo grupo econômico, ou que, por escrito determinem esta condição. 4

despender seus melhores esforços para estimar qual seriam os preços de mercado dos ativos pelos quais estes seriam efetivamente negociados; Equidade: o critério preponderante do processo de escolha de metodologias, fontes de dados e/ou qualquer outra decisão de Marcação a Mercado deve ser o de evitar transferência de riqueza entre os cotistas; Melhores Práticas: o processo e a metodologia de Marcação a Mercado devem seguir as melhores práticas do mercado; Formalismo: a instituição administradora deve ter um processo formalizado de Marcação a Mercado. Para tal, a metodologia deve ser formalizada em manual e a instituição deve ter uma área ou pessoa responsável pela qualidade do processo e metodologias; bem como pela guarda dos documentos que contenham as justificativas sobre decisões tomadas; Objetividade: as informações de preços de ativos e/ou fatores a serem utilizados no processo de Marcação a Mercado devem ser preferencialmente obtidas de fontes externas independentes; Consistência: Se o administrador é responsável pela precificação de todos os seus fundos, um mesmo ativo não pode ter preços diferentes em nenhum dos fundos. Caso haja contratação de prestador de serviço habilitado para tal função: a. De maneira análoga, se em um ou mais fundos de um mesmo administrador, a precificação ficar a cargo de prestador de serviço contratado, nesses fundos, um mesmo ativo não pode ter preços diferentes quando utilizado o mesmo Manual de MaM; e b. O prestador de serviço contratado também não pode adotar para um mesmo ativo, mesmo que em diferentes fundos e de diferentes administradores, preços diferenciados quando utilizado o mesmo Manual de MaM, imprimindo consistência ao exercício de sua função. Transparência: os princípios das metodologias de marcação devem ser públicos, ou seja, o manual ou uma versão simplificada que atendam aos padrões da ANBIMA - 5

preservando assim os modelos proprietários - deve estar disponível aos clientes e à Associação. 2. Descrição do processo de marcação a mercado 2.1 Coleta de dados de mercado Os preços, taxas e índices são obtidos através de Fontes Primárias, pela execução de downloads na internet para posterior armazenamento em banco de dados. Este procedimento de obtenção de informações é realizado através de importações de arquivos, evitando ao máximo a inserção de dados através de digitação, minimizando os Riscos Operacionais. São consideradas Fontes Primárias: ANBIMA obtenção de preços para Títulos Públicos Federais e Swaps utilizados como hedge para operações com Títulos Públicos Federais. BM&FBovespa - obtenção de preços para Ações no Mercado à Vista, Opções Líquidas sobre Ações e Termo de Ações, além de preços para Contratos Futuros, Opções Líquidas sobre Índices e Commodities Agrícolas. Na impossibilidade de encontrar as informações nas fontes primárias, poderão ser utilizados preços disponibilizados por outros feeders (Bloomberg, Reuters e Corretoras), contanto que este procedimento seja aprovado pelo administrador/gestor da carteira ou pelo Gestor responsável pela área de Controladoria de Clubes e de Fundos de Investimentos. Como última opção, utilizam-se modelos proprietários que buscam a melhor aproximação para a situação vigente no mercado. Métodos alternativos de precificação poderão ocorrer em condições de exceção, quando (i) as fontes primárias não estiverem disponíveis; (ii) quando ocorrem situações de crise sistêmica; (iii) quando ocorrem crises de liquidez ou restrições de liquidez para determinados ativos e/ou classes de ativos e discrepâncias significativas entre os dados dos provedores e os dados de mercados forem observados, pode ser utilizado formas alternativas de precificação. 6

Vale ressaltar que, as cotações utilizadas na metodologia de precificação não podem ultrapassar o prazo máximo de 15 (quinze) dias da data atual. Sempre que houver evidência de redução no valor recuperável dos ativos do Fundo, avaliados pelo custo ou custo amortizado, deverá ser registrada uma provisão para perdas, a ser calculada nos termos estabelecidos na Instrução CVM 489. 2.2 Validação dos dados de mercado coletados As informações extraídas para o apreçamento dos instrumentos financeiros são monitoradas diariamente, com o intuito de avaliar divergências antes do cálculo e obtenção de cotas dos fundos, sendo que os procedimentos de extração e validação das informações são realizados por colaboradores distintos. 2.3 Aplicação e Validação dos dados de mercado coletados às carteiras Os dados obtidos são inseridos, com periodicidade diária, no sistema de cálculo pelo Setor de Precificação, onde são realizados os cálculos de cotas, pela Área de Controladoria. Após a obtenção dos cálculos são gerados relatórios para verificação e acompanhamento da variação da cota, de seu benchmark e outros indicadores de mercado. 2.4 Supervisão dinâmica da metodologia O grupo de Precificação, com auxílio da área de risco, realiza as devidas validações das metodologias relativas ao apreçamento dos instrumentos financeiros constantes nas carteiras dos fundos de investimentos, através dos seguintes procedimentos: - Desenvolvimento de aplicativos que realizam a precificação dos ativos para simulação da metodologia a ser implementada, com o intuito de validar a aderência da metodologia e análise das oscilações, comparando os resultados obtidos com os valores efetivamente negociados no mercado; 7

- Após a análise e efetiva validação da aderência da metodologia é realizada a adequação do sistema no ambiente de homologação onde são efetuadas análises de carteiras através de amostras que contemplem a maior diversidade de instrumentos financeiros, para a implantação no ambiente de produção. Além disto, há a realização de testes de aderência pela Área de Compliance, bem como trabalhos da Área de Auditoria Interna, buscando sempre adequar o processo as melhores práticas de mercado. 2.5 Estrutura Organizacional A área de Controladoria de Clubes e de Fundos de Investimentos é responsável pela elaboração e aplicação das metodologias de apreçamento descritas neste manual, sendo que qualquer alteração, inclusão ou utilização de fontes alternativas fica sujeita a análise do grupo de Precificação. O grupo de precificação, que está subordinado a Diretoria Executiva da Instituição, reúne-se anualmente com o objetivo de avaliar, indicar e definir as melhores práticas de mercado relacionadas à apuração do valor de mercado dos instrumentos financeiros ou extraordinariamente para definir metodologias de precificação ou alterações no processo de marcação a mercado. O grupo tem como composição mínima o Diretor de Recursos de Terceiros, o Gestor da Área de Controladoria de Clubes e de Fundos de Investimentos e os Responsáveis pelas Áreas de Precificação e de Risco, sendo que pode haver a presença de convidados, quando da discussão de tópicos específicos. Os assuntos discutidos, bem como as decisões tomadas nestas reuniões são registradas em ata, ficando estas disponíveis para consulta por um período mínimo de 5 (cinco) anos. Destacando que, a aprovação de qualquer assunto pelo grupo de precificação deverá ocorrer por unanimidade. Neste processo, destacam-se também as participações das Áreas de Compliance e de Auditoria Interna, que são responsáveis pela realização de testes de aderência e por certificar a efetividade da estrutura e do processo de marcação a mercado, bem como a aderência às regulamentações internas e externas e a adequação dos métodos, critérios, 8

procedimentos e recursos sistêmicos que suportam as aplicações, mediante documentação dos testes realizados. 2.6 Tipos de Cotas de Fundos de Investimentos Cota de abertura: cota cujo valor é calculado e divulgado somente na abertura do mercado. Para os ativos de renda fixa, utilizam-se as taxas de fechamento ajustadas para o primeiro dia útil subsequente. Cota de fechamento: cota cujo valor é calculado e divulgado somente após o fechamento do mercado. São utilizadas taxas de fechamento e preços médios divulgados ao final das negociações do dia. 3. Metodologia de Marcação De forma geral, os títulos integrantes das carteiras dos fundos de investimento geridos e/ou administrados pela Gradual CCTVM serão marcados a mercado, de acordo com as regras estabelecidas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e em linha com as melhores práticas de mercado promovidas pela ANBIMA. Excepcionalmente, existem casos amparados pela legislação aplicável em que se adota o chamado método de marcação na curva. Essa forma de apuração de valor dos títulos fica restrita ao universo dos fundos exclusivos e pode ser adotada para os ativos que se pretende manter até o vencimento. A Instrução Normativa 438 da CVM, de 12 de julho de 2006, estabelece critérios sobre as normas de escrituração, avaliação de ativos, reconhecimento de receitas e apropriação de despesas e elaboração das demonstrações contábeis para Fundos de Investimento e Fundos de Investimento em Cotas de Fundo de Investimento, regidos pela Instrução CVM nº 409, de 18 de agosto de 2004, dos Fundos Mútuos de Privatização - FMP-FGTS e Fundos Mútuos de Privatização - Carteira Livre - FMP- FGTS-CL, regidos pela Instrução CVM nº 279, de 14 de maio de 1998 e dos Fundos de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, instituídos pela Lei nº 9.477, de 24 de julho de 1997. Conforme o determinado, a metodologia de apuração do valor de 9

mercado é de responsabilidade da instituição administradora e deve ser estabelecida com base em critérios consistentes e passíveis de verificação. Os títulos e valores mobiliários são classificados em duas categorias: (i) Títulos para negociação; (ii) Títulos mantidos até o vencimento. Na categoria ativos mantidos até o vencimento devem ser registrados títulos e valores mobiliários quando, na data da aquisição, houver intenção dos cotistas em preservar volume de aplicações compatível com a manutenção de tais ativos na carteira do fundo até o vencimento, desde que sejam observadas, cumulativamente, as seguintes condições: (i) o fundo de investimento seja destinado a um único investidor, a investidores pertencentes ao mesmo conglomerado ou grupo econômico-financeiro ou a investidores qualificados, esses últimos definidos como tal pela regulamentação editada pela CVM relativamente aos fundos de investimento; (ii) haja solicitação formal de todos os cotistas, na qual deve constar declaração de que possuem capacidade financeira para levar ao vencimento os ativos classificados nesta categoria; (iii) todos os cotistas que ingressarem no fundo a partir da classificação nesta categoria declarem formalmente, por meio do termo de adesão ao regulamento do mesmo, sua capacidade financeira e anuência à classificação de títulos e valores mobiliários integrantes da carteira do fundo na categoria mencionada neste item. A reavaliação quanto à classificação dos títulos e valores mobiliários, deve ser efetuada imediatamente, caso constatada alteração nos parâmetros. A transferência da categoria títulos mantidos até o vencimento para a categoria títulos para negociação somente poderá ocorrer por motivo não previsto, ocorrido após a data da classificação, de modo a não descaracterizar a intenção e a capacidade financeira evidenciada quando da classificação nessa categoria. Neste caso, deve permanecer à disposição do BACEN a documentação que servir de base para a 10

reclassificação, devidamente acompanhada de exposição de motivos da instituição administradora. Não será admitido o estorno dos valores já computados no resultado, decorrentes de ganhos ou perdas não realizados. Na transferência da categoria títulos para negociação para a categoria títulos mantidos até o vencimento, os ganhos e perdas não realizados devem ser reconhecidos imediatamente no resultado do período. Atualmente a Gradual CCTVM administra treze Fundos Multimercados Crédito Privado, o qual cinco são fundos exclusivos, sendo todos os fundos para investidores qualificados e/ou profissionais, onde parte dos ativos integrantes da carteira de títulos e valores mobiliários são compostos basicamente por CCBs (Cédulas de Credito Bancário), e cotas subordinadas de Fundos em Direitos Creditórios e dada a natureza destes ativos, cujo volume de negócios é bastante restrito no mercado secundário, utiliza-se critérios específicos de acordo com a disponibilidade de informações ou a classificação na categoria mantidos até o vencimento, de acordo com as seguintes prioridades: a) títulos da mesma modalidade, com características semelhantes em termos de estrutura, nível de risco de crédito, prazo e garantias que, nos últimos 30 (trinta) dias, tenham: (i) sido objeto de emissão primária ou (ii) negociados em mercado secundário. b) títulos privados de emissão não financeira de outras modalidades que apresentem características semelhantes em termos de estrutura, nível de risco de crédito, prazo e garantias que, nos últimos 30 (trinta) dias, tenham: (i) sido objeto de emissão primária ou (ii) negociados em mercado secundário. c) avaliação junto aos players do mercado para obtenção de uma proxy do que seria o valor justo a mercado para o título. d) na falta de informações, aplica-se a valorização pela taxa de negociação e emissão, classificando-os na categoria mantidos até o vencimento. 11

No caso de fundos não exclusivos, todos os títulos e valores mobiliários serão obrigatoriamente marcados a mercado, de acordo com as regras estabelecidas nos tópicos a seguir. 4. Critérios de apreçamento 4.1 Títulos Públicos Federais 4.1.1 LTN Letra do Tesouro Nacional As Letras do Tesouro Nacional - LTN são títulos públicos com valor nominal de R$ 1.000,00 na data de vencimento, o referido título é denominado prefixado porque a sua rentabilidade é determinada no momento da compra pela diferença entre o preço de compra e o valor nominal no vencimento (R$ 1.000,00). LTN MtM PU Quantidade Onde: LTN MtM é o valor de mercado para a data de referência; PU Quantidade é o valor do preço unitário (PU ANBIMA); é a quantidade de títulos Fonte de Preço/Taxa: ANBIMA - PU 4.1.2 Letras Financeiras do Tesouro LFT A taxa da LFT observada no ambiente de compra do Tesouro Direto reflete o deságio ou ágio sobre o valor nominal atualizado do título na data de liquidação da compra, assim, a rentabilidade proporcionada pelo título será a taxa SELIC acrescida pelo deságio ou ágio da LFT. LFT MtM PU Quantidade Onde: LFT MtM é o valor de mercado para a data de referência; 12

PU Quantidade é o valor do preço unitário (PU ANBIMA); é a quantidade de títulos Fonte de Preço/Taxa: ANBIMA - PU 4.1.3 Notas do Tesouro Nacional Série C NTN-C As Notas do Tesouro Nacional, série C NTN-C são títulos públicos com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M, acrescida de juros definidos no momento da compra. O referido título possui pagamento semestral de cupom de juros de 6% a.a. (exceto as NTN-C 010131 cujo cupom de juros é 12% a.a.). As datas de pagamento são definidas retrospectivamente a cada seis meses a partir da data de vencimento da NTN-C, caso esta data não seja dia útil, o pagamento ocorrerá no primeiro dia útil subsequente. O pagamento do último cupom de juros coincide com o resgate do principal da NTN-C. A taxa da NTN-C observada no ambiente de compra do Tesouro Direto reflete a taxa interna de retorno (TIR) do fluxo de pagamentos dos cupons de juros e do deságio ou ágio sobre o valor nominal atualizado do título. NTN MtM PU Quantidade Onde: NTN MtM é o valor de mercado para a data de referência; PU Quantidade é o valor do preço unitário (PU ANBIMA); é a quantidade de títulos Fonte de Preço/Taxa: ANBIMA - PU 4.1.4 Notas do Tesouro Nacional Série B NTN-B As Notas do Tesouro Nacional, série B NTN-B são títulos públicos com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. 13

O referido título possui pagamento semestral de cupom de juros de 6% a.a. As datas de pagamento são definidas retrospectivamente a cada seis meses a partir da data de vencimento da NTN-B, caso esta data não seja dia útil, o pagamento ocorrerá no primeiro dia útil subsequente. O pagamento do último cupom de juros coincide com o resgate do principal da NTN-B. A taxa da NTN-B observada no ambiente de compra do Tesouro Direto reflete a taxa interna de retorno (TIR) do fluxo de pagamentos dos cupons de juros e do deságio ou ágio sobre o valor nominal atualizado do título. NTN MtM PU Quantidade Onde: NTN MtM é o valor de mercado para a data de referência; PU Quantidade é o valor do preço unitário (PU ANBIMA); é a quantidade de títulos Fonte de Preço/Taxa: ANBIMA - PU 4.1.5 Notas do Tesouro Nacional Série F NTN-F As Notas do Tesouro Nacional, série F NTN-F são títulos públicos com rentabilidade prefixada pela taxa interna de retorno (TIR) do fluxo de pagamentos dos cupons de juros e do deságio ou ágio sobre o valor nominal do título. O referido título possui pagamento semestral de cupom de juros de 10% a.a. As datas de pagamento são definidas retrospectivamente a cada seis meses a partir da data de vencimento da NTN-F, caso esta data não seja dia útil, o pagamento ocorrerá no primeiro dia útil subsequente. 14

O pagamento do último cupom de juros coincide com o resgate do principal da NTN-F. NTN MtM PU Quantidade Onde: NTN MtM é o valor de mercado para a data de referência; PU Quantidade é o valor do preço unitário (PU ANBIMA); é a quantidade de títulos Fonte de Preço/Taxa: ANBIMA - PU 4.2 Operações Compromissadas As operações compromissadas, realizadas através de bancos com lastro em títulos públicos ou privados são definidas como a compra ou a venda de títulos com o compromisso de revenda e de recompra. As operações compromissadas serão marcadas de acordo com o prazo. 4.2.1 Operações compromissadas de até 2 (dois) dias úteis Para as operações compromissadas com prazo de até 2 (dois) dias úteis, será utilizada para marcação a mercado a taxa ao ano contratada para um dia (Over). Onde: V Merc VI 1 i 1 252 VMerc é o valor de mercado da operação na data de referência; VI é o valor inicial da operação ou valor de emissão; i é a taxa ao ano contratada para um dia (Over). 15

4.2.2 Operações compromissadas com mais de 2 (dois) dias úteis Para as operações com prazo superior a 2 (dois) dias úteis, a marcação a mercado será realizada segundo critérios a serem estabelecidos pelo Grupo de Precificação, que considerará, necessariamente: (i) o lastro da operação compromissada (se títulos públicos ou privados); (ii) o rating da contraparte da operação; e (iii) as taxas praticadas no mercado para operações compromissadas com o mesmo prazo, mesmo tipo de lastro e por contrapartes com risco similar. 4.3 Renda Variável 4.3.1 Ações As ações à vista são valorizadas pelo último preço de fechamento divulgado pela BM&FBovespa. Em não havendo negociação no dia, será mantido o preço da última negociação. Onde: Ações MtM Preço Quantidade Ações MtM é o valor de mercado para a data de referência; Preço Quantidade é o valor do preço de fechamento divulgado pela BM&FBovespa; é a quantidade de ações Fonte de Preço/Taxa: BM&FBovespa Preço de fechamento 4.3.2 BDR - Brazilian Depositary Receipts São certificados de depósito de valores mobiliários com emissão no Brasil e que representam valores mobiliários de emissão de companhias abertas com sede no exterior. 16

O Brazilian Depositary Receipt (BDR) é marcado a mercado pela cotação de fechamento do último pregão divulgado pela BM&FBovespa, como fonte primária. No caso de não haver divulgação da cotação pela fonte utilizada, repete-se a última cotação de fechamento disponível da fonte primária. Fonte Secundária: REUTERS/BLOOMBERG 4.3.3 Direitos de Subscrição O direito do acionista de subscrever novas ações tem um valor patrimonial, pelo fato de as novas ações serem oferecidas à subscrição a um preço determinado com um desconto em relação ao preço de mercado, sendo que este é negociável durante o período de subscrição. O preço de mercado do Direito de Subscrição será o preço de fechamento dos negócios realizados no dia divulgado pela BM&FBovespa. Caso não tenha negociação na data utilizamos a seguinte fórmula: Valor Teórico dos Direitos de Subscrição = Cotação da Ação Preço de Subscrição 4.3.4 Recibos de Subscrição É um documento que comprova o exercício do direito de subscrição de ações. Este ativo deve ser precificado com o mesmo valor de mercado das ações, conforme item 4.3.1 Ações. 4.3.5 Operações de empréstimos de ativos financeiros Nas operações de empréstimo de ações o tomador do aluguel paga ao doador juros prédefinimos (taxa de aluguel) sobre o valor financeiro das ações. 17

A taxa e o prazo são definidos no ato da operação, e o valor a ser pago ou recebido é calculado através da seguinte equação: V Q S 1 du t a 252 Onde: Q: Quantidade de ações S: Valor da ação Ta: Taxa de aluguel du: Prazo decorrido da operação em dias úteis 4.4 Cotas de Fundos de Investimentos Os fundos que investem em cotas são apreçados com a utilização do valor unitário da cota dos respectivos fundos investidos na data de referência, considerando-se que os mesmos atendam também a exigência de apreçamento. O valor destas cotas é obtido através da consulta à internet (sites dos emissores) ou por e-mail. Em situação de contingência a informação poderá ser fornecida por telefone, com posterior confirmação pelas fontes tradicionais (internet e e-mail). 4.5 Títulos Privados Os títulos privados são emitidos por empresas privadas ou instituições financeiras visando a captação de recursos junto aos investidores com prazo e rendimento prédeterminados. 4.5.1 Debêntures - Pós-Fixados em CDI/Selic Debênture é um instrumento pelo qual o emissor (tomador dos recursos) promete pagar ao credor (debenturista) a quantidade emprestada mais juros sobre algum período de tempo especificado. O prazo de maturidade de uma debênture é o número de anos durante os quais o emissor promete cumprir as condições da obrigação. A maturidade refere-se ao dia e que o empréstimo cessará e ao dia em que o emissor irá redimir a 18

debênture pelo pagamento do montante devido. O valor principal de uma debênture é o valor que será pago ao debenturista na data de resgate. Esse valor é também conhecido como o valor par. O valor periódico do pagamento dos juros é chamado de cupom. A taxa de cupom é a taxa de juros que o emissor concorda em pagar a cada ano. A taxa de cupom quando multiplicada pelo principal da debênture, fornece o valor em dinheiro do cupom 3. Debênture VI VF Over Acum Onde: Debênture VF é o valor futuro do título na data de referência; VI é o valor inicial do título ou valor de emissão; Over Acum é a taxa acumulada entre a data de emissão (inclusive) do título até a data de referência (exclusive), podem ser acrescido Spread estabelecido como percentual aplicado ao CDI/Selic: 102% do CDI, por exemplo. Fonte de Preço/Taxa: a fonte primária para a estimar o CDI é a curva proveniente dos futuros de DI da BMF.Para a determinação do Spread de Crédito expresso ou como percentual aplicado ao CDI/Selic ou como taxa ano a ser acrescida ao CDI/Selic, utilizase: a taxa publicada pela ANBIMA, caso a debênture tenha taxa indicativa publicada pela ANBIMA, utilizando-se, também, o spread médio de crédito ponderado pelo volume negociado. Este spread é calculado a partir dos preços médios das operações realizadas e registradas no Sistema Nacional de Debêntures (www.debêntures.com.br) nos últimos 21 dias úteis desde que o somatório das quantidades das operações realizadas seja superior a 1% da quantidade de debêntures em circulação no mercado secundário. No caso da debênture não ter a taxa indicativa, mantém-se o último spread obtido a partir da última taxa publicada pela ANBIMA e a curva de juros da BM&F ou ainda pode-se manter o último spread de crédito apurado, a partir do SND (www.debêntures.com.br). 3 Calculo Financeiro das Tesourarias José Roberto Securato. 19

O spread poderá ser alterado pelo Comitê de Crédito da AMC devido a mudança de rating ou eventos de crédito, sendo possível a utilização de informação as ofertas firmes registradas em Sistemas de negociação como fonte adicional. 4.5.2 Certificado de Depósito Bancário - CDB O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título emitido pelos bancos múltiplos, comerciais e de investimentos, negociado entre instituições financeiras e vendido para investidores. 4.5.2.1 Prefixado CDB MtM VR 1 i du 252 Onde: CDB MtM é o valor de mercado na data de referência; VR i é o valor de resgate do título; é a taxa de juros ao ano prefixada, verificada no mercado para o vencimento do título; du é o prazo em dias úteis entre a data de referência e o vencimento do título. 4.5.2.2 Pós-Fixado CDB VI Futuro Over Acum Onde: CDB Futuro é o valor futuro do título na data de referência; VI é o valor inicial do título ou valor de emissão; Over Acum é a taxa acumulada entre a data de emissão do título até a data de referência. 20

Os CDBs que compõem as carteiras dos fundos administrados/controlados pela Gradual CCTVM S/A, são negociados com liquidez diária e registrados no CETIP com a Cláusula S. Desta forma, os mesmos são marcados por sua taxa de emissão até o seu vencimento. 4.5.3 Demais títulos privados de emissão não financeira Como os demais títulos privados de emissão não financeira apresentam volume de negócios bastante restrito no mercado secundário, a marcação a mercado dos ativos que se enquadram nessa categoria (Certificados de Crédito Bancário CCBs; Certificados de Recebíveis Imobiliários CRI; ou Certificados de Recebíveis do Agronegócio CRA) utilizará critérios específicos de acordo com a disponibilidade de informações. Dessa forma, foram definidas três metodologias de marcação a mercado dos títulos privados de emissão não financeira, que devem obedecer aos critérios de prioridade, baseados na taxa de referência e a fonte de informação, conforme a seguir: 1) Títulos da mesma modalidade, com características semelhantes em termos de estrutura, nível de risco de crédito, prazo e garantias que, nos últimos 15 (quinze) dias, tenham: (i) sido objeto de emissão primária ou (ii) negociados em mercado secundário. 2) Títulos privados de emissão não financeira de outras modalidades que apresentem características semelhantes em termos de estrutura, nível de risco de crédito, prazo e garantias que, nos últimos 15 (quinze) dias, tenham: (i) sido objeto de emissão primária ou (ii) negociados em mercado secundário. 3) Avaliação junto aos brokers do mercado para obtenção de uma proxy do que seria o valor justo a mercado para o título. Neste caso, podem ser utilizadas cotações obtidas em, no máximo, 15 (quinze) dias antes da data para qual está sendo feita a marcação a mercado. Os tópicos a seguir descrevem em detalhe cada uma das opções para precificação: 21

4.5.3.1 Fonte Principal A marcação a mercado dos demais títulos de emissão não financeira utilizará como referência primária para marcação a mercado a taxa de referência de títulos da mesma modalidade com características semelhantes (em termos de estrutura, risco de crédito, prazo e garantias) que, nos últimos 15 (quinze) dias, tenham: (i) sido objeto de emissão primária ou (ii) negociados em mercado secundário. Caso seja identificado mais de um título de emissão privada com características semelhantes para uma mesma modalidade, será adotada a taxa média apresentada pela amostra. 4.5.3.2 Fonte secundária Na ausência de informações sobre das taxas negociadas para títulos da mesma modalidade, a fonte alternativa para precificação será a taxa de referência de outros títulos de emissão privada não financeira que apresentem características semelhantes (em termos de estrutura, risco de crédito, prazo e garantias) que, nos últimos 15 (quinze) dias, tenham: (i) sido objeto de emissão primária ou (ii) negociados em mercado secundário. 4.5.3.3 Método alternativo No caso de completa ausência de fontes de referência que permitam a precificação pelos dois critérios anteriormente apresentados, o Grupo de Precificação fará uma avaliação junto aos brokers do mercado a fim de obter uma proxy para o valor justo de mercado do título. Cabe reforçar que somente podem ser utilizadas cotações obtidas em, no máximo, 15 (quinze) dias antes da data para qual está sendo feita a marcação a mercado. 22

4.6 Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios Os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios administrados pela Gradual CCTVM tem a marcação a mercado efetuada pelas Instituições Financeiras contratadas para a prestação dos serviços de Controladoria e Custódia e consta de seus manuais de precificação a forma de apuração e valorização de ativos integrantes de suas carteiras. 4.7 Derivativos 4.7.1 Opções As opções são contratos que envolvem o estabelecimento de direitos e obrigações sobre determinados títulos, com prazo e condições preestabelecidos. A valorização é realizada pela cotação de fechamento do encerramento do pregão BM&FBovespa, sendo que os fundos de investimentos administrados pela Gradual CCTVM S/A investem somente em opções líquidas, sendo utilizadas para sua marcação as cotações referentes ao preço de fechamento da data de referência, obtidas através do site da BM&FBovespa. Na impossibilidade de encontrar referências de mercados organizados (BM&FBovespa, por exemplo) a área de Precificação adotará modelos matemáticos que busquem a melhor aproximação para a situação vigente no mercado.. No caso de modelagem matemática para opções com ativo-objeto ações será utilizado o Modelo Black & Scholes. No caso de modelagem matemática para opções com ativoobjeto Futuros - BM&F será utilizado o modelo Black. Fonte de Preço/Taxa: BM&FBovespa 4.7.2 Contratos Futuros As operações no mercado futuro são marcadas a mercado diariamente conforme ajustes diários 4 publicados da BM&FBovespa. 4 Diferença entre a cotação do dia de referência e o dia útil imediatamente anterior. 23

Fonte de Preço/Taxa: BM&FBovespa 4.7.3 Contratos a Termo de Ação Para apreçamento dos contratos a termo de ação é utilizada a curva de taxa de juros prefixada calculada como a média entre o bid e ask a partir dos vértices da Curva Referencial Pré divulgados diariamente pela Reuters. Para as taxas referentes as datas onde não há informações disponíveis,as mesmas serão obtidas interpolando-se linearmente as taxas dos vencimentos adjacentes. 5. Métodos Alternativos de Precificação de Ativos A GRADUAL CCTVM é uma instituição financeira voltada para investimentos em médias e grandes empresas de todos os setores. Atua no Brasil desde 1968 e vem se destacando por sua solidez, flexibilidade, agilidade e transparência. Os clientes que investem na GRADUAL CCTVM contam com a solidez do seleto grupo de instituições financeiras com classificação A (Austin Assis). Assim, para continuar oferecendo produtos de qualidade com solidez, flexibilidade, agilidade e transparência, a GRADUAL CCTVM estabelece procedimentos de marcação a mercado e que abrangem todos os ativos e derivativos relevantes. Como norma e sempre que possível, adotam-se preços e cotações dos mercados organizados. Na impossibilidade de encontrar referências de mercados organizados, a área de riscos trabalha com um modelo proprietário que busca a melhor aproximação para a situação vigente no mercado, sujeita às condições de liquidez e de materialidade dos negócios realizados no mercado secundário. 5.1 Ativos financeiros negociados no exterior A precificação dos ativos de renda fixa negociados no exterior tem por base as cotações disponibilizadas nas plataformas Bloomberg e Reuters. 24

O horário para captura dos dados baseia-se no fechamento da Bolsa de Nova York. Em caso de ausência de cotação, repetem-se os preços observados no dia anterior. 5.1.1 ADR - American Depositary Receipt São recibos representativos de ações de empresas não sediadas nos Estados Unidos e não são negociáveis no país das empresas emissoras. A marcação a mercado será baseada no último preço da ADR divulgado pela Bloomberg utilizando como base os horários de fechamento da bolsa de Nova York (NYSE). Método Alternativo: Cotações obtidas na plataforma Reuters ou outro feeder equivalente. 5.1.2 Ativos denominados em Moedas Estrangeiras Por ativos em moedas estrangeiras entendem-se contas correntes mantidas em contas no exterior entre outros. Na avaliação diária destes ativos que compõem a carteira do fundo de investimento no exterior, a conversão da moeda estrangeira para a moeda nacional deve ser efetuada utilizando-se a taxa de câmbio de venda disponível no Sistema de Informações do Banco Central - Sisbacen, transação PTAX800, Opção 5 - Cotação para Contabilidade, relativa ao segmento de câmbio de taxas livres. 5.2 Interpolação de Taxas Após a aplicação dos critérios acima descritos e tendo em vista a possibilidade de que o número de informações recebidas não permita a divulgação de taxas para alguns vencimentos, decidiu-se, nestes casos, interpolar a série, utilizando-se, para isso, o método Cubic Spline para os títulos prefixados e cambiais, e o método de capitalização da taxa a termo, para os papéis pós-fixados, atrelados à Taxa Over Selic. 25

Vale acrescentar que as NTN-Cs e as cambiais swapadas não estão sujeitas à interpolação. A utilização do Spline permite obter taxas a termo, para períodos intermediários, mais suaves do que as que são obtidas pelo procedimento de capitalização das próprias taxas a termo. Aplicamos o Spline e interpolamos entre todas as taxas fornecidas, de maneira que a curva passa por todas as taxas disponíveis. A peculiaridade das LFTs faz com que o método de capitalização da taxa a termo se mostre mais adequado. No caso dos títulos prefixados sem pagamentos intermediários (LTN), o primeiro vértice é sempre o de razão de um dia, sendo utilizada para o cálculo a taxa apurada pela ANBIMA para títulos públicos federais, como aproximação. No cálculo da interpolação, essa taxa sempre será utilizada, independentemente de haver vencimento de LTN também com prazo de um dia. Quanto às aplicações cambiais, empregamos o Spline sobre a curva denominada em cupom limpo. A curva denominada em cupom sujo é extremamente instável, devido às diferenças da taxa de câmbio no momento da negociação do papel e na sua escritura. O cupom limpo é definido da seguinte forma: as instituições enviam suas taxas de retorno (cupom) sujo e o dólar utilizado no cálculo. Seguindo metodologia descrita na cartilha do Mercado Secundário, transforma-se a taxa recebida para retorno limpo utilizando o dólar enviado pela instituição. Ao final do processo, convertem-se as taxas resultantes para retorno sujo, utilizando, para tal, a média das cotações enviadas pelas instituições. 5.3 Extrapolação pela Taxa a Termo de LTN (a partir de 1/9/2000) No caso da não divulgação de taxas para o(s) último(s) vencimento(s) de títulos prefixados (se as informações não passarem pelos filtros descritos acima), optou-se pelo critério de extrapolação de taxas, a partir da taxa a termo embutida nos dois últimos vencimentos precificados. 26